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AGENDA
Dia 3
U. Leiria (C)
Mais um mês colados na frente
Dia 7 Liga Jogador do mês
Setúbal (F)
Arranque do novo ano com um Penso que é unânime que Savio-
Dia 9 mês difícil, 6jogos, 4 deles des- la foi o melhor de Janeiro, com
Sporting (F) locações complicadas. Duas a 3 golos, continuando a sequên-
Vila do Conde, onde o Rio Ave cia de golos que já trazia do
Dia 14
Belenenses (C) ainda não tinha perdido, o Ben- mês anterior. Jogador decisivo,
fica venceu os 2 jogos. Para ainda mais se notou o seu papel
Dia 18 além dessa vitória, na 1ªjornada porque Cardozo entrou numa
Hertha (F)
da 2ªvolta o Benfica vingou-se seca de golos. O outro desta-
Dia 25 do empate na jornada inaugural, que vai para Carlos Martins,
Hertha (C) goleando o Marítimo por 5-0. Rescaldo de Janeiro: também facturou por 3 vezes,
O mês terminou com a vitória apesar de ser suplente, tem
Dia 28 5 vitórias e 1 empate
ao Guimarães, permitindo con- estado a um bom nível.
Leixões (F) 13 golos marcados e
tinuar na liderança, a par do 3 sofridos Escutas
Braga. Uma vez mais a justiça portu-
NESTA Taça da Liga Fevereiro guesa não funciona ou funciona
EDIÇÃO: Na Taça da Liga, que passou a O próximo mês promete ser mal e as escutas apareceram no
ter mais importância devido à bastante intenso, com 2 jogos youtube. Quem acreditava na
Liga Sagres 2 inocência dessa “malta” conti-
eliminação da Taça de Portugal, por semana à inglesa, espero
o Benfica venceu o grupo (o que apareçam as “alternativas” nua a acreditar, os outros
mais difícil dos 3). A meia final é em bom plano, e que daqui a aumentam sua indignação, como
Taça da Liga 3
dia 9 em Alvalade. É pra vencer! um mês estejamos na final da é possível ser tudo absolvido?
Taça da Liga e nos oitavos da BHD
Jogo a Jogo 4 Liga Europa.
Modalidades 18
3 Jornadas onde
os 2 primeiros
Liga Sagres
não perderam
pontos. 15ª Jornada 16ª Jornada
Braga 2-0 Nacional Olhanense 1-0 Naval
Académica 2-0 Naval Guimarães 2-2 Setúbal
Sporting 1-0 Leixões Porto 1-1 P.Ferreira
Olhanense 1-1 P.Ferreira Sporting 3-2 Nacional
Taça da Liga
GRUPO A GRUPO B GRUPO C
Académica 2-1 Estoril U.Leiria 1-1 Trofense Guimarães 1-2 Rio Ave
Porto 1-0 Leixões Sporting 2-1 Braga Benfica 1-0 Nacional
Estoril 1-1 Leixões Trofense 1-0 Braga Rio Ave 1-1 Nacional
Académica 0-0 Porto U.Leiria 1-2 Sporting Guimarães 1-1 Benfica
Estoril 0-2 Porto Trofense 0-1 Sporting Rio Ave 1-2 Benfica
Leixões 0-1 Académica Braga 4-1 U.Leiria Nacional 1-0 Guimarães
QUARTOS FINAL
Sporting - Benfica
Porto - Académica
Taça de Portugal
OITAVOS FINAL QUARTOS FINAL
Camacha 0-1 Pinhalnovense Porto - Sporting
A.Lordelo 0-1 Naval P.Ferreira - Chaves
Nacional 1-2 P.Ferreira Pinhalnovense - Naval
Rio Ave 2-2 g.p.(4-2) Guimarães Braga - Rio Ave
Freamunde 1-3 Braga
Belenenses 2-2 g.p. (9-10) Porto
Sporting 4-3 Mafra
Chaves 1-0 Beira Mar
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A defesa do título
“Foi um triunfo justo, mas
mesma coisa. “
30 Saviola 78’ 10 Pecnik 71’
3 Shaffer 27 Pacheco
24 F.Menezes 68’ 16 Pavlovic
campo! O adversário
queríamos “
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 5
Começar 2010 como acabámos 2009, a ganhar com golos de Saviola. Claro que a vitória desta noite
é muito mais simbólica do que realmente importante. Na última vitória de 2009 demos um grande
passo a nível prático, emotivo e anímico para entrarmos em 2010 confiante e agarrados ao nosso
maior objectivo desta temporada: sermos Campeões.
