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UNIVAG-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

GRUPO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA – GPA – CIÊNCIAS DA SAÚDE


TURMAS INTEGRADAS

HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM OS MÉDICOS


PALHAÇOS EM ATENÇÃO Á CRIANÇA

Várzea Grande – MT
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Outubro – 2009
UNIVAG-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
GRUPO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA – GPA – CIÊNCIAS DA SAÚDE
TURMAS INTEGRADAS

ADRIANE DENISE PEREIRA LOPES


FABIANA VITÓRIA ANANIAS GARCIA
RAMON ZANCA
RHANNIEL GOMES VILLAR

HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM OS MÉDICOS


PALHAÇOS EM ATENÇÃO Á CRIANÇA

Trabalho apresentado como avaliação parcial da


disciplina de Políticas de Saúde do UNIVAG – Centro
Universitário de Várzea Grande, sob a orientação do
Professor José Alves.

Várzea Grande – MT
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Outubro - 2009
APRESENTAÇÃO

Por apresentação deste trabalho vamos expor a importância dos serviços de


Humanização da saúde em unidades hospitalares de Cuiabá citando: o Hospital do Câncer
com a atuação dos Médicos Palhaços em prol das crianças em tratamento e do Pronto Socorro
com atenção á relação interpessoal. Temos por interesse também mostrar os resultados da
ligação entre os profissionais de Educação Física e Fonoaudiologia com atenção á criança e
de que forma as duas profissões estão inter-relacionadas no desenvolvimento psicológico,
fisiológico e físico (motor) da criança.
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JUSTIFICATIVA

Escolhemos tratar deste tema por conta de vivenciarmos eventualmente as condições


de saúde pública á nível municipal, e identificamos a precariedade existente nas entidades
Hospitalares. Para a elaboração do trabalho, após a disponibilização da lista de temas á serem
escolhidos pelos grupos, nos reunimos e devido à diversidade de temas acabamos optando por
agregar três temas; Atenção á Criança, Humanização dos Serviços de Saúde e Os Médicos
Palhaços, que estão intimamente relacionados e que juntos formam além de um simples tema,
uma proposta de intervenção, que se aplicada, pode fazer grande diferença em relação ao
tratamento das pessoas a nível psicológico e emocional, bem como as alterações no ambiente
de convívio das entidades de saúde.
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OBJETIVO

No decorrer do trabalho tentaremos mostrar qual o benefício que essas ações sociais
e humanas trazem para dentro da instituição de Saúde Hospitalar, bem como esclarecer pontos
positivos e negativos relacionados aos Serviços de Humanização na Saúde, uma vez que nas
visitas realizadas aos locais apresentados, obtemos dados fundamentais para a elaboração dos
trabalhos e esclarecimento de dúvidas á respeito do funcionamento das unidades de saúde em
Cuiabá.
Temos como objetivo também, mostrar de que forma os trabalhos realizados pelos
Médicos Palhaços ajudam no tratamento das crianças e pessoas com câncer, de acordo com a
pesquisa realizada no Hospital do Câncer de Cuiabá.
Neste trabalho estaremos realizando algo que normalmente não ocorre,
principalmente nas matérias ministradas de forma integrada, aonde o foco é interagir os
cursos de forma que se tenha maior amplitude em relação ao conteúdo e que os acadêmicos
trabalhem para que leve em consideração a interdisciplinaridade existente entre as profissões.
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MÉTODOS

As formas encontradas para a realização do trabalho foram as visitas e entrevistas


para com a entidade Conexão Alegria - Ministério Palhaços do Evangelho, utilizando as
formas de abordagens que esses profissionais exercem e como isso tudo influencia no
tratamento das crianças. Outra visita que fizemos foi no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá,
onde entrevistamos alguns pacientes, acompanhantes e contamos também com a participação
do Dr. Jorge Caramuru que nos auxiliou e sanou muitas dúvidas, durante a nossa visita ao
Pronto Socorro.
Durante a realização das visitas e entrevistas, utilizamos como meio de registro das
mesmas, câmeras digitais, a fim de fotografar e filmar os locais e pessoas presentes, bem
como tentar demonstrar a situação em que se encontram as instituições de saúde.
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RESULTADOS

Obtivemos como resultado, após as coletas de dados realizadas nas pesquisas de


campo, de acordo com as atividades vivenciadas e convividas, que na pesquisa de campo
sobre Humanização do Serviço de Saúde da unidade do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá
a situação de infra-estrutura é precária, é possível observar também a desumanização no Box
de emergência quanto ao atendimento dos funcionários, a falta de leitos para os internados e
entre outras situações constrangedoras, porém apontamos como contraponto, o pronto
atendimento em perfeitas condições de serviço, segundo relatados por pacientes e
acompanhantes.
As observações feitas na pesquisa em loco no Hospital do Câncer, com os médicos
palhaços e sob orientação dos mesmos, fora constato que existe uma notável melhora nos
aspectos psicológicos dos pacientes, pois, segundo especialistas, o sorriso traz grandes
melhorias para nossa saúde em fatores físicos, e mentais.
Foi possível observar também que, durante a visita ao Hospital do Câncer os médicos
palhaços, que na verdade são voluntários em seus serviços sociais, acabam influenciando
todos os presentes do ambiente hospitalar, de tal forma que analisando cada aspecto,
emocional e psicológico aparentemente, todos os integrantes do hospital se incluem ao
tratamento e a forma de trabalho realizada pelos palhaços, o que transforma tudo em um local
mais agradável e de melhor convivência. Neste exemplo é possível observar a Humanização
nos Serviços de Saúde sendo utilizada de forma a beneficiar a todos os integrantes da
instituição de saúde.
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CONCLUSÕES

