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Microbiologia Laboratorial da requisigao de exames a analise microbiolégica (GUIA PRATICO) Palestrante Profa. Me. Gilcele de Campos Martin Berber Realizacao ABRIL - 2015 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica PREFACIO Esse material foi compilado no intuito de facilitar a consulta aos procedimentos realizados em exames laboratoriais microbiolégicos e seus respectivos diagnésticos das principais fontes de coleta de materiais. Esse guia pratico destina-se ainda aos participantes do 1° Mini-Curso intitulado “Microbiologia Laboratorial: da requisiggo de exames a andlise microbiolégica” que poderdo utiiza-lo durante as préticas laboratoriais. A reproducéo parcial ou total deste material esta autorizada desde que seja citada a fonte ¢ a autora. Desejo um excelente mini-curso e agradego a confianga. Profa Me, Gilcele de Campos Martin Berber Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requitipfo de 1, Requisi¢ao de exames microbiolégicos © microbiologista ou responsével pela rotina deveré conferir as requisicoes ou pedidos de exame de cada material. O profissional responsavel pela coleta ser também responsével por identificar de forma legivel e correta o material a ser encaminhado ao laboratério de microbiologia. Fatores que podem comprometer o exame microbiolégico: Informag6es mal colhidas, incompletas, ou néo devidamente interpretadas. - Requisicao inadequada da analise laboratorial. Coleta, conservagao e transporte inadequados. - Fallas técnicas no processamento da anélise. - Demora na liberagao de resultado. . Ma interpretago do resultado Os itens acima server apenas para destacar informagSes que podem ser muito Uteis ¢ valorizadas em diferentes etapas do processamento do exame. Modelos para requisic&o de exames microbiolégicos: 3 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica 2. Coleta, Transporte e Conservacao de amostra. Bactérlas: Todo resultado liberado pelo laboratério de microbiologia ¢ consequéncia da qualidade da amostra recebida. O material coletado deve ser representativo do processo infeccioso investigado, devendo ser eleito o melhor sitio da leséo, evitando contaminagéo com areas adjacentes. A coleta e 0 transporte inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do agente etiolégico e favorecer o desenvolvimento da microbiota contaminante, induzindo a um tratamento nao apropriado. Considerag6es gerais da coleta microbioléaica: Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possivel Instruir claramente 0 paciente sobre o procedimento. Observar a anti-sepsia na coleta de todos os materiais clinicos. Colher do local onde microrganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado. Considerar 0 estdgio da doenga na escolha do material. Patégenos entéricos causadores de diarreia, esto presentes em maior quantidade e s40 mais facilmente isolados durante a fase aguda ou diarreica do proceso infeccioso intestinal. - Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma completa anélise microbiolégica. Caso a quantidade seja pequena, priorizar os exames. Pedido de exame deve conter as informagées descritas no médulo anterior Consideragées de seguranga Utllizar as barreiras de protecao necessarias a cada procedimento. Toda amostra deve ser tratada como potencialmente patogénica - Usar frascos e meios de transporte apropriados. - Nao manusear a amostra em transito: paciente e laboratorio. . Nao contaminar a superficie externa do frasco de coleta. Identificar claramente a amostra coletada. Momento da coleta: . Hemocultura é um exame de URGENCIAI!! Acoleta deve ser realizada logo no inicio dos sintomas, preferencialmente antes do inicio da antibioticoterapia Pacientes com quadro agudo de sepse ou outra condigao (osteomielite, meningite, pneumonia ou pielonefrite). Coletar duas hemoculturas consecutivamente de dois sitios anatémicos diferentes antes de iniciar a antibioticoterapia, Pacientes com endocardite bacteriana subaguda, febre de origem desconhecida (abcessos ocultos, febre tifdide, brucelose) ou fungemia: Coletar trés hemoculturas, de sitios anatémicos diferentes , duas simultaneas e uma em intervalo de aproximadamente 1 a 2 horas. Pacientes em antibioticoterapia: coleta deve ser feita na menor concentragéo do agente, ou seja, minutos antes da préxima dose de antimicroabiano. Volume de sangue recomendado Neonatos a 1 ano (<4 Kg): 0.5 a 1.5ml, sempre que possivel coletar pelo menos (ml; Criangas de 1 a 6 anos: 1ml por ano de idade dividido em duas hemoculturas (pung6es de sitios diferentes). Por exemplo: 3 anos, coletar 1,5ml por pungao em dois sitios diferentes distribuindo cada punedo em um frasco, totalizando 3 ml. Se a crianga tiver baixo peso, ou coletas de sangue prévias, consultar 0 médico responsdvel antes de efetuar as coletas Criangas entre 14 a 37kg: coletar 10 a 20 ml divididos em duas pungdes de sitios diferentes distribuindo cada pungao em um frasco ‘Adultos e criangas maiores que 37kg: coletar 40m! divididos em duas pungdes de sitios diferentes distribuindo cada pun¢do em dois frascos, 10ml por frasco. Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica TIPO DE FRASCO DE HEMOCULTURA Verifique e confirme se o paciente esta utilizando antimicrobiano. Esta informagao ira definir 0 frasco que devera ser utilizado. a2t*2e @ e ‘Sem antibioticoterapla: frasco azul (até 10m) + frasco roxo (até 10ml) Com antibioticoterapia: frasco verde (até 10 mil) + frasco laranja (até 10ml) Pediatrico: Frasco amarelo para todos (até 5 ml) UROCULTURA Obter a primeira urina da manha sempre que possivel ou reter @ urina na bexiga por no minimo 2 horas antes de realizar a coleta. A permanencia da urina na bexiga por pelo menos 4 horas é o Ideal pois diminui 0 niimero de resultados falso negativos. Nao forcar a ingestdo de Iiquido a fim de induzir a mice&o do paciente, liquidos em excesso iro diluir a urina, diminuindo a contagem de colénias ou gerando resultados falso negativos ‘Aamostra de urina deve ser preferencialmente coletada no laboratorio O frasco deve ser identificado corretamente, o coletador deve conferir os dados do Paciente ao receber a amostra € anotar na etiqueta o horario da coleta, bem como se a coleta fol realizada por saco coletor, sonda de alivio ou puncao NUNCA coletar urina de comadre ou papagaio ou do saco coletor de pacientes sondados NAO enviar ao setor a amostra caso a crianga tenha defecado. ‘Apés @ micc&o, retirar cuidadosamente o coletor, fechar e enviar ao laboratério Pacientes com cateter urinario Fechar a sonda 30 minutos antes da coleta. Utiiizando gaze embebida em alcool 70%, realizar a desinfeccéo da porcéo superior da cnula, aspirar a urina utilizando seringa € agulha estéreis. A urina pode ser enviada ao laboratorio na propria seringa ou pode ser transferida para o tubo cOnico e em seguida enviada ao laboratorio. NUNCA colete urina da bolsa coletora do cateter Urina coletada por sonda de alivio. ‘A passagem de sonda de allvio 6 uma deciso do médico e 0 procedimento € feito pela equipe de enfermagem. E recomendado desprezar o fluxo inicial (aproximadamente 30ml) antes de recolher a amostra para cultura Esta técnica ¢ indicada para coleta infantil quando houver diividas na interpretag&o dos resultado da cultura de urina Puncao suprapubica Aamostra coletada por seringa e agulha diretamente da bexiga, 0 procedimento é realizado pelo médico do paciente e é indicado para cultura de anaerdbios e coleta infantil quando houver duvidas na interpretagao dos resultado da cultura de urina Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Urina de Primeiro Jato Higienizar a area genital conforme descrito para urina jato médio, coletar os primeiros 10m! de urina COPROCULTURA Coletar a amostra durante a fase aguda da diarréia, preferencialmente antes da antibioticoterapia; O frasco deve ser identificado corretamente, o coletador deve conferir os dados do paciente ao receber a amostra e anotar na etiqueta o hordrio da coleta: Nao utilizar papel higiénico para coletar as fezes, pois ele pode ser impregnado com sais de bario, que s&0 inibidores de patégenos fecais Em caso de criangas, admite-se a coleta sobre fralda descartével nova, do lado contrario, recolhendo-se as fezes logo apds a evacuagéo, pois as fraldas podem ser impregnadas com sais de bario, que sao inibidores de patégenos fecais Evite a contaminagao da amostra fecal com urina ou agua do vaso sanitario PROCEDIMENTO DE COLETA: Fezes coletadas pelo paciente Meio de transporte Carry Blair ee Coletar as fezes em um recipiente limpo e seco, fornecido pelo laboratério, Retirar 0 swab da embalagem, passar 0 lado que contém o algodao nas fezes (de preferéncia nas partes da amostra contendo muco, sangue ou pus, quando presentes) brit 