Esta competição não sendo a nossa prioridade tem o valor de sermos os detentores o ceptor e por
isso não podíamos descuidar a estreia, mas mais importante era manter a dinâmica de vitória, e o
embalo para o complicado mês que aí vem. Jesus fez bem, na minha modesta opinião, e lançou os
melhores jogadores à disposição para que estes não percam (mais) ritmo competitivo e estou com-
pletamente de acordo com o nosso treinador quando critica a paragem de Dezembro. É ridícula e já
o digo há muitos anos.
Assim jogaram os melhores num jogo para ganhar mas sem a carga nervosa de um jogo da Liga
Sagres. Aqui a cerveja é outra e já a temos entre os nossos troféus, agora a Sagres é mais impor-
tante. O jogo não foi bonito, não atraiu muito público, mas mesmo assim o Benfica justificou a vitó-
ria como a percentagem de posse de bola, e a estatística atacante provam. Após algumas perdidas,
e umas boas defesas do guarda redes do Nacional, o inevitável Saviola aproveitou um magistral
passe de Nuno Gomes, acabado de entrar, e deu (outra vez) os 3 pontos ao Benfica.
Fiquei indignado com o eclipse de Moreira da equipa principal. Agora que o guarda redes pode sair a
preço zero esta opção por Quim na Taça da Liga revela que Moreira é mesmo carta fora do baralho
e que os rumores que o guardião pode rumar ao Dragão no fim da época começam a ganhar mais
forma.
Uma vitória suada num jogo durinho com mais um arbitragem miserável por parte de Olegário Ben-
querença que cometeu erros prejudicando os dois lados embora hoje o Nacional tenha mais razões
de queixa.
O objectivo foi conseguido, entrar a ganhar na competição, dar continuidade aos bons resultados e
recuperar o nosso “11” titular para lhe voltar a dar ritmo tendo em vista a última jornada da 1ªvolta
no sempre complicado Estádio dos Arcos.
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dentro de campo. Se
Era um jogo complicado. Jorge Jesus previra-o, e os adeptos tinham a noção disso. O onze titular
foi, para mim, o esperado: afinal de contas Aimar, mesmo que recuperado, não jogava há um mês
e faltar-lhe-ia ritmo de jogo.
O Benfica não entrou bem no jogo. Mesmo que o Rio Ave não dominasse a partida, pois o Benfica
defensivamente não facilitava. Mas nesta primeira parte o Benfica não conseguia acelerar o jogo:
não só os maiores desiquilibradores não apareciam, como o Benfica falhava em algo que costuma sr
realmente forte: o passe curto com trocas de bola constantes a 1, 2 toques. E com tanto passe
transviado tornava-se difícil criar perigo, perigo esse que apenas foi visível num remate de Cardozo,
outro de Carlos Martins e ainda num cruzamento que Ramires chegou tarde ao 2ºposte e ainda ten-
tou colocar em Saviola. Do lado dos vila-condenses, uma grande oportunidade após desconcentra-
ção de Maxi Pereira, já depois de meia hora, com o jogador do Rio Ave isolado a atirar ao lado. Ain-
da a finalizar a primeira parte, (mais) uma trapalhada do Quim e Paixão a ser Paixão, isto é, a
errar. Valeu pela gargalhada ao ver a forma como o Rio Ave apontou o livre.
Para a segunda parte veio um Benfica diferente: mantendo a concentração defensiva, mas muito
mais acutilante a nível ofensivo. E melhor não podíamos entrar: ao minuto e meio já Saviola marca-
va mais um golaço, o seu 6º golo nos últimos 6 jogos, sendo que 5 deles deram pontos. Um golo
que na RTP disseram que foi de sorte na finalização. E com razão: sorte em ter sido Saviola, pois
80% dos jogadores enviaria a bola para a Póvoa de Varzim, dali.
