Você está na página 1de 15
u ITO ETRAGEDIA NA GRECIA ANTION ‘mente o sacrificio de Ifigénia: menos a obediéncia as ordens de Artemis. tenor dr Sever de um e gue no gut comet ua fale Too a cs aiados™ uc agena pasa de um ambos tahun conptandn com advise, save malt 32 Finartatenee qu for atomada de Ta: menos uno dani tig dsclpaos qu adsl sacra de oda a cial ad templo: nea cpa mpi vivo ies 38 sniper do nano sir ail sei 9 it gue fre Agunrmon su alent, singin seed Grete Nese pont clmingnte rape ond de went cotempo dos eves ue sugemacenacqesemanifsa mo tempo doe bones™ 28. r. Aga, 213 29. den 187 Fung rot oypeva Sobre ves ostmenio 64 Fsnbel dcse,Aponennon, Oxo 190, 1p. 15 00m fags 0 "i Sobre at eagles ce asus ondens de temporada, procurar see ode P Via Nauc. “Temp devout des hommes" Revue de isi des reigns, 57. 190, 5580, 3. Esbogos da Voniade na Tragédia Grega* Para o homem das sociedades contemporineas do Osidente, a vontade consitui uma das dimensDes essenciais da pessoa*®. Pade-se sizer sobre a voniade que ela a pessoa vista em seu aspecto de agen te, visto como fonie de atos pelos quas ele no somente respon ‘vel diante de onrem, mas também aos quais se ente peso interior- mente. A unicidade da pessoa moderna sua exigéncia de oigialida- de, correspond 0 sentimento de realizt-nos no que fazemos, de ex- Primir-nos nas obras que manifestam nosso eu auténtico. A contnui- {ade do sujeto que se busca no seu passado, que se reconhecsem suas lembrangas, responce permanéocia do agente, que éresponsdvel hoje pelo que fez ontem e que sente sua existénca sua coesiointernas na ‘medida em que sas condutas sucessivas eencadeiam, seinserem num ‘mesmo quadro para, na continuidade de sua linha, constitu uma vo- 2540 singular. ‘Atategoria a voniade} no homem de hoje, no supde apenas uma ‘orientagdio da pesioaem dire da 2680, uma valorizag0 do agi eda realizagio pritics, sob suas diversas formas, mas, muito mais, uma Dreeminéncia que, na ago, se stibui a0 agente, 20 sujito humana Posto como origem, causa produtora de todos 8 aos que dele ema tam. O agente aprende-se asi mesmo, nas suas relagdes com outrem © com a natureza. como unt cenico de decsI0, como detentor de um oder que no depende nem da aftvidede, nem da pura intelgéncia poder su generis do qual Descartes chega a dizer que € infnito, “em + Tajo de Ate Lis Ade Ama Pad + sete fa pblicado em Paulie umpartie eta, Haag Meyena, Pts 17, 9p 277-306 % -MITO ETRAGEDIA NAGGRECIA ANTIGA tal quem Deus porqu. em cosas com oentndimeno que tar clara ecard pote etd tao mals 20 meox como olirearbii do qual segundo Dc ‘5 6 pale no sins io a pre mente qs possimos A vote com ef, e peso tse poder quem adit visio de der sm ou de dae nS, fauiscer os de ects Ese poder se mana em paul 0 3 Ge decet, Desde que ui indi se epee Seeie qualquer que js. plano cm que sie ut esaughy slew consi proprio coo genie, i 6 smo sje reponse suidsoma dob fet em sos por aoe qe he ao impel ‘ei Ma cm um apt alo ee cent ¢ font dels: oi gene som um poder que ie @ ao a0 Stet qe o decide qe, a mesmo eno, sama a espana ‘lo nos parecer consi problema, Somos levados a cre que 680 twa homemiregwiaranen cn rel pena; meso numa evilizgo, come a da Gra aie © ‘Sai que isi om sing anual que Coretta to roa term de votade, no estamos et dolar os Romens dese tempo, come que aes dele, com sql ung pacolGgen aque le etre r dram ur nore Contac pretense “evidenciss” puclipies toda a aba de eyerton oe pe de stresvao. Ea psa que ele aoe sesh tcc ho oaoe de lar coe nana ‘eee