Taxi, tes-vous libre?

Peguei um txi
A roupa molhada
A pele gelada
A febre passada
Navegando me vi
No meio do amar
Sozinho, sem mar
L longe, meu lar
O passarinho livre
Pousou no campado
No tinha uma gaiola
No tinha um amado
O lobo na rua
O sangue na neve
A feiticeira de leve
Guia-me, se atreve
Assim me chacoalho
Sem mais o caralho
A luxria na lngua
A lua que mingua
Ai,
Ai,
Ai,
Ai,

meu
meu
meu
meu

amigo
diabo
cupido
veado

Ai, queres, querias

Mostrar, em privado
Mas a falha minha
Ento cospe no prato
A arte morreu
Meu ser se ardeu
Quero-ouso me usar
De um silncio pra acabar
Ah, no tenho que prestar contas
Crio segredos, escondo as pontas
, Marte, sim, perdemos
, Vnus, no morremos
Mas se algo valesse mesmo
Deste poema-marasmo
Tu no estarias a esmo
E eu estaria em orgasmo
Douglas Mattos