0 tubo contendo meio de transporte: Colocar a parte de algodao impregnada de fezes dentro do meio de transporte (parte gelatinosa do tubo) Identificar o tubo, de forma legivel, com nome do paciente, dia e a hora da coleta; Transferir para 0 frasco com tampa fomecido pelo laboratério uma porgéo da amostra de aproximadamente 5 ml de fezes diarreicas, ou 5g de fezes formadas (porgéio do tamanho de uma néz), fechar bem o frasco. Identificar, de forma legivel, com nome do paciente, dia e a hora da coleta Encaminhar 0 tubo com 0 swab € 0 frasco imediatamente ao laboratério ou refrigerar por no maximo 24hs ‘Swab Retal Passar a ponta de um swab estéril aproximadamente 1 cm além do esfincter anal Cuidadosamente rodar 0 swab para coletar amostra das criptas anais, retirar 0 swab. Certifique-se de que existe coloracao fecal no algodao. Colocar o swab no meio de transporte (Cary-Blair) e enviar ao laboratério, Para facilitar a coleta 0 swab pode ser umedecido em salina ou dgua destilada estéril, Contetido de colostomia, ileostomia ou duodenal Colocar em um recipiente bem fechado, a prova de vazamento ou no vial do meio de transporte e enviar imediatamente ao laboratério Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica FLUIDOS CORPORAIS Liquidos sinovial, pleural (empiema ou toracentesis), peritoneal (abdominal, ascite ou paracentesis), pericardico, culdocentesis (bolsa entre parede anterior do reto e posterior do Utero), aminiético (amniacentesis). CULTURA OCULAR ‘A maioria das amostras oculares deve ser coletada pelo oftalmologista, estas amostras devem ser inoculadas diretamente nos meios de cultura fomecidos pelo laboratério, no proprio consultério médico ou na clinica. Infecgdes Oculares ~ meios de cultura que devem ser solcitados ao laboratér Condigio Meio de cultura Patdgeno primario Comentario Clinica Indicado Conjuntivite | Agar Sangue A. influenzae, S. aureus, Enterobacterias —e P. ‘Agar Chocolate S. pneumoniae, $. pyogenes. | ceruginosa podem ser MacCankey (se paciente | Moraxela spp., importantes em pacientes hospitalizado) N. gonorrhoeae hospitalizados. Pesquisa de Chlamydia deve ser feita em neonatos Ceratite ‘Agar Sangue ‘Trauma ou ulcera de cérnea: P. ‘Agar Chocolate aeruginosa, $. aureus, S. Macconkey pneumoniae, S. grupo viridans, Cultura para fungo Moraxella spp, micobacterias Gultura para micobacteria | de crescimento rapido, Nocardia spp lentes de contato: GN, incluindo —P. aeruginosa, Serratia spp, Bacillus spp © Acanthomoebo spp. Endoftalmite | Agar Sangue ‘Traumitiea ou pés elrurglea’ Agar Chocolate 5. aureus, Stophylococeus MacConkey coagulase negativa, Cultura para fungo Streptococcus do grupo Gultura para micobacteria | viridans, Bacillus spp, P. acnes, Cultura para anaerobio | Anaerdbios incluindo Clostridium spp Celulite ‘Agar Sangue S. aureus periorbital | Agar Chocolate 'S. pyogenes MacConkey H. influenzoe Gultura para anaerdbio Celulite ‘Agar Sangue ‘Saureus Tnfecg6es mistas aerobios © Orbital Agar Chocolate S. pneumoniae anaersbios podem — ser MacConkey BGN incluindo P. aeruginoso | secundarias a sinusites ou Culture para fungo H influenzae traumas. Culturas de sangue Cultura para anaerabio | S. pyogenes, devem ser coletadas. Anaerobios Aspergillus @ Mucor sto importantes em diabéticos & imunocomprometidos Inoculacdio nos meios de cultura: Inocular na seguinte ordem 1° Agar Chocolate, 2 Agar Sangue e quando necessario 3° MacConkey, rolando o swab na superficie do agar formando um Z. Para cultura de anaerdbios a amostra deve ser inoculada diretamente em caldo de thioglicolato Confecionar dois esfregagos em lamina de vidro para coloracéio. Laminas especiais, devem ser utilizadas para pesquisa de Chlamydia (lamina azul com circulo transparente no qual deve ser confeccionado o esfregago). Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Tubo com agar Sabouraund deve ser inoculado quando houver solicitagao de cultura para fungos. FERIDAS/ ABSCESSOS E TECIDOS MOLES Consideragées Coletar amostras somente de feridas que tenham sinas clinicos de infecgao ou que ndo cicatrizam por longo periodo. Coletar a amostra antes do inicio da antibioticoterapia Evidencias do processo infeccioso podem ser documentadas pela presenga de leucécitos (PNIN) no esfregago corado pelo Gram. Assim, a qualidade da amostra deve ser avaliada pelo Gram, que sera utiizado como guia pera interpretaggo e seguimento da cultura. A presenga de células epiteliais indica contaminagéo da amostra com microbiota da pele e mucosa e pode comprometer 0 significado da cultura Evitar coleta com swab se amostras apiradas ou biopsias podem ser obtidas. Culturas de lesdes secas e crostas NAO devem ser coletas. ‘Swabs de feridas Feridas superficiais, nas quais no ha fluido/exsudato suficiente para ser aspirado, podem ser coletadas com swabs + Coletar swabs somente de feridas clinicamente infectadas ou daquelas feridas crénicas que nao cicatrizam; * Culturas para aerébios e anaerébios so indicadas para todas as feridas profundas e mordeduras que tenham sinais clinicos de infeccao Apés desbridamento da ferida, rolar gentilmente o swab sobre a superficie aproximadamente 5 vezes, focando nas areas onde houver evidéncia de infeceao (pus e tecido inflamado). ‘Apés a coleta o swab deve ser colocado imediatamente em meio de transporte (Amies) ¢ enviado ao laboratério, Se houver indicagao de cultura para anaerébios, dois swabs devem ser coletados Confeccionar um esfregago em lémina de vidro para bacterioscopia utilizando um swab seco Fluidos de drenagem ‘So aceitos para culturas fluidos de drenagem biliar, toraxica e abdominal. Os tubos de drenagem nao devem ser enviados para cultura pois sao altamente contaminados por microbiota da pele. A amostra nao deve ser coletada das bolsas coletoras. Culturas de drenagem cirurgica de procedimentos cirurgicos limpos no so indicadas se no houver sinais de infecedo. 5 fluidos devem ser coletados por aspirago direta do fluido fresco da area que esta sendo drenada ou por aspiracéo do fluido fresco no tubo de drenagem apés descontaminacao da superficie do tubo. Colocar o fluido aspirado em um tubo estéril e enviar imediatamente ao laboratério. Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica TRATO RESPIRATORIO TRATO RESPIRATORIO INFERIOR Escarro expectorado Para esta amostra o paciente ird participar ativamente da coleta, no entanto a superviséo direta do pessoal da enfermagem ou fisioterapia garante um melhor resultado Coletar a amostra sempre que possivel antes da antibioticoterapia Na suspeita de infece&o por micobactérias coletar 3 amostras em dias consecutivos ou altemados, somente uma amostra por dia. Orientacdes ao paciente © primeiro escarro da manha, antes da ingestéo de alimentos ¢ considerado a melhor amostra; O paciente deve escovar os dentes sem creme dental (pasta de dentes) e enxaguar a boca varias vezes com a agua, inclusive com gargarejos; Quando for o caso, retirar a protese dentaria (dentadura) antes da coleta; Respirar fundo varias vezes, e tossir profundamente, a amostra deve vir do ‘peito’ e nao da “garganta® Recolher 0 escarro expectorado dentro de um frasco de boca larga com tampa rosca fornecido pelo laboratorio, encostando a borda do frasco abaixo do labio anterior, certificando-se que nao contaminou a parte externa do frasco. Fechar bem 0 frasco O escarro obtido deve ser PURULENTO, amostras constituidas por saliva sao impréprias para anlise bacteriolégica pois néo representam o trato respiratério inferior. CRITERIOS DE REJEICAO: Rejeitar amostras em duplicata recebidas no mesmo dia, a menos que o laboratério tenha solicitado nova coleta devido a qualidade ruim da primeira amostra Nao aceitar culturas repetidas em menos que 48 horas Rejeitar amostras constituidas exclusivamente por saliva Rejeitar cultura para anaerdbio de amostras de escarro, aspirado traqueal ou lavado broncoalveolar. A amostra adequada para este exame ¢ o escovado bronquico protegido, SWAB OUVIDO/ORELHA PROCEDIMENTO DE COLETA Ouvido/Orelha externa ‘A amostra do ouvido extemo nao reflete a causa da otite média, exceto quando houver ruptura recente da membrana do timpano: Remover secre¢ao superficial com swab umedecido em salina estéril; Inserir um swab dentro do canal do ouvide até encontrar 8 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica resisténcia; Girar 0 swab e coletar 0 fluido no swab; Colocar o swab no meio de AMIES e enviar ao laborat6rio AMOSTRAS GENITAIS AMOSTRA VAGINAL Exames: Bacterisocopia e a fresco, para pesquisa de vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis, e outros microrganismo facultativos e anaerdbios, principalmente Mobiluncus spp Prevotella spp e Peptostreptococcus spp), vaginite por Candida albicans e lou Trichomonas vaginalis e vaginite