O Benfica marcou e não desacelerou. Nos minutos seguintes cantos consecutivos e um ritmo eleva-
do, e com uma eficácia exponencialmente maior no espaço curto. Pouco passava dos 60 minutos e
Pablito regressava aos relvados: foi o Xeque Mate. A eficácia no passe aumentou ainda mais, a tem-
porização de jogo roçou a perfeição e o Benfica, mesmo sem criar grandes oportunidades de golo,
apesar de Cardozo ter podido alvejar a baliza por três vezes, e numa delas me parecer que Gaspar
cometeu penalty, controlou o jogo a seu belo prazer.
Como conclusão, mais um goleada por 0-1, das que vale três pontos. Para a semana no Funchal,
pede-se a mesma receita. Será, a meu ver, o jogo mais importante e mais difícil do campeonato!
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Um empate na lama
Análise - Dilúvio
Nem de propósito, no dia em que escrevi sobre a parca utilização de Moreira e Miguel Vítor, nem um nem outro
constituíram opção para Jesus num jogo em que a sua utilização seria talvez aconselhável. Numa competição que
não é, nem de perto nem de longe, o grande objectivo do Benfica, Jesus não poupou muita gente, alinhando com
um onze onde se apresentavam seis habituais titulares, três suplentes bastante utilizados, um júnior e um reforço.
Por muitas especulações que se fizessem sobre a possibilidade deste novo Benfica jogar bem ou mal, nenhuma
delas pôde ser provada. Porquê? O miserável estado do terreno, devido às péssimas condições climatéricas que se
verificam em Portugal, não deixou ver bom futebol.
É sempre difícil jogar em Guimarães. É praticamente impossível jogar em Guimarães com aquele relvado. Não ser-
ve de desculpa, mas é verdade, e o Benfica devia ter-se apercebido disso mais cedo. O Vitória foi mais inteligente
e a explorar o terreno, fazendo uma 1ª parte de bom nível, sendo que o Benfica teve, essencialmente pela sua ala
esquerda, as maiores ocasiões de perigo para a baliza de Serginho. Num jogo com pouca história onde reinou o
pontapé para a frente, foi preciso esperar pelo segundo tempo para vermos alguns lances de perigo, mas nunca
bom futebol.
No segundo tempo foram lançados de imediato Cardozo para a posição de Nuno Gomes e Javi Garcia para o lugar
de Aimar. O Benfica ganhou assim o que precisava para o lamaçal: força. O jogo ficou mais equilibrado mas aca-
bou por ser o Vitória a chegar primeiro ao golo, num lance em que Luisão falha o cabeceamento e depois Maxi
Pereira acaba por assistir, involuntariamente, o avançado vimarenense, que faz o primeiro golo. A partir daí foi o
Benfica a atacar mais mas com o Vitória a ser mais perigoso: primeiro num cruzamento-remate de Jorge Gonçal-
ves que atraiçoa Júlio César, depois numa defesa monstruosa do guardião brasileiro, uma das melhores que me
lembro ver de um keeper do SLB, ele que já antes tinha defendido uma bomba de Custódio.
Entretanto, no exacto momento em que os comentadores da SIC assinavam a sentença de morte do Benfica, Fábio
Coentrão deixa o aviso, atirando à trave de Serginho, num lance em que o português aparece isolado. Algumas
substituições pelo meio arrefeceram o jogo, mas o golo do Benfica acabaria mesmo por surgir num lance em que
há fora-de-jogo posicional de dois jogadores encarnados que acabam por não intervir no lance, sobrando para
Coentrão que, isolado, desta vez não falha. Estava feito o empate, merecido.