omia de ima nao pices de ota, ora ‘manente. A vontade nio é um dado da natureza humana. E uma cons: trai corplexa que parece Ho diffe mp enacabada como do eu, com a qual € em grande parte solidaria. E preciso, pois, que ‘itemosprojtar ste omer grep atigo noo sistema al de srganzago dos comportarentsvlunioy, eeu de m0 process de dese noses modelo de cmprmetiment doco {lon Ser um ulpamento prior devemos examiar equ mas ‘erevetam, no qadro da civlizago ler, actin reser teas daa do agente, como s entabeleceram através ds dveas rica sia (elo, polis ura, sas, nia) as ‘ages ene osu amano eats abs 3 propésio ds rapsdiae do hore ico que os heleistas, to dein dos dhimos anos, encontrar ese pole. Um ga recent de A. River sia mito entameneo debt, Desde 1928 devemos observi-lo, B. Snell tina extraido da dramaturgia de Esquilo 1, -Remargessr lecithin ESTOCOSDA VONTADENA TRAG nA GREGA ” os clementosdeumaanropotoga rica enada nos ema «do agente. Cararimente a Homero e as poets lies Equi) coloea seus herds no mia da ag, dante da necssidade de Segundo um esquma drandicoconstaiemente observa, apete, {a8 nua situago que desemboca numa sora um ipa Ns ‘ncruithada de sma deeiio com que seu destino est compromeid, efcontram-se acuados diate de uma opto df, mas Ineutivel Enel, se neesiade les imps opso por una ou po ua das dua decisis, a deci devia permancer, em si mesma contin tente toma, com efi 0 finde um debate iterion. de ua AeibergSorefeida que enaizam a escolha final nama da persona 2m. Segundo Salles deeisso "pessoal livre consi tema Central dodramade Esquilo que, oes uz, parece como ums cone ttugfo que visa 8 consitugSo, em sua pureza quase abtat, de um “modelo” da ago mana concebida como ainiitva de um agente independents, qu enftenta suas responsabildadese tira dese foro timo os motvore a mola deseucommprometimento’Tirando con lusdespicoigiasdesa interpreta, . Barbu poder amar que & elaboragdo da vonade. como fing plnament contitulda se Iaifesta no pelo desenvolvimento da tapi, em Arena, nod nem um pouropassivo. A dependéacia em relagio a divino ao sulbmete o homem de uma maneta mecinica como um efeito & sua causa, F uma dependéncia,escreve River, que liberae que. em hipdte- ‘se alguma, se podria define como uma dependéncia que inibe a von ‘ade do homer, exeriiza sua decisio, pois que, ao contri, desens volve sua energia moral aprofunda seus recursos de ago ~ rags e. 5 que slo muito gerais para caracerizat a vontade magia que, do onto de vista do fsicdlogo, a constitu como categoria esectfica ti ‘ada pessoa, Decisio sem escolha responsa lida indepandene das inten- {8¢s, tas seriam, dizem-nos, as formas da vontade entre os grepos, ‘Todo o problema € saber o que os pros gregos enteniam poresco, the auxéncia de escola, por responsabilidade com ou sem intengi, Tanto quanto a nogio de vontade, nossasnogDes de escatha ede livre «escola de responsbilidade ede inteng3o no do diretamenteapich. ‘eis mentalidade antiga onde els se apresentam com valores ¢ com, ‘ua configuragto que, talvez, desconcertem um esptito madeeno, O 0 MITOETRAGEDIA NA GRECIA ANTION ‘caso de Ariteles 6, a esse respite, paticularmentesigifiativo. Sabe-e que o Estagrita,em sua Filosofia moral pretende refutar as douteinas segundo as quae © mau nto age de bom grado, mas comete ‘falta mau grado eu, Tal Ihe proce, por alguns apectos, aconcepy2o “rigica" que é melhor tepresentad,aseusolhos, poe Euripides us ‘personagens proclamam 3s vezes,abertamente que ilo so cups Faro e ainda indecico,conferindo-the, no