Analisando os dados contidos no trabalho, as visitas realizadas, todos resultados e


métodos, chegamos á conclusão que a Humanização dos Serviços de Saúde ocorre de forma
satisfatória quando os médicos palhaços entram em ação para contribuírem ao tratamento das
Crianças, e essa atenção ao lado infantil é de muita importância, porque ocorre na fase de
desenvolvimento motor, e psicológico das crianças.
Durante a visita ao Hospital do Câncer, observando os voluntários, que deixam seus
afazeres diários para se doarem ás crianças que estão passando pelo tratamento e/ou
recuperação de enfermidades. É válido lembrar que, assim como o próprio nome já diz, são
voluntários e não recebem nenhuma contribuição financeira, e se dedicam á esses ideais
filantrópicos á fim de contribuir cada vez mais para a Humanização dos Serviços de Saúde.
Na visita realizada no Pronto Socorro Municipal, observamos a precariedade
existente em relação á infra-estrutura, bem como o número excessivo de pacientes sem leitos
para recuperação, restando como única opção se hospedarem no corredor do hospital com
seus familiares e acompanhantes. É uma situação constrangedora que merece mais atenção da
secretária de saúde do município e principalmente da Prefeitura.
Ao entrevistar o Dr. Jorge Caramuru, o mesmo explanou sobre a real função do
Pronto Socorro, que é para atender casos de Emergências e Urgência. Além disso, alguns
casos que depois de passados pelas Policlínicas, serão encaminhados para melhor tratamento.
A função das Policlínicas é de atender os casos dos pacientes de uma determinada região que
suspeitarem ou tiverem os sintomas indicados por alguma doença. Situação esta que não
ocorre frequentemente nestes locais. O que acontece é uma inversão dos papéis e uma
desordem ocasionada pelos próprios pacientes que não buscam atendimento nos locais
adequados. E por estas ocasiões que o Pronto Socorro acaba absorvendo a população
totalmente desorientada, assim os médicos necessários para o atendimento de Emergências e
Urgências do Pronto Socorro está regular. Porém para atender estes casos, onde a Policlínica é
quem deve tratar, os médicos ficam em falta com a população.
Finalizando, se faz necessário comparar as diferenças de tratamento interpessoal dos
locais visitados. Nas duas partes houveram desentendimentos dos acadêmicos em relação ás
visitas, levando em consideração que não foi avisado, e muito menos previamente marcado
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por nenhum responsável para que justamente façamos uma abordagem realista de como o
sistema funciona.
No Hospital do Câncer, houve um desentendimento em relação aos acadêmicos e a
enfermeira chefe pelo fato dos mesmos terem entrado na sala de Quimioterapia, onde o acesso
é restrito, e não tínhamos permissão. A forma com que a Enfermeira conduziu a situação foi
de extrema educação e responsabilidade, e em nenhum momento ela deixou de exercer a sua
função e nem faltar com respeito com nenhum acadêmico.
Já no Pronto Socorro, também houve algo semelhante, mais ao invés de ser com a
enfermeira chefe, foi com a segurança da ala de emergência. Ela confundiu os acadêmicos
com alguns estagiários, e estava impedindo a passagem dos mesmos. Até que o Médico
responsável pelo recinto nos atendeu e nos conduziu para a sala de entrevista. Ao terminar de
fazer as perguntas, e todo o trabalho já feito, os acadêmicos se retiraram da ala de emergência,
e a Segurança foi estupidamente mal educada, mal instruída e não soube entender a situação
que estava acontecendo.
Nestas situações, se houvesse Humanização, tudo poderia ser levado de forma
diferente. É valido lembrar que a educação, somos nós que fazemos, e trazemos de casa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RECH C. M. F. Humanização hospitalar: o que pensam os tomadores de decisão a respeito?


São Paulo 2003. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo

CAPONI, S. Da compaixão à solidariedade: uma genealogia da assistência médica. Rio de


Janeiro, Fiocruz, 2000.

FEITOSA, L. Humanização nos Hospitais. Hospitais Editora Livro Técnico, Rio de Janeiro.

GARCIA, F.T.L. A interdisciplinaridade numa Visão Humanizada na Saúde. Fortaleza, 2001


Monografia de Especialização - Universidade Estadual do Ceará
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