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Secções Jornal da Madeira / Opinião / Data de Publicação: 2008-03-10 Envie esta notícia

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1. O Poder Global da América
e Programas Já!
Cultura No passado mês de Janeiro, estive, durante uma semana, nos Estados Unidos da
América, no âmbito de uma visita da Comissão de Defesa e Segurança da Assembleia www.Editravel.Pt

Opinião Parlamentar da NATO. Como nos anos anteriores, o programa da visita constava de uma
parte de contactos oficiais, em Washington, e de uma parte “operacional”, desta vez em
Religião Seattle.
No Pentágono, para além do encontro com o Secretário de Estado da Defesa, Robert
Vôos a Madeira
Gates, pudemos ouvir alguns membros da sua equipa falarem detalhadamente sobre a
Última Página situação político-militar no Afeganistão, em alguns países de África e no Kosovo. Nas Vôos de linha
reuniões com senadores e congressistas e com altos funcionários do Departamento de regular e baixo
Necrologia Estado, foram abordados os mesmos temas, numa óptica mais política, e ainda a defesa custo com gastos
anti-míssil e as relações NATO-Rússia. No reputado Instituto Brookings, especialistas por gestao de
Suplementos independentes falaram-nos de terrorismo e relações transatlânticas, situação no Irão e no
Iraque.
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Revista Olhar Ainda em Washington, os parlamentares da NATO foram “briefados” sobre a
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transformação da NATO ao nível de comandos e sistema de forças; Base Aérea McChord
Pedras Vivas e as suas actividades ligadas à NATO; e papel da Boeing no sector americano da defesa.
Depois, já no terreno, visitámos a Base Aérea McChord, onde ouvimos exposições
Outros detalhadas sobre as funções e missões do avião de transporte estratégico C-17 e CEAC E-Learning
assistimos a uma demonstração aérea do mesmo. Foi a bordo de um avião deste tipo, que Cursos com
Serviços nos transportaram para Fort Lewis, onde vimos uma demonstração do veículo de combate
(IAV) Stryker e ouvimos uma exposição sobre as funções e missões das unidades de Fort
Acompanhamento
Assinaturas Lewis destacadas no Afeganistão. Personalizado ao
A visita terminou em Seattle, com uma série de “briefings” , na sede da Boeing militar, Aluno. Inscreva-se
Informações sobre os programas de mobilidade estratégica e sistemas de rede e do espaço que a www.ceac.pt
construtora aérea tem em curso. Ainda nos foi dada a possibilidade de visitar a linha de
Publicidade produção do 737.
Quer pelos temas abordados, quer pela forma como o fizeram – embora sem a sobranceria .
Passatempos de outros tempos -, quer pelo poder tecnológico e militar evidenciado, fica a certeza de que
os Estados Unidos da América estão longe de desistirem de ser a maior potência mundial,
Passatempos política e militar. Antes pelo contrário!

Suporte 2. A independência do Kosovo


Estava em Bruxelas a participar num seminário da Assembleia Parlamentar da NATO,
Contactos quando ocorreram dois factos históricos: a independência do Kosovo e a resignação de
Fidel de Castro. Escusado será dizer que, durante os debates acerca dos temas versados
Redacção naquele seminário, a questão do Kosovo esteve sempre presente, como, aliás, já havia
estado nos encontros em que participara nos Estados Unidos da América.
Comerciais O processo que culminou com a independência do Kosovo, bem como a questão mais
ampla da estabilidade na região dos Balcãs, é matéria que, nas últimas duas décadas, tem
Administração concitado a atenção da Comunidade Internacional, pela importância de que se reveste
para a Europa e para os equilíbrios que a paz no Mundo aconselha.
Ficha Técnica A posição dos Estados sobre a independência do Kosovo divide-se fundamentalmente na
base de um critério pragmático: os Estados que se vêem a braços com problemas de
Ajuda ? desagregação interna eram contra a independência; os outros a favor. Assim, a Espanha,
a Grécia, o Chipre, a Rússia, a China, além de outros, sempre se manifestaram contra.
Contacto Deliberadamente a favor, tínhamos os Estados Unidos da América, e, mais
moderadamente, a Alemanha, os países nórdicos, etc.. A posição de Portugal nunca foi
clara. “Esperar para ver”, tal como acontece actualmente, no que toca ao reconhecimento
do novo Estado.
Mas a posição sobre a independência de um povo não deve decorrer de um critério
pragmático, e sim dos princípios por que se rege a ordem internacional, consagrados na
Carta das Nações Unidas. À luz de tais princípios, a posição a assumir não podia deixar de
ser favorável à independência e, no contexto actual, a favor do reconhecimento do novo
Estado. A isto acresce uma razão de coerência: quem defende genuinamente a autonomia
política e administrativa, onde ela se justifica, não pode deixar de apoiar uma solução de
independência, como no caso do Kosovo.