quadro de eeu sistema, win valor téenico preciso. A proaivesis a ag80 sob a forma de desi, privilégio exclusivo ds homem, enquanto ser dotado de razio, por ‘oposigdo s eriangasea0s animais que dela so privados, A prowess mais que o/hekdusion alavea que geralmente se traduz por volun fio, mas que no poderi er ese seni. A oposigio cortenteem gre 0, na lingua comum eno vocabulérojurideo, entre hekén,hekousios eum lado, kon, akovsios de outro, de forma alguma correspond nossas categoria do voluntiro,F peciso contrastaressas expresses teaduzindo-as como ofazem Gauthier eJolifem seu comentiio Ei 2 a Nicémaco, pr "se plein gr€" que se opie a “malgré soi”, Para cconvencer-se de que liekdn nio pode sigificar voluntro, basta ob servar que Aristieltfirmando que ato passionaléreaizado kin «eno kan, apresenta como prova disso o fato de que, ndo 0 admin 5. paces, fara Ncamar, 31104280 comes de R.A. Gaticr Rb Lowa Pai 998. ITPATS (6-1-1 Sto noe ovate mas, no 6 tn ger, qu, mir go oss ats exer perio jar bas cae” EN IMT ba, five Endeme, 1228 7 Gaaer Sot tp. 18-70, EMOGOS DA VONTADENA TRAGEDIA GREGA " Go, devers adie que ab o aii nh gem eke iulague.evdeneren, pode eo send de"vlumaranente? anima age skin, como cu horns, qundo syns lg itis som st consuegis por una onl uae Se ple ae Ueetbo reac) um at acusdede Dom gaan hola tee fio" gu ar de tom gad no scape olor aia 0 Asim quando sage pe apt (ep) to & porate paz ou or ipl ima) seme tempo de schoo tae ode bom grado ld, nas na por deito acta) clog she prot api sore um dee ms om ee aa tna apts Coie) pnarada de lps ¢ eens aap fn atm oe pin ure pena ap ‘ous ono ut beh, Aprutessinpicaampmeeae ee de dliberagio toile) a emo dese seula rence, Sxnose omens tes xo vec oer Inna jugar gue esombocedtamenemte nea da opto ede opsto pete. qu compromaizo njeiocaneers Delp moment em gue dcldn dnguccr piers ont BAU ee ovine poe oe ace Beranecer em ead de pur ayia" (po pale ese inposve, emsegundo iar, dines do lgamene te ics ievca que cuales overdo, ma tade ene rereoeo ber ni da a0, Ac contri nlp erage dete Palo de coises us eo “em nosso per gut “dependence (ade tut ge prem et coe 0 ado abe eee eo nic: mas de mulas manera. Asie Op nese ane ft ‘rns dogo pena nachna uss pews roe sic ee (pr exempla ocslr que s6 poe ape por seccrceny 2s pexéeasacompanhads de racomett Upon edioreecping. 4 prods opon dndneeoncr Esa cht, prima vs apse opesos to moeros ‘alguns ies pena poser echo se oan lve per de xa de queda w ato em sue dete A satnuramee pdr alo que doerminatasobecratte g fs tin Oui oo, sad oma ‘io anieleualisa qo a nds aris ropesona te Sserats a cero pnt, ona Pati cevarawapoureasa aie ened hin ier ne a ag a poe pre peo oa See mcr opt pc Pi 2021." cao ico no pa nl once ree ep ‘te aide gree ego fs ve a eee a 10 Metasca, 1046 & $-10. EN. L103 a 19-6 22 tos 2 MITO BTRAGEDIA NAGRECIA ANTIGN nidade de um verdadeiro querer. Coneeberam-na como uma faulale stiva de determinar-se asi prépria, um poder que se manera até 0 ‘timo momento acima dos apetites(drigidos 2 que eas pazer, no {aso da epitiyinda, para o bem ee caso da bois) e que impelitia 0 Sujet a ato, por sua orga propa independentemente, de crt mo, «a pressio que o deseo exerce sobre ele. ‘Nena dessas interprets 6 sustenvel, Sem entra no po ‘menor da psicologia aristotélica da ago, pode: afirmar que a roairesis no constitu um poder independente dos dois dnicos tips ‘de Taculdades que, segundo Arsttees, ager na ago moral de wm lado, a parte desejante da alma (0 orekikdn); de outo, 