Você está na página 1de 13

Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos

ÁGORA 156
Junho 2010

Agenda Chegaram as férias!


5 de Julho:
Início das Actividades de
Verão “Porta Aberta”
7 de Julho:
Feira do Vende Tudo
28 de Junho a 5 de Julho:
Férias Seniores - Quinta
do Crestelo (Seia)
25 de Julho:
Feira das Velharias
29 de Julho:
Atendimento ao Imigran-
te pelo ACIDI, das 10h às
13h (sob marcação)
Todas as 4ªs Feiras
de manhã
Mini-Feira do Vende Tudo

Apoios recebidos

Porta Aberta 2010


Mesmo com menos espaço, o Centro Comunitário não poderia deixar de levar a
cabo as actividades de Verão para os mais novos. (pág.3)

Campanha
Ajude a Ajudar Distribuição
Compre um título de apoio à
construção do novo edifício! Gratuita
Ler mais - pág. 2
Venha visitar-nos em www.centrocomunitario.net e em http://centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com
Certificação de Qualidade
Quais as dificuldades sentidas neste processo?
O Ágora foi perguntar aos coor-
denadores de cada área quais as di-
principais dificuldades consistem na compatibi-
lização entre, por um lado uma resposta rápida
e facilidade de acesso ao atendimento, e por
ficuldades sentidas na Certificação de outro, as exigências burocráticas que obrigatori-
Qualidade. amente nos fazem canalizar tempo para o pro-
cesso administrativo. Competirá a cada um de
Intervenção Social: o mais dificil é conciliar as nós descobrir a “fórmula mágica” que permitirá
necessidades práticas e imediatas do dia-a-dia manter o equilíbrio entre as exigências da Cer-
com as exisgências da Certificação; há também tificação e a importância da pessoa como real
pouco suporte informático que torne mais ri- centro da nossa acção. Susana Martins
gorosos os registos. Marta Pereira e Zulmira Emprego: uma das dificuldades que sinto neste
Pechirra processo é traduzir todas as actividades, tarefas
HIV-Sida e Toxicodependência: julgo que os e funções que desempenho enquanto Técnica
modelos de certificação a ser implementados do GIP, em papel. Penso que para além das van-
são ainda muito direccionados para o meio em- tagens de organização de trabalho, este proces-
presarial e não tanto para as instituições que so vai burocratizar um pouco as nossas funções
lidam directamente com pessoas e com pro- do dia-a-dia. Rita Almeida
blemáticas tão diferentes. Filipe Silva Infância: as maiores dificuldades surgiram
Projectos e Voluntariado: a implementação do no início, com a implementação do processo
processo de certificação de qualidade é gera- da Certificação. À medida que as práticas se
dora de mudança e como tal é necessário algum foram integrando no dia-a-dia do serviço, foi
tempo para amadurecer essas novas práticas ficando mais fácil cumprir com os requisitos
e as traduzir na realidade. As dificuldades tra- do processo. Agostinho Velezo
duzem-se em desafios a ul-
trapassar acreditando que
esta mudança é promotora
de uma maior qualidade no Angariação de Fundos
trabalho que se desenvolve.
Natércia Martins
Área Sénior: sinto que as O
Centro precisa ainda de 450 mil euros para a construção do
novo edifício. Agradecemos a todos os que têm contribuído com
ideias e donativos.
Ficha Técnica: Em Maio, a campanha “Ajude a ajudar” com a compra de títulos de apoio
ao Centro resultou em 470€, enquanto que em Junho resultou em 480€.
Coordenação:
Natércia Martins Pode acompanhar estes resultados em www.centrocomunitario.net/
Redacção: ranking.
Susana Teodoro; Cátia Silva - As feiras do Vende Tudo, agora realizadas todas as quartas-feiras, resul-
Layout e Grafismo:
Susana Teodoro taram em 1061,60€ em Maio e em 1806€ em Junho. A feira das Velharias
Revisão: resultou em 738€ no mesmo mês. O nosso bem haja aos
Mário Marfim, Natércia Martins voluntários Isabel, Alexandre Nicolau e Pureza Rodeia assim
Colaboraram neste número:
Fernando Catarino, Fernando como aos colaboradores do Centro que tornam possível es-
Fradique, Moira (receita), Cáritas tas feiras.
Portuguesa, coordenadores das - Às pastelarias “Bijou” e “O Marquês”, de Tavares & Castro, o
valências do Centro.
Propriedade: nosso agradecimento pela oferta diária de doces e salgados.
Centro Comunitário da Paróquia de - A Henkel doou ao Centro quatro paletes de produtos de
Carcavelos
Av. do Loureiro, 394 limpeza, contribuindo para a redução de custos do Centro. O
2775-599 Carcavelos nosso agradecimento.
Tel: 214 578 952 - A Link, uma associação direccionada para a angariação de
Fax: 214 576 768
Email: ccpc@netcabo.pt fundos, conseguiu junto da LUSOFORMA a oferta de 8.000
Visite-nos em embalagens para o Centro utilizar na distribuição de refeições
www.centrocomunitario.net ao domicílio. Este é mais um apoio importante na redução de custos. o
centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com

