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Fábulas Que Ainda Não Se Tornaram Canções
Fábulas Que Ainda Não Se Tornaram Canções
O livro é homem:
fecunda;
o livro é mulher:
gesta e solta.
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Para
TÂNIA FILIPPO
Darlan M Cunha
http://www.flickr.com/photos/darlanmc
http://paliavana4.blogspot.com
Poemas
PONTE
(fábula 1)
PÁSSARO
(fábula 2)
No reflexo da lagoa
está o pássaro
cantador
já sem a mesma
verve, a anterior alegria
sumiu do seu bico
enterrado no mutismo,
sons imaginários há
em redor dele,
mas uma lágrima real
rola de seu rosto.
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CANTO DE SIRIEMA
(fábula 3)
Cantar em tempo
integral, de um
ou de outro
modo. Vê: a siriema
chama
pela outra, cada qual
de um lado diverso
de uma longa distância.
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BRISA
(fábula 4)
A voz da saudade
pode alterar o destino
de um homem,
de uma mulher, eis
um dos sabores
de ambos: a saudade.
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E-MAIL AMOROSO
(fábula 5)
Entre os ossos
do ofício de amar
está a chama teimosa
com seu gosto
de riso e seu brilho
de corte, suas íris
de liberdade sob tez
marcada pelo sol
(porque o amor
não ama o frio), assim
são as mãos do adeus
com seu grito parado no ar.
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(fábula 6)
(fábula 7)
DORSO
(fábula 8)
A CONVIDADA À MESA
(fábula 9)
ANDAR
(fábula 10)
ANDANDO
(fábula 11)
LAGOA
(fábula 12)
Cravou os dentes
nos cabelos
da lagoa
e ficou por lá: uma
olhando para a outra,
admirando-se
mútuamente: a lagoa
e a turista...
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ESTRADA REAL
(fábula 13)
(fábula 14)
de “peladas”; ficaram
por lá, sob chuva de risos
e música, até voltarem para casa, com lágrimas,
as visitas.
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O RIO
(fábula 15)
O HOTEL
(fábula 16)
mas lá embaixo
há muita corrente
humana
O BAR DA PRAÇA
(fábula 17)
CONTAGEM DE TEMPO
(fábula 18)
A DESPEDIDA
(fábula penúltima)