0 itelecto, 0 noi, na sua Tungio prética”. A bodess, a aspirago penetrada de ‘azo, orienta-se para 0 fim da ago, & ela quem move salma para 0 bem; pertence, porém, da mesma forma que o apetitee 0 impulso, 3 ‘dem do deseo, drexis. Ora Tung dessiante & tod passiva. A aspragio (boss 6, pos.0 que orienta a alma para um fim sional, ‘mas um fim que Ihe 6 importo equ ela a aspiracto, no esgolheu. A Aeliberagio (boilewss) pertence, 0 eonesio, pare dirgente, it6, 0 intelecto prético. Mas ao contro da aspirag¥o, ela no tem rela o.com fim, diz respito aos meios". A opcio da proaess nose ¥ entre o bem e o mal, entre os quas teria live poder de escola Posto um fim, a sade, por exemplo, a deliberagio consist na cadeia de julgamentos pelos quais a raz3o conelui que tas meios prticos ‘dem ou no conduzir& sade o timo julgamento, ao témino da \eliberayo,dirigese 20 imo melo da sere; apresenta-o mo some {como possvel como os outros, mas como imediatamente realize ‘Consequentemente, a aspiragao, a0 invés de visa sade de manera etal abstrata, incu no seu desejo do fim as condigdes conereas de sa ealizago; fxa-se sobre aélima condigdo que, situag defini 4a em que se encontea 0 sujeto,colaca & sade 20 seu aeance 10 ‘momento presente. Logo que odesejodaboiéss assim se fixou sobre ‘omeio imediatamente ealivel, segue-se ago segue-senecessri 11. Gai Joi, 11, pp. 217220. EN, 13001720 13.€.N,11396236"A ao foro fm ao sen abst efi go se iro dso 1 £ W, 1113635 °O fim pois, objet de dejo € oo, be de Aetna deo" 111 26 1S: N, 1139031;°0 paid decisio 60 dasjc oct ogee saab tein ester um fn Co coment de Gaur oi. 1, par 4, Soe opel do dee 6 nc ris a essa iso, ede es fins e ds conan ead de uns ora asta dpa eM. Metis, Artes Tor of Pract! Pips, Aes, 6p, p22 NOGOS DA VONTADENA TRAGEDIA GREGA " Eanecestidade imanente a todas as fses da aspirago, da delibe- ‘ago, da decisio que justiica 0 modelo do silogism price 20 qual Aristtelesrecorreuparaexplicir a camiahada do espirto no process de deciso. Como escrevem os comentadores da Erica: “Da mesma Torma que osiogismo nada ésento a liga da maior com a men decisio nada ¢ sent 0 ponto de junio ou a fusdo do desejo, que é& sspiragio, como o pensamento, que é 0 julgamento™ Assim “A aspiraglo 6 necessriamente oque ela Geo julgamento necessariamene o que ele €e, na conjungio dles que € a decisio,a ‘G80 segve'serecessariamente"”. David. Furey observa, de seu lado, {ue 0 movimexo voluntiio & desrito por Arstteles em termos de fisiologia meccnisia;relomando a frmula que ofkisofo empeega em De motu animaliun, ado se produz necesariamente (ex anink2s), Sem quem ocasfo agua, se rate, entre o esimulo e a resposta, de tum livre movimento, de um poder de esolher de forma diferente da ie 0sujeito0 ‘uz. D. J, Alla, por sua vez, também manifesta espan- 40; parece que ada a teria rstolica da ago implica um determing Psioligico que nos parece incompatvel com o projet que cla sus. tenia, de funder a responsabilidade sobre © plano meal e juice Eniretst0, mesmo autor nota, com muita petinéncia, que € sob nos. ‘0 pont de visu quea psicologia de Aristteles €determinista”- mas {ue 0 adjetivo 120 6 apropriado pois supe em face dele. a outa solu ‘0, chamada d= ndeterminista. 