2
Cá em casa
Porta Aberta 2010
as idades, desde os 6 aos 12
anos.
Durante a manhã haverá um
programa de actividades
desportivas, com futebol, bas-
quetebol, hoquei, basebol,
entre outras, que terão lugar
no espaço livre do ringue do
Centro, campo polidespor-
tivo do bairro da Quinta do

M esmo com menos espaço,


o Centro Comunitário não pode-
Barão, nos espaços verdes da
Quinta da Alagoa e no salão
paroquial.
ria deixar de levar a cabo as ac- Os almoços serão servidos em
tividades de Verão para os mais dois turnos .
novos: a Porta Aberta. As tardes são dedicadas a acti-
Vamos receber cerca de 60 vidades lúdicas e expressivas
crianças por dia (capacidade - artes pásticas, a cerâmica, os
máxima), que serão divididas dia especial, com jogos de
jogos de chão e de grupo.
em 4 grupos, de acordo com pista, gincanas e a tradicio-
A quarta feira continua a ser um
nal “mangueirada”.o

Inscrições abertas
para o Espaço ABC Compre uma flor e ajude-
-nos a crescer!
C ompre uma flor com as cores
da nossa selecção e está a ajudar
o Centro Comunitário a cons-
truir um novo edifício que inclui
uma creche com capacidade
para 60 crianças. As flores estão
também disponíveis noutras cores!
Pregadeira Portugal: 2€
Pregadeira normal: 1,50€ o

E stão abertas as inscrições para as crianças no


Espaço ABC 1 e 2 no próximo ano lectivo. Destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos, no caso do ABC1, e
para crianças do segundo ciclo, no caso do ABC2.
Actividades: apoio nos trabalhos escolares, actividades lúdicas e pedagógicas (expressão dramática,
expressão plástica, desporto, dança, jogos e brincadeiras).
Equipa: uma equipa de animadores e voluntários prepara, cuida e orienta estas actividades, tendo
sempre presente o contacto com outras gerações e a articulação com outros projectos da instituição
Horários: 15h30 - 19h00 ou 17h30 - 19h00. o

3
O Centro em números... E não só.
Toxicodependência e HIV
2009, o número de primeiras ins-
crições (de 19 em 2008 para 24
em 2009).

S ão áreas especialmente difí-


ceis mas que não podem deixar
cas de rotina ou excepcionais) e
a nível terapêutico (promoven-
do-se uma postura de escuta e
Em 2009 o ER conseguiu en-
caminhar 32 utentes para comu-
nidades terapêuticas, integrou 10
de ter a atenção do Centro Co- aceitação assertivas, bem como na Casa Jubileu, e 4 conseguiram
munitário. Falamos especifica- a gestão das emoções e senti- arranjar trabalho. Estes núme-
mente da Casa Jubileu 2000, mentos). ros demonstram a pertinência
uma residência e Centro de No ano de 2009 fizeram-se 10 do Projecto, mas mais do que
Atendimento e Acompanhamen- admissões de residentes na Casa conhecer os números, é preciso
to Psicossocial para indivíduos Jubileu, sendo que, no mesmo chegar às pessoas que estão no
em situação de exclusão social, ano, acabaram por sair sete, meio desta estatística.
e do projecto Esperança de Re- conseguindo-se a reinserção so- Rui Cristelo tem 46 anos e passou
começar, que presta apoio a toxi- cial de três e o seguimento para grande parte deles alcoolizado e
codependentes de rua. o apartamento de transição de sob efeito de substâncias psico-
A Casa Jubileu 2000 é a única quatro dos utentes. activas.
resposta, com estas característi- Para uma fase mais inicial, onde Em 2004 arranjou a deter-
cas, a funcionar no concelho de ainda não existe a determinação minação que precisava para
Cascais. Tem capacidade para 12 por parte do indivíduo para obter começar a sua recuperação.
residentes em regime de inter- tratamento para dependências, Começou a frequentar o
nato. o Centro integra o Projecto Es- projecto Esperança de Re-
Dentro desta valência podemos perança de Recomeçar (ER), que começar e começou uma peque-
encontrar o Centro de Aten- ajuda os dependentes de subs- na mudança "na maneira de es-
dimento e Acompanhamento tâncias psico-activas, através do tar, de ver a vida e de encarar as
Psicossocial (CAAP) destina-se apoio alimentar, cuidados de pessoas". Levou a cabo um pro-
a ex-toxicodependentes tendo higiene, rastreios da tubercu- grama de desintoxicação através
em vista o treino de rotinas de lose, uma sala de convívio, um da metadona e entrou para os
horários, disciplina e reactivação programa de troca de seringas, e Alcoólicos Anónimos.
de competências intelectuais e o objectivo último, o encaminha- Está livre de drogras e álcool
físicas. Promove ateliês como: mento para tratamento. Durante há 3 anos e meio e diz que
ginástica, relaxamento, mode- o ano de 2009 realizaram-se 45 o papel do ER foi fundamen-
lismo, horta, restauro de móveis encaminhamentos para trata- tal: “Se o ER não existisse
e música. Tem também a pos- mento. era muito mau. E se eu não
sibilidade de levar a cabo inter- Apesar de o Bairro das Marian- tenho a sorte de viver aqui ao
venções ao nível da saúde (mar- as já não existir há alguns bons lado não sei o que faria. É aquilo
cação de consultas e exames anos, o Projecto Esperança de que eu preciso para chegar ao
complementares, análises clíni- recomeçar viu aumentar, em outro dia”. o

Voluntariado acção voluntária na zona.


