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‘igual distancia de P, , ou seja, r= / 77 + #, endo a contribui do anel ao potencial em P, € dajr, ou a2xsds/y/ y+ s*. Para obter 2 contribuigio de todo o disco, devemos integrar sobre todos os anéis do disco: 910,p.0) = {e _ { 2nos ds Aconteceu que a integral obtida foi elemen ei toma a forma fu"? di, Colosando os Fmites,obtemes: 00.9) oly Fat—y] para y>0 (22) Um pormenor merece comentirio: © resultado que escrevemos Eq, 22 vale para todos os pontos da regitio positiva do cixo Obyviamente decorre da simeiria fisica do sistema (ndo ha nenhuma diferenga entre uma face do disco e a outra), que o potencial deve ter o mesmo valor para y negativo e positivo c isso se reflete na Eq, 21, onde aparece apenas y?. Mas ao eserever a Eq. 22, fizemos uma estolha de sinal ao tomar a raiz quadrada de y? e como decorrénci cla vale apenas para y positive. A expresso correta para y < 0 obtida pela escolha da outra raiz, € entio: 9(0.).0) Em vista disso, nio nos deve surpreender o fato de encontrar uma singularidade de (0, y, 0) em y = 0. De fato, a fungio tem uma mudanga abrupta de inclinagio nesse ponto, como vemos na Fig 28, que representa o potencial em fungao de y. O potencial no centro do disco &:p(0, 0,0) = 2roa, Esse € 0 trabalho necessirio para trazer uma carga unitéria © positiva do infinito, por qualquer eaminho e deixa-la em repouso no centro do disco. ‘© comportamento de g(0. 1 0) para valores muito grandes de y é interessante, Para y aa Eq. 22 pode ser aproximada da se ‘guinte forma: dol Vee +s] para ycO (23) Jvtaay (24) Entio, (0:0) ya 25) nue € a carga total q no disco ¢ a Eq, 25 é exatamente a expressio do potencial devido a uma carga puntiforme dessa magnitude, Como deveriamos esperar, a uma distancia considerivel do disco (fclativamente ao seu didmetro), ndo importa muito de que forma 43 Fig. 28 Um grafico do potencial sSbre 0 eixo, A curva pontithada € potencial de uma carga puntiforme q = nave. carga esta distribuida; em primeira aproximagao interessa apenas a carga (otal. Na Fig, 2.8 desenhamos na forma tracejada a fu xa?a/y. Voc’ pode perceber que a funcdo potencial no eixo do disco aproxima-se bastante rapidamente da sua forma assintética. Nio € tao ficil calcular o potencial em pontos genéricos fora } do cixo de simetria, porque a integral definida que se obtgm ndio € tio simples. E uma integral chamada integral elfptica, Essas fungoes siio bem conhecidas ¢ tabeladas*, mas nao hi razio para discutir aqui 08 pormenores matemiticos peculiares a um problema especial. Um outro calculo, bastante simples, pode ser instrutivo. Podemos obter o potencial num ponto P; (Fig. 2.9) situado na borda do disco. Para isso, consideremos o segmento de um anel centrado em P,. Como voct vé na Fig. 2.9, carga désse segmento é dg = @-2r0 dr. Sua contribuigdo para o potencial em P, é dq/r = 2c0)dr. Da geo- metria do triangulo retangulo da Fig. 29, vem r = 2a cos 8, de modo que dr = ~ 2a sen 0d0. Is50 nos permite usar @ como variavel de Quando 0 varia de 7/2 até zero, percorremos todo 0 2 -[2-f 2at-2a sen 0 dd) E -[ 4oad sen 0 a9= ta] 5019-60] Fig. 29 Cileulo do potencial em um ponto 7 Ps sto no bard de um dso ior ‘lis fram mencionadas no Vol. em conexdo com otatamento eato do ps czado, Aula simples (Vol heap. 7. Tinea Avameade a 44 (Vocé pode integrar J 0 sen 0.d0 por partes, ow entdo consultar uma tabela). Comparando ésse resultado com 2xoa, © potencial no centro do disco, vemos que, como seria de esperar, 0 potencial decai do centro para a periferia. O campo elétrico, portanto, deve ter uma componente dirigida para fora, no plano do disco. Foi por &se motivo que ressaltamos anteriormente 0 fato de que se a carga pudesse mover-se livremente, distribuir-se-ia na diregiio da extre- midade. Em outras palavras, nosso disco uniformemente eletrizado | no & uma superficie de potencial constante, coisa que qualquer superficie condutora deve ser, a menos que as cargas se movam*, campo clétrico no eixo de simetria pode ser calculado dire- tamente da fungio potencial: a @ dando (28) oe (E cxrto que, nio ¢ dificil calcular £, diretamente a partir da dis- Iribuigao de carga, para pontos no ¢ixo). Quando y tende a zero pelo lado positivo, F, tende a 2x0. No lado de y negativo, que denominaremos o reverso do disco, E aponta no outro sentido, e sua componente E, é ~2ne. Fsse é 0 mesmo resullado que foi obtido para o campo devido a uma pelicula plana ¢ infin uniformemente cletrizada com densidade superficial ¢, ra Sec. 1.10, como devia set, pois, para pontos préximos do centro do disco, a presenca ov auséncia de cargas fora da borda do disco nio faz rwita diferenga. Em outras palavras, qualquer pelicula parceerd infinita quando vista de perto. Com eftito, E, tem 0 valor Ino, no somente no centro, como também em qualquer ponto sbre o disco. Para mostrar isso, podemos usar a lei de Gauss, como fizemos na Sec. 1.10, porém com certa cautela porque o campo elétrico ‘num ponto genérico sobre o disco nio ¢ perpendicular ao plano do disco. Imaginemos qualquer porgio do disco, de rea 4, envolvida por uma caixa fina e plana, como indicado na Fig, 2.10. Seja componente y do campo, nas vizinhangas da parte frontal dessa por- so de superficie eletrizada, ¢ E,. a componente segundo y nas vi- Zinhancas da parte oposta. O fluxo resultante para fora da caixa € © =AE,, AE, + (xo através das paredes laterais) (29) 0 fo de que suporcas condutoras dovem ser eqiipotenciaisseré discutido fatenivamente no Cap. 3. 45 Caixa Fig. 2.10 Aplicaglo da lei de Gauss a0 disco carregado, © segunda térmo tem o sinal menos, porque 0 vetor representa- tivo da superficie de tris da eaixa esta orientado no sentido negativo do cixo y. O fluxo através das paredes laterais da eaixa pode ser feito tio pequeno quanto se queira, pela redusao da espessura da caixa*, Isso nfo altera a carga envolvida, que permanece igual a GA. No limite, entdo, a lei de Gauss nos permite escrever: AE, nad (30) ou _ = 4ne Bn Na Eq. 31 temos um resultado geral que vale para qualyuer dis- tribuigdo superficial de cargas, uniforme ou ni. Quando & a den- sidade superficial de carga num ponto qualquer de uma pelicula de cargas, haveri nesse local uma mudanga abrupla, ou desconti- nuidade, na componente do campo elétrico, perpendicular a essa pelicula, A magnitude dessa descontinuidade § dxo.No nosso pro blema « € constante sobre o disco. Além disso, pelo fato de que os campos nos dois lados devem ser simétricos, nao havendo outra fonte de campo, devemos ter E, , seentio E,, = |E Na Fig, 2.11 mostramos algumas linhas de campo désse sistema, € também, assinaladas em tracejado, as intersecgdes das superlicies equipotenciais com o plano vz. Perto do centro do disco essas super- jes tém o aspecto de uma lente, enguanto que a distancias muito maiores do que a elas se aproximam da forma esférica, como no caso das superficies eqiiipotenciais em toro de uma carga. pun- tiforme. A Fig. 2.1] ilustra uma propriedade geral das linhas de campo € superficies eqilipotenciais. Uma linha de campo que passa por determinado ponto e a superficie eqiiipotencial que passa por ése ponto, sdo perpendiewlares entre si, tal como num mapa toposriico de um terreno montanhoso, a inclinago € maior nas diregSes per- pendiculares as linhas de nivel désse mapa. Isso deve acontecer, porque se o campo em cada ponto tivesse uma componente paralela 2 superficie eqifipotencial que passa por ésse ponto, seria necessirio realizar trabalho para mover uma carga de prova sObre uma super- ficie de potencial constante, lesde que o campo eétrico radial no sea infinite Sabemos que o campo radial € filo em yuuse rod o diseo porque hi mente uma siterenga de potenca fnitaentreo eenteaea borda. De fat, ha um lig onde o campo Fadia tomas infin, & exatamente na bords do diseo, Deisiremos as Ironteras de nossa cai fora dessa reso, onde se assinala também uma descontinuidade em B, een a 46 aie F© Potencial eo, gooet stante y © campo elétrico do disco uniformemente carregado. As curvas continas linhas de eampo, As curvas tr imersegdes, com o plano da fi ir) | co) (eo) Fig, 212 © potencial elétriee © 0 campo clétrica de uma distribuigio esféricn super- al de carga. (a) Perspectiva da esfera, (b) 9 como fungio de r.(c) E como uma fun- gio de r 27 FORGA SOBRE UMA SUPERFICIE ELETRIZADA Podemos ainda aprender algo considerando um caso muito simples de distribuigio simétriea de cargas, ou seja, uma superficie eslética de raio ry (Fig. 2.120), uniformemente eletrizada com den- sidade superficial 3. A carga total Q & igual a 4nro2a. O potencial fora da esfera 6 exatamente Q/r, como se a carga estivesse t6da no centro da superticie esférica, enquanto que o potencial dentro da eslera tem o valor constante Qjry. O gradiente de um potencial constante zero, evidentemente; jé haviamos concluido que o campo nos pontos intemnos a essa distribuigao de cargas deveria set nulo, A Fig, 212b ¢ © mostra grificamente como 0 potencial ¢ a intensidade E do campo variam com r. Desejamos saber agora qual & a forga que age num elemento de superficie eletrizada, tal como ai, devido A repulsio que éle sofre de todos 05 outros ele entos de carga na esfera. Sabemos que a imensidade do campo elétrico na vizinhanga externa da esfera vale Ege = Qiro? = 4no, enquanto que Ej, = 0. Qual 0 valor que deve ser usado para calcular a forga sObre a carga? A resposta correta € (,, + Ey). Uma forma de verificar ésse fato ¢ imaginar a superficie de cargas nio como uma pelicula de espessura nula, mas como uma distribuigio volumétrica de carga numa Kamina de espessura muito pequena mas finita Ar na qual a densidade volumétrica de carga p seja uniforme, ¢ de magnitude tal que a carga contida em cada centimetro quadrado dessa lamina seja a. Em outras palavras, qualquer que seja Ar, fixamos p de tal forma que p-Ar = a. A resposta acima torna-se agora dbvia, € vocd pode usar a lei de Gauss para mostrar que © campo elétrico & nulo sdbre a superficie interna da camada e eresce linearmente através da camada atingindo 0 valor 4x na superficie externa, (A curvatura da superficie faré com que a funglo nfo seja exata- mente linear mas desde que se tenha Ar < ro cada elemento de superficie podera ser considerado como uina Kamina plana). A inten- sidade média do campo nessa Kimina e por conseguinte o valor médio dda forga por unidade de carga na lamina & evidentemente entio ACE + Egy) € neste caso particular, com Ej, = 0, sera Ey, OU Ine. AAs Figs. 213a-c mostram como as coisas mudam quando a espes- sura da kimina deeresee, conservando a carga por unidade de direa constante, Nada de espetacular acontece; a mudanca do campo simplesmente ocorre em distincias mais curtas, e smente a densi- dade volumétrica de cargas tende para infinito. Note que mesmo quando a densidade volumétrica de cargas & no uniforme na Kimina, como na Fig. 2.134, no ha diferenga alk zeuma na variagio total de £ de um lado para o outro. E verdadeiro ainda o fato de que a f6rga total por unidade de Area da limina precisamente {Ey -+ Ey.) vézes a carga total por unidade de area, ‘mesmo quando a vatiagao do campo nao é linear. © Problema 1.29 48 sugere uma verificagdio disto num caso especial simples e, se vooe estiver interessado, 6 Problema 1.30 0 encaminhara para uma prova eral ealidade, cargas superficiais ndo se encontram numa eamada de espessura nult e densidade volumétrica infinita, ¢ desta forma fo nosso modélo intermediirio & mais realistico do que o caso limite. Por exemplo, uma cargi na superficie de um metal pode estar dis- tribuida através de uma camada de virios angstroms de profundi aide, O importante & que se a espessura desta eamada ¢ muito pe- quena quando comparada com as outras dimensdes do sistema, a pode ser considerada como uma camada de