3 qual se opera, Ora, essa antinemia ‘io € pertinent, sob o ponta de vita de Aristtees. Fm sua teoria da gio moral, elendopretende nem demonstra, nem refutaraexisténcia é uma lierdace psicol6gica com que no conta em momento algum, Nem em suas «bras, nem na lingua de seu tempo, encont palavra para designr o que nx chamamos live abit 36 Goa, p22 6212. N, AT @ 231: Sap or aco ronan £ pra pv er Cee Ss Sea cna pra since adn Ses ans epoca cas ning de aes ston ones ‘© (een naar nn snaeanoe aoa 17. Gates Jif p 219. e IR ld. Tuy Sd Gr edt HA nd pean ‘on tion Pca Noa ey 1. ak 19.01. Alin “The Pel Synge, Aad, Rc ‘poi scones mia ef Mason Ln Wh SEE 2. Gaiety. 217. samc Np 13122 dg ‘anc uc ena psig ma own ahaeon e {od decease sho" ne puss a ape ee enti sonesmetepe gece tate note eseaenca fast 1 alngwioov cu H egmoxiny hence eee ‘aig campos antacid Si Tel eae ee Ines an je em edo cm pes ea, ™ METOETRAGEDIA NAGRECIA ANTION um livre poder de decisio ermanece esraha a su pensmeno, tan saponin ao eure queen tscolhadliterada, quer dem at realizado de bom grado, ‘nal lcuna mare a diatncia que separa as concepges sre «moderna do agent, Associa outs “areca” cratered ‘moraidade antiga (ausénca de palaracorespondente 30 nos con Ceito de deve, ligarpoucosmpostanteocupado no sistema de valores pela nogto de esponsabilidad,cadterfouxo indeciso daa de ‘Shrgagio cla sublnka as orenagdes diferenes da ca green ca onscinia moral de hoje; mas waduz também e mas profendamente sénca, no plano psiolGgico, de uma categoria elborada cs vo id, dca que duet, ave pang fl de ens terminologiaapropriada da ago volun gro, dsseros, nto post enum ero corespondeie os node vont kin "Sane ao mesmo tempo us exenstomaslarga sumasgnifcacio psicoldpica mais indie, Extenso mais larga pois que e pode cs "hear xa do eksion como tr Aes, oo Io € imposto por eoergio exterior: tam aguele qe s relia por deseo precptagio quanto ost relia ediberado, igi Go plcogies indeciss on nese as modalidadesdaintengo des Ge simples inclinagio até oprojeto nado Frmemente, ermanecem ‘onfundidos nuso coments O intenionl nose distinguedopreme dita: hekn term os dois sertidos?. Quanto a dk, le aoc, se undo a observagio de L Gere, oda as espéces de noes que do Ponto de vista da psicologia, deveram, desde 0 pene, Lr $100 fistinguidas: 0 pins aodsoe design com 0 mesmo nome 0853 sino comeido de ma grado, quer tea havid auséncia completa de fata or simples negligénci,orauma verdadiraimprudénca i ve 2es até uma cera mais ov menos passage eum eso niramenie Aierente, 0 homicido cometido em situagS0 de legtima deta. E Que sopcngfo ek anno ruta de uma reflexdodesneesala Sobve as condigbes subjetivas que fazem do individu a eusa respon ue empress pale cinco ns (Cag 12, 3:1, 1 56 626 108 arti (Eos dina pats candi de cans a Govt rep" Os ans arin 1B een pera arian 2I-CE Ahr We Ais er a epi Say i Gees vo eh Ed dein onnetia n "22, Num outa capt de sua beast supra B. Snell também cserva qe 3 ‘onde uma noosa pce tem ese tm oma pal rae 7 Lis Geet, Recherches srl déelippnet del pode ie morale en Grve Pai 117.388 2 hl pp 383354 FSHOQOSDA VONTADENA-TRAGEDIAGREGA “ vel de seus aos. Tiata-se de categorias juridicas que. na pes ida, 0 dieito imps como norms a pensamento comum. OF3, 0 direito no procedew apis wna anslise psicokigia dos gras de ese Pponsabilidade do agente. Os eritérios que seguiu visavam a repula- mentar, em nome do Estadb 6 exerciio da vinganga privada distin: ‘indo, segundo asreagbes passionais mais ov menos intensas que ela susetava no grupo. diversas formas de homieidio que estavam sujeitas «8 jurisdigdes diferentes. No quadro de ums organizagdo sistemdtia ds rbunais de sangue, como a que Drécon dew a Atenas no ineio do século VIL eajo conjunto compe uma série descendente, ordenada segundo a fra do sentiment coletvo