Em 2009 foram realizadas um
de Inserção Profissional e o pro-
jecto Esperança de Recomeçar.
total de 7338h30 de trabalho Em 2009 inscreveram-se 65 no-

O Centro promove a inte-


gração de voluntários nas suas
voluntário, envolvendo 62 vol-
untários.
As valências do Centro que in-
vos voluntários, dos quais 52 são
mulheres e 13 homens. Em ter-
mos de faixa etária destacam-se
várias áreas de acção, e, se tal tegram mais voluntários são o os adultos entre os 31-35 anos.
não for possível, tenta informar projecto Intervir, direccionado São pessoas na sua maioria em-
sobre outras oportunidades de para a acção social, o Gabinete pregadas embora o número de

4
desempregados também seja já entendem uma parte da maté- porque é o prolongamento do
significativo. São maioritari- ria depois de lhes ter explicado, que sempre fiz: ensinar. Faz-me
amente licenciados e moram na faz-me abstrair de tudo o resto, e conhecer novas realidades so-
zona. Em termos de interesses, ao mesmo tempo sentir-me útil ciais e humanas. Também pro-
e apesar de nem todos serem à sociedade”; Marta Pinto Leite curo transmitir valores éticos e
integrados nessa área, a maio- (apoio escolar na sala ABC2) morais. Não sei se consigo…”;
ria escolheu o Apoio escolar. Por “[O voluntariado tem um] im- Manuela Carmona (professora
um lado porque é um trabalho pacto bastante positivo, na me- de alfabetização para adultos)
com crianças e por outro acon- dida da satisfação demonstrada “Uma satisfação enorme por me
tece ao sábado. O apoio pontual pelos clientes na ajuda que lhe sentir útil e o reconhecimento
e trabalho com idosos também é prestada. Apesar das enormes das pessoas pela minha ajuda. É
teve bastante adesão. restrições do mercado de tra- muito significativo e compensa-
Em termos globais o Centro con- balho, algum êxito tem sido ob- dor”; Maria Alves (apoio admi-
ta com uma média de 50 volun- tido”; Mário Marfim (Espaço nistrativo)
tários em acção regular. Emprego) “Quando nós damos, também
Sem o voluntariado o Centro “[O retorno que se tem é] a força recebemos, ainda que o outro
teria uma intervenção muito que se sente na união de esfor- não se aperceba”; Elizabete
mais pobre e limitada. O Volun- ços e de vontades, na confiança Monteiro (voluntária projecto
tariado faz a diferença. mútua, no respeito e na amizade Esperança de Recomeçar)
E que diferença faz na vida dos entre todos. Não sei viver sem “[O retorno que se tem é] a
nossos voluntários? isso”; José Pereira Bastos (acom- satisfação de ver como al-
“[Existe] a sempre recompensa- panhamento técnico da obra de guns, apesar das sua limi-
dora satisfação de nos sentirmos ampliação das instalações do tações e do pouco nível de
úteis, de partilhar com quem Centro e distribuição de alimen- formação/conhecimentos, estão
tem menos, mesmo que seja só, tos, do projecto “Intervir”) sempre ansiosos por que che-
como no caso, na área do co- “Gosto de poder ajudar, só isso gue o dia de irem «trabalhar nos
nhecimento"; João Leal Cardoso já me recompensa”; Ana Beten- computadores»” Luís Lufinha
(Apoio Escolar) court (apoio no preenchimento (formador de Informática para
“A alegria dos miúdos quando das declarações de IRS; dis- os utentes da Casa Jubileu) o
nos vêm chegar ao Centro, ou a tribuição de cabazes de Natal)
cara de contentamento quando Gosto muito desta actividade,

É obra!
Como estão as obras no Centro?
N este mês o andamento dos trabalhos continuou
a ser condicionado pela necessidade de adaptar to-
No próximo mês
esperamos que,
com a conclusão
dos os projectos às condições impostas pela actual de todas as paredes, ser possível uma visão mais
legislação aplicável aos equipamentos das cozinhas aproximada do que será o edifício.
e zonas de armazenamento de alimentos. Com as alterações que nos foram impostas pela le-
No entanto, a conclusão das paredes exteriores e o gislação, para as cozinhas e zonas de armazenamen-
início das paredes interiores já nos dá uma visão dos to de alimentos, o custo da obra teve um aumento
espaços que vamos dispor de futuro. importante, pelo que apelamos, mais uma vez, à
Estão já em desenvolvimentos os trabalhos relativos generosidade de todos para podermos ultrapassar
às redes de águas, esgotos, electricidade e ventila- esta dificuldade.o
ção.
No exterior conclui-se a estrutura dos anexos para a
Fernando Fradique
Membro da Direcção do Centro
casa do guarda e carpintaria.

