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1593 - Poesias Coligidas - Castro Alves
1593 - Poesias Coligidas - Castro Alves
Fonte:
ALVES, Castro. Poesias Coligidas. in Castro Alves - Literatura Comentada. SoPaulo: Abril
Educao, 1980.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
A Escola do Futuro da Universidade de So Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Dickson dos Santos Guedes (Laguna/SC)
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Poesias Coligidas
Castro Alves
A EUGNIA CMARA
Ainda uma vez tu brilhas sobre o palco,
Ainda uma vez eu venho te saudar...
Tambm o povo vem rolando aplausos
s tuas plantas mil trofus lanar...
Recife, 1866
O POVO AO PODER
Quando nas praas s'eleva
Do Povo a sublime voz...
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz...
Na tortura, na fogueira...
Nas tocas da inquisio
A palavra! Vs roubais-la
Aos lbios da multido
Dizeis, senhores, lava
Que no rompa do vulco.
Mas qu'infmia! Ai, velha Roma,
Ai cidade de Vendoma,
Ai mundos de cem heris,
Dizei, cidades de pedra,
Onde a liberdade medra
Do porvir aos arrebis.
No pasto de punhal.
Nem a patas de cavalos
Se faz um crime legal...
Ah! No h muitos setembros,
Da plebe doem os membros
No chicote do poder,
E o momento malfadado
Quando o povo ensangentado
Diz: j no posso sofrer.
Recife, 1864