da escus,ophdnos hekodsios eloba numz mesma categoria todos os homicidins plenamente sujeie ‘os puniio que xo da competncia da Areipagoophdnas akosas, homicidis szusdveis que est sjetas ao Palin e ophdnos dain, homicidis jusificados que so da algada do Delfni. Essa tree «ategoria, mais ainda que as ts primeira, englobaatos que, do pont de vista da psisologia do agente, sho bem heterogéneos aplica-se, com ‘Feito, a todosos casos de homicidio que o costume, por razdes vis, imocentaplenzmentee considera, no seu todo, como legitimos, desde xecuglo do adults i o homicidbo cometido acidentalmente no decor dos jogos pabicos ou da guera. A. dstingto que o dieito assinal, pela aposio ek On nose funda, portant, n0 seu ink. «io, na distingo entre voluntirio efavolunri, Bascia-se na dstin- 0 que a comscincia social, em condigheshistéricas deteminadas, {stabelece enteagdo plenamenterepreensive e ago escustvel, colo: humana um modelo caractristion gue propriamete Ie pertence equ a define como gént iterro expecta. Enquantopermanece vivo 0 veio trgico, ese made conserva no esencial o mesmo tag [Ness sentido tragédiacomrespondea um esa patcular de elabo ‘ago das categoras da ago edo agent, Marca uma etapa e como que tumavrada na stra dos avangos do homem rego antigo nade 4a yoniade. Determina melhor esse esto tao do agente desta care as implieagiespscoligeas 60 que faremos agora, ‘Acempresa tense mas fel pela publica recente de dis studs, da autora de A. Lesky¢ de RP. Winnington Ingram, css ‘onelusdes coincidem em muitos ponos Lesky voltouem 1966 sia coneepgto de dupla moivao para lorir mas precisa o sau alance 45. L-Band pati Ete Erde, ais 1961. ESOGOS DA VONTADENATRAGEDIA GREGA, » 1 que se refere A decisio €& responsailidade exquileana™, Se seu ‘oeabulirio no resist As etias de Rivier quando faa de vontade livre ede liberdade de escola, suas andlises no deinam de mostrar ‘uito claramente a parte que o dramaturgo atribui ae pri herd na Yomada de decisio. Consideremos, a ttlo de exemplo, o caso de ‘Agamémnon, Quando resolve sacrifcae sua filha Higénia, ee ofa segundo Rivier, sob 0 peso de wma dupla coagio que se imp a ele como una necessidade objetiva: impossivelsubat-se & ordem de Aviemis, eomunicada pelo adivino Calas; impossvelabandonar uma alianga guerreiraeujo fim ~ destruie Tia ~exté de aeordo com a8 ‘exigtncias de Zeus Xévios. A fOrmula do verso 218: “quando eve a "dea da necessidade ajustada 30 sew pescoga” resume eilsia esse estado de completa sueigo que no dear 3 ei margem alguma de iniciativae, 0 mesmo tempo, aruinaria as pretenses que tm os In. ‘expres contemporinens de buscar méveis de ordem pessoal para cexplicar sua conduta, Esse aspecio de submisto a poténcassuperoves etd incontesta- velmente presente na obra, Para Lesky, porém, constitu apenas um plano de a¢80 dramética. Existe um outro aspecio~ que, para nosso espirito moderno, pode parecer incompatvel com 0 primeira ~ mas ‘que texto impe como uma ds dimensdesessenciais da decisko Bica. O sacrifeio de Ifigénia €necesséio em vntude de uma situagGo ‘Que pesa sobre o rei como uma ftalidade, mis, 0 mesina tempo. essa ‘morte nfo s6€acita mas apaixonadamentedeseida por Agamemnon «ue assim & responsive por ela. Oque Agamémnon & coagida a fazer Sob ojugo da Annke &tambsm o que ele dese de td coraglo, se & «e898 prego que deve sero vencedor, O sacrifeio exigido pelos deu- Ses, na decisio humana que ordena sua execusio, se reveste da forma «de um crime monstuosn eujo prego deve ser pago "Se ese