Curiosamente foi o Vitória a tomar a iniciativa depois do golo mas o Benfica criou muito mais perigo: primeiro por
Maxi Pereira que não conseguiu ser feliz num jogo para esquecer, não por culpa própria mas pelo muito azar que
teve; depois foi Cardozo, que mesmo onde parace não haver perigo, consegue cria-lo, à lei da bomba, num remate
fortíssimo. Até final, o árbitro Carlos Xistra, que esteve em bom plano, anulou um golo ao Vitória por falta clara de
Roberto sobre Júlio César, que colocou a mão direita sobre o braço esquerdo do guardião, impedindo-o de agarrar
a bola.
O empate deixa o Benfica dependente de uma vitória para seguir em frente na competição. Se o conseguir está
nas meias-finais. Se empatar na próxima jornada em Vila do Conde, ficará atrás do Rio Ave, pois apesar dos pon-
tos serem os mesmo, assim como a diferença de golos, o Rio Ave tem mais golos marcados (3 contra 2). No
entanto, e se os astros se conjugarem, o Benfica também poderá passar com um empate se o segundo classificado
dos outros grupos não for melhor que nós. Mas para evitar estas contas, ganha-se.
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De volta às goleadas
sobrepôs-se a nossa
resultado muito
importante “
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 11
Por vezes, raramente, há justiça no futebol. Depois daquele empate manhoso que o triste Carvalhal
foi buscar à Luz no único jogo para o campeonato que o Benfica não ganhou em casa só apetecia
mesmo uma vingança no Funchal. Cinco a zero satisfaz-me completamente. Ver a mesma equipa
que na 1ªvolta passou o tempo todo no chão à espera do médico, a queimar tempo na reposição de
bolas, a fazer anti-jogo, a beneficiar de um penalti que o árbitro resolveu não marcar bem perto do
fim e festejarem a semana inteira um empate como uma vitória, ver a mesma equipa, dizia eu, de
cabeça perdida e a levar cinco secos, depois de há pouco mais de um ano levar seis, dá-me imenso
gozo.
O jogo nem começou bem. Nada bem. O O Benfica entrou mal e não conseguia passar do meio
campo com perigo. Viu uma bola bater no poste e passou um mau bocado na defesa. Tudo cami-
nhava para um jogo duro e equilibrado. Até que apareceu o suspeito do costume. Na primeira gran-
de investida à baliza de Peçanha, que foi negando o golo a Cardozo, a bola acabou por entrar quan-
do Tacuara resolveu assistir Saviola que de cabeça fez o seu 7º golo seguido.
Estava desatado o nó que começava a apertar. Curiosamente, a equipa madeirense em vez de partir
em busca do empate mostrou instintos suicidas e rapidamente ficou reduzida a 9 jogadores!
Olderban disse qualquer coisa ao árbitro que lhe valeu vermelho directo e já depois do Benfica estar
a vencer por 0-2, golo de Maxi, em cima do intervalo Robson mostrou dotes de guarda redes e por
ter evitado com a mão o golo de Cardozo também foi expulso. CarDeuzo aproveitou e confirmou o
golo.
A segunda parte não teve grande história, mas o Marítimo insistiu estranhamente no seu próprio
afundanço e marcou na própria baliza o 0-4! Penso que terá sido um ataque de remorso colectivo
pela vergonhosa exibição que fizeram na Luz. Ficou-lhes bem. Ainda houve tempo para Luisão fazer
o seu golo de cabeça na área.
Depois de fechada a Depois de fechada a 1ª volta em Vila do Conde com uma vitória, esta foi a
melhor maneira de arrancar na 2ª volta. Quem andou a esfregar as mãos a olhar para o calendário
e a pensar que estes jogos longe de Lisboa iam atrapalhar o vôo da águia no campeonato deve
andar mais mal disposto que nunca!