descamativa. PROCEDIMENTO DE COLETA: * Apés introdugao do espéculo: ‘+ Coletar a secregdo do fundo de saco ou da parede vaginal utilizando swab de Dacron estéril ‘+ Confeccionar um esfregago em lamina para bacterioscopia (Gram) girando 0 swab delicadamente sobre a superficie da lamina, nao esfregue o swab sobre a lamina, pois este procedimento destrdi as estruturas celulares. + Lavefhomogeinize 0 mesmo swab em tml de solucdo fisiolégica estéril fomecida pelo laboratério para o exame a fresco NOTA: esta coleta pode ser realizada sem espéculo: limpe a secrecdo externa com auxilio de uma gaze, introduza o swab no introito vaginal e faca movimento de rotagdo para coletar o material. AMOSTRA ENDOCERVICAL Exames: Pesquisa de Neisseria gonorrhoeae, Pequisa de Chlamydia trachomatis, Pesquisa de Mycoplasma e Ureaplasma PROCEDIMENTO DE COLETA: + Introduzit 0 espéculo para visualizar 0 colo do titero. Se necessério, utilizar agua moma para faciltar a introdugao do espéculo, néo utilizar lubrificantes, pois estes podem ter aco antibacteriana; + Limpar 0 colo do titero com gaze estéril ou swab, removendo secregdes vaginais muco endocervical; + Introduzir 0 swab estéril 1-2 cm no canal endocervical, girar delicadamente 180° varias vezes e retirar cuidando para no tocar nas paredes vaginais; * © primeiro swab (alginatado) deve ser utiizado para pesquisa de Neisseria gonorrhoeae, 0 swab deve ser inoculado imediatamente em meio de transporte de Amies com carvéo; * O segundo swab deve ser utilizado para pesquisa de Chlamydia trachomatis. Fazer um esfregaco fino e homogeneo na area demarcada da lamina para IFD e/ou colocar o swab em meio de transporte especifico para técnica molecular (PCR); * terceiro swab de Dacron, poliester ou alginato deve ser utiizado para pesquisa de Mycoplasma e Ureaplasma, colocar o swab imediatamente no meio de transporte especifico para realizag&o da cultura; os micoplasmas tém grande afinidade pelas oélulas de mucosas, 6 importante efetuar uma boa raspagem da mucosa para garantir a coleta de uma amostra adequada. © frasco com meio de transporte deve estar a temperatura ambienteColetar separadamente 0 material endocevical e vaginal, utiizando swabs diferentes. AMOSTRA INTROITO VAGINAL E RETAL Pesquisa de Streptococcus agalactiae (beta hemolitico do grupo B) Coletar amostra entre a 35 e 37 semanas de gestacao. Informar ao laboratério se paciente alérgica a penicilina para que seja testado perfil de suscetibilidade a eritromicina e clindamicina 10 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica PROCEDIMENTO DE COLETA + Coletar um tinico swab da vagina distal (introito vaginal sem espéculo) seguido pela coleta retal (inserir o swab através do esfincter anal) amostra swab vaginal/retal, ou coletar dois swabs separados uma para cada sitio + Inserir o swab em meio de transporte de Amies AMOSTRA URETRAL Avisar ao paciente que a coleta da amostra pode ser dolorosa, que a miccao seguinte pode ser dolorosa, e que o aumento da ingestao de liquidos pode ajudar a diminuir a concentragao da urina e, portanto, o desconforto. PROCEDIMENTO DE COLETA O paciente nao deve ter urinado por pelo menos 2 horas, a micg&o pode diminuir a capacidade de detectar organismos. Utilizar swab fino com haste flexivel, especifico para coleta uretrogenital. Umedecer 0 algod&o com salina antes da insergéo pode ajudar a reduzir 0 desconforto. Introduzir 0 swab lentamente (3-4 cm em homens; 1-2 cm em mulheres), girar lentamente, mantendo 1 @ 2. segundos e retirar delicadamente. Bacterioscopia: Preparer um esfregago rolando o swab na superficie de uma lamina de Vidro para bacterioscopia (Gram), o mesmo swab deve ser colocado em solucdo fisiolégica estéril para pesquisa de Trichomonas e/ou leveduras Pesquisa de N. gonorrhoeae: repetir o procedimento descrito acima, e colocar o swab no meio de transporte de Amies com carvao. Pesquisa de Chlamydia: repetir 0 procedimento descrito acima, Fazer um esfregaco fino e homogeneo na area demarcada da lamina para IFD efou colocar 0 swab em meio de transporte especifico para técnica molecular (PCR) Pesquisa de Micoplasma e Ureaplasma: repetir 0 procedimento descrito acima utllizando swab de Dacron, poliester ou alginato, colocar o swab imediatamente no meio de transporte especifico para realizagao da cultura; O frasco com meio de transporte deve estar a temperatura ambiente. AMOSTRA: LESOES GENITAIS (vesiculas e ulceras) Pesquisa de Haemophylus ducreyi (papula que evolul para piistula e icera, com fundo raso, borda amolecida e bem definida, leséo Unica ou mtitiplas, apresenta-se sensivel e dolorosa — cancro mole); Pesquisa de Treponema pallidum (les&o ulcerada de fundo limpo com borda endurecida, geralmente indolor ~ cancro duro), Pesquisa de Chlamydia trachomatis (ulcera ou vesicula pequena — lifogranulona venério); Pequisa de Klebsiella granulomatis(nédulo tnico ou multiplo, com curso crénico, aumenta causando erosdo cuténea, evoluindo para Ulcera profunda e indolor); Herpes simplex tipos 2 € 1 (miltiplas les6es: papulas, vesiculas — bolhas, pistula ou ulceras, normalmente dolorosas e sensiveis e geralmente recidivantes); Papiloma virus humano (verruga genital ~ verruga Unica ou multiplas, de coloragao escura com formacées espiculadas) PROCEDIMENTO DE COLETA: Limpar a superficie da leséio com solugdo salina (0.85% NaCl). Se houver somente eritema ou edema, coletar swab do exsudado ou do eritema para realizar cultura de leveduras. Se houver dlcera realizar pesquisa de H. ducreyi e T. Pallidum. Se houver crosta na lesdo, remové-la gentilmente umedecer 0 swab com salina estéril e coletar friccionando vigorosamente a base da leséo para cultura de H. Ducreyi. Altemativamente, raspar delicadamente a lesdo com uma lamina de bisturi estéril até emergir um fluido seroso (tente evitar o sangramento).. Irrigar com salina Cultura para H ducreyi: esfregar vigorosamente a base com swab estéril ou aspirar o fluido ut Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica com seringa e agulha. Colocar a amostra diretamente em meio de cultura (Agar chocolate), ou meio de transporte (meio de AMIES) € confeccionar um esfregaco para coloracéo de Gram Pesquisa de T pallidum: limpar o fluido, sangue ou debris celulares com gase estéril, aplicar uma leve presséio na base da leséo, ocorrerd exsudagéo de fluidos do tecido, enxugar as primeiras gotas até o surgimento de um fluido claro e seroso. Recolher o fluido diretamente em uma ldmina e cubrir com laminula para microscopia de campo escuro. Se nenhum exsudato estiver presente, adicionar uma gota de salina, raspar a base da lesdo e aspirar novamente a gota de salina colocar 0 material em uma lamina e cobrir com laminula Fazer um esfregago em outra ldmina para coloragao de Fontana ‘AMOSTRA RETAL Pesquisa de N. gonorrhoeae PROCEDIMENTO DE COLETA: Para realizar cultura de N. gonorrhoeae introduzir 0 swab 2 a 3 cm dentro do canal anal, fazer movimentos circulares por 10 a 30 segundos junto a parede retal, pressionando lateralmente para obter células epiteliais colunares. Se houver contaminagéo fecal visivel, descartar o swab e obter uma outra amostra. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO -Apés @ coleta, anotar na etiqueta o hordrio da coleta = Enviar ao laboratorio imediatamente as amostras para: 1) Assegurar a sobrevivéncia e isolamento do microrganismo, pois 0 laboratério de Microbiologia trabalha basicamente en fung&o da viabilidade dos microrganismos. 2) Evitar 0 contato prolongado dos microrganismos com anestésicos utilizados durante a coleta, pois eles poderdo exercer atividade bactericida. 3) Evitar erros de interpretagao nas culturas quantitativas, principalmente urina e lavado broncoalveolar. 