sacrifcio, esse sangue virginal, declara 0 Atrida,encadeiam 0s ventos,€om a ‘or, com profundo ardor 6 ieitodeseé-lo™”.O que Agamémnon de lara peritid religisamente no & um ato ao qual seria constangido ‘maw grado seu, mas intimo dese, que est dentro dele, de realzat tudo que pode abrir caminho 3 sua fota E a repeticio dos mesmos texmos (don Repropyiig tmiOouety),insistndo na volEncia desea Paixdo sublinhs que apersonagem, por aates que Ihe so pripris que Se revelam condenives, se precipita por si mesma po caminho que os deuses. por outros motvos, inham escolhido. Noesptito dori canta coro, “deu-se uma mudang, impura, saerlega: esté pronto paraou- Sartudo, sua resolu est tomads... Ele usou trnar-seo saerficador 46 Ley.“ Deton nd Renee eA tee Sas, pp 48 ear 47: Engl Agno 216218, “ MITOETRAGEDIA NAGRECIA ANTIG de sua filha para ajudar uma feota a retomar uma mulher, abrir © mar 0$ navios"™. Uma outra passagem & qual os comentadorestalver no tenham dado bastante atensio, parecenos confirmar essa interprets {0 do texio, Nessa ocasito, conta o coro, 0 chee dafrota aqui “a0 invés de critica um adivinho,faia-seemplice da sorte caprchoss™. (coréeutode Artemis ransmitido por Caleas nlo se imp ao ei como ‘um imperative categérico. Ele no da: sacrfia ua filha ~ mas ape nas: se queres os ventos, preciso pagclox com osangue de tus ha Sulmetendo-se a ele sem diseutir-Ihe (pségein = censura) 0 carter ‘monstruoso, o rei revela que a vida e amor de sua filha deixar de contar para cle, uma vez que sefornaram obsticuloAexpediio suer reira cujocomando assumiu. Responder-nos-8o que essa gueta &ue- rida por Zeus, que 6 preciso fazer que 0s troianos expiem a fala de ris contra a hospitalidade. Mas anda nesse ponto se fa sentir a ambigidade ds fits trigios que madam de valor ede sentido quan {o passamos de um para 0 outro desses dls planos diving ¢ human, {que a tragédin a0 mesmo tempo une e opie. De pam de vita dos * deuses, essa guerra é com efeitoplenamene jusifienda, Mas farendo- s€ 0 instrumento da Dikz de Zeus, 08 gregoseniram por sua vez no ‘mundo da falta eda impiedade. £ menos 0 espeito pelos deuses que sua propria liybris que os cond. No decorrer do drama, a desruigio de Trsia, como osacifcio de Migénia, como a matanga da lebre re- neque prefigura os dois, €evocada sob um aspect duplo e contra ‘rio: € 0 sucifcio de uma vitima piedosamente oferecida aos deuses ara satisfazer a vinganga deles. mas & tami, em send inves, um horrive!sacrlégio perpetrado por guereirs sedentos de me © de sangue, verdadeiras fers, semelhants is dts éguias que, junta, ‘devoraram a delicada fémeaindefesae o fillotes que trazia Ho ven tue A justiga de Zeus, quando se volar conta Agamémmnon, passaré dessa vez por Cltemnestra.E, ultrapassando mesmo os dois protago- nista.o castigo do rei enconta sua origem na malig que pesa so be toda a linhagem dos Atridas desde oeriminoso fstim de Testes. Mas, exigido pela Erina da raga, querido por Zeus 0 assasinio do re} dos pregos€ preparado, decid, executado por sua esposa por rvies {que sto bem dela e que se inscrevem na linha reta de sew eater, Ela pode invocar Zeus ou aErinia; mas € seu dio pelo esposo, sua pai ‘lo culposa por Egto, sua vontae vii de poder que a decidiram 2 agir. Em presenga do cadiver de Agamémnon, ela tena jusifica-se dante dos vlhos do coro; "Pretendes que iso seja obra minha, Nao 0 8 tem, 24208 bem 688 50.CLP.VidabNagul°A Cag 0 Sci ma Orta de sg” nr. 2 ESMOGOS DA VONTADENA TRAGEDIA GREGA 6 «reas, Nem mesmo eeio qu eu sea