espessuea aula, caracterizada apenas pela densidade de carga por unidade de dred, para fins de eileulo de todos as efeitos em grande escala, Por outro lado, a distribuigio real das cargas em profundidade pode ser im: portante para fendmenos alémicos superficiais tais como a pas- wgem de elétrons de um material a outro através da interlace, Voltando 4 questio com a qual iniciamos exta sec agora que a fOrca que atua sobre um superficie eletrizada € 2na-dg © uma ver que « carga total na porgdo de area dé dy = ai/4, obtemos para fOrga no clemento de area dd: dF = 2x0? dA @) A forga por unidade de area & entao simplesmente 220? sendo diri- por mica ou molécular, ndo incluida em ‘e que faz. com que as cargas permanegam na esfera Se tivéssemos cletrizado um balio de borracha, a repulsio clé- triea ealeulada, 2xa* por unidade de frea, tenderia a fazer expandir 6 halao, Inversamente, seria necessirio fornecer trabalho ao sis tema para reduzir o diimetro de tal distribuigao de cargas, mantendo ‘carga total constante. Suponha que desejamos diminuir a esfera de raio ry para o Taio rp — dr, como na Fig, 2.14. Esquecendo tGdas fas outras Forgas ¢ considerando o trabalho que temos de realizar apenas contra as Forgas elétrieas, verificamos que devemos aplicar uma forga de 2na? dinas por unidade de drea, dirigida para dentro Fsta fora atua atraves a distincia dre assim 0 trabalho realizado sobre o sistema por essas fOrgas externas & nossas equagie AW = (Arerg?) (no?) dr = 8 (33) fsse trabalho pode ser expresso também em fungi da carga total 0, pois Q = dare2e aw= Oe 64) 49 Ano to @ aro E=0. Fig. 218 8 variagdo total do eampo num ccamada de enrga 6 depends da carga total por unidade de Arca Fiy. 2.14 Contragio de uma camada esferica ou un balio tizado, 28 ENERGIA ASSOCIADA A UM CAMPO ELETRICO Note que o unico resultado de diminuir o raio da estera, no que concerne ao campo elétrico, é criar uma intensidade de campo de dre no espago entre as duas superticies esiéricas de raios (7, — dh) © fo Tespectivamente, onde anteriormente © campo era nulo, Nos outros pontos do espago, 0 campo permanece exatamente antes. Podemos dizer que 0 campo foi criado do trabalho dIF. Essa energia dW” pode ser expressa em fangao do ado pelo campo, da seguinte forma 10 ais custas ndvo volume dp ocu Bp aWe © ae 35) Wa Fd (35) Este € um exemplo de um teorema geral que no provaremos 4 energia potencial U de wm sistema de eargas, que representa 0 tra batho requerido o désse sistema, pode ser caleulada a partir do proprio campo elétrico, atribuindo a energia (E2/8x) de a cada elemenso de volume de, ¢ integrando sdbre todo 0 espago em que exista campo elétrico, ara a formag 36) € uma grandeza escalar, evidentemente: E* = E+E, Dessa forma podemos calcular 0 trabalho requerido para formar 1 pelicula esférica de carga vista na Fig, 2.14, no seu estado original, como segue: E= Qir?r> ry, B= 0, F< roy assim: O mesmo resultado obtido calculando-se 0 trabalho requeride para reduzir a esfera de um raio infinito para o raio ry, usando a Eq. 34, da seguinte maneira Certas pessoas gostam de pensar ‘armazenada” no campo. O sistema conservative, aquela quantidade de energia pode evidentemente ser recuperada quando se permite que as cargas se afustem: de modo que & agradavel pensar essa energia, como se estivesse senda 50 1a energia como estando em “algum lugar”. A nossa contabilidade tomna-se correta quando imaginamos que ela est armazenada no espago com uma densidade £2/8x em ergsfem*, Nao ha mal algum nessa afirmagiio, mas no temos nenhum meio de identificar inde- pendente de qualquer outra coisa, a energia armazenada num deter- minado centimetro ciibico do espaco. Apenas a energia total & fisicamente mensurivel, isto é, o trabalho necessirio para trazer as cargas a uma determinada configuracio, partindo de uma outra configurasao. Tal como 0 conceito de campo elétrico serve, em lugar da lei de Coulomb, para explicar 0 comportamento das eargas elé- tricas, assim também o emprégo da Eq. 36 em véz da Eq. 1.9 para exprimir a energia potencial total de um sistema eletrostitico, & apenas wna outta forma de fazer as contas, Algumas vézes uma ‘mudanga de ponto de vista, mesmo que de inicio seja apenas uma mudanga na forma de contabilidade, pode estimular idéias novas uma melhor compreensio das coisas. A nogio de campo elétrico como uma entidade independente sera valori quando estudarmos 0 comportamento dindmico da matéria cle- ttizada e a radiagdo eletromagnética. Estivemos falando a respeito de energia potencial e de potencial rico. Lembre-se que so coisas muito diferentes. A energia po- tencial U de um sistema estaciondrio de cargas é o trabalho neces- sirio para a formagao d tir de suas partes, energia que podemos considerar como armazenada no sistema formado. Ema grandeza escalar e uma propriedade do sistema como um todo. © potencial elétrico ¢ ¢ uma funcao de ponto, para uma dada dis- tribuigio de cargas elétricas. F expresso em erg por ues ou statvolts Aciferenga entre os valores de em dois pontos do espaco & o tra- balho por unidade de carga requerido para o transporte de carga de um ponto ao outro. Para ressaltar a distinglo enire y e U, vamos eserever a E se sistema & em fungdo de @ em véz E. Desde que E = ~ Vi temos u eo) Existe uma outra forma de calcular a ener; la. Apren demos no Cap. 1 que a energia necessiria para reunir varias eargas puntiformes discretas qy,.-., qj,--.,.era dada pela Eq. 19) y (40) A observacio da somatéria entre colehetes mostra que cada térmo dessa soma & a contribuigio de uma das eargas para 0 potencial elétrico no ponto em que esti a carga q, . Dessa forma, 2 somatéria, que designaremas pela letra g,, € 0 potencial em g, devido a tédas as otras cargas. Assim, U pode ser expresso por ! 2) hae 42) Se tivermos agora uma distribuigio continua de carga pls, y. em vez de um conjunto de cargas puntiformes, devemos simples- mente substituir a soma na Eq, 42 pela integral [eae | “) Aqui a restrigao de que @ seja devido a t0das as outras careas & necessiria, porque o elemento de cargas andlogo a q,. ou sei ppd, & sempte infinitesimal. Assim o na Eq, 43 & 0 potencial elétrico | para todo o sistema, g(x, y, 2 A Eq, 43 & evidentemente equivalente 4 Eg. 9 ¢ A Ba. 36, 29 DIVERGENTE DE UMA FUNGAO VE PORIAL © campo elétrico tem intensidade ¢ diregio definidas em cada ponto, Fle é uma fangio vetorial de ponto, a qual temos indicado | freqiientemente por Elx, y. 2). O que diremos agora, aplica-se a | ‘qualquer fungko vetorial, ndo apenas ao campo elétrico: usatemos outro simbolo, Fix, y. 2). para recordar ésse fato. Em outras pala vas, trataremos mais de matematica do que de fisica por algum tempo, ¢ F sera uma fangio vetorial qualquer. As consideragdes serio feitas em trés.dimensbes Considere um volume finite V; limitado pela superficie feck familiarizados com a nogio de fluxo total @ emer- le & 0 valor da integral de superficie de F extendida A superficie S, o [Fa oy No integrando, da € um vetor infinitesimal cujo médulo & a area de um elemento de supericie, de S, enja diregao ¢ a da normal a ésse elemento de superficie, ¢ orientado para fora da supertici, como indicado na Fig, 2.15a 62 Imaginemos agora que V seja dividido em duas partes por uma superficie, ou um diafragma D, que corta 0 “balio” S, eomo mostra a Fig. 2.15h, Sejam V, © as duas partes em que ficou dividido ¢ considerando-os como volumes distintos, calculemos as integrais de superficie sobre cada um separadamente. A superficie $, que delimita V,. inelui De 0 mesmo acontece com S.. E Shyio que a soma das us integrais de superficie Feday + | Fea, (9) serd igual a integeal original sdbre tOda a superlice $ expressa na Eq. 44, A razio disto € que qualquer elemento de superficie de D contribui com um sinal & primeira integral, ¢ a mesma quantidade com sinal oposto & segunda, pois o sentido “para fora” num caso, corresponde ao sentido “para dentro” no outro. Em outtas palavras, qualquer fuxo que suia de V, através da superficie D. entra em Vs. O restante da superficie envolvida coincide com a envoltSria ori- nal do volume ¥. Podemos continuar esta subdivisto até que Vfique dividido num grands niimero de partes, My « Vy. de superficies envol Uorias respectivamente S;....-» S,.---» Sy» De qualquer forma que tenba sido feita essa subdivisto estaremos certos de que - [ F n= | F-da=® 46) Estamos interessados no seguinte: No limite, para NV crescendo enormemente desejamos identificar alguma coisa que seja a carac- teristic de uma pequena regio, e em iltima analise, das vizinhangas de um ponto, A integral de superficie | Fda, 7) sobre uma dessas pequenas s, milo ¢ a quantidade procurada pois se fOr feita uma nova subdivisio de tal forma que N passe a essa integral divide-se em dois térmos, cada um menor que o anterior, uma vez que a soma deve ser constante. Em outras pala vras, 4 medida que consideramos volumes cada véz menores na ‘mesma localidade, as integrais de superficie, nos envélucros désses volumes, também tornam-se cada véz menores. Mas observamos que quando subdividimos, © volume também & dividido em di partes cuja soma equivale ao volume original. Isso sugere que de- vemos observar a relaglo entre a integral de superficie € o volume, para um elemento do espago subdividido: Fda, _— (48) 53 8; inclu B ig, 215 (a) Um volume Venvolvide por uma superticie § & dividide (b) em duas partes envolvidas por S, ¢ Sy. Continuando a sub- divisio, como em (ep. (i), a soma das integrais dle superficie sibre tSdas as partes, serd sem: pre a integral de superficie original sObre S, para qualquer Tungio vetorial F. Parece plausivel que para N suficientemente grande, isto &, para uma subdivisto finamente granulada, cada véz que dividimos um volume em duas partes, dividimos também a integral de superfi duas partes, de tal forma que a continuagao dessa subdivisio com que aquela relacdo atinja um limite, Se for assim, ésse limite uma propriedade caracteristica da fungio vetorial F naquela vi- zinhanga. Esse limite € denominado divergente de F, sendo escrito div F. O valor de div F num ponto qualquer 6 entio definido pela expre a onde ¥; € um volume que inclui o ponto em questio, ¢ $, € a super- ficie envoltoria de ¥;, sobre a qual & feta a integragao. Devemos incluir a condigdo de que o limite existe ¢ é independente do método de subdivisio, Por ora, aceitaremos ésse fato sem prova. © significado de div F pode ser expresso da seguinte maneira dliv F 0 fluxo que sai de ¥;, por unidade de volume, no caso limite de um volume ¥; infinitésimo. £ obviamente uma grandeza escalar, que pode variar de ponto para ponto eo seu valor numa determi- nada posigdo (x, 7, 2), € 0 limite expresso pela Eq. 49 quando ¥; torna-se cada vez menor, sempre envolvendo © ponto (x, » 2) Assim, div F @ simplesmente uma fungio escalar das coordenadas. 