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Garantir a qualificação
“O importante era
vencer, fizemos um
duas equipas. Só
vencemos porque
N Jogador C S G N Jogador C S G
estivemos em nível
74 Mora 1 Moreira
alto, melhores que no
18 Zé Gomes 57’ 86’ 14 Maxi Pereira
outro jogo aqui em
2 Gaspar 4 Luisão
que ganhámos por
23 Fábio Faria 23 David Luiz 52’
1-0. O Rui Ave é muito
25 Sílvio 18 Fábio Coentrão 55’
forte no seu terreno,
83 Tarantini 6 Javi Garcia
mas dominámos
14 André V. Boas 90’ 17 Carlos Martins 90’ 49’
sempre, tirando os
17 Adriano 78’ 20 Di Maria ’ 76’
primeiros 15 minutos“
10 Vitor Gomes 69’ 10 Aimar 63’
5 Jeferson 5 R.Amorim
30 Wires 69’ 8 Ramires 78’
em casa ou fora. “
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 13
Afastada da Taça de Portugal prematuramente, a equipa de Jorge Jesus passou desde então a olhar
para a Taça da Liga com outros cuidados, apostando seriamente na sua conquista. Com o jogo
decisivo a disputar-se num domingo de pausa no campeonato, era de esperar que o Benfica vestis-
se o seu fato de gala para garantir o apuramento, num terreno tradicionalmente difícil e perante
um adversário complicado. Assim foi, e com excepção de Ramires (já precisava de descanso), todas
as principais estrelas entraram de início no relvado dos Arcos. A vitórias tangencial acaba por dei-
xar um ligeiro travo a frustração, pois com mais um golito, uma das meias finais seria provavel-
mente disputada na Luz. Se o bom é inimigo do óptimo, também é verdade que o óptimo não se
concretizou apenas por que Cosme Machado não o permitiu. O árbitro bracarense mostrou cobar-
dia, deixando-se influenciar pela sórdida campanha em redor das arbitragens dos jogos do Benfica,
escrevendo a sua assinatura no resultado final ao subtrair um penálti claro a favor dos encarnados,
assinalando um outro, inexistente, em benefício do Rio Ave. Um eventual resultado de 0-3, que
garantia ao Benfica todos os seus objectivos ficou assim limitado a um simples 1-2, que lhe dificul-
tou o apuramento, e pode obriga-lo a ter de vencer em Alvalade ou no Dragão para chegar à final
da prova. Além das causas e consequências de tão magra vitória, diga-se que a exibição do Benfica
justificava muito mais. Sobretudo ao longo da segunda parte, o Benfica chegou a ser brilhante,
bem ao nível de algumas das suas melhores actuações nesta temporada, e até superior à que havia
efectuado naquele mesmo estádio para o campeonato. Com Di Maria, Cardozo e Carlos Martins em
excelente plano, o futebol encarnado asfixiou por completo o Rio Ave, não lhe permitindo mais do
que um ou outro fogacho ofensivo, e causando, por outro lado, desequilíbrios sucessivos na sua
zona defensiva, que só por infelicidade não resultaram em mais golos. A mais clara oportunidade
de entre as desperdiçadas pelos homens de Jesus foi o duplo remate ao poste do estreante Alan
Kardec, já dentro dos últimos dez minutos da partida. O jovem brasileiro deixou um ou outro bom
pormenor, acabando por ser infeliz num lance que poderia ter constituído um importante bálsamo
para a sua mais rápida integração. E assim chega o Benfica às meias-finais, onde provavelmente o
espera um jogo de grande intensidade e dramatismo, em ambiente hostil, cuja abordagem terá de
ser feita com todos os cuidados. Creio que os jogadores que entrarem em campo devem fazê-lo
com total ambição e disponibilidade. Por isso mesmo, talvez seja aconselhável resguardar os Aima-
res, os Saviolas, os Cardozos e o Di Marias, lançando mão dos Carlos Martins, Rubens Amorins,
Nunos Gomes e Fábios Coentrões, que podem muito bem formar um onze forte e capaz de discutir
a eliminatória. Do árbitro já ficou tudo dito, mas se lhe chamar cobarde novamente também não se
perde nada.
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“Entrámos muito
fortes na segunda
parte e marcámos,
N Jogador C S G N Jogador C S G
com um grande golo
12 Quim 1 Nilson
do Carlos Martins.