4) Consular o laboratério para verificar a disponibilidade dos meios de transporte. ‘Tempo critico para entrega da amostra ao laboratério e meios de transporte ‘Amostra Tempo eritico Frascos e melos de transporte Liquor Tmediato sem refrigerar | Tubo seco estéril Liquide pleural Imediato sem refrigerar__| Tubo seco estéril Swab Imediato sem refrigerar | Tubo seco estéril ou meio semisolido (Stuart, Amies) Suspeita de anaerébios 30min Meio de transporte apropriado, ndo transportar em seringa com agulha Hemoculture 30 min (no refrigerer) | Frascos com meios de cultura para rotina manual ou automatizada rato respiratorio 30min Tubo seco estéril “rato gastrointestinal Thora Tubo seco este Urina hou refrigerada até 24h | Pote seco estéril Fezes 12h se meio de transporte | Cary Blair meio modificado para wansporte de fees, com pH 8/4, Boa recuperacio também para Vibrio sp © Campylobacter sp. 12 Berber, Gilcele ampos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisiglo de exames a andlise microbiolégien Criterlos de rejeicdo para amostras clinicas © microbiologistas ou responsavel pela rotina devera verificar se a amostra esta apropriadamente identificada, se a quantidade de material é sufuciente e observar 0 aspecto da amostra — purulento, limpido, hemorragico, etc. Fungos: Coleta direta , Limpar a superficie da pele com alcool a 70%: ndo utilizar iodo. Recomenda-se nao lavar a leso com sabées antissépticos no dia da coleta, nao utilizar cremes hidratantes ou talco. Usando um bisturi, com lamina ester, raspar as bordas ativas da lesdo. A coleta de material da area central pode ser causa de resultados falso-negativos. , Amostra do couro cabeludo inclui cabelo, que ¢ seletivamente coletado para exame (aqueles que apresentem caracteristicas de tonsura, quebradicos) sendo arrancado pela raiz., Amostra de unha - obter raspado e/ou material abaixo da unha, utilizando se bisturi com lamina estéril. Deve-se retirar 0 esmalte pelo menos um dia antes da coleta — remanescentes de esmalte ou acetona podem interferir no crescimento fungico em casos de solicitago de cultura para fungos. , Os materiais obtides podem ser colocados em placa de Petri estéril ¢ identificados separadamente para cada sitio a ser investigado (por exemplo, unha da mao direita, raspado co pé esquerdo, raspado da regido plantar, etc.). . Transportar as amostras ao laboratério em temperatura ambiente. Nao se recomenda a conservacao sob refrigeracao. 3, Microscopia e coloracéo Direto sem coloracao Salina Material Indicaglo Técnica ‘Salina Observagio da morfologia bacterlana Gotejar @ salina no centro de uma lamima de (soro fisiclégico) _—_€ avaliacdo da motilidade miscroscopia e nela suspender uma colonia (ou uma algada do material a ser investigado LaminaeLamimula Pesquisa a fresco de Trichomonas em —Cobrir com uma la seregbes © fungos om diferentes microseépio, com objetiva de 40 X ou 100 X materiais (6leo de imersio) Hidréxido de Potassio Material Indieagies Técnica Hidrexide de Pesquisa de fungos (leveduras e Inserira amostra no centro da lamina; potdssioem soluggo filamentosos). em materials Suspender 0 material com uma a duas gotas aquosa 2 10% ou ——_biolégicos (muco, restos celulares, de KOH; 20%, Lamina, pelos, unhas, etc) Cobrir com laminula e aguardar 30 min ou Laminula aquecer ligeitamente a lamina para acelerar 0 Dissolver a queratina e © muco, clareamento; destacando as estruturas flngicas, Examinar em 10X ou 40X, fechando o ‘quando presentes diafragma; 4s laminas podem ser colocadas em camara \Gmida e, ap6s 24 h, realizar nova leitura 13 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Exame em campo escuro Material Indicagio Tée Microscépio com ‘Observar @ motilidade de bactérias Para e Treponema pallidum: condensador de no observadas em microscopia Atritar as bordas da lesdo suspeita com um campo escuroe, direta com salina (ex. Treponema swab ou alga bacteriolégica; Colher 0 quando possivel, em pallidum e da Leptospira sp.) exsudato com a prépria alga ou fazer um 100X com fs. imprint com a lamina; Cobrir com a laminula Lamina. Laminula Observar a matilidade do (utilizar uma gota de salina); Realizar a Salina, Oleo de Campylobacter sp. € outras _ pesquisa rapidamente, imerséo bactérias. Para a Leptospira sp. Utlizar a urina recém-emitida, centrifugada & fexaminar 0 sedimento; Em campo escuro, colocar dleo de imersio entre o condensador © a parte inferior da lamina (encostar 0 condensador na lamina); Observar em objetiva de 40K; Avaliagéo do material seguindo a bacterioscopia por imerso, com objetiva de 100X. Tinta da China Material Indicagao. Técnica Tinta da China Pesquisar eriptococos em liquor ou Suspender © sedimento da liquor ou (nanguim) ‘outros materials, permitinde uma colénia do meio de cultura em uma Lamina, Laminula _—destacar_ a cépsula desse fungo gota de tinta da China, fazendo-se um contra um fundo negro filme fino entre a lamina e a laminula; Observar er objetivas de 10X e 40X. Se espesso, adicionar uma gota de salina esterilizada para faclitar a observacto. E comum confundir linfécitos com criptococos. A diferenciagao € feita pelo ricleo refringente © gemulago do fungo COLORACOES Coloracao de Gram A coloracdo de Gram é utiizada para classificar bactérias com base no tamanho, morfologia celular e comportamento diante dos corantes. No laboratério de microbiologia clinica é um teste adicional rapido para o diagnéstico de agentes infecciosos, sendo também utilizado para avaliar a qualidade da amostra clinica analisada. As interpretagdes dos esfregagos corados pelo Gram envolvem consideragées relacionadas com as caracteristicas, da coloragao, tamanho, forma e agrupamento das células. Essas caracteristicas podem ser influenciadas por vérios fatores. incluindo idade da cultura, o meio de cultivo utilizado, a atmosfera de incubacdo e @ presenga de substéncias inibidoras. Néo se pode deixar de destacar que a coloragéo de Gram somente serd um recurso rapide e util quando for corretamente realizada (do ponto de vista técnico) e interpretada por profissionais experientes. . Utlizagéo — Para bacterioscopia da maioria dos materiais biolégicos ou culturas de microrganismos em meios sdlidos ou Iiquidos. ~ As amostras de culturas jovens (< 24h) de meio de culture sem inibidores e amostras clinicas recém-coletadas so as que fornecem melhores resultados. - Na verificagéo da morfologia bacteriana a partir de esfregacos de cultura em caldo. Materiais necessarios Laminas de vidro, alga bacteriolégica, bico de Bunsen, meio de cultura, 6leo de imersao, Luvas, cronémetro, Salina estéril 0,85% , microscépio. 14 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Técnicas para preparar 0 esfregaco ‘A coloracdo de Gram pode ser feita de forma direta (coleta com swab da infec¢do) ou indireta transferindo o material do meio liquido ou meio sélido, Utilizar uma gota de salina estéril em uma lémina limpa. Transferir uma pequena porcdo da colénia com alca bacteriolégica. Misturar suavemente para obter um esfregago levemente turvo e homogéneo. ‘A Fixago do Esfregaco pode ser feita pelo Calor ou Metanol. Através do calor: todo © esfregago, antes de ser submetido a coloracdo, deverd estar seco (exposto ao ar), sendo fixado com calor brando (50°C), a fixago excessiva e 0 superaquecimento irdo distorcer a morfologia celular e a fixagao insuficiente permitiré a saida do material durante 0 processo de coloragao. Deixar a lémina esfriar antes de iniciar a coloragao. Através do Metanol ou Etano: a fixagao pelo metanol ou etanol também pode ser utiizada. Além de prevenir a lise das hemédcias, evita que os esfregagos, principalmente os de urina, desprendam-se no momento da coloragao. Deixar 0 esfregago secar numa superficie plana; apds, colocar uma a duas gotas de alcool (1 minuto), drenando 0 excesso, sem lavar. Nao aquecer a lamina antes da coloragao Coloragao: Cobrir a érea com a solugdo de cristal-violeta por cerca de um minuto. Decantar 0 cristal-violeta e lavar suavemente com a prépria solugao de iodo ou agua da tomeira. (Obs.: lavagem excessiva nessa etapa pode causar a retirada do cristal violeta das células Gram-positivas). Cobrir a area do esfregaco com a solugo de lugol durante cerca de um minuto, Descorar a lamina com a mistura dlcool-acetona (1:1), até que o solvente escorra incolor. Altemar com agua corrente (jato fraco). © tempo usualmente utilizado nessa etapa é de cerca de 10 segundos. (Obs.: lavagem excessiva nessa etapa pode causar a retirada do cristal violeta das células Gram-positivas, assim como, a pouca descoloragao pode resultar em pouca retirada do cristal violeta, ocasionando uma tonalidade azulada nas bactérias Gram- -negativas). Cobrir 0 esfregaco com a solucdo de safranina (ou Fucsina basica 0.1% a 0.2%), por cerca de 30 segundos. Lavar com agua corrente. Deixar secar Como reportar os resultados As bactérias Gram-positivas retém o cristal-violeta e se apresentam com coloracao Violeta enquanto as Gram-negativas so descoradas pelo alcool-acetona, sendo, portanto, coradas com 0 corante de fundo (fucsina ou safranina) e se apresentam avermelhadas. Coloragao de Albert Laybourn (Corinebactérias) Solugéo A: Azul-de-toluidina = 0,159; Verde-malaquita = 0,209; Acido acético glacial = tml; Alcool 95% = 2mi; Agua destilada = 100m! Solugao B: lodo = 2g lodeto de potassio = 3g; Agua destilada = 300mI Execucao: Corar 3 min com solugdo A; Escorrer e lavar com gua corrente, cobrir com solugio B; Apés 2 min lavar com agua corrente; Enxugar com papel filtro e secar sem passar na chama; Observar 0 corpo bacteriano corado em verde e os granulos metacroméiticos (castanho- escuro), Coloracao de ZiehI-Neelsen - Solugao de carbolfucsina: Fucsina basica = 0,3 g ; Alcool etilico a 95% = 10 ml ; Cristais de fenol derretidos = 5 ml; Agua destilada = 95 ml OBS: Dissolver a fucsina basica