210 TEOREMA DE GAUSS E FORMA DIFERENCIAL DA LEI DE GAUSS Conhecendo-se essa fungio escalar de ponto, div F, podemos refazer o cilculo da integral de superficie extendida a envoltéria de um volume grande: Primeiro escrevemos a Eq. 46 da seguinte forma: ——= (50) No limite, para N — ®, V, —+ 0, 0 térmo entre colchetes é 0 diver- gente de Fe a soma deve set substituida por uma integral de volume: [F da =| div Fav , , | or) A Bg, 51 denomina-se Teorema de Gauss ou Teorema da Diver- gincia. Ele vale para qualquer campo vetorial, desde que exista 0 limite envolvido na Eq. 49, 5a Vejamos como isso se aplica ao campo elétrico E, A lei de Gauss nos assegura que pale Seo teorema da diveraéncia é valido para qualquer campo vetorial, certamente pod lo a0 campo E: > [ div Bote (33) nos pli Ambas as Eqs. 52 e 53 sito vilidos para qualquer volume que tenha- mos escolhido seja qual {Sr a sua forma, tamanho ou localizagio. Comparando-as, verificamos que isso sémente sera verdadeiro se em ead ponto, div E = Anp Se adotarmos o teorema da divergéneia como parte de nosso equi: pamento matemitico habitual daqui em diante, poderemos consi- derar a Eq. 54 simplesmente como uma outra forma de enunciar aei de Gauss. E a lei de Gauss na forma diferencial, isto é, posta em térmos de uma relagio local entre densidade clétrico, le carga ¢ campo 2110 DIVERGENT: EM COORDENADAS CARTESIANAS A Eq. 49 & a definicdo fundamental do divergente, independente de qualquer sistema de coordenadas. E muito itil saber como se ila o divergente de uma fungio vetorial quando ela & dada em sua forma explcita. Suponha que um fungao vetorial F seja ex press como fungio das coordenaclas curtesianas x, y, € = Iss0 sig- ala que temos trés fungdesescalares, F(x, 9.2} Fyoss 49218 FAs, 32) O volume ¥; sera suposto constituida por uma pequena caine retan aula, com um dos vértces no ponto (x, p. 2) ¢ lados As, Aye Az como na Fig, 2.160, Se fosse escolhido um outro formato, para esse voluine, obteriamos © mesmo limite? Enfrentaremos essa questio posteriormente Considere duas faces da caixa, a superior e a inferior, por exer a quais serdo_representadas pelos vetores ZAx Ay € Ay Av. O fluxo através dessas faces envolve apenas a componente = de F, © 4 contribuigio liquids para o fluxo através da eaixa dependent da djerenca entre F, na face superior © na inferior, ou mais previe samente, entre 0 valor médio de F, sbre a face superior e o valor inédio de F sdbre a face inferior da eaixa. Em primeira aproximagio, esta dlferenga & (OF @=)A2, A Fig, 2.16b aunilia a compreensio 65 () Fig. 2.16 Cileulo do Muxo que sai da caixa de volume AvAys disso. O valor médio de F, sobre a face inferior da caixa, se consi- derarmos apenas variagdes de primeira ordem em F, nesse, pequeno retngulo, € o seu valor no centro do reténgulo. Esse valor & até primeira ordem®, em Ax e Ay 65) Para o valor médio de F, na fice superior, tomaremos 0 valor ho centro dessa face, novamente considerando somente os térmos de primeira ordem, para pequenos deslocamentos. 2) 4 AY OF, , Ay OF, 2 x +2 ¢ © fluxo resultante, para fora da caixa, através destas duas fuces cada uma de area Av’ Ay € entio Fay (56) Ax OF 2 Ax Ay] Fe) + fluxo para fora da caixa, na face superior ovar[ Fas ox OF, A | — = fluxo para dentro da caixa, na face infer Esse fluo se reduz a Ax Ay A2(@F_/¢2), Obviamente, argumentos similares aplicam-se aos outros pares de faces. Isto € 0 Muxo liquido resultante, para fora da caixa, através das faces paralelas ao plano ye & Ap AZAA(CF,Ax), Observe que o produto Ax Ay Az aparece lambem aqui. Assim, 0 fluxo total para fora da caixinha &: (58) © volume de caina € Ax Ay Az ¢ assim, a relagio do Muxo para 0 volume € 2F /ix + OF fey + OF 02, € como esta expresso nko con- tém de modo algum as dimensbes da cuit, ela permanece como limite quando a eaisa diminai, [Caso tivéssemos retido os timo proporcionais a (Ax! (Ax Ay) ete, que foram desprezados no cil Culo de Muyo. les evidentemente tenderiam a 7er0 no limite] ‘Agora comegumos a peroeber porque ésse limite seri indepe dente da forma da caixa. F evidente que éle & independente das “Isso mada mais € do que parte inci da expansio em série de Taylor de uma fungioescalar F nas vizinbangasdets, 2h sto EPs ay he eel = Fs yc) + (eve redler eA) (ead ever ser caleuladas no ponte (x, 5.2) Em nosso caso a = tbandonanios os térmos de ordem superior na expunsio. 586 pops da aia rng, mas so ne quer dee moto Ean trae ainda perms 0 mean pa tute ue ond pla aan de css ona Sec tune propose Conde a dan ca SI aoe Taos, par fore daca 16°, par fora da caixa 2 nao muda pela remogio da face comum, fazendo uma Sao tea funiou da fg. 2.er sm aloud “ee Mo oat su hc do tani da Fis 218 me suse ent, aditindo apenas qu ngs FF © Fe sonra qe oie cxte = & do aiv Pa fo tg ® e ney Quando div F tem valor positive em determinado ponto encon- tramos — considerando F como um campo de velocidade — uma “vazio” Kquida para fora dessa vizinhanga. Por exemplo, quando as trés derivadas parciais na Eq, $9 sio positivas no ponto P, deve- ‘mos esperar que um campo vetorial nas vizinhangas désse ponto tenhia o aspecto semelhante ao sugerido na Fig. 2.19. Mas © campo pode ter um aspecto bem diferente € ainda ter divergéncia positiva pois pode se superpor a éle qualquer campo vetorial G tal que div G = 0. Assim, uma ou duas das trés derivadas parciais poderiam ser negativas e ainda poderiamos ter div F > 0, O divergente é uma quantidade que exprime somente um aspecto da variagio espacial de um campo vetorial. Apliquemos isso a0 caso de um campo elétrico que € de vizuali- zagio bastante facil. Um cilindro de comprimento infinito e raio a € preenchido por uma distribuigio volumétrica de eargas positivas, fensidade ». Fora do cilindro, campo elétrico 0 mesmo que fo produzido por uma carga linear no eixo do cilindro. F um eampo radial, de intensidade proporcional a 1/r. O campo dentro do ci- lindro € calculado pela aplicagao da lei de Gauss a um cilindro de rio r < @ Voe’ pode fazer isso como um simples exercicio, ¢ veri- ficari que © campo é diretamente proporcional a r,¢ evidentemente também radial. Os valores exatos, sio: 2Qnpa® para E=2npr parar ( dacrot (8) Assos, consulmos que | [ Feds { rot F-da (79) le ds \" A relagtio expressa pela Eq. 79 & um teorema matemitico deno- mminado teorema de Stokes, Observe como sua estrutura se parcce com a do teorema de Gauss, ou da divergéncia. © teorema de Stokes telaciona a integral de linha de um veior, & integral de superficie disse vetor. O teorema de Gauss (Eq, 51) relaciona a integral de Superficie de um vetor, & integral de volume do divergente désse vetor. O teorema de Stokes refere-se a uma linha fechada e a uma superficie que se apoie na mesma. O teorema de Gauss refere-se 4 uma superficie fechada ¢ ao volume limitado pela mesma. 217 0 ROTACIONAL E: 1 COORDENADAS CARTESIANAS A Eq, 76 € a definigad fundainental de rot F, estabelecida sem fazer mengio a qualquer sistema de coordenadas. Nesse aspecto, cl & semelhante a Eq. 49, dofinigio fundamental do divergente, De forma andloga, também podemos querer ealeular rot F, quando for dada explicitamente a fungio vetorial F(x, y, 2). Para isso, deve. Mos executar a integragio exigida pela Eq. 76, mas escolheremos uum elemento de drea de contérno muito simples, por exemplo re- angular, situado paralelamente ao plano xy (Fig. 2.26), Isto & esco- themos fi = 2, De acdrdo com a nossa regra de sinais, 0 comtoro do retingulo deve ser percorrido no sentido hordrio relativamente 3 um observador que olha dirigido no sentido de f. Na Fig. 227 estamos observando o retangulo por cima, A integral de linha de A, nesse contémo, depende da variaglo eA, com ye da variagio de 4, com x. Se 4, tivesse o mesmo valor inédio tanto no lado superior como no inferior do retingulo (Fig. 227), evidentemente, a contribuigio désses dois lados para a cit. suitagio seria nula. Observacao’ andloga & aplicdvel aos outros dois lados. Até primeira orem nas quantidades pequensis Av ¢ Ay, a diferenga entre o valor médio de 4, no lado superior do retangulo, 65 Fig. 2.26 Circuitagio em trno de uma pe- quena superficie retangular com A (x +A,y + Ay) Fig, 227 Vista superior do elemento de superficie da Fig. 226, Pig. 2.28 Para cada orientagio, o limite da azo eireuitagdojarea determina uma com. ponente do rotacional de A neste ponte. Para determinar ‘6das as componentes do vetor rotacional de A em qualquer ponte, as pequenas superficies devem estar unidas fem t6rno do ponta: aqui Ges esto separados para maior cl de ordenada y + Ay, ¢ 0 seu valor médio no lado inferior, de orde- ida 7, & (3) ay (s0) © argumente é semelhante ao utilizado no caso da Fig. 2.166. x 8 ‘no ponto medio Mo 0B (5° Ie intr) Ax 0A, (ve onto mati en A, A, = Ae D+ do lado superior, Esses valores médios correspondem aos térmos de primeira ordem da expansio em série de Taylor. O que contribui para a cireuitagao € a sua diferenga multiplicada pelo comprimento, Ax, da trajetsri ssa contribuigao € —Ax Ay(24,/6)). © sinal menos aparece por- que estamos integrando no lado superior, da diteita para a esquerda: A, Tor mais positiva nesse lado, isso resultari numa contribuicio negativa 4 circuitagio. A contribuigio dos outros dois lados & Ay Ax (CA,/ox), ¢ aqui o sinal € positive, porque se 4, fr positivo do lado direito, resultaré uma contribuigdo positiva a circuitagio, Desprezando os térmos de ordem superior a primeira em Ax € ‘Ay, a integral de linha no contérno do retingulo & [aa van ‘Jars van(5 = avar(E *) Ora, Ax Ay & a area do retingulo, que representamos por um vetor na diregio do eixo 2, Evidentemente, a expri 0A, 0A, fc (82) © limite da rela Integral de linha sébre_o contérno Area da superficie envolvida pelo contro (84) sido quando a drea da superficie tende a zero. Se 0 retingulo tiv a para o limite da relaglo correspondente, e se o retingulo tivesse normal orientada no sentido de x, como na Fig, 2.28 & direita, ob- teriamos : (86) Fig. 2.29 A circuitagio no contrno da direita s98c8 nos retingulos, ea Area da figura da direita & a soma das dreas dos retingulos. Este diagrama nos mostra por que a raz circuita- ciojarea & independente da forma a soma das cireuita Apesar de termos considerado sOmente retngulos, nosso resul- tado é, na realidade, independente da forma do elemento de rca € de seu contémo, devido a razies muito semelhantes aquelas e postas no caso das integrais envolvidas no teorema da divergéncia. Por exemplo, & evidente que podemos unir a vontade virios retan- gulos para formar outras figuras, porque as integrais de linha nos trechos comuns dos contOrnos cancelam-se miituamente. (Fig. 229) Coneluimos que para qualquer uma dessas orientagées, 0 limite da relagio entre a circuitagio ¢ a area é independente do formato do elemento de area escolhido. Obtemos entio uma formula geral para as componentes do vetor rot F, quando F é dada em fungio dexyes Vooé pode achar a seguinte regra mais ficil de lembrar, do qt propria formula: Construa o determinante Ry a (88) faga a sua expansto de acdrdo com a regra usual para o determinante € voc’ obterd rot F, dado pela Eq. 87. Observe que a componente x de rot F depende da taxa de variagao de F, segundo y e da taxa da vatiagto negativa de F, segundo =, e assim por dante O simbolo Vx, ([é-se’“del-vetor” ou “nabla-vetor") onde V € interpretado como o “vetor” (89) 67 é freqiientemente ulilizado em vér do simbolo rot. Se escrevermos V x Fe seguirmos as regras de formagiio das componentes de um produto vetorial, obteremos automiticamente o yetor rot F. Assim rot Fe V x F significam 2 mesma coist 218 0 SIGNIFICADO FiSICO DO ROTACIONAL A palavea “rotacional”, introduzida por Maxwell, lembra-nos que um campo vetorial com rat F diferente de zero, tem cireuitagao, bu vorticidade. Em inglés usa-se “curl”, Imagine um campo vetorial de velocidade G e suponba que rot G seja diferente de zero. Enti fos velores velocidade, nesse campo, devem ter carateristicas algo semelhantes is seguintes: 1_”| ou || superpostas, talvez, a um Mu Xo geral numa determinadi diregio, Por exemplo. o campo de velo cidade da figua quando seesvaia uma banheira acquirecm geral uma Greuifagio. Seu Totacional é diferente de zero na maior parte da Superfice, Qualquer coisa que flutue na superficie gira & medida ++ aque ela se desloca (veja Probs. 