14 Maxi Pereira ’ 79 Alex 69’
Depois com dez foi
4 Luisão 26’ 5 Valdomiro 76’
mais complicado",
23 David Luiz 18 Moreno 40’
analisou o técnico,
18 Fábio Coentrão 64’ 34 Leandro 19’ 65’
que considerou que
6 Javi Garcia 27 Custódio
agora "é uma corrida 43’ 50’
17 Carlos Martins 72’ 60’ 80 João Alves
a três pelo título “
20 Di Maria 20 Desmarets ’
minhas
responsabilidades “
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 15
Vencemos o V.Guimarães e pela 2ªvez nesta época temos uma sequência de quatro vitórias segui-
das (a outra série só parou nas sete) para o campeonato. Pode parecer de somenos importância,
mas infelizmente nos últimos anos isso tem sido mais a excepção do que a regra. O V.Guimarães
tem sido um pouco a nossa besta negra quando o defrontamos em casa (eliminação da Taça de
Portugal este ano e quatro jogos seguidos em que não sofreram golos na Luz) e confesso que esta-
va apreensivo com este jogo. No entanto, voltámos a fazer uma exibição agradável numa partida
que foi das melhores que assisti na Luz este ano.
Entrámos bem e o Cardozo poderia ter sido mais expedito a rematar logo nos minutos iniciais
(aliás, o paraguaio esteve estranhamente perro neste jogo). O V.Guimarães fechava-se bem, mas
nunca descurava o contra-ataque. No entanto, conseguimos chegar à vantagem aos 17’ pelo Aimar
num lance em que ele tentou desmarcar o Cardozo, a bola foi interceptada, voltou para ele que se
isolou e bateu o Nilson (lá se foi a bonita soma de quatro jogos seguidos dele sem sofrer golos na
Luz…). Como é habitual, nos minutos que se seguiram tentámos ampliar a vantagem, mas alguma
indecisão na hora do remate (nomeadamente Cardozo) impediu que isso acontecesse. Contra o que
era expectável, até porque só fez dois remates na 1ªparte, o V.Guimarães empatou aos 32’ numa
boa jogada de contra-ataque finalizada pelo Nuno Assis (se estivesse no Benfica, de certeza que a
bola seria defendida pelo guarda-redes ou iria para fora…). Até final da 1ªparte, pressionámos,
tivemos alguns cantos, mas a melhor oportunidade foi um quase autogolo de um defesa contrário.
Voltámos a entrar forte no 2ºtempo, como tem sucedido ultimamente, e fizemos o 2-1 aos 50’ pelo
Carlos Martins (foi titular porque o Ramires não estava em condições), num remate rasteiro depois
de um assistência do Aimar. A velocidade da partida aumentou em relação à 1ªparte e voltámos a
marcar aos 60’, outra vez pelo Carlos Martins, num fabuloso remate de fora da área. Quem pensou
que o jogo estava acabado, enganou-se redondamente. O V.Guimarães, provando que sabe jogar à
bola e que o Paulo Sérgio é um bom treinador, continuou a criar-nos problemas na defesa, mas nós
também não tivemos por vezes o discernimento de acalmar o jogo. Queríamos fazer tudo depressa
e bem, os jogadores entusiasmavam-se e perdíamos a bola em zona perigosas. Para piorar a situa-
ção, o Carlos Martins, mostrando mais uma vez que é um jogador desequilibrado, fez-se expulsar
aos 72’ ao meter o braço à bola quando já tinha um amarelo. Jorge Jesus fez logo entrar Rúben
Amorim para o lugar do Aimar e finalmente acalmámos. Pouco depois, o Cardozo tem a perdida do
ano ao correr isolado desde o meio-campo, mas permitindo a defesa do Nilson. Até final, ainda per-
mitimos uns quantos remates ao adversário e o Éder Luís atirou a habitual bola ao poste.