no dlcool € o fenol na agua; Misturar as duas solugdes; Deixar repousar por varios dias antes de usar. 15 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Acido-dlcool . Alcool etilico = 97 ml; Acido cloridrico concentrado = 3 ml Coloracao de fundo (azul de metileno) Azul de metileno = 0,3 ml; Agua destilada = 100 mi Execucdo: Cobrir a superficie da lamina com a solugéo de carbolfucsina, aquecer a lamina coberta com o corante, lentamente com auxilio de um bico de Bunsen, até a emisstio de vapores, tomando o cuidado para ndo deixar ferver. Aquecer com calor baixo ou intermitente por um periodo de trés a cinco minutos. Deixar a lamina esfriar. Lavar a lamina com agua corrente. Cobrir a lamina com solugao de alcool - acido a 3% e descorar 0 esfregaco até que o corante nao drene mais da lamina. Lavar a lamina com agua corrente @ esgotando todo residuo da mesma. Cobrir a lémina com o corante de contraste (azul de metileno), por 20 a 30 segundos. Lavar a lamina com agua corrente e deixar secar naturalmente sem forgar com papel de filtro. Examinar o esfregaco com objetiva de imersao no aumento de 100x. Melos de cultura: © crescimento dos microrganismos nos diferentes meios de cultura utiizados fornece as primeiras informagées para a sua identificagdo. E importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio de cultura e adequar 2o perfil bacteriano esperado para cada material. Agar sangue (AS) — meio rico no seletivo, diferencial para a hemédlise, nele crescem a maioria dos Gram negativo e Gram positivo, além de fungos filamentosos (bolores) & leveduras, exceto algumas espécies de heméfilos e outros fastidiosos. Agar chocolate (AC) — meio rico e nao seletivo, permite 0 crescimento da grande maioria das bactérias aerdbias e facultativas. Quando incubado em CO2 da suporte também ao crescimento dos microersfilos. Pode-se observar halos esverdeados com colénias alfa- hemoliticas. , Agar MacConkey (MC) - meio seletivo para Gram negativo e diferencial para a utilizacéo de lactose. Deve inibir 0 crescimento de microrganismos Gram positivo. — Lactose positiva — coloracéo avermelhada - Lactose negativa — coloragao inalterada - Como excecdo, eventualmente, podem crescer Enterococcus, Candida e Bacillus. Agar Salmonela-Shigella (SS) ~ meio seletivo para Salmonela e Shigella e diferencial para a utilizagao de lactose (coloragao résea) e produgdo de H2S (colorado negra) Agar Hecktoen Enteric (HE) - meio seletivo para Saimonela e Shigella e diferencial para a Utiizago de lactose (coloragdo alaranjada) e produeao de H2S (coloraeao negra). Agar Thayer Martin Modificado (TMM) - meio seletivo pela adigéo de colistina, vancomicina € nistatina inibe crescimento de enterobactérias, Gram positivos, fungos e algumas espécies de Neisserias saprofitas. Enriquecido com a adic&o de complementos para a recuperagao de N. meningitidis e N. gonorrhoeae Vide médulo de meios de cultura para caracteristicas de outros meios. 16 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Material clinico e os respectivos meios de cultura Meios de cultura para semeadura dos principais materiais clinicos e indicagao de exames microscopicos, que podem ser alterados conforme suspeita clinica. Meios de cultura Material Ac | AS [mc] Tio | ouTRO | Uj | SAB | MYC] Lamina Abscesso profundo x Ferida cutanea/cirirgica ‘Abscesso cerebral ‘Abscesso pulmonar Bidpsi Coprocultura (Fezes) x s Nao Liquido de Didlise x [x [x Endométrio/ Amnistico x [x x Escarro piogénico x [x Escarro para Tuberculose x Esperma/ Prostatico x |x Fistula/ Dreno x [x Nao Ganglio x Lavado Bronquico (BAL) x x x | x Liquor (LCR) Nasal/ Orofaringe sso (Bidpsia / Aspirado) Ocular x Orofaringe Ouvido x Peritonial/Asctico x Pleural x Ponta de cateter ‘Sangue/Hemocultura x [x Uretral x | x ™ Urina cLED Vaginal/Endocervical x [x [x ™, Nota: Quando solicitada a bacterioscopia cbservar desvios de flora e presenca de leucdcitos, ‘LAC = agar chocolate; AS = égar sangue; MC = agar Mac Conkey; TIO = caldo tioglicolato; LI = agar Lowenstein Jensen; SAB = agar Sabouraud; MYC = Mycosel; SS = agar Salmonella-Shigella; TM = agar Thayer Martin (opcional); CLED = agar CLED Nao po af] Elna fn) roe Para fungos ou micobactérias Para fungos: Sabouraud e Mycosel, ver orientagao especifica para semeadura. Agéncia Nacional de Vigilancia SanitariaMS 59 Médulo 4: Procedimentos Laboratoriais: da requisigao do exame a analise microbiolégica e laudo final Para micobactérias: Lowenstein Jensen, materiais contaminados com flora devem ser previamente descontaminados (escarro, urina, aspirado gastrico, lavado bronquio-alveolar, fezes). Procedimentos para semeadura em meios de cultura Semeadura qualitativa - Organizar as placas, pré-aquecidas em estufa (ideal para fastidiosos), ou & temperatura ambiente, sobre a bancada conforme o material a ser semeado. — Identifica-las com 0 numero da amostra e iniciais do paciente. ‘Separar as laminas correspondentes @ cada exame, a serem preparadas e identifica- las. - Homogeneizar 0 material, quando liquido (urina, LCR, sangue, pleural, etc.) Escolher a porgdo mais purulent no caso de secrecées, ou no caso de fezes, a parte com sangue, muco ou pus. - Os swabs deverdo ser rolados sobre os meios de cultura, seguindo a sequéncia dos mais ricos para os mais seletivos (Agar Chocolate, Agar Sangue, 7 Berber, Gilcele de Campos Martin, Microbiologia Laboratorial: da requisigdo de exames 2 anslise microbiolégica Mac Conkey). - Com material muito Ifquido (LCR, pleural no purulento) concentrar o material por centriftugacao a 2.500 rpm (1500 g) por 10-15 minutos e semear o sedimento, Na semeadura de rotina pode-se utilizar placas com divisées de dois e tres compartimentos para racionalizacéo de gastos, mas seu uso exige maior habilidade na semeadura a fim de se obter colénias isoladas. Ex.: hemocultura em placa triplice: Agar sangue, Agar chocolate e Agar Mac Conkey. Secregdes em placa dupla: Agar sangue e Agar Mac Conkey, proceder a uma semeadura que permita o crescimento de colénias isoladas. Técnica de Semeadura Qualitativa — A semeadura para cultivo qualitative pode ser feita com 0 proprio swab (do meio de transporte), ou amostra do material removida com alca (estéril) flambada e semeada de forma a obter um gradiente decrescente de concentrag&o do inéculo, que permita o isolamento de todas as col6nias diferentes. - Recomenda-se que @ semeadura e a leitura das placas sejam realizadas pelo mesmo profissional para aprimorar a técnica de semeadura e isolamento de col6nias. Semeadura quantitativa Materiais indicados ou recomendados Urina - LBA (lavado bronco alveolar) Aspirado traqueal — Bidpsia de tecido Hemocultura periférica x cateter para diagnéstico de infecgao relacionada ao cateter Liquido de dialise - Secrecéo prostatica Cateter (técnica de Maki e outras) Técnica de Semeadura Quantitativa © cultivo quantitativo baseia-se na semeadura de um volume conhecido de material ea contagem do numero de UFC (unidades formadoras de colénia) obtidas apés incubagao. Utlizam-se dois artificios para o efelto de diluic&o do material. - Uso de pequenos volumes: normalmente de 1, 10 ou 100 UL. O numero de UFC obtido devera ser multiolicado pelo fator de correc para 1 mi, relativo ao volume inoculado: 1.000, 100 ou 10, respectivamente. Pode ser realizada utiizando-se volume de material definido pela capacidade da alca calibrada ou volume da pipeta com ponteira estéril. - Técnicas dilucionais: costuma-se utilizar a diluigéio seriada do material em escala decimal, isto €, 1:10, 1:100, 1:1.000 ... O numero de UFC obtido devera ser multiplicado pelo fator de corregéo para 1 ml, relativo a diluigdo utilizada; 10, 100, 1.000 ..., respectivamente. Descarregar 0 material num canto da placa - Flambar a alca - Esfriar a alca em um canto do agar + Semear partindo da ponta da primeira semeadura + A cada mudanga de diregdo flambar a alga e esfrid-la. Incubacao A incubagaio deve sequir alguns parémetros determinadbos. Atmosfera: Para bactérias nao exigentes em secregées, urina, fezes, etc. incubar em estufa em atmosfera ambiente. Para bactérias exigentes tais como: pneumococos, heméfilos e Neisserias ou fastidiosos incubar em microaerofilia (Jarra com vela acesa de modo a obter 3-5% de CO2). Para Campylobacter é necessdrio tensdo de 5 a 10% de CO2 e restricao de 18 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica 02 sendo conveniente 0 uso de geradores especificas. Para bactérias anaersbias, incubar em sistema de anaerobiose estrita, Temperatura: 36 ° C +/- 10 C ¢ a temperatura para a grande maioria das bactérias da rotina, incluindo 08 anaerdblos & micobactérias. Fungos podem ser cultivados a 30° C ou 25 € 35° C. Temperatura a 42" C pode ser necessiiria para isolar espécies de Campylobacter. Umidade: Bactérias fastidiosas e exigentes (neisserias patogénicas e hemdfilos) crescem melhor se forem incubadas num recipiente com tensdo de 5% de GO2 com um chumago de algodao embebido em aqua estén. Tempo: Em geral, @ primeira leltura é realizada com 18 @ 24 horas de incubaco ou em ‘casos de urgéncia para iniciar a identificagao & antibiograma, a partir de 6 horas & passivel visualizar crescimento de algumas enferobactérias. ~ Para anaerdbios é recomendavel a primeira leitura com 48 a 72 horas de incubagae. — Para bactétias exigentes ou de ‘crescimento lento 0 periodo de incubac&io pode ser bastante prolongado: Micobaciérias de 3 a 45 diss; Nocardia, 4 a 7 dias; Brucelis 3 4 7 dias (hemoculturss até 45 dias). Para ‘complexo B. cepacia 48-72h, ‘Caraeteristieas macroseépicas das colénias ‘0 tamanho das colénias deverd ser considerado na placa como um tedo, uma mesma cepa pode formar coldnias de tamanhos variados em diferentes pontos da placa, Pequena (até 2 mm de diametra) — Shigella e Yersinia costumam crescer em agar MaC Conkey © Agar Salmonelia-Shigelia como colénias pequenas e lactose negativas. Stenotrophomonas maltophilia, Acinetobacter spp, Enterococcus spp, pneumococos, Streptococcus spp. Candida spp e alguns esfafiococes coagulase negativo também ‘costumam formar coldnias pequenas. Média (até 3 mm de didmetro) — Enterobactérias e estafilococos. Grandes (mais de 4 mm de didmetro) — Bacillus spp, algumas enterobactérias coma Klebsiella ¢ Enterobacter, ov Pseudomonas aeruginosa, Vale lembrar a formagao de véu, caracteristico do género Proteus, Comamonas e algumas capas de Pseudomonas. ‘Cor A coloracao dependerd do meio de cultura utilizado. Meios no diferenciais - pode-se identificar 8 coloracio catacteristica de alguns microrganismos: ~ S. aureus = amarelo = Iicrococcus = amarelo = Serratia mascescens ou rubidae — avermelnado — Roseomonas - réseo - Pseudomonas — diferentes tons de vorde & ‘eastanho ~ Enterococcus casseliflavus - amarelo, Melos diferenciais — a coloragae da coldnia sotre interferéneia das reagdes que ocorrem ‘com substraios dos meios de cultura: ~ Utilizago da lactose no MacConkey ~ vermelho = Utiizagao da lactose ne CLED = amarelo = Utilizagao do menitol em Agar manitol salgado — amarelo ~ Produgao de H2S no TSI, Hecktoen Enteric e Saimoneiig-Shigella ~ negro. Forma da colénia Redonda: E. coll, Klebsiella, Serratia, Stenotrophomonas, Acinetobacter, Estafilococos, Estreptococos Imegular: Pseudomonas, Proteus, Providencia, Morganelia, Bactlirs Predugo de véu: Proteus, Comamonas, Pseudomonas Filementosas: fungos filamentosos Farmando pontas ou estrelas: Candida albicans ‘Com depressao no centro: Pneumacoco ‘Cerebrifarme: Pseudomonas stutzeri Elevada: Klebsiella, Bacillus ‘Chata: Enterobacter, Pseudamonas 18 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica ‘Consisténcia Friavel ou quabradica: Moraxella Mucside: Klebsiella, Pseudomonas, Bacillus Seca: E. coll, Citrobacter Butirosa (manteiga): Candida Cheire ‘Cheiro de cloro: Eitenella coodens Perfume ordindrio: Pseudomonas aeruginasa ‘Cheiro fétido: Anaerdtios Caramelo: Streptococcus viridans Fermento: Candida spp ‘Queljo: S. aureus Terra: Nocardia e Streptomyces Peixe: Acinetobacter em agar sangue Densidade ‘Opaca: E. call, Candida, S. aureus Brilhante: Stenotrophomonas, Preumococos Translucida: Streptocascus beta hemalitice Avaliacaio do crescimento e contagem Cultura Quantitativa: = Avaliar a homogeneidade de crescimenio pela placa. ~ Contar soparadamente todas as colgnias diferentes entre 30 e 300 UFC. — Para a contagem deve-se marcar com uma ‘eaneta 0 verso de cada unidade contada, para evitar que se conte duas vezes a mesma colénia. = Contagens maiores devem ser determinadas por estimativa: Dividir a placa em 4 ou 8 parte ‘Observar a homogeneidade do crescimenta € contar as partes qué sejam mais representativas do crescimente total. ‘Contar © nimero de UFC da parte escolhida e multiplicar pelo total de partes ‘Converter o nimero de UFC cantadas em UFC/ml ou UFC/g, confarme o material analisado, Utilizar o fator de corregaa; — do volume: 4 UL = multiplicar por 1000 + 10 = multiplicar por 100 100uL ~ multiplicar por 10 ~ e/ou diluigao: diluigds 1-10 — multiplicar por 10 diluigde 1-100 — multiplicar por 100 diluigao 1:1000 = muttiplicar por 1000 ‘Cultura Semiquantitativa ¢ Qualitative Pera a maioria das culturas néo se padroniza o volume do indculo @ semeia-se 9 swab elou © Material mais representative com a alga, com a finaldade apenas de obter coldnias isoladas para posterior identificagao (secregies cutdineo, mucosas. fezes, etc.), Para esses materiais 0 objetivo pode ser encontrar um patigeno especifico entre bactérias da microbiota considerada normal na area de onde foi obtida a amosira clinica (5, pyogenes ‘em orofaringé, Salmonella e Shigella em fezes, N. gonamhoeae em secrecdo uretial, etc) ‘Outras vezes, devem-se relatar as bactérias potenciaimente patogénicas e descrever a felagdo entre as coldnias isoladas (predominio da..., presenca dé... OU raras colbnias dé...) Ex: Cultura de ferida cirdrgica = predominio de $. aureus, presenca de P: aeruginosa e raras coldnias dé E. coli, é ignorar raras colénias de Staphylococeus coagulase negative, ou dé -estreptococes alfa hemoliticos, corineformes, quando baciérias potencialmente patogénicas forem isoladas. 20 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica Identificagao Meias de cultura 0 crescimento dos microiganismos nos diferentes melos de cultura utilizades fornece as primeiras informagdes para a sua identificagao. E importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio de cultura e adequar a0 perfil bacieriano esperado para cada material. . Agar sangue (AS) ~ meio rico © nao seletivo, diferencial pare a hemdlise, nole crescem a maioria dos Gram negativa © Gram positive, além de fungos filamentosos {bolores) leveduras, exceto algumas espécies de hemodtlos e outros fastidiosos, ‘Agar chocolate (AC) ~ meio rico © nao seletivo, permite o crescimento da grande maioria das baciérias aerdbias ¢ facultativas. Quando incubado em CO2 dé suporte também ao ‘crescimento das mictoaerdtlos. Pade-se observar halos esverdeados com col6nias alfa- hemoliticas , Agar MacConkey (MC) — meio seletivo para Gram negative e diferencial para a utilizagao de lactose, Deve inibir o erescimento de microrganismos. Gram positivo. — Lactose positiva — coloragéo avermeihada ~ Lactose negativa — coloragéo inalterada - Como excecdo. ‘eventualmente, podem crescer Enterococcus, Candida e Bacillus, Agar Salmonela-Shigella (SS) — meio selotivo para Salmonela e Shigella e diferencial para autilizagdo de lactose (colerago résea) @ produgSo de H25 (coleragao negra). ‘Agar Hecktoen Enteric (HE) ~ meio seletivo para Salmonela ¢ Shigella € difetencial para a utilizagao de lactose (coloragae alaranjada) e produgiio de H2S (coleracao negra). Agar Thayer Martin Modificado (TMM) ~ meia seletivo pela adicao de colistina, vancomicina @ nisiatina inibe crescimenta de enterobactérias, Gram positives, fungos ¢ algumas espécies de Neisserias sapréfitas. Enriquecido com a adicéo de complementos para a recuperagdie de N. meningitidis e N, gonormoeae, Esquema geral de identificacdo bacteriana ‘Crescimento bacteriano - Observar as caracteristicas das diferentes colénias crescidas em cada meio de cultura utiizado. Lembrar que @ tamanhe das colénias de um mesmo agente pode ser varidvel, conforme a proximidade com outras colénias. ~ Par exemplo, semeadura ‘em Agar sangue (AS) 6 Mac Conkey (MC: ‘Observar quantos tipos de coldnias cresceram em cada agar, As colinias que cresceram ‘somente em AS devem ser de microrganismo Gram positivo ou mais exigente. Tadas as colinias presentes no MC, microrganismos Gram negativo, devem apresentar correspondente no AS. — A escolna dos meios utlizados para cada material deve estar relacionada aos agentes esperadbs. Crescimente dos microrganismes nes principals meios de cultura utilizaces na rotina Mais provavel Agar] Agar | CED | Mac | Salm | Gallo Chocolate | Sangue Conboy | Shigella | 110 ‘Gram nogativo, evoduras o entorococo + + >| | [+ ‘Gram postive ++ + | _- - + “Gram negatives exgomter + + : : : : Haemophilus + : . - - - “Anaerdbios| - - - : + {+ Mela di suporte ao crescimento - Meio nfo dd suporte a0 crescimanto * Principalmente em coluna alta Optar entre © erescimento a ser valorizade @ 0 que deverd ser ignorado. Muitas ‘vezes ¢ impossivel definir @ significado clinico de um isolado sem conhecer previamente sua identificagao. Todo crescimento deve ser avaliado e classificade como: « patégeno em potencial ou provavel contaminante. Para tanto, deve-se reunir evidéncias microbiolégices, clinicas & ‘epidamiokigicas: + conhecer os principais patégenos esperades para cada material