5
Voluntariado na Primeira Pessoa
Cátia Silva vens para os problemas
ambientais através da
arte). Mesmo quando
A costumámo-nos a ler o nome
dela precisamente nestas pá-
acabou a faculdade e
começou a trabalhar
manteve sempre a co-
ginas. A Cátia é a jornalista vo-
laboração, mesmo com
luntária de serviço ao ÁGORA.
uma frequência mais
Depois de dez anos de “serviço”
reduzida.
ao jornal, resolvemos inverter
A preferência pelo jor-
os papéis e trazer também o seu
nalismo surgiu quase
testemunho.
até faltar pouco tempo que surgiu a Amnistia Internacio-
A primeira experiência de vo-
para se inscrever na faculdade, nal. Começou por participar em
luntariado da Cátia foi no Centro
uma vez que achava que queria acções de rua com o objectivo
Comunitário em 1999. Entrou na
Direito. “Depois assustei-me um de sensibilizar para as causas da
faculdade em 1997, para Comu-
bocadinho com a quantidade Amnistia.
nicação Social, na Universidade
de manuais e coisas para ler e Por esta altura começou tam-
Católica. E pensou “que precisa-
decorar e acabei por ir para Jor- bém a fazer voluntariado numa
va de começar a escrever”. Con-
nalismo. O porquê também não ONGD (Organização Não Gover-
sidera que “foi um objectivo um
sei muito bem. Hoje acho que é namental para o Desenvolvi-
bocado egoísta” para começar o
mesmo a minha área porque o mento) e associação Juvenil
voluntariado, mas nesta altura
que eu gosto é de escrever”. chamada ISU - Instituto de
tentava perceber como poderia
Acabado o curso trabalhou ainda Solidariedade e Cooperação
fazer para começar a escrever.
em assessoria de imprensa e num Universitária, onde trabalha-
A Cátia já conhecia o Centro.
jornal regional de Oeiras. Passou va directamente em projectos
Frequentou durante muito anos
depois para uma empresa de e estratégias de angariação de
o grupo de dança “Reticências” e
grafismo e aprendeu um pouco fundos.
sabia que existia o ÁGORA. “Pen-
da área. Mas depressa percebeu Passados alguns meses surgiu
sei em vir cá ver se eles precisa-
que o ambiente de uma empresa uma proposta de emprego para
vam de pessoas para escrever.
competitiva não era para si. trabalhar na newsletter da Am-
E pronto. Comecei aí e já lá vão
O trabalho que realizava no Cen- nistia Internacional. Cátia diz
10 anos. E tenho vindo a crescer
tro ajudou a perceber que go- que foi inacreditável, porque
também aqui no Centro”.
staria mesmo era de trabalhar o perfil exigido na proposta
Cátia diz que foi o primeiro sítio
para uma organização não go- reflectia todo o seu currículo
em que veio à procura da pos-
vernamental. Vitae: “encaixava na per-
sibilidade de fazer voluntariado
Para entrar em contacto com feição”, admite.
e “como quiseram logo, eu tam-
este tipo de instituições começou É aqui que trabalha desde há
bém não fui à procura de muito
a fazer voluntariado. E foi assim quase dois anos, nos suportes de
mais porque o que eu queria era
começar a escrever”. divulgação da Amnistia. Sente-
Foi logo integrada e começou a -se bem no trabalho que tem e
escrever para o ÁGORA. Tinha
BI: diz que os temas focados na re-
Tem 31 anos, e trabalha há quase dois vista da organização são muito
mais disponibilidade, o que na Amnistia Internacional, na realização diferentes e por isso aprende
lhe permitia vir fazer a cober- da sua revista e newsletters. Fez o curso sempre imensa coisa. A dis-
tura de alguns eventos no Cen- de Jornalismo quase por acaso, mas
tro. Chegou mesmo a fazer ponibilidade não é tanta para
hoje diz que é mesmo isso que quer
a newsletter dos já extintos o voluntariado mas ainda hoje
fazer. Gosta de escrever e a Amnistia
“Ecos d’Arte” (uma actividade permite-lhe focar uma grande diversi- podemos contar com ela para o
organizada pelo Centro, com o dade de temas e continuar a aprender... jornal. Esperamos poder contar
objectivo de sensibilizar os jo- muito mais tempo! o