2.16 ¢ 2.26), No estudo da meciiica ddos fluidos, hidrodinimica e acrodindmica, ése conceito & de im- portineia fundamental Para construir um "medidor de rotacional” de um campo elé- a+ trico, — pelo menos em imaginagio — podemos fixar cargas posi- +a tivas num eixo através de varetas isolantes, como na Fig. 2.30. Ex: plorando um campo etrico com ése instrumento, sempre que fot E osse diferente de zero, observariamos um tendéncia da ro- ‘cargas em t6rno do cixo, Empregando-se uma mola para impedie a rotagdo, a stia toreo pode ser usada para a medida do . conjugado, que seré proporcional 3 componente de rot E na diregio de cixo. © sentido apontado pelo aparelho, quando 0 conjusado e de sentido horitio, & o sentido do vetor rot B. (Eviden- temente nao podemos eonfiar na indicagio do aparelho quando 0 npo varia muito dentro das dimensdes do. mesmo). “Tendo em sista éses fatos, o que poderiamos dizer sBbre o campo + letrostiied) A conclusio a que chegamos € muito simples: 0 me didor daria sempre a leitura zero! Isso decorre de um fato que jt prendemos: no campo eletrostitico a integral de linha de E em ‘iralquer contorno (linha fechada) & zero. Apenas para recordar porque isso acontece, lembre-se de que a integral de linha de E entre 2 fis pontos quaisquer como P, e Py na Fig. 231 6 independente +7 do caminho. A medida que os dois pontos se aproximam, a integral + 4 de linha pelo caminho mais curto, evidentemente tende a zero —~ a menos que a posiglo final esteja numa singularidade, como mum carga puntiforme, caso que podemos deixar de lado. Entio a inte- ral de linha deve ser zero no contémo da Fig. 231d, Mas se a cit Cuitagio & sempre zero para gualguer contOmno, segue-se do teorema Fig, 230 © *medidor de rotacional de Stokes que @ integral de superficie do rot E € zero numa super- q 68 jl eee ficic de qualquer forma, tamanho ou localizagio. Deduz-se entio que rot E deve ser nulo,em qualquer ponto, pois se assim no f6ss poderiamos escolher uma superficie nas vizinhangas désse ponto onde 0 fluxo de rot E fesse diferente de zero, F. possivel entao fazer a afirmagio muito simples de que no campo eletrostitico E rot E=0 (em qualquer lugar), (00) Invertendo esta afirmagio, & possivel dizer que a Eq. 90 & condigiia swiciente para que wm campo seja consercativa, isto & pata que ale possa ser descrito como o gradiente de alguma fungio potencial. Esse teste € de ffeil apticagio. Quando a fungdo vetorkal da Fig. 22 foi introduzida, afirmow-se que ela poderia representar um campo eletrostitico possivel. As componentes eram E, = Ky € F, = Kx, as quais podemos adicionar E. = 0 para completar a eserigdo do campo no espaco tri-dimensional. Calculando rot E, encontramos: ol) Isso quer dizer que E & Incidentalmente, muta: © eradiente de algum poi se campo particul cial escalar, lar E também tem divergéncia OE, , OE, (02) Ele representa de cargas, Por outro lado, a fungi vetorial igualmente si : etorial igualmente simples, definida for Fa = Kyi Fy = ~ Kx © nao tem rotacional nulo. Em Portanto um campo eletrostitico numa regido isenta (rot F), =~ 2K (93) Portanto, ésse campo no pode represent ttostativo. Se voce fizer um esbaco grossciro cura imediatamente gue éle tem eircuitagao, Npee pode desenvolver uma certa sensibilidade nestes aspectos das fungdes vetoriais, estudando os trajetos bidimensionain repre- Sentados na Fig. 2.32. Quatro déstes eampos tm divergénciay tw ada: tente identifica implica em Nuxo total diferente de zero par ar net lum campo ele- désse campo, verif ja dentro ou para fora 63 @) a) Fig. 231 Se a integral de linha entre P, © P, & independente da trajeisria, a integral de linha ao longo de um contémno fechado deve ser ula, ficie de qualquer forma, tamanho ou localizaglo, Deduz-se entdo ‘que rot E deve ser nulo,em qualquer ponta, pois se assim no fosse, poderiamos escolher uma superficie nas vizinhangas désse ponto onde 0 fluxo de rot E fésse diferente de zero. & possivel entio fazer « afirmagdo muito simples de que no campo eletrostitico E: rot E=0 (em qualquer lugar), (00) Invertendo esta afirmagio, & possivel dizer que a Eq. 90 € condigto syficiente para que um campo seja conservatico, isto é, para que Ale possa ser descrito como o gradiente de alguma funcao potencial Esse teste é de fieil aplicagio. Quando a fungio vetorial da Fig, 22 foi introduzida, afirmowse que ela poderia representar um campo eletrostitico possivel. As componentes eram E, = Ky E, = Kx, as quais podemos adicionar E, = 0 para completar a descrigiio do campo no espago tridimensional. Calculando rot E, encontramos (rot E), (rot B), en (rot B), Isso quer dizer que E é o gradiente de algum potencial escalar. Incidentalmente, ésse campo particular E também tem divergéncia nla 0 Fe representa portanto um campo eletrostiticn numa regia isenta de cargas. Por outro lado, a fungao vetorial igualmente simples, definida por F, = Ky; F, = ~ Kx: F, = 0 ndo tem rotacional nulo. Em vez disso, (rot F), = -2K 03) Portanto, ésse campo ndo pode representar nenhum campo ele- Lrostatico, Se voce fizer um esbogo grosseiro désse campo, verifi card imediatamente que éle tem circuitagio. Voc’ pode desenvoh ria sensibilidade nestes aspectos das fungdes vetoriais, estudando os trajetos bidimensionais repre- sentados na Fig, 2.32. Quatro déstes campos tém divergéncias nula considerada; tente identifica-los. Divergéncia nao nula implica em fluxo total diferente de zero para dentro ou para fora 6a (a) Pd (o) (a Fig, 231 Se a int & independente da trajetoria, a integral de Tinha ao longo de um comtérno fechade deve al de linha entre Py e Py Fig, 232 Quatro déstes campos vetoriais possuem divergente nulo na regio apresentada. Trés possuem rotacional nulo, Vor’ pode de uma vizinhanga, Isso é de ficil verficaga0 em algumas configu ragées, Em outras, voc’ poder ser capaz talvez de enxergar imedia- tamente, que a divergéncia € nula, Em tr8s dos campos, 0 rotacional dia fungao vetorial correspondente € nulo na roxio apresentala Teme identificar os tr8s verifcando se a integral de linha em qual- quer contérno seria, ou nilo, nula. Essa & a esséncia do roracional (Depois de estudar as figuras, pense nessas questdes antes de com- paarar scu raciocinio © eonclusées com a explicagio dada na Fig 234) © rotacional de um campo vetorial provara ser uma ferramenta poderosa, mais tarde, quando encontrarmos campos elétticos ¢ rmagnéticos de rotacional nao nulo. Mus as idgias em j intimam jas com aquelas da divergéncia, que desen- valvemos te ponto aqui. Podemos dizer que encontramos dois 0 so to Fig, 233 Resumo de algumas relagdes vetoriais. GAUSS STOKES. cont Superficie envolve volume Curva envolve superficie gRan: Ponto cone Ponto Pontos envolvem curva Observe que o yelor permanece ‘constante quando voc’ avanga no Sentido em que éle aponta, Isto quer dizer que OF/éy = 0. com F, ~ 0. Logo div. F = 0. Observe aque a integral de linha no contro tracejado & diferente de div, F=0 rol FAO Este € um campo central. Isto é Fé radial e para um dado r, sua intensidade € constante. Qualquer campo central tem rotacionel nulo: a circuitagio ¢ nula no contérno tracejado, bem como em qualquer jutro. Mas a divergéncia Sbvia mente no é nul div F #0 rot F= 0 ‘A circuitagio evidentementepo- dderia set zer0 NOs contornOs apre- sentados, Realmente, éste & 0 mes: mo campo como MM, Ss > Sr apresentado na Fig 226€ um campo eletrostitico possivel com base apenas na Figur, Bao ¢ dbvio que div F = 0 mas pode-se ver que le também po: dria ser 2210. diy F=0 rot F=0 Verifique que niio hit mudanea na intensidade de F, em primeira a- proximagio, conforme vor’ avan. fea no sentido:em que éle aponta sso € suficiente para assemurar divergéncia ula. Parece que a circuitagio | ¢7"" "pod ser_nula no cont6rne assinalado, | ___ fporque Fé menos intensa FO"Taino maior do {que no amo menor. Reaimente, ste € um possivel campo eletros- titico, com F proporcional a Wr. onde ré a distancia até um ponto Fora do. desenho. div F=0 rot F=0 Palo mesmo motive do item (d, verifieamos que div F € nulo, Aqui tintensidade de F ¢ a mesma em em qualquer £77* 5 posicio: asimaE integral de Tinka no ram uged mor do conidmno apreseniado no scan Gala com a integral de finba. no amo menor. ¢a ciruitagio no & nul div F=0 rot F420 Observa-se claramente que a cit- cuitagdo no contra tracejado hilo € nula, Fle parece ter também Udivergéncia diferente de zero, desde {que vemos vetores convergindo para o centro, de todas as diresoes. peeeeay f H Ll div F #0 rot F#0 Fy, 2.34 Diseusio da Fig. 232 modos de derivar um campo vetorial. O primeiro, o divergent envolve a taxa de variagio da componente do vetor em sua propria direcio, OF Jax, © assim por diante. O outro modo, o rotacional & uma espécie de “derivagio colates de F, segundo y ow As relacdes denominadas teoremas de Gauss ¢ de Stokes estilo resumidas ni Fig. 2.33. conexio entre a fungko potencial escalar ea integral de linha de see gradiente também pode ser considerada como membro dessa familia de teoremas e esti incluida na tereeira coluna. e envolve a taxa de variagdo PROBLEMAS 2.1 A Tungdo vetoral seguinte representa um campo eletrasitien. possivel, Invegrat de tna € gration, Ese i ‘campo seri estado mals adiante, nos aber B= Be E.=0 Problemas 211 6 220 Clete integral de lina de E desde © ponte (00) até © ponto (14 0) 9 longo do seguintepereursosretilineo de (2.08) a {s,, 01) eda também cm Hina eta te (Gi 14 OF Faga um eileulo semelhante sepuindo os dois outros kudos do relingulo, passindo polo vétie , y, 0) Vocé dove obter @ mesma resposta, sea afrmatva Inigial etd correta, Agora vocé tem fang potencial..y(, =). Tome o gradiente dessa fangio © verfigque que obtém as componentes do campo dado 22 Considere o sistem formado por duas cargas, exqueratizado a Fig 26 Potencal de duas eargas puniformes. Seje = eoordenada ao longo da linba que une ess earns, com > ~ na eae POs ‘iva, Construa um grico de'9 ness linha, expressando y em statvolts¢ = em een metros Jewde, s = Sate = = 1S 23. Uma peauena esfera de raio & colocida no contro de uma esferu mnior, de _iferenga de ptancal de esferas com raio R, As exfras tem as cargas y ¢ Q tespectivamente,disrbuidas wniformemente efaticas ta superficie, Caleule a ciferenca de poteneial entre as dnas. Observe que s 4 Fr pos tivao potencia! da eee intema ser sempre superior no da eterna, Assi, seas das tsferesforer gids por um i, a eanga g Mui inteiramemte para a esfera externa independentememte do valor @. 24 Um bastdo muito fino extende-e 40 longo do cixo 2 desde 2 ~—aaiéz =a —Potencial producido por wm bustdo {le esti uniformementeeletricado com 7 vss por eentimetro de comipeimento.Caleule —_¢lerzao. ‘© potencal em toda os pontos do eso nos quit ¥> 25 Em cada um dos trés planos x = a» = 6x = a deextensio infinita, a Planos poralets de carga Aiseibuisio superficial de caren ¢ uniform e tem densidad igual a Csleuleo campo ‘lirica ¢ 0 potencal em todo o espago, fazenda = O em ¥ = 0 26 Pars o slindro com densidade volumtrica uiforme de carga da Fig. 220: Disrbuleoelnatiea de carga. 4a) Mostre que a expressio dada para o canpo no interior do elindro pode ser obvida pol aphieagho da ei de Gauss 1) Calcule 0 potencial em fungio de r, interna e externamente ao cine, 6) Faga um eSbogo grifico de em Tango de r. Qual o tipo de singulridade em 27 espago entre os planos y = Oe y = be peeonchido com uma disbuigio ——Potuncta vido a wma min de ear olumsrica de carga de densidade p, aio havendo Carga fora, Delcomine &expressio gt com distibicd eolumtrica wn An campo eltico para todos os pontos do espago. Determine a fungdo potencal forme correspondent a ése campo, e msi que dle satis equago de Poisson cm todos 28 Para o sistema cs Fig. 27 exboce a egiipotencial que toca bord do diseo. —_guipotencais no campo do disco ele- Determine 0 pot onde elt sntereopa «0 eina de siete Inia, 73 femergia de um ssterna de cargas, em » Apligue a Eq, 242 para calewar a energa requevida para reunir quatro ele- eae viniae Noo éesencil. trons non vices de um tclracdro de 1A de ado, tendo wm proton no centro, O que se nem a forma om que @ —"oxe pote eoluir ds fren resukante em wm dos eltrons, pelo sinal da enersi? erga de toe sistemas for caalada 7210. Dias exferasidémticas, de aio , esto separadas pela distincia >r, Uma mv Cap. 1 carga Q deve ser coloeada na superficie das eer. wi) Qual é a energia poteneal do sistema se colocarmos 2 xm eada ese? 1) Qual & encrga potensal 3 colocarmos tda a carga numa ds esferas? ¢) Quai sto os potenciselrios das esferas mos eas (a) ¢ (7? 