biolégico, bem como a respectiva microbiota (flora normal) 2 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica + obter © maximo de informagSes sobre © quadra clinico apresentado (sinais, sintemas, diagndstica e doenga de base); + 0S Componentes Ga microbiota residente (Micrococcus. Estafilococos coagulase negativo, . viridans...) apresentam menor valor preditive positive como-agentes infecclosos, sendo de facil interpretago na maiona dos casos. Entretanto, em condigées especificas podem participar como agentes patogénicos. Por exempla: duas ou mais hemoculturas periféricas com S. vindans ou outros patencials contaminantes podem ser consideradas como possivel diagnéstica de bacleremia por esses agentes, devenda ser investigada a possibilidade de endocardite, ou ainda colonizagaa de catater. (Observar se @ Cultura 6 pura ou se existem diferentes tipos de colénias, nesse caso. ‘se hd predominio de um tipo e dependende da topogrefia se o agente pode ser considerado potencial patogeno ou contaminante. ‘As culturas puras apresentam malor valor preditive positive para diagndstice (trate urinario, secrag6es de feridas, etc), no entanto em sitios intensamente colonizados como por exemplo cultura pura de Pseudomonas aeruginosa ou Candida em coprocultura, uma provavel interpretagdo seria 6 comprometimento da microbiota pela uso de antimicrobianos, No caso cultura pura de S.viridans em swab de orofaringe representa a microbiota habitual ‘Sempre que possivel, deve-se tragar um paralelo entre os achados da bacterioscopia direta do material e © resultado da cultura, buscando: valorizar achados de cultura — bacterioscopia com predominio de cocobacilos pleomérficos em LBA e isolamento de Haemophilus em cultura, ainda que em baixas ‘contagens por dificuldades de crescimento, Definir contaminantes = presenga de abundantes células epiteliais na bacterioscor da uring ndo centrifugada ou em escarro, denotando a contaminagéo com a microbiota local Detectar fainas nas condig6es de coleta efou pracessamento laboratorial e use de antimicrobianos- Bacterioscopia de liquor, liquide articular ou secreco conjuntival com diplococos Gram negative aos pares iniracelulares e cultura negative. Caracterizagdo de infecgaio por anaerdbios — cultura negativa com bactenoscopia revelande microrganismos com caracteristicas morfoldgicas de anaerdbios (Quantifica¢ao — em culturas quantitativas os achados da bacterioscopia direta devem ‘coincidir com as contagens abtidas em cultura (urocuttura, LBA, aspirado traqueal) ‘Coloragdo de Gram das coldénias isoladas — Sempre que utilizar meio no seletivo, Quando utilizar meios seletivos @ desejar confirmar a concordancia entre classificagio morfo-tintorial @ 0 meio utiizado. Para verificar a presenca de leveduras, nesse caso 0 exame direte cam salina 4 suficiente Direcionamento da identificacao De acorde com o crescimento em melo seletive e 0 resultado da bacterlascapia, seguir a rotina especifica Interpretacao dos resultados Nasal O swab nasal ou de nasofaringe nao tem valor ¢iagnéstica para sinusite, otite ou infeccdes do trato respiratéric inferior, no devendo ser processada para esses fins. Pode ser tll apenas para pesquisar portadores de S. aureus @ Streptococcus pyogenes (beta hemalitico do grupo A) Epiglote/Nasofaringe No caso de epiglotite, no material de nasofaringe ou do local, podem ser isolados 6 Haemophilus influenzae, o pneumocaco e o Streptococcus pyogenes e mais raramente 0 S. aUreUs como agente etioldgicd. No caso de coqueluche, deve-sé pesquisar a Bordetella pertussis. Relatar o resultado positivo ou negativo para Haemophilus influenzae, Bheumocecs, Streptoceccus pyogenes, S. aureus é Bordetella pertussis quando pesquisades e se foram empregados malos seletives para.a tentativa de isolamento, 2 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica Seios da face Culturas de aspirados intraoperatdrios ou obtidas por pungao devem ser relatadas: , Bacterioscopia - relat quantitative de bactérias, fungos, neutrofilos € células epiteliais, ‘Cultura dos agentes isolados ¢ se houver predominio de algum (so esperados 0 pneumococe, H. influenzae. M. catarrhalis, Streptocaccus pyogenes @ mais raramenta o S, aureus). . Caso seja sugestivo de contaminagdo com secrego de nasofaringe (muitas <élulas epiteliais, poucos neutréfiles) relatar: “sugestive de contaminagae com microbiota de nasofaringe’. . E acanselhavel em sinusite subaguda e crénica a cultura para anaerdbics, ‘Quando realizada relatar o resultado. Quando no realizada, comparar a bacterioscopia com ‘@ resultado da cultura e relatar possibilidade de particinagéa de bactérias anaerdbias (observadas no Gram, mas que n&o crescem em aerobiose). 4 rino-sinusite infecciosa ‘aguda © no complicada na maioria das vezes 6 de etiologia viral. Destacani-se as seguintes particulandades: Em imunossuprimidos @ diabéticos valorizar 0 achado de fungos filamentoses do tipo Aspergillus spp, Fusanum spp, fungos dematiaceos © zigomicetos (vide Médulo de Micologia) , Em pacientes com entubacao nasotraqueal au nasogdstrica > que 48 horas, o matevial pade revelar presenga de enterobactérias, bactérias n&o fermentadoras, S. aureus, leveduras e polimicrobiana, agentes potencialmente relacionados a pneumonias hospitalares. Devem ser relatados, mas para serem valorizadas deve haver clinica ou evidéncla radioligica e material representative, O aspitado traqueal deve ser solicitado para cultura quantitativa, ‘Ouvide Otite externa: = relatar o resultado da bacterioscopia e fazer identificarao @ antibiograma casa a bacterioscopia de respaldo (abundantes neutrofilos e predominio do 0 -morfolégico isolado na cultura de potencial patégeno) ao isolamento de uma ‘enterobacteria, S. aureus ou Pseudomonas © eventualmente fungo. Otte media: - Culturas de materiais oblidos por timpanocentese (miringotomia} séio ideais, mas taros, € devem ser relatadas 08 achados de bactenoscopia © cultura com antibiograma do potencial patégeno. - Swabs ou aspirades de conduto auditivo em membranas previamente rompidas tém pouco ou nenhum valor diagndstico. Sugere-se néo coletar esse tipo de material. Quando realizada a cultura, havendo crescimente de bactérias da microbiota (Gram positives, Neissevias sapréfitas, enterobactérias, etc.) relatar, ‘presenga de bactérias da flora do. conduto extemo”. = Se 4 bacterioscopia revelar predeminio de um tipo mortolégico. com abundantes neutréfilos @ predominio na cuftura de um agente, relstar: microscopia do estregaco corado pelo Gram com relatéria quantitative des elementos celulares (células, bactéfias @ nautréfilos) e resullade da cultura, ficande o antibiograma a eritério médica, Resultado positive da cultura, quando o agente isolads for Haemophilus, Pneumococo ou M. catarrhalis, deve-se relatar 0 agente isolada ¢ o antibiograma. No caso de mastoidite a indicacdo é abtencae cirkirgica de fragmentos dsseos para ‘sultive & ndo a cultura de secregao de ouvide extermo/médio. Podera ser relatado 0 cultivo esse material quando a bacterioscopia for concordante @ a bactéria isolada for: Aguda: Haemophilus. pneumococo, §. pyogenes e S. aureus — fazer antibiagrama. Cronica: Enterobactérias, Pseudomonas, S. aureus. Quando isolar Staphylococus coaguiase negativa, 5. viridans, Corynebacterium. etc, em flora mista, relatar: “presenga de bacterias da flora do conduto auditive extemo” & ndo fazer antibiograma. ‘Trato respiratorio inferior Laudo para escarro - O escarro 6 Util para diagnéstico de tuberculose © para os agentes de sloumas micoses pulmonares {paracoccidicidomicose, histoplasmose, sriptacecose), Pode ser vaiarizado o agente isolada quando houver correspondéncia na bacterioscopia e quando houver poucas células epiteliais, numerosos leucdcitos e quadro clinico compativel (pneumonia, bronquiectasia, fibrose cistica ou mucoviscidose).