6
Vidas com história
Alcoólicos Anónimos - Uma hora de cada vez
J oão e Maria, nomes fictícios,
têm uma história aparentemente
aconteceu é preciso dizer o que
fez a seguir.
ição própria. E foi aqui que o
João teve o primeiro contacto
com os AA. Começou a ir a re-
extraordinária para contar. Mas O primeiro contacto que teve uniões dos AA porque era um
mais do que relatar os proble- com os Alcoólicos Anónimos espaço de liberdade. Liberdade
mas que tiveram, é preciso olhar (AA) foi através de um programa para não julgar, porque todos ti-
para as alternativas que procura- de televisão. Resolveu experi- nham problemas; liberdade para
ram e encontraram. E é aqui que mentar e gostou a liberdade que partilhar aquilo que sentiam e as
percebemos que não estamos encontrou. Gostou de poder ir frustrações com que lidavam;
apenas a relatar uma estória segundo a sua vontade, gostou liberdade para ligar e falar com
de alcoolismo, e nem sequer a das pessoas com quem falava e alguém que percebesse aquilo
estória da vida complicada da das “regras” que não implicavam por que estava a passar.
Maria e do João. Aqui percebe- mais do que fazer aquilo que Um dia de cada vez, passaram
mos que estamos é à procura de conseguia, um dia de cada vez. dois anos sem beber. Cumpriu a
soluções. Não falamos de uma E foi assim que conseguiu deixar pena de prisão e foi aos pou-
“fórmula mágica” mas de vários de beber. O corte foi drástico e cos reencontrando-se com a
caminhos que possamos seguir. há 16 anos que não bebe. Ma- normalidade do quotidiano.
“Se um não funcionar, seguimos ria ainda hoje diz que é impos- Diz que o tratamento que fez
outro”. sível deixar de beber aos poucos. foi fundamental e que não foi
Mas ainda assim não faz planos apenas com a ajuda dos AA
Maria diz que começou a beber para o futuro. Diz que o Amanhã que conseguiu deixar de beber.
desde miúda. Afirma que era ninguém conhece e só pensa no Mas que o espaço de partilha de
habitual colocar-se uma gotinha dia de hoje. No início da sua re- experiências é primordial, tanto
de vinho na água para acompan- cuperação nem no dia de hoje para ele como para muitos ou-
har as refeições. Portanto o ál- pensava. o objectivo era pensar tros. Afirma convicto que os AA
cool sempre teve uma presença numa hora de cada vez. Mais um não dão conselhos. Apenas con-
quase “natural” na sua vida. A minuto sem beber, mais uma tam o que fizeram e partilham a
adolescência e a maturidade hora sem beber, mas um dia sem sua experiência. Cabe ao ou-
foram relativamente normais. beber… tro determinar se é um bom
Namorou, casou, arranjou um caminho a seguir ou não. O
trabalho e teve filhos. Confessa João começou a beber na ado- importante é ter opções e
que só viu que o álcool era um lescência. Bebia sem conseguir possibilidades. Se não resul-
problema quando já tinha 30 refrear-se e não tinha consciên- tar tenta-se de outra forma.
anos. E apercebeu-se que, mais cia que o estado ébrio lhe retira- Se não for agora será daqui a um
do que a quantidade que bebia, va faculdades. Isto fazia com que mês, um ano, dez anos…o
era aquilo que fazia para poder conduzisse frequentemente em-
beber que a fez ver que tinha briagado, levando a 11 acidentes
um problema. Mudava reuniões automobilísticos (sem vítimas) e
de trabalho, escondia garrafas, a uma inevitável pena de prisão. Contactos AA:
e fazia tudo para poder chegar Concelho Cascais - 965120094;
àquele momento em que be- gt-ipcc@gmail.com
Mas mais do que dizer o que
nº nacional: 217162969
bia. E a partir daí não conseguia aconteceu é preciso dizer o que
ajuda@aaportugal.org
parar. Acabou por perder o em- fez a seguir.
www.aaportugal.org
prego, divorciou-se e quase afas-
tou a filha. Foi a irmã que teve de dar o “em- Os AA reunem no Centro Comuni-
purrão” para o João começar tário duas vezes por semana.
Mas mais do que dizer o que um tratamento numa institu-

7
Cáritas em Portugal
Como contribuímos para esta luta?

A Cáritas é a expressão da
caridade organizada na Igreja,
passado e evitar novas injustiças
para as gerações presentes e fu-
exclusão comporta o desejo de
turas. É esta a nossa responsabi-
saúde económica e política para
presente em todos os países lidade, que dá sentido às acções
todos e que, a subsistência dos
do mundo. Não faz acepção de e ultrapassa o seu impacto mais
fundamentos da democracia
pessoas com quem trabalha, o imediato e material.
não suporta o impasse no com-
proselitismo é contrário à sua A Cáritas testemunha a mudança
bate que visa colocar no “cen-
natureza e missão. (cf. Deus de muitas pessoas que, vivendo
tro” todos(as) aqueles(as) que
Caritas est, 31, c). Trabalha com na pobreza, conseguem alterar
as nossas sociedades condenam
todas as pessoas e com toda a as suas vidas e os seus destinos.
permanecer na “margem”. o
diversidade de problemas, con- Isto é possível através do tra-
soante a região do mundo em balho de proximidade junto das
Cáritas Portuguesa/m.d.r
que se encontra, o que a coloca populações e dos esforços de
no centro da luta social entre intervenção, a todos os níveis, Algumas campanhas
exclusão e inclusão. junto dos decisores públicos.
Em Portugal, está em todas a dio- A Caritas reconhece os “pobres” nacionais
ceses e valoriza a acção social como concidadãos capazes de
de proximidade, com actuação construir a sua autonomia e o
extensiva a todas as pessoas e seu próprio projecto de vida. A
a todas as situações/problema melhor forma de lutar contra
que as atinjam. a pobreza é evitá-la, ajudar os
As múltiplas iniciativas, neste “pobres” a responsabilizar-se
Ano Europeu de Luta Contra a pelo processo de inclusão, valo-
Pobreza e a Exclusão Social, têm rizar a sua participação e pelo
como finalidade criar ou dina- estímulo à participação activa
mizar redes sociais com vista a através de formas de trabalho
optimizar recursos e qualificar que dignificam a pessoa huma-
Parceria de recolha e dis-
serviços de apoio social às co- na, contrariando todas as mo- tribuição de calçado
munidades. dalidades de ajuda geradoras de
É convicção da Caritas que as dependência.
nossas sociedades têm necessi- A participação social é a melhor
dade de um novo contexto, no maneira de prevenir e lutar con-
qual os direitos humanos são tra a pobreza:
plenamente reconhecidos e 1. Passar da ajuda à mudança;
protegidos, não apenas por exi- 2. Passar da compaixão para
gência do direito, mas porque a um quadro de direitos e obriga-
dignidade reconhecida a cada ções;
ser humano, é a origem e o fim 3. Passar do assistencialismo à Cáritas Ajuda a Madeira
dos direitos e obrigações. construção da autonomia e par-
A Cáritas pretende contribuir ticipação activa.
para um novo olhar sobre a po- O futuro constrói-se na medida
breza, que é mais que a ausên- em que todos os que estão ex-
cia de bem-estar material, afec- cluídos, passam também a ser
tando a sociedade onde cada artífices na participação social.
pessoa está inserida. Devem Cabe a cada cidadão provar
reparar-se condições injustas do que a luta contra a pobreza e Campanha Ticket Solidário