http://nao-se-mencione-o-excremento.blogspot.com
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Reforços
Alan Kardec
Saídas
Edcarlos - Cruz Azul (empréstimo) Balboa - Cartagena (empréstimo)
Sepsi - Poli Timisoara (1,2M€) J.Ribeiro - Guimarães (empréstimo)
Urreta - Peñarol (empréstimo) A.Diaz - Tigre
Dois anos depois,
Freddy Adu - Aris Salonica (empréstimo) Shaffer - Banfield
com apenas 8 jogos Fellipe Bastos - ?Atlético MG (empréstimo) Keirrison - Fiorentina
disputados, Sepsi é Patric - Avaí (empréstimo)
Nélson Oliveira - Rio Ave (empréstimo)
vendido por 1.2M€
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 17
Mercado Internacional
Depois de muitos rumores, ofertas e proposta de compra, estas foram as maiores transferências registadas no mês de
Janeiro:
Jogador De Para
Felipe Udinese Fiorentina
Daniel Carvalho CSKA Al Arabi
Pandev Lazio Inter
P.Vieira Inter M.City
Dossena Liverpool Nápoles
Voronin Liverpool D. Moscovo
Jarosik Krylya Saragoça
Tiago Juventus A.Madrid
Edinho Málaga PAOK
Maxi Rodriguez A.Madrid Liverpool
Bollati Porto Fiorentina
Mancini Inter Milão
Van der Heyden Mainz Club Brugge
Jô Everton Galatasaray
Senderos Arsenal Everton
Van Nistelrooy Real Madrid Hamburgo
Robinho Man. City Santos
Jorge Andrade Juventus Toronto
Modalidades
Basquetebol Futsal Hóquei
Rugby
Andebol Voleibol
RESULTADOS
RESULTADOS RESULTADOS
Benfica 34-8 Técnico
Benfica 25-24 Sporting Espinho 3-0 Benfica
Agronomia 43-0 Benfica
Caldas 0-3 Benfica
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Espinho
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 19
Prospecção
Nome: John Fleck Nome: Wellington
Clube: Rangers Clube: Fluminense
Idade: 18 anos Idade: 16 anos
Peso: 73 kg Peso: 65 kg
Altura: 175cm Altura: 177cm
Nacionalidade: Escocês Nacionalidade: Brasileiro
Vi-o pela primeira vez na Youth Cup 2008, católicos vs protestan- As suas exibições na Sul Americana sub-17 deixaram os europeus
taes, onde deu um autêntico “show de bola” e levou a sua equipa loucos atrás da sua contratação. Jogador de corredores, é muito
à vitória. Fleck é capaz de ocupar qualquer posição no terreno forte no drible e nos movimentos interiores que executa com
ofensivo, onde denota excelente velocidade, muito forte no drible tamanha facilidade. Esquerdino, inteligente, muito bom de bola, tem
e na imensa facilidade com que aborda os adversário e consegue tudo para ser uma grande promessa brasileira… mais uma. Arsene
criar desequilíbrios. Uma das maiores promessas do futebol esco- Wenger não perdeu tempo e terá mesmo chegado a acordo com o
cês para os próximos anos! Fluminense para quando o atleta fizer 18 anos se mudar para Lon-
dres.
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PÁGINA 20
2000 – Argentina
O que mais te surpreendeu até agora no Benfica?
44 Jogos 8 Golos
Chegar aos campos e ver tanta gente do Benfica. Da Suiça ao Canadá e em
todos os jogos da Liga… tudo me surpreendeu. Chegar ao autocarro e ver
tanta gente a apoiar-nos é realmente uma experiência muito particular. E isso Aliás, tem sido importante para todos os jogadores. Não
faz-nos render ainda mais, pois sabemos que temos apoio incondicional de só para mim. Deu identidade à equipa. Com Jesus, quan-
toda a gente. do entramos em campo sabemos que vamos jogar da
nossa forma e com o pensamento na vitória.