4) Se na cana (A igurmos ts eseras com un fo fino de tal forma que as earas osu pasar do wd para outta esr ql sera a eonfiguragio final d= careas? ‘Que pode dizer sobre a eonservagi da energi? “LI1 Caleulando expicitamente as componentes de V x E, mostre que a fang Jetorial do Prob 2I-c um campo seifositico possivel (videmtemente. se vooe fe {Ecc prohlema i deve ter mostrago isso de outa forma, pela cielo da fungio ear {Ga qual Ge impo & 0 gradient), Caleule a divergéncia désse campo, 2 A fungio figs) = x2 + 1° sia 8 equagao de Laplace a duas dimensdes? Ba fungi gt 127 Eabooe a tina Fungo, ealcule 0 aradieme nos ponts eye NG = hy Oe 0y = ING =~ Loy = Dh e idigus, com peque- nas fleas, para orale ES YRIOr Apont Rosacinal ¢ torema de Stokes, mam 2213 Descahe as “linhas de campo” para Tangio eeorial A =~ 3% + a5) no ola fra no comtseno: 0. Mostra valiade do feorema de Stokes pelo ele Uo mune de 8 © Aatninés dua spereie que se apoie nese eont6rne, exemple simple 214 Calo o rotacional eo divergnte de ca um dos sepuintes campos veorias Se dle for nul, tente dsscobri a funguo esalar da qual se campo & & gradinte: oF ty B= 8) G.=25; 6 = 2+ OHp=e 2) Hy 2 t= Be Um tooroma taportaite bre campos 2115 Se A for um campo vetoral qualquer com derivadas continuas div (rot A = 0, retorts. ou notes notagh V-U7 ® A) = il. Nécesiaremos deste teorema mais tarde, robles agora © provlo, Existem dois eaminhos para fart {) (Sem inspiraghn pelo eileulo dieto num sistema particular de coordenad): s LUsamlo frmufa de em coordenadas Cartesanas,caleule a conjumto de deriva ‘das parca de segunda ordem exigidas pelt expresato V-(V x AD yi Usando os conemas da dversinciae de Stokes, no hi necessidade de sistema de cosedenadas) Consere a supoiie Sa figura, um bao quasedividido em dois Timitado pelo comran €- Pense aa integral de Tinka em C. de qualquer eampo ve= fina, Ape oe teorents de Stokes ede Gass e argumentos convenientes 2:16 A fangsio setorial viv=] representa 4 yelociade em qualquer ponto de um pido. uid & admit incomprvensivl isto tem a mesma densidad em dU i Prokttts {nr ponte, Note aus so sign qi taxa de anor de mata através de ' ‘Mstquer superteelmias por um pagueno conteno fixe no espag.épeopercionl i Tusa so econstante no tempo em ea penta esata ne eserva, deveros i ie giv vem qualquer ponte, Por gus? Enetnto ext observgdo apenas in ‘Senta: objetivo deste probleme & (yaar prineipalmente do rotasional de ¥. Cons {foc cm particular familia de enfighragdes independents do tempo do movinento Exemple fico de campo rerorial de do Mido em que o Mano tem simetra axial eas Tins do Buxo sto eireunferénias. flortlades com ama incite. pure Tas quer dizer que ¥.em qualquer ponto. & um xetor perpendicular a um plano con Hieularsstmetrusavtale fies dejhaco ——tendo-o panto €0 cio, © sixo de simeliia aul torna mais apropriado 0 emprets cirelares. Ade coordenadas polares, =, re @. E, como cestrigio ulterior, seja v sb funglo der 74 Pe Eniio qualquer movimento déste tipo pole ser deseito por v = grin onde @ repre sent o yelorunitio perpendicular Fe a 2 Partindo da definigdo fundamental de rot vem emos di integral de linha sObre um comtérme pequeno mest que para ‘smpos com és tipo especial de simetta, rot v é dado simplesmente por vail 4 (on) Use essa expresso para estudae 08 respondents 8 fan ses paricuares 0 1) O floido move'se como wm compo rigido,girando em tOtno do eixe com velo cidade e». Quanto vale rot ¥ esse cas? intes casas espe, 0 ido move-e de tal otma que rot ¥ ~ 0 sso pode War em qualquer ponte? (Qual € fungi vies? Tenteeshocar srficamente ése movimento 16 0 isco mave-ne de tal forma que rir obedece dei de Kepler para movimento planetirio circular, Quanto vale tot ¥? Poderia ser ste © movimento nos ants de Saturna? 217 Fnunciamos a Eg. 6 © sta equivalents Eg, 39, som prova. Mas podemes rsivindicar que deducimor a Eq, 43 9 partir de mada, Tentemos peovar encio que a Fg. 39 resulta da Eq, 43, Voce fem condighes de fazer isso emnpregando at segintes 1 A Kdetidade votorial v1 Vf) = (0/98 + [VF que voce pode admits qual embora nie sei diel prota 1) A equacio de Poisson, 6) O teorema da diverpincia, 75 Uma ded da forma gerald ener ia armazenada no campo elétrice. Capitulo 3 3.1 Conduores isolantes n 3.2 Condutores no campo eletrostivico 78 3.3. O problema geral da eletrostitica. Teorema da unicidade 84 34 Alguns sistemas simples de comducores 87 3.5 Capacitores & capacitiincia o1 36 Potenciais ¢ cargas em virios condutores 95 3.7 Energia armazenada mum capacitor 97 38. Outros pontos de vista a respeito do problema de condigdes de contérno 7 Problemas 100 Campos elétricos em térno de condutores 3.1 CONDUTOI E ISOLANTES Os mais antigos pesquisadores em cletricidade observaram que as substincins diferiam em sua capacidade de conter a “Virtude Eletrica”. Alguns materiais podiam ser ficilmente cletrizados por aurifo e Se conservavam nese estado eletrlicado: outros, a0 que parecia, nfio podiam ser eletrizados dessa mancira ou no manti- hum *Virwude” se 1 adquiriam. Os pesquisadores do comégo do século dezoito compilaram listas nas quais as substincias estavam classificadas como “elétricas” ou “nao elétricas”. Por volta de 1730, as importantes experiéneias de Stephen Gray, na Inglaterra, mos- twaram que a “Virtude Elétrica” podia ser conduzida de um corpo 4 outro por um fio horizontal, a distincias de varias dezenas de me- tros, desde que o fio estivesse suspenso por fios de seda*. Depois que essa distinggo entre condugi condugio foi entendida, os eletricistas da época descobriram que mesmo um “ndo-eléttico” podia ser altamente eletrizado se fOsse apoiado sobre vidro ow | suspenso por fios de seda. O final espetacular de uma das exibigdes, elétricas populares da época era a eletrizagdo de um menino sus- | penso do teto, por muitos fios de seda; seu cabelo ficava em pé e saltavam faiscas da ponta do seu nariz. ‘Apés 0 trabalho de Gray € seus contempordneos, as elaboradas | lias de eléricos ndorelérieos evelaram-se, no seu todo, uma divisio entre isolantes © condutores. Essa distingao ainda & um dos mais chocantes ¢ exiremos contrastes que @ natureza exibe. Os bons | condutores comuns, como os metals ordinirios, diferem em sua | condutibilidade elétrica dos isolantes comuns, como video ou plis- | ticos, por fatores de ordem de 10%. Exprimindo isso numa maneira que pudesse ser entendida pelos experimentadores do século dezoito, como Gray ou Benjamin Franklin, dirtamos que um globo de metal um poste metilico perde sua eletrizagiio num milionésimo de se- | sundo e um globo de metal num poste de vidro pode manter sua “Virtude” por muitos anos. (Para fazer valer esta tltima afirmativa nds precisariamos tomar algumas precaugdes além dos recursos de um laboratério do séeulo dezoito. Voce pode sugerir algumas delas?) 0 bacnante que le wilizow part 0 ew fio era sem éivida umn ord m ‘na, em comparagio com fi de metal tleireas em expernciascletroniticis. Gray deseobri tambem que fis fino fri condtog, mas usou o barbante na maioria das vers para distneias grandes sulisentemente bom pura consi eargas 7 A diferenga elétrica entre um bom condutor ¢ um bom isolante é to grande como a diferenga mecinica entre um liquido ¢ um sé lido. Isso no € completamente acidental. Ambas as propriedades dependem da mobilidade das particulas atémicas: no caso da ele- tricidade, a mobilidade dos portadores de cargas, elétrons ou ions no caso das propriedades mecinicas, a mobilidade dos Atomos ou moléculas que constituem a estrutura do material. Para levar a analogia um pouco além conhecemos substincias cuja Muidez intermediiria, entre a dos s6lidos e a dos liquidos-substa pixe ou sorvete. Realmente- al exemplo — passam gradual ¢ continuamente de liquide mével a sélido rigido ¢ permanente com abaixamento de poucas centenas de graus na temperatura. Na condutibilidade elétrica, também mos exemplos sdbre téda a extensa faixa que vai de “bom condutor” a “bom isolante” e algumas substincias que podem variar sun condutibilidade sbre uma faixa quase tio grande, dependendo dd algumas condigSes como sua temperatura, Uma classe fascinante c ttil de materiais chamados semicondutores tém essa propriedade outras ainda mais curiosas. Considerar um material como sélido ou liquide, as vézes, de- pende da escala de tempo e talvez, também, da escala das distncias envolvidas. O asfalto natural parece bastante sélido se voce segura tum pedago na mio. Visto geolégicamente, no entanto, éle é liquid, aflorando em pogos, a partir de depésitos subterraneos e até formando lagos. Podemos esperar que, por razOes algo semelhantes, a clas- sifieagao de um material como condutor ou isolante dependerd da escala de tempo do fendmeno no qual estamos interessados. Des bbriremos que, para uma classe muito simples ¢ geral de fendmenos, apenas a escala de tempo fornece 0 critério ¢ nao os valores distincias. Para finalidades imediatas, no entanto, no necessita- remos nem de formular a distingio com rigor. 32 CONDUTORE! Considetaremos inicialmente sistemas eletrostiticos que con- tenham condutores, Isto é, estaremos interessados no estado esta cionario de carga ¢ campo elétrico que resulta depois que tda redistribuigdes de carga tenham se processado nos condutores. Quaisquer’isolantes presentes io supostos perfeitos. Como jt mencionamos, isolantes bem comuns esiio préximos dessa id lizagdo, de modo que os sistemas que discutiremos nio sio muito attficias. Os sistemas em que estamos pensando podem ser exem- pliticados tip Guas esferas metilicas eletrizadas, isoladas uma da outra e de 4) quer ouira coisa, Fixi-las em posigdes relativamente proximas entre si. Qual & o campo elétrico resultante em todo 0 espago que envolve as esferas e como se distribuiu a carga que estava em cada mente por um exemplo como o seguinte: aproxime 8 esfera? Comegamos com uma questio mais geral; depois que as cargas se tornaram estaciondrias, que podemos dizer sdbre 0 campo clétrico no interior de substincia condutora? Atingido 0 equilibrio niio ha mais movimento de eargas. Voot poderia ser tentado a dizer que o campo elétrico deve entio ser nulo no interior de substincia condutora. Vocé poderia argumentar que, se 0 campo ndo fésse nulo, os portadores de carga, moves, sofreriam uma f6rga, seriam entio postos em movimento, e assim | no teriamos um equitibrio estitico, afinal de contas. Tal argumento fou em conta a possibilidade de outras fareas que possam estar agindo nos portadores de carga ¢ que deverio estar sendo equili- ss elétricas para haver uma situagio de equilibrio estatico, Para lembrar que é fisicamente possivel a existéncia de forcas que ndo as elétricas agindo nos portadores de carga, basta simplesmente pensar na gravidade. Um ion positive tem’ paso le fica sujeito a uma férga constante num campo gravitacional da mesma forma que um elétron: além disso, as fOrgas a que éles fieam sujeitos nao sto iguais. Este exemplo é muito absurdo. Sa- bemos que as forcas gravitacionais sto inteiramente despreziveis na eseala atdmica, Hi outras fOreas agindo, contudo, as quais po- demos chamar vagamente de “quimicas”. Numa bater outros paleos de reagdes quimicas, incluindo a célula viva, os por- | tadores de carga se movimentam, as vézes, contra o campo elétrico gral; éles 0 fazem porque pode estar se processando uma rea que produz mais energia do que a necesséria para v po. Hesita-se em chamar essas fOrgas de nio-clétricas, sabendo-se que a estrutura dos itomos e moléculas e as fOrgas entre éles podem ser explicadas em térmos da lei