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Opúsculo
O’ecus
De Adriano Kurumu
Cabe ao leitor saber que esta é uma Síntese de uma futura Obra ainda
em andamento.
O Autor
Adriano Kurumu é um dos nomes usados para definir este escritor provavelmente natural do
Rio de Janeiro, supostamente batizado como Adriano Pereira de Araujo e segundo alguns,
nascido no ano de 1989.
Segundo pesquisas, Adriano Kurumu teve seu primeiro contato com a literatura quando com a
idade de quinze anos leu seu primeiro livro, A “Divina Comédia” de Dante, autor que teria
mudado toda sua visão de mundo desde então, sendo sua porta para assuntos como:
Filosofia, Literatura, Antropologia Religiosa e Ocultismo.
Introdução:
Este é um fragmento do meu Universo Estranho, do meu Estranho Universo.
Sem que entre no seu Universo Estranho, não poderá nunca entrar no meu Universo Estranho,
no meu Estranho Universo.
A chave é romper todos os limites inexistentes, mergulhar na fonte de onde surge todo Caos
e toda Ordem...
Olhos Perdidos.
Cinza.
-"Quem dera ter vida.
Quem dera ter vida."
Calor. Asfalto.
Tudo, Trevas;
Amor, Aço.
Imagens
O que há dentro do tudo?!
Vapor!
Vapor!
Ah!
O galho. O poço da merda.
O poço. A merda. O galho!
O ga-lho!
Imagens-imagens-imagens.
I-ma-gens!
Mas-turbação!
Sexo, drogas...
Cons-tru-ção!
A mer-da,
O po-ço...
O Ra- to!
O corpo perdido.
Vazio.
Chorando.
Caído.
Sozinho.
Dor! Dooorrr!
Trovadorismo Urbano
(*Na madrugada de 27 de abril de 1936,Sylvia Serafim suicida-se ao lado do filho de três anos
que estava dormindo)
Desta persistência
minha mente, corpo e alma
foram recompensadas,
Sylvia Serafim, para mim
se revelou.
E na cidade, ao som das
máquinas,
dançamos como amantes,
sob uma fria chuva ácida...
ávida...
Por nossos corpos,
feitos, de, nada!
Anjo de Rua
Nas tonalidades
em azul pardo,
o menino olha num misto
de pavor e encanto,
o aparelho que chamam,
televisão.
Agora sozinho
Tudo melhorara.
Sem gritos. Sem socos
Sem dor.
É o prata amanhecer,
que o assusta, que o faz
anoitecer.
E com os ratos,
corre para o buraco...
E ainda dizem
que sou "seco",
e em certo ponto concordo
com estes tolos,
pois no momento
me vejo "seco”
Em esperança,
em sonhos...
Talvez já esteja até morto!
Morto, um morto que pensa
viver, mas isso é ser tolo,
cabe-me melhor o rótulo
de morto!
Balada XXI
Soa o som
da distorção.
O som da cidade.
O som dos arames,
rasgando a humanidade.
E rasga o tecido
e pinta com sangue!
Muito tempo
ficara presa,
mas agora está
liberta do arame!
Artificial.
Artificial.
Prédios, correntes
e vazio...
...
Corre! Corre!
...
...
A fumaça cobriu
o sol daquela manhã
de outono,
onde todos andavam
tontos sem querer
se olhar.
Onde eu jazia morto,
envolto num silêncio
dadaísta.
silêncio...
Ira!
O Lobo
Corre o lobo no asfalto,
respira doença.
pula carros...
Sem ser notado,
Sem ser notado.
Seus olhos cor de chumbo
ficam ao fundo,
como num retrato
de absurdo-surdo- surdo...
Surdo!
Me preocupo comigo.
Fugere Urbem
Ao vento do luar
as estrelas brilham
e as árvores dançam.
Crianças, de estranha esperança.
E nessas águas
nas quais mergulhei
na floresta perdido
me encontrei.
Fechando os olhos...
Despertei!
Humanos XXI
Com olhos vazios
sua boca é voraz,
seu corpo deseja o infinito;
o pensamento foge do capaz.
Me movo carregado
pelas férreas
do sem sentido.
Percorro o quadro
do existencial em óleo embriagante!
Malditos os humanos
que progridem pelo nada!
Cresça e dance
Sinta a música...
Revele-se,
rebele-se,
exprima,
seja,
sinta!
A música se espalha,
não há como fugir,
seus olhos já não abrem,
seu corpo se move epilético.
Êxtase!
Batida, batida.
Dance!
Esqueça a repressão,
as paixões solitárias,
o absurdo das máscaras!
Dane-se!
Grito Suave
Eletricidade e gritos,
Choro pelo eterno e morto.
Ande e perceba
A noite, o trem que vai como um demônio
Pelos trilhos dos túneis cobertos pela
Sua sujeira.
Você não me ouve!
Estas máquinas o impedem,
Estes humanos o impedem!
Eu sabia!
DINHEIRO-DINHEIRO-DINHEIRO
DINHEIRODINHEIRODINHEIRO!
Eternidade...
O prédio cai,
As armas perfuram.
- Tudo normal.
As flores morrem,
O corpo destrói.
- Tudo normal!
Petróleo sagaz, ouro de Satanás...
- Tudo normal. Tudo normal!
Tudo normallllllllllllllllllllll
Branco no branco
Preto no preto.
Garota morta, tola!
Morte, chumbo,
Mídia!
Mídia.
Vazioooooooooooooooo.
Sub'eco
Correndo sobre o Asfalto quente que me permeia,
Correndo vendo as luzes que me rodeiam,
Correndo como uma Estranha Figura meio Parda,
Correndo em meio às casas...
Ande, ande e ande, encha seus pulmões de carnificina e depois vá dos seus paradoxos se
alimentar, se isso faltar procure deus ou volte para as ruas de Caxias.
Divagações Sub-Urbanus
Vontade de gritar .
Minha boca está calada.
Vontade correr.
Minhas pernas estão amarradas.
Vontade.
Cânticus Butecus
A fumaça do cigarro lhe traz a tosse,
Prostituta experiente que ama a fonte.
Na viela o homem cantando no canto mija.
Fumaça!
Fumaça!
Fumaça!
Latão!
Latão!
Latão!
TANIEUSOWRDPXL
- À Raposa Tânia
O tempo passa,
Ela não chega.
O cão late,
Olho-me no espelho.
Labirinto sonoro.
Correr é essencial,
Gritar é o legal.
Quebrar o ideal,
e
Morrer por tal
Cantando ao Absurdo.
Resistência é a palavra,
Esquecer é a meta,
Vivenciar o correto...
A Lua.
O Uivo!
Menino Estranho - Uma poesia Real
Menino Estranho
eis a condição da Vida.
Antes era belo, hoje monstruoso como nem mesmo os Deuses imaginam.
Puro em suas brincadeiras hoje sente na pele a espada com a qual feria.
Espada do Preconceito que tanto machuca e quase faz sangrar.
Máquina
Bater no latão...
És Máquina
Fedendo a estrume!
Gritar!
Canção ao Absurdo I
Andando no Vazio outonal de minhas saudades sinto a Totalidade parcial de minha alma.