8
Agenda Cultural
Shrek - Para Sempre! - estreia a 8 de Julho
Género: Animação M6 | Realização: Mike Mitchel | Vozes:
Antonio Banderas, Cameron Diaz, Eddie Murphy, Julie An-

Cinema drews, Justin Timberlake, Mike Myers | Argumento: Darren


Lemke, Josh Klausner
Shrek vê-se numa versão distorcida da sua vida em que o
Burro é um intelectual, o Gato de Botas perdeu seu charme
e ganhou peso, Fiona é uma grande criminosa e ela e Shrek
nunca se conheceram e muito menos se casaram.

Estoril Jazz 2010


2 a 11 de Julho

O Estoril Jazz vai estar em destaque no Auditório “Du

Música Arte Lounge”, do Casino Estoril, com a actuação de Re-


nee Rosnes Quarteto, Charles Lloyd Quarteto, Dee Dee
Bridgewater Quinteto, Esperanza Spalding Quarteto,
entre outros nomes de destaque do Jazz.
Programa completo e mais informações
em www.projazz.pt

FestivalSete Sóis e Sete Luas - Oeiras


25 de Junho a 3 de Setembro

Esta viagem pelo mundo da música descontraída e alegre prolonga-se até Setembro,

Música com os espectáculos a realizarem-se sempre à sexta-feira, na Fábrica da Pólvora de


Barcarena.
O público poderá, ainda, aproveitar para visitar gratuitamente o Museu da Pólvora
Negra, aberto das 20h às 22h, nos dias de concerto.

Programa completo e mais informações em www.7sois.eu

Cool Jazz Fest


A partir de 1 de Julho

Regina Specktor, Norah Jones, Diana Krall, Maria


Música Bethânia, António Pinho Vargas, Laurent Filipe,
Corinne Bailey Rae, entre muitos outros nomes incontornáveis do panorama musical
nacional e internacional, integram o cartaz da edição de 2010 do Cascais Cool Jazz Fest
que decorrerá no Parque Marechal Carmona, Parque Palmela e Hipódromo Manuel
Possolo.
Programa completo e mais informações em www.cooljazzfest.com

9
Conversas sobre...
Bullying - Violência nas escolas Tipos de Bullying
1 – Directo e físico: quando há
violência física directa, roubos
Há no entanto a possibili- ou quando a vítima é obrigada
dade de informar pais e a fazer algo (mais frequente
professores sobre tácticas com rapazes);
de prevenção e de cor- 2 – Directo e verbal: insultos e
recção. E acima de tudo humilhações (mais frequente
com raparigas);
dar mecanismos para ten-
3 – Indirecto: exclusão de gru-
tar reconhecer se os filhos pos de amigos, sendo o im-
são vítimas de bullying ou pacto mais a nível psicológico
causadores de violência. (também mais frequente com

O É preciso dizer logo à as raparigas);


