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CLASSIFICAÇÃO

Trata-se de um drama narrativo de carácter épico que retrata a trágica apoteose do


movimento liberal oitocentista, em Portugal. Apresenta as condições da sociedade portuguesa
do séc. XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades
secretas. Segue a linha de Brecht e mostra o mundo e o homem em constante transformação;
mostra a preocupação com o homem e o seu destino, a luta contra a miséria e a alienação e a
denúncia da ausência de moral; alerta para a necessidade de uma sociedade solidária que
permita a verdadeira realização do homem.

De acordo com Brecht, Sttau Monteiro proporciona uma análise crítica da sociedade,
mostrando a realidade, do modo a levar os espectadores a reagir criticamente e a tomar uma
posição.

CARACTERÍSTICAS DA OBRA

- Personagens psicologicamente densas e vivas

- Comentários irónicos e mordazes

- Denúncia da hipocrisia da sociedade

- Teatro épico: oferece-nos uma análise crítica da sociedade, procurando mostrar a realidade
em vez de a representar, para levar o espectador a reagir criticamente e a tomar uma posição

- Intemporalidade da peça remete-nos para a luta do ser humano contra a tirania, a opressão,
a traição, a injustiça e todas as formas de perseguição

- Preocupação com o homem e o seu destino

- Luta contra a miséria e a alienação

- Denúncia a ausência de moral

- Alerta para a necessidade de uma superação com o surgimento de uma sociedade solidária
que permitia a verdadeira realização do homem.

As personagens são psicologicamente densas, os comentários irónicos e mordazes e denuncia-


se a hipocrisia da sociedade, a luta contra a miséria e a alienação, a preocupação com o
Homem e o seu destino. Drama narrativo, de carácter social, na linha de Brecht (exprime a
revolta contra o poder, o homem tem o direito e o dever de transformar a sociedade em que
vive, com o objectivo de levar o espectador a reagir criticamente).

BRECHT ("Estudos Sobre o Teatro"): propõe um afastamento entre o actor e a personagem e


entre o espectador e a história narrada, para que se possam fazer juízos de valor.
Em "FELIZMENTE HÁ LUAR!", as personagens, o espaço e o tempo são trabalhados para que a
"distanciação se concretize".

Luta contra a tirania, opressão, traição, injustiça e todas as formas de perseguição.

O dramaturgo através dos gestos, cenários, palavras e didascálias, leva o público a entender de
forma clara a mensagem.

O carácter narrativo é sinónimo de épico, ao contar determinados acontecimentos que devem


ser interpretados, reflectidos e julgados pelo espectador, enquanto elemento da sociedade.
Observando Felizmente há Luar, verificamos que são estes os objectivos de Luís de Sttau
Monteiro, que evoca situações e personagens do passado, usando-as como pretexto para falar
do presente.

O teatro moderno, do qual faz parte esta obra, tem como preocupação fundamental levar os
espectadores a pensar, a reflectir sobre acontecimentos passados e a tomar posições na
sociedade em que se inserem, para tal é usada uma técnica realista/influência de Brecht –
DISTANCIAÇÃO HISTÓRICA – isto é:

- O actor deve conseguir "afastar-se"da personagem

- O espectador deve conseguir "afastar-se" da historia narrada

Esta técnica acaba por aproximar o actor e o espectador, de tal modo que ambos se
distanciam da historia narrada, podendo assim como pessoas reais fazerem os respectivos
juízos ou criticas de forma precisa e consciente sobre o que se passa em palco.

Assim, Luís de Sttau Monteiro, através desta técnica, pretende levar o espectador a ter um
olhar crítico para que se aperceber e criticar as injustiças e opressões.

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