3. Ímpeto reformador de Sócrates afrouxa


À medida que se aproximam as eleições legislativas de 2009, o ”ímpeto reformador” do
governo socialista vai-se desvanecendo. A bem dizer, a fúria reformadora de Sócrates, que
se intitulou a si próprio de “animal feroz”, nunca se traduziu em verdadeiras reformas. São
um exemplo nítido de “entrada de leão e saída de sendeiro”. Basta pensarmos, a título de
exemplo, na redução das férias judiciais, no Simplex, no Prace, no Plano Tecnológico, para
concluirmos que tudo não passou de bem orquestradas operações de propaganda do
governo, de nulos ou reduzidos efeitos práticos. De facto, dessas reformas, que os
incautos consideraram ousadas, corajosas e até iconoclastas, não resultaram, como
prometido, a reanimação da economia, o aumento significativo do crescimento económico
e a melhoria das condições de vida dos portugueses.
Mas aquilo a que se assiste, agora, é o esfumar-se do chamado “ímpeto reformador” do
primeiro-ministro. E isso, não porque Portugal não precise de reformas verdadeiras, mas
por motivos meramente eleitoralistas do exclusivo interesse do Partido Socialista. O
governo central está a recuar em toda a linha, à procura da popularidade ingloriamente
perdida. Recua no referendo ao Tratado Reformador; recua no pagamento dos
complementos de reforma aos aposentados; recua no fecho de centros de saúde e dos
serviços de urgência; recua na educação especial, no ensino especializado de música e
vamos ver o que acontece em relação ao regime de avaliação dos professores; recua no
combate à fraude e evasão fiscais; recua no envio de funcionários para o quadro de
disponíveis, recua na “Porta 65”, etc., etc.. Será que tanto recuo significa que as tão

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propaladas reformas do governo socialista não foram devidamente pensadas na sua


substância e nos seus efeitos, o que corresponde, afinal, à “queda do mito”?! Será isso
com certeza, mas é sobretudo a prova de que, para Sócrates e para o governo socialista, o
interesse nacional cede perante o eleitoralismo, perante a manutenção do poder a todo o
custo.

4. O ministro “borda d’água”


Certamente o leitor já adivinhou de quem se trata. É daquele cidadão que António Guterres
demitiu de ministro da Educação e agora é o ministro da propaganda do governo de
Sócrates, com a tutela da comunicação social. Na orgânica do governo, aparece como
“ministro dos Assuntos Parlamentares, mas na realidade trata-se de uma espécie de
“ideólogo do regime”, que, qual borda d’água, intervém sobre todos os temas da
governação, tem opinião sobre todas as matérias, deleita-se em criticar e imiscuir-se na
vida interna do Partido Social Democrata, e, claro, tem sempre razão. É ele que encerra
todos os debates em que o governo participa, quer se trate de questões europeias,
situação económica do país, finanças, desemprego, segurança social, saúde, justiça e por
aí adiante… É ele, ainda, que julga da democraticidade, da ética, da correcção, da lisura do
comportamento dos deputados da oposição, dos dirigentes partidários e de qualquer
cidadão que se atreva a dizer a verdade sobre a governação do Partido Socialista. É ele,
enfim, o “demiurgo” do Estado Socrático, uma espécie de “Espírito Santo” do mal, que tudo
inspira e tudo julga.
Surpreende-me que certa comunicação regional, sempre tão solícita em denunciar, em
criticar, em julgar tudo e todos (à excepção do “povo de esquerda”!…), não tenha reparado
num acontecimento verdadeiramente insólito, que teve como “não protagonista” o Dr.
Bernardo Trindade, Secretário de Estado do Turismo. Quando se fez, no Parlamento, a
discussão sobre as novas regiões de turismo, o governo estava representado pelo Ministro
dos Assuntos Parlamentares e pelo Secretário de Estado do Turismo. Só o ministro “borda
d’água”, também “especialista” em questões de turismo (?), é que usou da palavra,
remetendo o pobre do Secretário de Estado a um absoluto silêncio. Foi vexatório e
confrangedor. O Dr. Bernardo Trindade não merecia ser tratado daquela maneira. Quando,
depois de terminado o debate, o ministro Santos Silva passou junto à bancada social
democrata da Madeira, um dos meus Colegas madeirenses perguntou-lhe: “Senhor
Ministro, por que não deixou falar o Secretário de Estado do Turismo?”. Perante o sorriso
cínico do ministro, não contive o comentário: “Não o deixou falar, porque ele é
madeirense!”.

Artigo de Opinião de : M.F. Correia de Jesus

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