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Vermelho o que acho forte (Foda)

Amarelo morno (Mais ou menos, no sei, bom; ou o mais provvel que eu tenha
entendido)
Azul fraco (Vacilou, quase chegou l, ia chegar mas desistiu)

h pombas em debandada
e os edifcios mais slidos permanecem graves
a hemorragia ainda jorra
onde est a raiz do mal?
onde est a faca necessria?
efeitos podem atuar sobre as causas?
as pombas alam voo
e do inferno iada a natureza humana
suas razes suas ptrias
uma a uma
erguidas como ouro
desmancham-se aos seus ps
como seguidores a compartilhar
do mesmo rano
h bandeiras animais marcha e coro
a toada permanece
as pombas no olham para trs
deixam no cho os intrpidos
corados de luto e raiva
o que eles bradam o vento leva e no permite
que haja resposta

a moeda de troca
usurpada
no mais to densa
membro sem tronco e peso
a rosa dos ventos aponta para mortes lentas
o isolamento dos sentidos
mas h muitos espelhos ainda
j foram ao inferno
agora do cu arrancam um anjo-arrastado
iro depen-lo
cultuaro sua santidade
clamaro a trombeta e o anncio do apocalipse
que se revelem as trevas exteriores!
dentes j rangem e h choro secos e inundados tambm
a desmedida do pedido
as engrenagens expostas
culto
culto
culto
h resistentes bocejos
alguns cuspes esto guardados
h frestas suficientes a serem preenchidas
com tantas palavras h de ter aquelas
que prestem bons servios
e preencham genealogias
sejam quais forem
as pombas permanecem em voo
no anseiam terras ramos ou mos erguidas
rumam a um voo eterno

a debandada de fim
quem possui asas de fato
sinta!
as pombas voaram
e felizmente
no deixaram rastos
para que estes outros impossveis de voo
as persigam
apenas anunciaram a aurora negra
as pombas
em debandada

http://www.jornaldepoesia.jor.br/1ecaminha2.html

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