tema tem sido amplamente partida que nem todos os com- 4 – Cyberbullying: quando se
discutido uma vez que cada vez portamentos agressivos são recorre à internet para humil-
har e insultar; ex: quando se
mais surgem notícias de violên- considerados bullying. O psicó-
publicam fotografias compro-
cia nas escolas. Seja entre alunos logo considera que para ser metedoras.
ou até mesmo para com profes- denominado desta forma tem
sores, o que é certo é que este de ser uma prática de violên-
nais? É preciso não ignorar a
fenómeno tem vindo a tornar-se cia frequente, intencional, com
questão e procurar abordar
mais frequente nas escolas por- o objectivo de obter da vítima
o problema de forma dife-
tuguesas. A Comissão Social de algo em troca. Existem inclusive
rente. Mesmo que seja através
Freguesia de Carcavelos aperce- diferentes tipos de bullying, con-
de um programa de televisão
beu-se da necessidade de trazer soante a forma como é infligido
que fale do assunto, ou através
este tema a debate. (ver caixa).
do exemplo de outra pessoa. Os
Foi no dia 27 de Maio, no am- É claro que para alguns pais ab-
pais devem mostrar sempre que
biente colorido da Ludoteca de sorvidos pelo trabalho nem sem-
a violência deve ser evitada e
Sassoeiros, que o psicólogo Luís pre é fácil perceber que alguma
não apenas dizê-lo. Devem eles
Lisboa transmitiu os conheci- coisa não está bem com o seu
próprios dar o exemplo. Po-
mentos que obteve a partir da filho. Luís Lisboa alertou para
dem também abordar os
sua tese de mestrado sobre este alguns sinais: alterações de hu-
professores do filho com o
assunto. mor, abatimento físico, afasta-
seu consentimento (se o fi-
“Não trouxe nenhuma receita mento da família, más notas
zerem sem o filho saber, isso
porque não há receitas. Cada não usuais, ataques de fúria…
vai fazer com que ele deixe de
um tem a sua forma de agir”, o problema é que muitos deste
confiar nos próprios pais). E fi-
começou por dizer Luís Lisboa, sinais podem ser confundidos
nalmente devem criar situações
assumindo que este é um assun- com a adolescência.
que promovam a auto-estima da
to muito delicado de se discutir. Como agir se reconhecer estes si-
criança.
1 – O seu filho é alvo de brincadeiras de A quem recorrer na evidência
mau gosto? de um caso de bullying? A es-
2 – Qual a sua alcunha na escola? cola e o respectivo gabinete de
3 – Recusa-se a ir à escola? psicologia são os primeiros pas-
Procure Saber 4 – Anda triste? sos a dar. O Centro de saúde é
5 – Tem muitos ou poucos amigos? Sente- também uma possibilidade, as-
se à-vontade com eles?
sim como o 808 96 88 88, uma
6 – Mostra-se sensível às brincadeiras?
Chora ou é agressivo? linha exclusivamente para casos
de bullying.o

10
O Vinho de Carcavelos
o vinho de Carcavelos ganhou va, é bom augúrio a criação re-
inusitada importância e pron- cente da Confraria do Vi-nho de
to escoamento a “reforçar” os Carcavelos bem como o empen-
vinhos do Douro, tornando-os hado envolvimento da Câmara
mais estáveis e resistentes ao de Cascais que, com o prestígio
transporte marítimo, ao mes- do Presidente Capucho, decidiu
mo tempo que assim ficava recuperar para fins urbano-mu-
mais apetecível pelo mercado seológicos a adega da Quinta do
inglês que também o reconhe- Barão e a plantação de quatro
cia como “vinho de Lisboa”. hectares de vinha.
Valentim Almeida e Fernando Catarino
Artigo elaborado na sequência das “Con-
Nos últimos séculos, apesar Sendo este desígnio, hoje, uma
versas à Tarde” sobre o tema “Vinho de dos prémios que conquistou, fundada esperança há-de, a seu
Carcavelos”, realizadas no dia 16 de Junho poucas vezes terá conhecido tempo, tornar-se num sólido
sucesso comercial e estabili- suporte da memória e da revi-
O vinho de Carcavelos é
talvez a mais relevante “marca”
dade. A produção era limitada e
comuns as adulterações.
talização de uma actividade e
de uma “marca” que pode com
A urbanização intensiva das toda a justeza encher de orgu-
da nossa região. No entanto
quintas e escassez de mão-de- lho as gentes de Carcavelos.
os dedos da mão sobram para
obra levaram a que a produção Vamos lá saber onde se vende,
contar cafés e restaurantes que
tenha roçado a extinção há cer- ver os preços, comprar e com-
atendem ao pedido de um Car-
ca de vinte anos. parar e, ao mesmo tempo, ir
cavelos para aperitivo ou para
Valeu o cultivo de algumas vi- recuperando e inventando
acabar em beleza um agradável
nhas de Caparide, que não dei- receitas de bolos e biscoitos
repasto. E em quantas casas ha-
xaram de produzir, e o trabalho para que a degustação do
verá uma garrafa deste produto
dos investigadores da Estação nosso Carcavelos torne mais
da primeira região demarcada
Agronómica (EAN) sita na Quin- memoráveis os momentos
de vinhos generosos para con-
ta do Marquês que, em 1983 de convívio e a celebração
fraternizar com os amigos?
iniciaram novas plantações. En- das festas familiares. o
Não vale atribuir a culpa nem
tretanto a partir de 1999 surgiu
à restauração, nem aos novos
o relevante apoio do Município Fernando Catarino e
estilos de vida agitada de hoje
de Oeiras que instalou na refe- Valentim Almeida
nem à escravização das modas
rida EAN uma moderna e bem
que a publicidade impinge.
equipada adega num imóvel
Trata-se de um vinho de que
da época pombalina que en-
há registos desde o séc. XIV e
tretanto reabilitou. Todas estas
atingiu o apogeu no tempo do
iniciativas tiveram em conta os
Marquês de Pombal. Com ele,
Estatutos desta região vitiviní-
cola (DL 246/94),
Marcas à venda na actualidade
que referem as
características a Adega da Quinta do Marquês
que deve obede-
cer.
Ultrapassados
bairrismos ex-
temporâneos e
apesar das dificul-
dades que a crise
económica agra-
Adega da Quinta da Ribeira
11
Espaço Emprego
-
Geração Call Center
part-time um subsí- doença brônquica que remetem
dio para as propinas e a decisão sobre o novo serviço
para os livros, licencia- que lhes é apresentado para
dos em psicologia, an- quando os filhos os forem visitar
tropologia e “letras”, e contam as suas mágoas, dores
assistentes sociais… e solidão ocupando tanto mais
Trabalham em sa- a linha telefónica quanto menos
las segmentadas em a vida se tem ocupado deles. O
cubículos como col- mercado real do consumidor do
meias, diante de um produto, fora daquela invenção
computador que os cosmopolita dos modelos do
liga aos clientes e lhes Image Bank, gente real com o
A pareceram com alguma timi-
dez nos finais do século XX, são
apresenta o script do
que têm a dizer e argumentar.
pagamento em atraso dos se-
guros, dos Visas, da televisão por
Foram recrutados por empresas cabo.
hoje numerosas as empresas de- de trabalho temporário e são a Gente para quem a empresa
nominadas call center. Destinam- voz de empresas que nunca visi- a quem compraram o produto
-se a dar resposta a problemas taram. ou serviço é aquela voz, a
ou dúvidas de clientes, na maio- Esta geração “call center”, todas quem agradecem o restabe-
ria dos casos em pós-venda, mas essas “Martas” da OK Telese- lecimento da ligação à Net,
são também utilizadas em mar- guros e afins, representam uma uma tabela de preços mais
keting. Empresas variadas, que força de trabalho crescente, simpática ou a concessão
vão desde as Telecomunicações, uma ferramenta de marketing do pagamento de uma dívida
Bancos, Turismo, etc. Recorrem ao serviço das principais empre- em quatro prestações; voz que
a esta actividade utilizando o sas, e vai ganhando um conheci- insultam quando estão irritados
outsourcing ou criando mesmo o mento do país real que nenhum com a empresa, voz que acham
seu próprio serviço. Em edições tratado de gestão ou sociologia que deve saber tudo quando a
anteriores tive oportunidade de lhes poderia dar. voz só tem um pequeno script
me referir ao modus operandi Um país real de cidadãos que no ecrã que tem de seguir
deste tipo de empresas bem não sabem como dar voz às sem falhas porque as con-
como das empresas de trabalho queixas que querem apresentar, versas são monitoradas por
temporário. que nada percebem do equipa- supervisores a quem têm de
Por achar oportuno e por carac- mento que compraram, que se pedir licença para ir à casa de
terizar duma forma bastante re- sentem perdidos por falar para banho.
alista a actividade dos call center, uma voz ao telefone quando o Vozes que vão dizendo “Daqui
passo a transcrever com a devida que queriam era para alguém fala a Marta” enquanto o sonho
autorização de Artur Tomé, meu que os visse e a quem pudessem de um emprego a sério vai mor-
amigo de longa data, o artigo de falar cara a cara. rendo debaixo dos auriculares e
que é autor publicado há tem- “O mê marido nã tai, foi tirar diante do script.” o
pos no blog www.truca.pt. lête”, “os meus pais foram para
as vindimas, só voltam lá para Mário Marfim
“São centenas de jovens tra- o fim do mês”, velhinhos isola-
balhadores, e alguns já não tão Consultor voluntário do
dos no interior, na maioria anal- Espaço Emprego
novos como isso. Estudantes fabetos e arfantes de qualquer
universitários, procurando num mmarfim1@gmail.com