de Coulomb ¢ da mecanica quintica. Mesmo assim, do ponto-de vista da nossa teoria cléssiea da eletr cidade, elas devem ser tratadas como muito estranhas. E certo que elas se comportam muito diferentemente da fren do inverso do qula- drado sObre a qual se baseia a nossa teoria, A necessidade da exis- téncia de fOrgas que sito, nesse sentido, sj foi esboada pela nossa descoberta no Cap. 2. de que apenas 2 fargas do inverso do quadrado nao podem, por sis6, constituir uma estrutura estatica estavel ‘e-em muitos eletri © ponto & simplesmente éste: devemos estar preparados para ns casos, Forgas no coulombianas, no €m equi- sdbre portadores de carga no interior de um meio condutor. Quando isso acontece, atinge-se 0 equilibrio eletrostatico 40 existir um campo elétrico finito no condutor, 0 qual anula exa- tamente a influéncia das outras fBrgas, quaisquer que possam ser. Tendo emitido éste aviso, podemos, no entanto, voltar imedia- tamente ao caso muito familiar € importante no qual nio hé tal forga com que nos preocuparmas; o caso de um material condutor homogéneo e isotrépico. No interior désse condutor, em equilibrio 79 Eee = estitico, podemos declarar, confiantes, que 0 campo eléirico deve ser = nulo®. Se § cargas terinm de se movimentat. Segue: . homo; fa variagio se oe oWrspicn, 0 unico tipo que estamos considerando, at mesma em todos 6s pontos da superficie do con {juter Fora do condutor, 0 campo eltrico nfo & nulo, A superficie dio condutor deve ser uma superReie eqiipotencial désse campo Tmuine que possamos trinsformar una substincia de isolante cm gondton.d vont (Neo € imposivel, o vidro se tora condutor Quando aguecidos qualquer gis pads ser ionizado por raios X). Na Fig. Sle esta representado um condutor mio eltsizado no . Aeinpo elérigo produzido por duas camadas fixas de cargu, O campo = Stance & » mesmo no inerior & no exterior do corpo. {Um corpo Sens, coma vidro. realmente destorceria © campo, eto que et = arenes ao Cap. d;mas que no & importante aqui). Agora de uma form ou de outa, sjam etiadas cargas méveis (ou fons), tornando SB - «corpo condutor 08 fons positives sto deslocados num sentido clo campo e os fons negativos no sentido oposto, Come se ¥é na Lys = Pe. ih Eles nfo podem iralem da superficie do condutor, Acumu- as Tangier ai eles proprios comecam a eriar um campo elétrico no Jnerior do corpo'o qual tende @ anular 0 campo original. E de fat, a fovimenta continua alg que 0 campo original seja precisamente mostrada na Tees tal que seu campo ¢ o campo cas fontes externas fixas Bae inne para dar um campo elérico nudo no interior do. con | Sion. Pelo fato disso acontecer, “automiticamente™ em qualquer | cautor, € realmente apenas a superficie do eondutor que devemos | ee anulado. A distribuigio final de carga na supe Feeeee tebe tees Considerar quando estamos interessados nos campos externos. Com isso em me amos 0 que pode ser dito a respeito de uum sistema de condutores, cletrizados de diversas manciras, no Vdeuo. Imagine-os, s€ quiser, como pequenas pegas de metal, Eles esto impedidos de se movimentar por isolantes invisiveis — talvez pelos fios de séda de Gray. A carga total de cada compo, isto & © excosso de cary 1 sobre a de sinal opdsto, nao varia, pois = Quand falamos de campo elérion no interior de uma snbstea, estamos nos reforinle cum campo medi, com suit midis ealelada sobre uma redo grande em Tonuparseda com at minivis dt estratwra atomica, Sabemos que existem campos = True owt en tds substnca. inclusive nos bons condutores,e evidentements, s¢ amos em exalt pena em ponfos proxinos aes nleos stmicos, Fo um afgal de conta, esto ay particu alla que Rutherford, Geiger eAttnon projtaram através da fa de ur (ser Vo I, cap. 15. Nota historica Dh (© campo ele nuclear no contsibui normale oj tem um sent mam dos lados do mickeo c sentido oposto no outro la. Coote devera ser dfinkdo ou como poderia ser mado Sse expo midi, io ques iy. 3.1 © objeto em (a) € um no-condutor {Ror que ni precise enentar ayers hneutro, As cargas localizadas nde, tanto po- Sitivas como. negativas, esti imaveis. Em by as «4 Perea ere eee ' 80 ais esto sendo sallas © comecam fc. Elas se moverio até que a con final, most tie no hit jeito de a carga escapar. A carga do k-ésimo condutor sera representada por Q,. Cada corpo pode também ser caracterizado por um determinado valor @ dit funglo potencial elétrico yp. Dize- ‘mos que o condutor 2 estit “ao potencial @,”. No caso de um sistema como o representado, onde no hi corpos fisicus estendidos ao infinito, é usualmente conveniente atribuir 0 potcacial zero a pontos infinitamente distantes. Neste caso , € 0 trabalho por unidade de necessirio para trazer uma carga de prova infinitesimal do infinito até um ponto qualquer no condutor 2. (Observe, a proposito, que éste & 0 tipo de sistema no qual a carga de prova precisa ser pe- quena; uma questao levantada na See. 17). Pelo fato de que a superficie de um condutor na Fig, 3.2 € neces- striamente uma superficie de potencial constante, 0 campo elétrico, que é — grad g, deve ser perpendicular & superficie em cada um dos seus pontos. Partindo do interior do condutor para fora, encon- tramos na superficie uma variagio abrupt no campo elétrico; E nao € nulo externamente superficie sendo nulo no interior. A descontinuidade de E é explicada pela presenga de uma carg: perficial de densidade , que podemos relacionar diretamente com E pela lei de Gauss. Consideremos uma caixa chata, que encerra uma porgio da superficie (Fig. 3.3), como a que foi usada ao se ana- lisar o disco eletrizado na Sec. 2.6. Aqui, ndo hi Muxo através do “fundo” da caixa, que esta no interior do condutor, ¢ concluimos que E, = 4re, onde F, & a componen' i superficie, Como j4 vimos, ndo hii outra componente neste caso, sendo 0 campo sempre perpendicular i superficie, Ac ficial deve corresponder a carga total Q, . Isto é, a integrai de super- ficie de c estendida a todo 0 condutor deve ser igual a Q,. Em re- sumo, podemos fazer as seguintes deckarugaes a respeito de qualquer sistema de condutores como ésse, no importando sua forma © arranjo: do campo elétrivo normal «@ = «em todos os pontos da superficie de -ésimo condutor. Em qualquer ponto externo, proximo ao condutor, E é perpendicular & superficie & E = 4na,onde #€a densidade superici carga no local | Q de a= [emt em Como (2) relaciona univocamente E com a, a densidade super- de cargas no local, vooé poderia estar tentado a pensar em ¢ coma fonte de E, Isso seria um érro, E & 0 campo total resultante 81 ig. 32 Um sistema de trés condutores. Q; a carga no condutor 1, @, & seu potencial Condutor b Fig. 33 (a) A lei de dade de um campo eéttico, na superficie ¢ tum condut or, com a densidade superlicial de carga (Eq. 2) (b) Corte transversal através da superficie do condutor, © da caixa es B=ore tet eet eettte 1 g a ow bette eet te (0) Quando hit outras caress no_ sistem, podemos dizer simente que a rariagio em F, na superficie deve ser 4x, com variagio ula de &, @ ane Fig. 34 a) Uma Kamina isolada carregada superficialmente, © com nada mais no tema. Isso fo} visto na Fig. 123. O campo foi determinado como 2ne em cada lado da liming por hipotese de simerria 1) beter tate ett Muitos campos diferentes do campo de (a) acima, poderiam ter essa propriedade, Dois les sto representados em (A) e (0 (1) Quando subemos que 0 meio de um lado dda superficie € um condutor, sabemos tam: bim que no outro lado E deve ser perpendi- cular a superficie, com E = 4c. Li de tédas as cargas do sistema, proximas e afastadas, das quais a carga superficial € apenas uma parte. A carga superficial de um condutor & obrigada a “reajustar-se” até que a relagao (2) seja satis feita. O fato de que o condutor constitue um caso especial, em contras- te com outras distribuigSes superficiais de carga, ¢ revelado pela comparagdo na Fig. 34 A Fig. 35 representa o campo ¢ a distribuigdo de ca sistema simples como o descrito antes. Ha duas esferas eondutoras, uma de raio unitario cletrizada com carga total de + 1 unidade, a outra um pouco maior com tolal nul. Observe que a den- sidade superficial de carga nfio é uniforme em nenhum dos condu. tores. A esfera da direita, com carga (otal nula, tem uma densidade superficial negativa na regito que se defronta com a outr esfera P= 025 Carga luperficial negativa| Fig. 35 O campo elétsico em tOrno de duas e la figura. O potencial zero esti no. infinite, 8 condutoras, uma com carga total + I, ¢ 4 oulra com carga total nula. As linha tra cxjadas sio interseydes das superficies eqlipotenciais com o plano Carga al posi ce uma densidade positiva na regio oposta. As curvas tracejadas Ga Fig, 33 representam as superficies eqiipotenciais, ow melhor, sus intersecpbes com 0 plano da figura. Se nos afastarmos suficien- femente, veremos as superfices cqiipotenciais tornarem-se quase ‘slérieas, as linhas de campo quase Tadiais © 0 campo, comegaria g parecer-se muito com o de ama carga puntiforme de intensidade vr I, que € a carga total de todo o sistema. ‘A Fig. 33 ilustra, ao menos qualitativamente, todos os aspectos que antecipamos, mas temos uma razio adicional para mostra Simples como 6 ésse sistema, a solucio matemitica exata para ésse ease nto pode ser obtida de uma mancira direta, Nossa Fig: 35 foi devenhuda a partir de uma solugdo aproximada, De fato, o nimero dde arranjos geométricos tridimensionais de condutores que permi- fom uma solugio matematica fechada é lamentivelmente pequeno. Nao se aprende muita fisica concentrando-se na solugio de alguns poucos exemplos completamente soliveis. Ao invés disso, tentemos Patender a natureza geral do problema matemético que tal sistema presenta. 33 0 PROBLEMA GERAL DA ELETROSTATICA. TEOREMA DA UNICIDADE Podemos enunciar © problema em térmos da fungie potencial 19. pois se o puder ser determinada, E poder ser imediatamente Giotido a partir dela, Em qualquer ponto fora dos condutores, @ Gove satisfazer a equagio diferencial parcial, que conhecemos no Cap. 2, 2 equagio de Laplace V¥ = 0. Escrita em coordenadas cartesianas, a equagio de Laplace fica: & , Fo, He ae tat tat? » © problema é achar uma fungio que satisfaga a Eq, 4 ¢ também esteja Ge acdrdo com as condigdes impostas sdbre as superficies condu- toras, Essas condigdes podem ser estabelecidas de diferentes manciras. Pode set que o potencial de cada condutor, #4 seja fixado ou co- nhecido. (Num sistema real oS potenciais podem ser mantidos ‘onstantes por ligagdes permanentes a baterias ou outros geradores depoteneial constante"), Entio nossa solucdo g(x,y, 2) deve assumir fo valor correto em todos os pontos dc cada superficie. Essas super- ficies em sua totalidade limitam a regio na qualg € definido, quando Jncluimos uma superficie grande, “no infinito”, onde requeremos que p tenda a zero. As vézes a regitio que interessa esté totalmente aiterrada numa superficie condutora; entio, podemos atribuir um potencial a ésse condutor e ignorar todo o exterior. Em qualquet Faso, temos um tipico problema de condigdes de contirno, no qual f valor que a fungao deve assumir no contro & especificado para © contérno todo. 84 Poder-se-ia, ao invés, ter especificado a carga total em cada condutor, Q,. (Nao podemos especificar arbitrariamente todas a cargas e potenciais, isso traria dados superabundantes para 0 pro- bblema). Fixando as cargas, nds fixamos, na verdade, o valor da integral de superficie de grad g, estendida a superficie de cada con- dutor, Isto da ao problema matemético um aspecto ligeiramente diferemte, Também € possivel “misturar” as duas espécies de condi- s de contorno. Uma questo geral, de algum interésse, & @ seguinte: com as condigdes de contorno dadas de uma certa forma, 0 problema tem uma solugio, mais de uma soluge ou nenhuma solugio? Nao tentaremos resolver esta questo em