É verdade que disseste que desde os tempos do River que não vias
uma tamanha paixão por um clube? Tal como para Aimar, que pareceu arredado do
Sim, comparo o Benfica ao River nesse aspecto. O Real e o Barça podem ser seu melhor mas que está de volta à selecção
enormes, mas eu sempre disse que dificilmente se vive um clube de forma tão argentina, acreditas que o teu dia está a chegar?
intensa como se vive na Argentina. E isso eu vim Um jogador quando tem qualidade e passa
encontrar no Benfica, o que também me ajuda a ter tantos anos na Europa é porque vale algo.
ganas e ilusão de poder terminar a temporada como Ele passou pelas melhores equipas do mun-
campeão. do, tal como eu. E acho que estamos num
bom momento das nossas carreiras. Estamos
a desfrutar, podemos mostrar o nosso fute-
Esta é a massa adepta que está a ver-te jogar
bol às pessoas. E é isso que queremos. Sabe-
com regularidade. Trata-se de uma aposta
mos que não tem 17 ou 19 anos como tínha-
ganha?
mos no River, mas ainda podemos dar bem
É importante jogar. Coloquei a mim mesmo o desa- mais do que estamos a dar.
fio de jogar com regularidade para que me pudesse
sentir útil tanto para os companheiros como para o
corpo técnico. Estou a consegui-lo. Isso deixa-me feliz, pois estou acima do Que diferenças entre essa dupla do River e esta
rendimento que tive nos últimos anos. que agora reencontra?
Agora somo muito mais experientes. Agora, como antes,
cada vez que entramos no campo tratamos de nos diver-
Qual a real importância de Jorge Jesus neste regresso aos teus
tir, pois a vida de futebolista é curta e tentamos sempre
melhores dias?
desfrutar do jogo. Talvez a diferença maior tenha a ver
Tem sido muito importante. Ele dá-me confiança para me libertar na frente. E com o facto de que antes tínhamos “ganas” de mostrar
eu gosto de andar em terrenos mais recuados em busca da bola e de poder ao mundo do futebol quem éramos.
surgir de rompante na área.
VOLUME 1, EDIÇÃO PÁGINA 21
Agora já temos outra experiência e penso que isso nos ajuda até assim será sempre. É o meu estilo.
em termos mentais. A nossa ambição é que os benfiquistas pos-
sam desfrutar do nosso futebol. É o nosso novo objectivo de
carreira. Estilo, mas também resquícios de um inicio de carreira
no futsal...
Sim, joguei futsal cerca de sete anos desde muito novo. Todos
O que se prolongou ao longo do tempo, sem interrup- aqueles que jogaram futsal sabem o quão difícil é encontrar espa-
ções, foi a vossa amizade... ços. Há que definir rapidamente. Isso ajuda-nos depois num cam-
Nunca perdemos o contacto. É que temos uma amizade que vem po maior.
de longe. Em adolescentes, eu vivia em Buenos Aires e ele tinha
deixado os pais para ir jogar para a cidade. Ele era meu amigo e
estávamos sempre juntos. Comia e dormia lá em casa e dava-se Vamos lá esclarecer uma coisa. Sempre que arriscas um
muito bem com a minha família. movimento mais técnico… não tens medo de trincar a
língua?
“Sou muito perfeccionista. Não. Não tenho medo... [Risos] A minha mãe mostra-me sempre
Busco a melhor perfeição física fotos de igual forma, ou seja, com língua de fora. E se não meter
para que depois venha ao de a língua de fora é porque não estou a jogar bem. Que hei-de
cima o melhor Saviola.” dizer...
Rui Costa teve sempre uma inabalável confiança em Agora mais a sério.
AImar e também mostrou o mesmo em relação a ti. Sempre que marcas um
Isso pesou na decisão de rumares ao Benfica? golo, apontas aos céus.
Ao teu pai...
Sim, tanto o Rui Costa como os técnicos e o Aimar, que me deu
referências, foram importantes na decisão. O Rui tinha muita Sempre dedico os golos ao
vontade que eu viesse e isso pesou bastante. No mundo do fute- meu pai. Ele é um deus que
bol sabemos que um jogador, por vezes, tem lesões ou não está está a ver-me. Tento fazer
bem. Hoje o Benfica está bem, mas pode vir a ter momentos as coisas bem para ele, pois
difíceis. Todos sabemos que é assim no futebol. Há que desfrutar foi muito importante na
quando as coisas estão bem, mais quando nos querem e confiam minhas vida.
em nós. Isso vale mesmo muito.
O Vídeo
Agradecimento
Os Números
Uma palavra de agradecimento a todos aqueles que disponibi-
lizaram os textos.
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