Fundamento expressa aquilo que serve de sustentação de algo. Em se tratando de ética, é preciso dirigir o olhar para o fundamento pelo qual uma norma é respeitada.
Fundamento expressa aquilo que serve de sustentação de algo. Em se tratando de ética, é preciso dirigir o olhar para o fundamento pelo qual uma norma é respeitada.
Fundamento expressa aquilo que serve de sustentação de algo. Em se tratando de ética, é preciso dirigir o olhar para o fundamento pelo qual uma norma é respeitada.
Fundamento expressa aquilo que serve de sustentao de algo. Em se
tratando de tica, preciso dirigir o olhar para o fundamento pelo qual uma norma respeitada. Assim, cabe questionar; de onde vem norma? Qual a origem do princpio tico? Qual o fundamento da tica? A tica ao refletir sobre seus fundamentos apresenta uma causa, desse modo assinala Hegel o fundamento de algo existe sempre fora deste 1, ou seja, o movimento sempre provocado, nunca inato. Podemos afirmar que em matria de tica, o fundamento um critrio ou um modelo de vida 2, isso resulta que a tica um critrio que serve para medir a mim mesmo, os outros e a sociedade. Diversas sociedades filosficas antigas fizeram uso da tica a partir de princpios impessoais. Os chineses a designaram de via ou caminho capaz de direcionar a natureza, numa outra interpretao eram vista como algo que fazia memria aos reis sbios da antiguidade. Os budistas a tinham como o nico caminho possvel de se evitar o sofrimento. Plato a designa de formas ou ideias. Aristteles, por outro lado, afirma que uma plis hierarquizada algo essencial para a tica, sendo que o objetivo tender a um bem supremo, isto a eudaimonia (felicidade). Os estoicos recorrem mitologia como base para uma ordem universal. No perodo medieval, os escolsticos apontavam o meio termo como princpio fundamental da tica. Na poca moderna houve quem defendesse a existncia de fundamentos ticos e quem os negasse; Segundo Maquiavel existe apenas um fundamento tico, o qual deveria ser autorizado pelo prncipe; Hobbes por sua vez, assinala que o soberano que detm a aceitao das normas, inclusive no mbito religioso; Rousseau e Kant constataram que o fundamento tico a vontade geral ou imperativo categrico; segundo Hegel o princpio fundamental da tica histrico; Karl Marx elabora um sistema de classes que tabela todo mundo. No mbito das religies monotestas encontramos Deus pessoal como modelo tico. Assim, podemos afirmar que a sociedade necessita de mnimos ticos necessrios para viver de forma harmnica. 1COMPARATO, Fabio Konder. tica - Direito, moral e religio no mundo moderno, So Paulo: Cia das letras, 2006, p. 438.
2 IDEM, p. 438
A tica tambm se debrua sobre o conceito histrico de pessoa
humana. Segundo a declarao universal de direitos humanos; todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos 3, e alm disso, todo homem tem direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei4. Desse modo podemos observar que os mnimos fundamentais da tica foram diversificados durante a histria, mais especificamente, para Plato e Aristteles consistia em viver a racionalidade, por outro lado os estoicos e para os sofistas sustentaram que seria a natureza; no perodo medieval, Bocio sustentou que a pessoa uma substncia individual de natureza racional5; o perodo moderno recebeu uma grande contribuio para o conceito de pessoa advinda de Kant que assinalou a pessoa como um fim em si mesmo, sendo ela autnoma e digna. O centro da reflexo do conceito de pessoa humana que perpassou o perodo moderno foi questo da conscincia, esta por sua vez, consiste em considerar algo, reconhecer algo. A conscincia humana apresenta trs dimenses, so elas; a dimenso individual que diz respeito a conscincia de si mesmo, a dimenso social que apresenta como uma conscincia incapaz de sentir-se isolada, por fim a conscincia tica expressa a capacidade da conscincia em si perguntar se de fato ela verdadeira. Com o decorrer da histria possvel observar que a aret do homem consiste em trs veis, a religiosa (entre elas o monotesmo foi capaz de atingir a dignidade humana), a filosofia (consiste na capacidade do homem em ser animal racional) e a cientfica (apresenta o homem como o topo do processo evolutivo). Portanto, podemos constatar que a dignidade da pessoa humana segue uma lgica, assim ela quem fundamenta a vida tica. Assim, o fundamento da tica a dignidade da pessoa visando o bem. Os princpios ticos so normas que nos obrigam agir em funo do valor do bem visado pela nossa ao, ou do objetivo final que d sentido a vida
3 IDEM, p. 453 4 IDEM, p. 453 5 IDEM, p. 457
humana6, no entanto, importante ressaltar que os princpios ticos no ferem
e nem impedem a individualidade. Os princpios ticos esto fundamentados em normas axiolgicas, ou seja toda tica deve manter um olhar para os valores. importante deixar claro que os princpios so normas de extrema generalidade e abstrao, em contraste com as regras, cujo contedo normativo sempre mais preciso e concreto, ou seja, as regras colocam em prtica o que est na norma. Ento, os princpios so normas de estrema generalidade, isto norteia o comportamento geral, mas no regra, esta por sua vez, consiste em interpretar os princpios. Os princpios ticos so normas objetivas que tende para um fim, para um bem, para a virtude. Existem trs princpios ticos fundamentais, so eles: 1. A verdade Para os gregos ela essencialmente intelectual, uma correspondncia do pensamento com a realidade pensada. Os semitas por sua vez, entendiam como algo que no est na pergunta pelo ser das coisas, mas no valor delas. Assim, podemos afirmar que se o homem no apresenta uma busca pelo fim e pelo valor supremo h o problema da verdade. 2. A justia Consiste em dar a cada um o que lhe devido. Plato j assumia o carter da justia, pois dizia; no devemos fazer aos outros o que no queremos que eles nos faam. 3. O amor O amor filosfico de que leva a querer o bem do outro. Isto resulta que eu devo dar ao outro mais do que ele necessita. Existem tambm os princpios complementares que se dividem em liberdade, igualdade, segurana e solidariedade.
REFERNCIA BIBLIOGRFICA 6 IDEM, p. 500
COMPARATO, Fabio Konder. tica - Direito, moral e religio no mundo