- Quando a bacterioscopia revelar mais de 10 células epiteliais por campo de pequene aumento (objetiva de 10x). havendo predominio sobre leucd- citos e sem um tipo morfoksgico predominante, relatar: « ‘material com sugestiva contaminagdo de flora de orofaringe, Exame de valor diagnéstice prejudicado’. N&o processar 6 material & solicitar nova amostra, — 23 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica Provessar 9 material que revele menos de 10 células epiteliais, quando houver predominio de leucdcites © predominio de um te morfolégico de bactétia. Os agentes bacterlanos ‘esperados em pneumonia aguda da comunidade so: S. pneumoniae. M. catarrhalis, H. influenzae @ S, aureus, Laudo para lavado brocoalveolar ou escovade brénquico Sao considerades junto com a biépsia pulmonar os materials dé melhor valor preditive de iselamento do agente patogénico, € imprescindivel a semeadura quantiativa para posterior contagem do numero de colénias. Relatério de bacterioscopia Descrever os achados da bacteriosoopia do centrfugado, lembrando que serd melhor quands feita em citocentrifuga. Relatar Relagdo cdiulas epiteliais/neutrofiles. Descrever presenca de bactérias e, particularmente, se houver presenca do mictorganismos fagocitades, quanto ao seu padrao marfo-tintorial (forma @ reagao ae gram) se ha predeminio de algum tipo, Relatério. da cultura Culturas quantitativas de amostras do trato respiratério inferior Contagem final dots) micrerganismo(s) isslado(s). ‘Quando isolar um ou até dois microrganismos em contagens significativas (vide parametros abalxo}, fazer antibiograma. ‘Comeniar. contagem bacieriana significativa ~ bom valor preditivo de infecgo se a 104 UFC/g tecido, , Para os demais casos: — Bacterioscopia negativa ou discordante. = Cultures polimicrobianas. Isolamento de baciérias da flora cuténeo-mucosa (Streptococcus wiridans, Staphylococcus coaguiase negativo. conneformes, Meisseria spp. etc). 26 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica Baixas contagens < 104 UFCig de tecido; relatar ofs) agente(s) isolado(s), sua contagem sem antiblograma e gquardar a(s) bactéria(s) por sete dias, Genital Uretral Os principais agentes atioldgicas das uretrites esto bem estabelecidos: Neisseria gonorrhoeae , Chlamydia trachomatis, Mycoplasma spp. , Ureapiasme spp., Herpes simplex (virus): sende os mais raras: Trichomonas vaginalis, Haemophilus spp. Nota: Colher sempre Kamina para bacterioscopia: = Trichomonas: colher urina @ centrifugar para fazer pesquisa no sedimento imediatamente apds a coleta. — Chlamydia: © diagnéstico melhor & imunokégice (Imunofluorescéncia), - Mycoplasma e Ureaplasma: existem meios especificos e kits muito praticos com cultura ‘semiquantitative par avaliacao visual de mudanga de cor. No resultade da cultura & importante comparar com a bacterlascopia e estar alerta para no dar falsos resultados de W. gonorrhoeae confundindo cam Neisserias saprofitas e Acinetobacter. Quando isolar Staphyloceecus coagulase negative ou cutras baciérias da flora genital relatar: “Presenga de bactérias da flora genital’, nao fazer antiblograma. Sugerir, quando n&o realizado, a pesquisa de Chlamydia e Micoplasma, - Quando isolar enterobactérias, Enterococcus em cultura pura ou em grande quantidade € for concordante com a bacterioscopia, reletar 0 isolamento com antibiograma, com o comentario: "Baciéria raramente isolada como agente de uretrite; sugerimos investigar outras causas como Chlamydia, Micoplasmas, Trichomonas © afasiar a possibilidade de prostatite, infecc3o urinaria ou contaminagao com corrimento vaginal”. 6.18.2 Vaginal As principals causas de vaginite $80: vaginase, Candida spp. e Trichomonas vaginalis. Em meninas ¢ pacientes na menopause ou deficientes hormonais, enterobactérias. S. aureus © mesmo bactérlas da flora podem eventualmente estar relacionadas com a sintomatologia. ‘A bacterioscopia 6 sempre Oil para observer: presenca de leveduras, presenca e quantidade de neutrdfilos, presenga e predominia de lactobacilas (microbiota normal) ou distorg2a com predominio de outras baciérias, presenga de Gardnerella spp., Mobiluncus spp, @ outros anaerdbios que caracterizam a vaginose, associados as “clue cells” (células: caracteristicas do epitélio vaginal abarrotadas de bactérias). Endocervical A culture de secreeSo endocervical pode ser Util para isolamente de N, gonomnoeae quando houver suspeita. Deve-se recomendar a pesquisa de Chlamydia trachomatis nos casos de cervicita, © isolamento de enterobactérias, enterococes, etc. pode significar alteracao de microbiota por diferentes causas, mas o achado deve ser relatado, para sonsideragéo do médico. No caso da bacterioscopia revelar presenga de frequentes, numerosos ou incontavels neutrdfilos (++ a ++++) @ presenca de bactérias com a morfologia ‘¢ Gram coneordantes com as bactérias encontradas na cultura, relatar: “Alleragaa da flara endocervical/vaginal com a presenga das baciérias isoladas, lembrando que outras causas devem ser investigadas efou afastadas No caso de material endometrial © amnidtico, fazer cultura para anaerdbios & bacterioscopia. No caso de néo realizar cultura para anaerébios, relatar a bacterioscopia © 0 resultado da cultura, Destacar a possibilidade de anaerébios, quando forem visualizadas bactérias no Gram sem correspondents crescimento. Lembrar-se do papel potencialmente patogénico de S. agalactiae. ‘Coprocultura Os potenciais agentes de diarreia so muitos. Com a reconhecimento do numero crescente de agentes bacterianos causadores de diarrela, tornou-se importante a identificagao especifica de microrganismos para o qual as amastras fecais séo examinadas. E incorreto emitir o resultado como “nde foram isolados patégenos’, se as fezes foram cultivadas somente para racuperar alguns patégenas. O Laboratorio deve listar apenas 05 7 Berber, Gilcele de Campos Martin. Micrablologia Laboratorial: da requisigdo de exames a anlise microbiobigica agentes pesquisades. na sua rotina ou quando espectficado pelo clinico relatar o resultado ‘sobre os agentes solicitados, . Relatar: “Cultura negativa para os seguintes enteropatégenos. pesquisados: E. coli cléssica, E. coli invasora, E. coll O 147 EHEC, Shigella spp.. Salmonella spp... Yersinia enterocolitica, Aeromonas spp. {opcional), Plesiomonas shigelloides (opeional). , Relatar pesquisa de leucdcitos quando realizada pois da suporte a infeccdes por Salmonella, Shigella e Campylobacter, . No caso de realizar cultura para Campylobacter de fotina, incluflo no felaténio. . Diarreia com mais de sete dias de duragdo em imunocomprometides pode ser por parasitas (Giardia, Cryptosporidium, Cyclospora, Isospora belli @ em paciente com HIV, complexe do Mycobacterium avium), ‘Com 0 reconhecimento do numero crescente de agentes bacterianes causadores de diarreia, tormou-se importante a ientificagao especifica de microrganismos para o qual as amostras fecais so examinadas. Relater 0 comprometimento da microbiota normal pola ‘ecoméncia de auséncia da flora fecal Gram negativa e a presenca de quantidade significativa de microrganismos como S. aureus, leveduras @ Pseudomonas aeruginosa, particularmente em pacientes hospitalizados e submetidos a uso prolongado de antimicrobianos, Lembrar que diarreia/enterocolite em pacientes com mais de 3 dias de hospitaliza¢da e fazendo uso de antimicrobianos pode ser por Clostridium difficile, devendo pesquisar 4 toxina com kits especifices. Se as amostras fecais ou as cepas isoladas forem ‘enviades ao Laboratorio de Referéncia para trabalho posterior, tals como pesquisa da presenca de toxina de C. difficile ou sorotinagem de cepas de Salmonella, o relaténa para os referidos exames deve incluir 0 nome do laboratdrio de referéncia @ as provas realizadas (sorotipagem, determina- go das toxinas, ete) Para maiores detaihes sobre o tema, cconsultar 0 médulo de principais sindromes infecciosas. Urocultura Para a interpretacdo da urocultura, algumas informacBes s&o consideradas uteis: . ‘Se ola) paciente apresenta sintomas de infecéo urinaria ou leucocitiria. , Gestante, Idadelsexo. , Tipo de coleta: jato médio, coletor, pungao de sonda vesical em sistema fechado, pungdo suprapubica, etc... Uso prévio de antibistices & coleta da amostra, etc. Contagem de colénias 2105 UFC/ml: - Um pravavel patégeno Definitivamente identificar ac nivel de espécie e realizar o teste de sensibilidade {entibiograma). No caso de paciente assintomdtico solicitar nova amostra, pois se trata de provavel bacteriliria assintomatica No caso da presenga de gutras especies em contagens < 104 UFC/mi, relatar ntimero de microrganisme(s) presente(s) — Um provavel contaminante (difterdides, S. viridans, lactebacilos, estafilococos coaguiase negativa © oulres que nao sejam Staphylococeus saprophyticus) Realizar uma identificagdo limitada: por exemplo distinguir entre S. saprophyticus de ‘outros estafilacocos coagulase negativa, ou Streptococcus agalactiae (grupo B) de Streptococcus viridans. NAo fazer antibiograma © sugerir nova coleta. Taro, mas n&o impossivel, ocarrer infeccao urindria por bactérias da microbiota da luretra ou vagina. Para caracterizar ITU ha necessidade de confirmar 0 achado com nova ‘urocultura, e que esteja associada a sintomas. Sintomas e leucocitiria podem tomar muito provavel o diagndstica. Sem sintamas pode ser bacteriliria assimtomatica ou fala grosseira na coleta Enumerar outras espécies eventualmente presentes em < 104 UFCiml. - Dois provaveis patégenos (com um diagnéstico de infecg&o do trato urindria erdnica ou recorrente) Definitivamente ideniificar 20 nivel de espécie ¢ realizar o teste de sensibilidade (antibiograma), 28

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