a esposa de Agamémnon, Sob forma eso dese mv fio angoerie gio ving als) de Aseu que ofereceu em paga ets vita, O qu se exprime ag tas orga antiga concep eligiosa da ala eo ei, Ciitemestra como personagem individual, responsive pel crime que acaba de cometer,pretende apagarse, dsaparecer por és de uma PtGcia demnica que a ultapasa, Através dela, em elidadesria a Erni da raga que sri preciso inciminar. adie oespiito de desvario «timinoso, proprio dalnhagem dos Atria que teria manifestado una ‘ez masse pote sist, polugo atgn que teria suscta por clamesmaesta nova plugdo, Mas ébem sgnifcativo que coro af. tees imexprelago e que ofaga por meio do vocabuldis jurio “Quem vcd esemunhar que és inocente deste assassnio?™ Cte ‘esta no &anaiios, no culpada, no responsvel. E enelanto 0 coro interoga. A evidéncia dessa responsabilidad inevamente humana de criminosos como Cltemnesta ou como Epi (que gabe deter agido de bom grado, como instil do ssasii) mist ted sentimento de que frgassobenaturais podem ter ido sua pate noe ascontesimentos. No eriticandoo orScuo, Agamemnon se fai cde Plise do destino: talvez, concede desta vez o ear. 0 son. 0 geo ‘ingaor, tena sido o “anil” de Cliemnesra yleprr). Nadel Sto tdgcacoaboram assim os designioe dos deuses eo pojetes ou 4 ites ds homens. Esa “eumplcidade” ye expime com recto 8 termos juridico: meats, coesponsvel saa: esponeabl tle comm, paraita, responsi parc”, “Quando um tos {al declara Davo em Os Persa, se perde as mesmo outs), un docs ‘em aju-lo (syne E essa presenga simulnea m seio de su desisto, que ms parece defn por una constants lento ene dois los oposos, natures da agi gin. claro que a parte que, em sua decisdo abe ao pp sujet no da dem da vonade. A Rvier pode itonza. sobre ese pont observando que o proprio woeabuliio de Esqullo, age, ede, “ithymein, decir, impede que se fale de vontade pessoal em ‘Azamémnon, a menos qu se admits que os prego tena stuadeo ‘oluntro no nivel ds sentiments e das patdes, Para née enicton 10,0 texto no parece exeluirainterpretago pla coasdo purses les. paras, moderns, que dla se forua esses ters: ou ‘ontade lve ou formas diferentes de congo. Ma, Se pensamos as 5 sg, Agata, 149-108 5 fde 1508 1506, 53.Ct as obsess dN, GLH. Pes eso an is Ln tom ithe Orsi, Jura of he Hl Sas, 0 p33, 54 Esq Os Pera 1 ee eo “ ITO RTRAGEDIA NA GRECIA ANTIGA categoria gregas, demos que, quando cede ao impuiso do deseo, ‘Agamémnon, se no age volunariamente, pelo menos cede “de boa ‘vontade”, de bom grado, hein, e que, neste sentido, ele aparece bem ‘como aftios, causa responsivel de seus atos, Alids, no c4s0 Je smnesira ede Egiso,odramaturgo nfo insiste apenas nas pansies = édio,ressentimento, ambiglo ~ que motivaram seu af criinoso,, ‘ublinha que o assassinio,projetad j hf muito tempo fra minocio samente preparado, maquinado nos minimos deals para que avi ‘ma mio puesse escapar’ Ao vocab afetivo se sobrepe, pois, ‘um vocabulério intelectual de premeditagto, Clitemnestra se gaba de no ter agido de modo irefetido (OB dgpdvetatos),e de io ter ‘empregado, pata prender seu esposo na cia, a mentiras © 8 asi cia, Egisto, por sua ve, se vanglora de ter sido, por tr da ena, !aqucle que na sombra teva toda a trama de conjuragio para que se realizasse sua dysboula, sua resolugto de assassinio”.O cor, pois no faz mais que retomar seus priprios terms quando 0 acuss de et matado deliberadamente oe, kn, «deter premeditado (boule, 1614: eboilensas, v 1627 1634) o crime, Mas, ainda que se Wate

Você também pode gostar