Eu rogo à tua grandeza que olhe para os povos irmãos existentes, mesmo os mais distantes onde tua luz irradia a vida em todo esplendor e leve a concórdia entre as nações irmãs que precisam de paz. Nada justifica as diferenças que produzem o ódio com a força das armas que mutilam e matam inocentes que ensejam apenas viver em liberdade e pacificamente. A águia visita o sublime céu azul todos os dias dançando sob o teu majestoso olhar e tudo é poesia, até este mesmo teu olhar. Voa onde guardas o teu manto de luz encantado, a imensidão e sublimidade de Deus e Criador de todas as manifestações de vida . És luz incandescente no universo, és emoção e todos se encantam com o teu fulgor, com teus raios a nos iluminar. Os rios, os lagos, as matas e florestas, a montanha sagrada onde ecoa o silêncio da tranqüila brisa vespertina, recebem o teu clarão como prece em agradecimento por teus raios que espargem a vida em fluidos de luz, energia para continuar a obra de Deus, produzindo alimentos, gerando condições de vida a todos os irmãos na Terra. Sol, sou teu irmão, sou irmão dos pássaros, de todos os amados animais que encantam o planeta, a singular beleza que enternece minha alma e enche meus olhos de alegria de viver nesse cenário Sou irmão das águas dos rios, das cachoeiras e mares, sou irmão das árvores ou de um simples vegetal espalhado no verde que cobre o mundo, irmão dos insetos, irmão anônimo da vida em si. Peço-te a paz entre os irmãos de várias nações, o equilíbrio da natureza para que nada nos falte no futuro uma vez que o homem insensato destrói as florestas em busca de lucro, esquecendo que a natureza não depende do ser humano para viver. Mas, o homem que é dependente da natureza impiedosamente agride essa irmã mortalmente, sem dó nem piedade, quando árvores choram ao cair no solo por causa da ganância e do dinheiro. A floresta está chorando. Enxugue as lágrimas dessa nobre irmã e leve o teu calor para que volte a viver protegida por teu amor. Eu sou teu irmão, amigo Sol, sou irmão das tuas irmãs que são as estrelas, irmão da Lua que veste a vida de poesia e encanto em noites onde o sereno convida a brisa para dançar com o cantar dos grilos, o piscar de luz dos vaga-lumes sob a luz do luar. Eu sou teu irmão, e nada mais resta a não ser te saudar, agradecer a vida e a energia que pulsam no meu coração, a simplicidade que tinge as minhas palavras, és o grande Sol, o astro rei que sempre irei amar. AUTOR: Gilberto Carmo Pinheiro da Rosa