todos os aspectos que ela pode assumir. Mas um caso importante mostrar como tais problemas podem ser tratados e nos forneceri um resultado iil. Suponha que © potencial de cada condutor,,, tenha sido dado, juntamente com a condigio de que @ tende a zero a uma distincia infinita ou sobre lum condutor que envolve o sistema, Demonstraremos que éste problema de condigfo de cantérno tem apenas uma solugio. Pa- rece Obvio, fisicamente, que éle tenhia alguma solugao, pois se real- mente dispomos os condutores na maneira prevista, ligando-os por fios de espessura desprezivel aos potenciais especificados, 0 sistema deveria atingir algum estado de repouso. No entanto: & tum assunto muito diferente provar matematicamente que uma solugdo sempre existe € nds nao o faremos. Ao invés disso, supore- mos que existe uma solugdo g(x, y, 2) © mostraremos que ela deve sera dnica. O argumento, que & tipico de demonstragdes semelhantes, desenrola-se da seguinte maneira: Suponha que haja outra fungao Wx, 9 2) que € também uma solugio, satisfazendo as mesmas condigdes de contérno. Ora, a equagao de Laplace é linear. Isto é, se ey satisfazem a Eq, 4, entao também @ + ¥ ou qualquer combinagio linear como op + cathy donde, ¢ ¢3 sao constantes, também a satisfaz. Em particular, a dile= renga entre nossas duas solucdes, 9 ~ J, deve satisfazer a Eq. 4. Chame essa fungao de W Ws, Wx, ¥, 2) (3) ol, E claro que W néo satistaz as condigdes de comérno. De fato, na superficie de cada condutor Ié nula porque ye @ tm o mesmo valor, #3, na superficie de condutor k. Assim, Wé solugio de owro problema eletrostitico, um com os mesmos condutores, mas man- tidos todos ao potencial nulo. Podemos agora assegurar que, se isso fr assim, W deve ser nula em todos os pontos do espago. Pois se ndo for, ela deve ter um maximo ou um minimo em algum lugar. Lembre-se de que Wé zero no infinito, bem como sobre todos os comtéros condutores. Caso W tenha um extremo em algum ponto P, considere uma esfera centrada nesse ponto. Como vimos no Cap. 2, a média sobre uma esfera de uma fungao que satisfaz.& equa- 85 Fig. 36 © campo & nulo em todo o interior de uma caixa condutora fechada. do de Laplace & igual ao seu valor no centro, Isso nao pode ser verdade, se o centro & um méiximo ou um minimo. Assim W nio pode ter maximos ou minimos, cla deve portanto ser mula em qual- quer ponto. Segue-se que sf = @ em qualquer ponto, isto & s6 pode » dit Eq. 4 que sutisaga as condigdes de contro cxistir wna solu: estabelecidas. Podemos agora demonstrar ficilmente outro fato notivel. No espaco interno a wn condutor dco, de qualquer forma geométrica, se Esse espaco far livre de carga, 9 campo elétrico serd mulo. Isso & ve dadeiro, qualquer que seja 0 campo externo ao condutor. Ja estamos familiatizados com o fato de que 0 campo € nulo no interior de uma camada esférica uniforme de carga, da mesma forma que nulo 0 campo gravitacional, no interior de uma camada esférica ¢ Gea de massa, O teorema que acabamos de enunciar é de forma, mais surpreendente, Considere a caixa metilica fechada, parcialmente cortada, representada na figura 3.6. Hi cargas nas vizinhangas da caixa, ¢ © campo externo é aproximadamente-como esti: desenhado. Hi uma distribuicdo altamente nio-uniforme de 86 cargas na superficie da caixa. Ora, o campo em qualquer ponto do espago, inclusive no interior da caixa, 6 a soma do campo dessa dis- tribuicdo de cargas ¢ os campos das fontes externas. Parece difi- cilmente acreditivel que a carga superficial tenha sido to experta 4 ponto de arranjar-se a si mesma na caixa de maneira a que seu campo anule o campo das fontes externas em todos os pontos no interior da caixa. E no entanto, isso deve ter acontecido, como podemos provar em poucas. frases A fungo potencial no interior da caixa, ols, y, =), deve satisfazer 4 equagio de Laplace. Todo 0 contérno dessa regido, ou seja, da caixa, € uma equipotencial; assim temos @ = go, constante em qualquer ponto do contérno. Uma solugio & dbviamente p = yo em todo o volume. Mas s6 pode haver uma solucio, de acérdo com 0 nosso teorema da unicidade, de forma que essa € a propria. ‘ip = constante” acarreta E = 0, porque E ‘A auséncia de campo elétrico no interior de um envélucro cor dutor € util, bem como tedricamente interessante. E a base da bli dagem eletrostitica, Para a maioria das aplicagdes priticas 0 en- yolucro nao precisa ser completamente fechado. Se as paredes forem perfuradas por pequenos burucos, ow feitas de tela metilica, © campo sera extremamente fraco exceto na vizinhanga imediata de um buraco, Um tubo metilico com extremidades abertas, se Liver comprimento de alguns didmetros, blindarit muito efetivamente 0 espaco interna que nio seja proximo as exiremidades. Estamos. considerando ap impos estiticos, & claro, mas para campos elétricos Ientamente varidveis, essas observagdes continuam vic lidas. 34 ALGUNS SISTEMAS SIMPLES DE CONDUTORES Nesta secgio.investigaremos alguns arranjos.particularmente simples de condutores. Comegumos com duas esferas metalicas concéntricas, de raios Re R, ,eletrizadas com cargas Q, € Q, respe: livamente (Fig. 3.7), Esta situagao no apresenta um desafio novo, E obvio, por simetria, que a carga, em cada esfera, deve set uni- formemente distribuida, de modo que nosso exemplo realmente retorna ao Cap. 1. Externamente a esfera maior 0 campo é 0 de uma carga puntiforme de intensidade Q, + Qs, de modo que 9. 0 potencial da esfera externa & @ +) R, © potencial da esfera interna & dado por ®. “ 6 87 Fig, 37 Com as cargas Q, © Q; nas camadas esféricas, 0 potencial no interior da esfera & dado pola Fig. 6. pee Plano Fig. 38 (a) Uma carga puntiforme Q sdbre tum plano condutor infinite. ? ? i al Condutor (#) © campo deve ser algo assim (6) © campo de um par de cargas de sinais contro, ‘3 & também o potencial em todos os pontos internos a esfera menor Poderiamos ter determinado y = (Q,/R,) + (Q2/R:) por simples superposigao: Q,/R 60 poteneial no interior da esfera maior quando esti sozinha, a/R, € o potencial no interior da esfera interna quando udas com eargas tera um 6 ela est presente, Se as esferas estiverem eletri iguais ¢ opostas, Q», somente 0 espago dentre ela eampo eléirico ‘Um dos sistemas mais simples no qual a mobilidade de cargas num condutor se manifesta € a puntiforme proxima a um plano condutor. Suponha que o plano xv seja a superficie de um condutor que se estende ao infinito, Vamos atribuir a ésse plano 0 potencial zero, Agora aproxime uma carga positiva Q, loculizando-a @ uma altura h sobre o plano, no eixo 2, como na Fig. 3.84. Que tipo de campo e distribuigio de cargas podemos esperar? Esperamos que a carga positiva Q atraia carga negativa, mas dificilmente espe- ramos que a carga negativa se acumule numa concentracio infini- tamente densa no pé da perpendicular que passa por Q. Porque io? Também lembramos que o campo elétrico & sempre perpendi cular a superficie de um condutor, nos pontos da superficie. Muito proximo da cara puntiforme Q, por outro lado, @ presenga do plano condutor s6 pode fazer pequena diferenga; as linhas de campo Gevem nascer em Q como se elas estivessem saindo radialmente de uma carga puntiforme. Assim podemos esperar, como na Fig. 3.86, algo qualitativamente, com alguns dos pormenores ainda um pouco incertos. E claro que a coisa toda deve ser perfeitamente simétrica em relagio ao eixo > Mas como resolvemos, © problema, realmente? A resposta obtida por um artificio, mas um artificio que € a um tempo instru tivo € freqiientemente util, Procuramos um problema ficilmente solivel cuja solugao, ou parte dela, pode ser ajustada ao problema fem questo. Aqui o problema facil é o de duas cargas puntiformes iguais e opostas, Q ¢ ~ Q. No plano bissetor da reta que liga as cargas, plano indicado de t6po pela reta 4A na Fig. 3.8¢, 0 campo elétrico & em todos 03 pontos, perpendicular ao plano. Quando fazemos a distancia de Q ao plano eoincidir com a distancia h do nosso pro- bblema original, a metade superior do campo na Fig. 38¢ satislaz a todos os noss0s requisitos: 0 campo é perpendicular ao plano do condutor e na vizinhanga de Q éle tende ao campo de uma carga puntiforme, ‘As condigdes de contérno aqui no so exatamente aquelas que constavam no nosso teorema da unicidade na iltima secgio. © potencial do condutor é fixado mas temos no sistema uma carga puntiforme, na qual o potencial tende @ infinito. Podemos consi derar a carga puntiforme como 0 caso limite de um pequeno con- dutor esférico no qual a carga total Q & fixada, Para esta condi de contdrno “mista” — potenciais dacos em algumas superfcies, carga total em outras — 0 teorema de unicidade também vale. 88 n Duarte da Silva Melsop ten Patel Fig, 39 Algumas linhas de campo para a carga acima do plano. A intensidade do campo na superficie, dada pela Eq, 7, d densidade superficial de carga Uma véz que a nossa solugio “emprestada” ajust cla deve ser a solugio. A Fig. 39 mostra a soluglo final para 0 campo acima do pl com a densidade de carga superficial sugerida. Podemos caleular a intensidade ¢ diregio do campo em qualquer ponto retornando ‘a0 problema das duas cargas, Fig, 38¢, e usando a lei de Coulomb. Considcre um ponto na superficie, & distancia r da origem. O qua- drado de sua distincia ao“ponto Q é r? + i, ¢ a componente 2 do campo de Q, nesse ponto, & ~Q cos O/(? + f). A “carga imi =Q, sob 6 plano, contribui com uma componente z igual. Assim, © campo eléttico ai & dado por eto bem, no, 20 20 he 20h Pere PER Fay eam Isso nos di a densidade superficial de carga. k, oh OF ae ~ Bae? + PE ®@ A carga superficial total deve igualar ~Q. Apenas para verifica podemos integrar sObre a superficie © ver se Cai 2 supa total = ["o-arde = oo 89 © métode de solugio aqui utilizado tem sido tradicionalmente chamado de método de imagens. Pensa-se na carga negative ficticia, situada a distincia ft abaixo do plano do condutor, para a qual as linhas de campo parecem convergir, como a “imagem” da carga puntiforme Q, algo como a imagem virtual atrés de um espélho. A (rea eletrica que age na carga Q, devida & atragio da carga super- ficial, ¢ igual fora que uma carga ~Q. na posigao da imagem, causaria, Note que a verdadeira origem dessa férga & a carga super- ficial. No entanto, a analogia especular nao é realmente muito perleita, hem muito boa auxiliar. Seria possivel deserever melhor 0 método como um exemplo de um tratamento mais geral que poderia ser chamado “ajustamento dos contéros 4 solugio". Para mostrar © que queremos dizer, observemos nas superficies eqilipotenciais do impo de duas cargas iguais e opostas representadas na Fig, 3.10a © plano era apenas uma delas. As outras sio superticies fechadas, nenhuma exatamente esférica, mas superficies que poderiamos localizar por meio de um cilculo elementar, se precisissemos. Se agora tomarmos um par qualuer dessas superficies, construirmos chapas metalicas de exatamente a mesma forma ¢ semelhantemente colocadas uma em relagio 4 outta, como na Fig. 3.10b, terkamos cem mio, de imediato, a solugio exata do campo eletrostitico désses dois condutores eletrizados! Seria a parte cortespondente do campo das duas cargas. Infelizmente, no & provavel que alguém aparega com eletrodos de, exatamente aguelas formas, procurando és étodo de solueio, embora, como solugao aproximada para esferas, dle pudesse atrair alguns freguéses. Poderiamos prosseguir examinando as superficies eqilipoten- ciais de outros sistemas simples, procurando exemplos que pudessem ser mais iteis, Talvez o métado devesse ser chamado “uma solugio i procura de um problema”. Um bom exemplo de sua utilidade pode ser estudado no Prob. 3.22, A situagio foi bem descrita por Maxwell: “Parece, portanto, que o que deveriamos naturalmente chamar de problema inverso di determinagio das formas dos con- dutores