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Uberlndia MG - 2010
Primeiro envolvimento:
Aquilo que a imagem simula ser
Por mais singela que esta imagem parea ser, ela retm toda a
tradio grfica oriunda do desenho, reforando-o magistralmente pela
gravura. O olhar sobre o entorno recorta um fragmento do cotidiano,
um lugar retirado do simples convvio habitual, entretanto, ao assumir o
status de imagem, este lugar comum se transforma em discurso, em
narrativa, cuja fala se refere ao ser e ao estar, ao existir
Percorrer o seu entorno, olhar, avaliar e recortar uma cena, dar a ela
um sentido. Instaurar um discurso, dialogar no s com o idlico, mas
com a ideologia. Discutir questes da mais valia, engajar-se nos
movimentos sociais, constatar a explorao da mo de obra, do mais
fraco na faina extenuante das salinas a beira-mar. Construir um
cenrio, uma composio, ordenar o visvel a ponto de revelar no s
o esttico, mas tambm e principalmente o tico. Desnudar a
realidade, revelar o drama cotidiano tambm funo da arte. Arte
tambm poltica, tambm ideologia, arte tambm engajamento.
Arte devaneio, olhar para o ambiente e recortar dele aquilo que nos
faz bem, embevece e enaltece a alma. Falar da natureza na sua
acepo mais buclica nos d a sensao de que tudo vai bem, vai
ficar bem ou sempre esteve bem. A paisagem, por sua tradio,
recorre ao prazer, ao deleite, ao nos trazer a calma das ondas mansas
que, ao tocarem a praia, embalam os sonhos e umedecem a alma num
melanclico e preguioso abandono.
Autoria:
Ttulo da obra: sem ttulo [figura antropozoomrfica; mulhe?, coruja?
Dimenso: 39,0 x 18,9 x 14 cm [tendo como referncia o lado da face e dos olhos]
Ano da obra: sem data
Linguagem/tcnica: escultura/ cermica