12
Receitas em Conta Destaques IM Magazine - Junho
O Poder Feminino
Dicas para “Re-cozinhar” comida
Croquetes de Alheira Caseira
Ingredientes: A 3600 metros acima do nível do
- sobras de alheira grelhada na chapa mar, na aridez da Puna, um grupo de mulheres in-
- pão ralado dígenas deu à luz a organização mais fértil dos últi-
mos tempos. A ONG Warmi Sayajsunqo – “mulheres
Preparação: perseverantes” – criou um modelo de desenvolvi-
Retirar qualquer mento com os valores dos Povos Indígenas.
pele que ainda Texto: María Eugenia Ludueña (Argentina)
se encontre na
alheira e triturar O Barco da Esperança
tudo num robot Há um barco quase mágico que desliza sobre as
de cozinha. Pe- águas do Rio Amazonas. Um barco que leva esper-
gar em peque- ança e projeta uma luz ao fundo do túnel para cen-
nas porções de tenas de habitantes ribeirinhos: o Barco-Escola Sa-
massa, passá-las maúma. Há mais de 30 anos que esta embarcação
por pão ralado e colocar num tabuleiro de ir ao proporciona cursos profissionais aos habitantes da
forno, polvilhado com pão ralado. Quinze minu- margens do Amazonas. Já formou mais de 31 mil
tos em forno bem quente e servir, quente ou frio, pessoas e ajudou a construir muitos sonhos.
conforme o gosto. o Texto: Sâmia Gabriela Teixeira

Por: Moira http://tertuliadesabores.blogs.sapo.pt Leia mais em http://immagazine.sapo.pt

Patrocinador

44 anos de experiência efectiva


no sector do controle de pragas
Tel: 213012294
Fax:213018411

www.ctd-desinfecoes.pt

ccpc@netcabo.pt
Este é o nosso endereço de e-mail. Está interessado em receber informação regular sobre as
nossas actividades e serviços? Então envie-nos um e-mail.

Você também pode gostar