quando é dada a expressio do potencial, & mais tratavel do que o problema direto de determinar 0 potencial quando & dada a forma dos condutores®. James Clerk Maxwell, Toate on Electricity and Magnetism, vol 1, cap. VIL {G4 ed Onford University Press, 1091s ed. teimprass, Dover, Nova York, 1954) edo catudante de sea deveri, em alguma oeasio, consular livro de Maxwell Oreapitulo VIL 2 um boo lugar para sso enguanto estmpos neste assure. No final dio volume 1 ¥oe8 encontrar) alguns belos diagramas de campos cries, e, logo cpus eitagao que transereveros selma, as tazdes de Maxwell para apresentar fous figuras. F Keita suspeitar que dle também se delisiow com sua consiragio € depict 90 el a +9 0 ge Fig, 3:10 (a) Cortes através das superficies eqlipotenciais para duas ceargus iguais e de sinais comirarios, (4) Duas destas superficies mate: tializadas em metal, Condutores de precisamente esta forma e sepa ragio, dadas as eargas Q e -Q, teriam precisamente 0 mesmo campo due 0s pontes extremos, 35 CAPACITORES E CAPACITANCIA condutoras semelhantes so dispostas_paralela- mente entre si, separadas por uma distincia s, como na Fig. 3.114 Seja a frou de cada placa e suponha que haja uma carga aura placa e -@ na outra. @, eg, so os valores do potencial em cada uma das placas. A Fig. 3.11b mostea em de campo désse sistema. Longe d aproximadamente uniforme na regiio entre as placas. Considerando-o uniforme, sua intensidade deve ser (, ~ ¢3)/s. A densidade corres 1 superficial, na super fo transversal as linhas extremidades, 0 campo € muito interna de uma das en EB (10) 1 Fig. 3.11 (a) Um capacitor de placas planas paralelas, (6) Um corte transversal de (a) nos mostra as linhas de campo. Caso possamos desprezar a variagio real de Ee, portanto a de 9, que ocorre principalmente perto das bordas das placas, poderemos escrever uma expressio simples para a carga total numa placa: (o.-23) (desprezando efeito de bordas) (11) Q=4 as Devemos esperar que a Eg. 11 seja tanto mais precisa quanto menor fr a relagdo entre a distincia s ¢ as dimensdes lineares das placas. E evidente que se resolyéssemos rigorosamente o problema eletrostitico, com bordas ¢ tudo, para uma determinada forma de placa, precisariamos substituir a Eq 11 por uma formula exata. Para mostrar quao boa é a aproximagao da Eq. I, esto tabelad s na Fig. 3.12 valores de fator de correo f. pelo qual a carga Q, dada pela Eq. 11, difere do resultado exato, no caso de dois discos condu- tores, a diversas separagdes, A carga total & sempre um pouco maior do que a prevista pela Eq. 11. Isso parece razoavel, como se vé na Fig. 3.115, pois existe, evidentemente, uma concentragao extra de carga nas bordas, e até mesmo um pouco de carga perto das bordas das superlicies externas. Nao estamos agora interessados nos pormenores dessas corre- ‘ges, mas sim nas propriedades de um sistema de dois condutores. Nosso par de placas é um exemplo de um elemento comum em sistemas elétricos, 0 capacitor. O capacitor & simplesmente um si tema de dois condutores muito proximos, 1 potenciais diferentes, eletrizados com cargas opostas. Est 92 entre a carga Q em uma placa € a diferenga de potencial entre elas. Para o sistema particular, ao qual a Eq. 11 se aplica, o quociente Qi, -92) € A/Ans. Mesmo que isso seja apenas aproximado, fica claro que a formula exata dependerd apenas do tamanho € dispo- sigio geométrica das placas. Isto é& para um determinado par de condutores, a relaglo entre a carga ¢ a dilerenga de potencial sera uma constante, Chamaremos essa constante de capacitincia do capacitor representa-laemos, usualmente, por C. = CW, -9,) (2) Assim, a capacidade de um capacitor de faces planas.paralelas, desprezados os campos nas bordas, é dada por A (em em?) Ars (em em) (3) No sistema de unidade CGS que estamos usando, com carga expressa em ues € 0 potencial em statvolts, 1 capacitineia tem as dimensdes de comprimento © a unidade de capa denominada de continerro. Duas placas de 100 em? de area cada, alustadas de 1 mm,, formam um capacitor de eapacitineia de 104) (4400.1) em ov 79.S em, No outro sistema de unidades, com o qual devemos fa nos, 0 sistema “pratieo”, jundos € © potencial em volts, ¢ a capacita de carga sobre potencial e sua unidade & 0 Farad (F). Afim de rela- idade pode ser niliarizar= carga & expressa em coulombs ou ampére- Gionar o farad & unidade CGS de capa ‘© centimetro, lembre que [ volt = 1/300 statvolts ¢ {coulomb = 3 x 10? ues. Assim : L coulomb _ 3 x 10° ues “ {Farad = "Toit (1/300) statvolt Sixt ecblye 15tt Fig, 312 A verdadeira e % 10" volt = 9% 10"! om densador de pleas planas circulares compa- igantesco, Para constru-to, com oar ee placas afastadas de | mm elas deveriam ter rea de eérea de 100 km**. place eo seu fifo. © eto da orregdo Uma vez que aqui a unidade “pr m tamanho um Feallsida pode wa’ iipecasiiade ‘ioneveide) tanto impraticivel, usa-se comumente 0 mierofarad (uF) © 0 micro- ‘carga Q como microfarad (ye), Esta altima, 10" farads, & também. cham: Um capacitor de um farad seri a” se revela de picofarad (e abreviada pf}, Note que cla tem. aproximadamente a A@i-02). mesma magnitude que a nossa unidade CGS de capacidade, o centi- aes Pareles CUR, GAY MepIE areiais AEs BOGGS [at roe Net back pen a de je Of SE pacer iso corsyonde (eave & eapecinela epee ebm da some bos ts tate Ser, fue de poled eer do mo ete spac Ist bo Loe Siento no Cap dor ims 93 Fig. 3.13 Um capacitor no qual um condutor € envolto por outro. Fig. 3.14 Um capacitor assimétrico, metro, A palavra condensador & por sinal, a denominagio mais antiga de capacitor. ‘Qualquer par de, condutores, independentemente de forma ou isposigio, pode ser considerado um capacitor. Acontece apenas {que o capacitor plano & um dispositivo comum ¢ para o qual o cal- ‘culo aproximado da capacitincia & muito ficil. A Fig. 3.13 mostra dois condutores, um interno ao outro, Consideramos também ésse dispositivo como um capacitor. Por razdes priticas, um suporte reciinico para © condutor intemo seria necessirio, mas isso no nos concerne. Além disso, para fornecer ou retirar cargas dos con- dutores, precisamos de terminais que sio, éles préprios, corpos condutores. Uma vez que um fio que sai do capacitor a partir do condutor interno, denotado com nimero 1, necessiriamemte deve atravessar o espago entre os condutores, dle deve provocar alguma alteragio no campo eltrico désse espago. Afim de tornar minimo ase eltito, podemos supor que os fios sejam extremamente finos Ou entio podem wat 05 flos retirados antes da determi- nagio dos_potencii ‘Nesse sistema podemos distinguir trés cargas: Q, a carga total no condutor interno: Q,", a carga na superiicie interna do condutor externo: Q,"", a carga na superficie externa do condutor externo. Observe-se de inicio que Q," deve ser igual a ~Q, . Sabemos disso porque uma superficie como S, na Fig. 3.13 encerta ambas essas ‘cargas & nenhuma outra ¢ o fluxo através dessa superficie & nulo. © fluxo € nulo porque na superficie S, que esti no interior de um condutor, © campo elétrico € nulo, Evidentemente, 0 valor de Q, determinaré unlvocamente © campo elétrico no interior da regito entre os dois condutores & assim determinara a diferenga entre seus potenciais, @; ~ @3- Por &se motivo, quando estamos considerando os dois eorpos como “placas” de’ um capacitor, € apenas Q,, ou sua correspondente que nos interessa na determinagio da capacitancia. A capaci- tancia € c e1- Pr o (0: da qual depend 0 proprio 9, € aqui irclevante, De fate, 0 tnvetramento completo de um condutor pelo outro tora a capac inca independente cle qualquer fator externo. Se estivéssemos, ao invés diso, diane de-duas placas assimétricas nfo encerradas tima na outra algo como na Fig. 3.14 por exemplo — poderiamos star intrigiios com a seguinte questo: qual & 9 carga que faz 0 papel de Q,. em fungdo da qual se deve definir a capacitancia? A Tesposta é: a carga que deveria ser transferida do condutor | ao ondutor 2 (mantendo assim constante a soma des cargas os dois fonducores) para igualar seus potenciais 94 36 POTENCIAIS E CARGAS EM VARIOS CONDUTORES Estivemos apenas tocando na periferia de um problema mais eral, as relagdes entre cargas e potenciais de um niimero qualquer de condutores numa configuragio dada, © eapacitor de dois condue tores é apenas um caso particular. Vocé pode se surpreender se algo til puder ser dito a respeito désse caso geral. Para enftenté-to, ‘mais ou menos, tudo © que podemos usar € 0 Teorema da Unici- dade. o Principio da Superposicio. Para ter algo definido em men considere trés condutores separados, todos envolvides por uma superficie condutora, como na Fig. 3.15. O potencial desse envo- lucro pode, arbitrariamente, ser considerado nulo; com referéncia 4 éve nivel, o5 potenciais dos trés condutores, para um dado estado particular do sistema, so y,, p,, © gy. O teorema da Unicidade Barante que, com 9, , 3 €@s dados, o campo elétrico & determinado em todo o sistema, Segue-se que as cargas Q,, Q, e Qs nos condu- tores sto, anilogamente, determinadas univocamente. Ni precisamos levar em conta a carga na superficie interna da casca envolvente, uma vez que cla sempre seri -(Q, + Q; + Q3). Se voeé prefere, pode deixar 0 “infinito” fazer o papel desse envo- lucro, imaginando-o expandindo-se sem limite. Nos © conscrvamos na figura porque é mais ficil entender o processo de transferéncia de cargas, para certas pessoas, se existe algo a que ligar condutores. Entre 0s estados possiveis déste sistema estio aquéles com 93 € 95 ambos nulos. Podemos forgar essa condigao ligando os condutores 2€ 3. casca de potencial nulo, como indicado na Fig. 3.15a. Como antes, podemos supor que os fios de ligago so to Finos que a carga sobre éles ¢ desprezivel. E claro que nio nos importa realmente como foi realizada a condigdo especificada. Nesse estado, que cha- maremos estado 1, 0 campo elétrico em todo o sistema ¢ a carga em cada condutor sio determinados univocamente pelo valor de 4. Mais ainda, sey, fosse duplicado, isso acarretaria duplicagio da intensidade do campo em todos os pontos ¢, portanto, duplica- iio de cada uma das cargas 0, , 0, ¢ Qs. Isto & comes = gy = 0, cada uma das trés cargas deve ser proporcional a, indo, ‘matemiticamente: Estado 1 Cui = Cue O=Cum (15 =, of 9s Q oO: (15) As trés constantes, C,,, C3, € Cs, 86 podem depender da forma € disposi¢ao dos condutores. ~ Exatamente da mesma maneira podemos analisar 0 estado no qual 9; cps so nulos, chamando-o de estado IT (Fig. 3.155), Nova- mente devemos achar uma relagao linear e Unica entre 0 poteitcial nio nulo, g, néste caso, ¢ as diversas cargas: Estado TI } a=o,=0f% or Os= Ca, (16) 95 Fig. 3.15 O estado geral déste sistema pode et analisado como a superposicio (i) de tes cestados (a ~ 0), Em cada um déles todos os ccondutores, menos um, possuem © potencial rule, Finalmente, quando @, © @3 sio nulos, 9 campo ¢ as cargas so proporcionais a oy: | Estado IL oa for cis Q2=Cas¥si Os= Cres (17) Ora, a superposigio de us estados como 1, If ¢ III & também um estado. possivel. © campo elétrico em qualquer ponto & a soma Yetorial, neste ponto, dos campos elétricos dos trés casos, enquanto que a carga num condutor € a soma das cargas que éle tem nos trés casos. Neste ndvo estado 0s potenciais sto @,, @2 & , nenhum | déles nevessiriamente nulo. Em resumo, temos um estado comple- tamente geral. A relagio que liga cargas & potenciais ¢ obtida sim- plesmente somando Eqs. 15 a 17 Q.= C9. + C202 + Crs Qs = Car1 + Cara + Cars ro) Qs = CuO. + C3202 + Crna Pode parecer que 0 comportamento elétrico déste sistema seja rracterizado pelas nove constantes Cy. Cy3.0+++Cyy. Na verdade, ‘apenas seis constantes so nevessarias, pois se demonstra que em qualquer sistema Cyz = Cqy2 Cyy = Cay © Cay = Coa Porque isso deve ser assim nao & dbvio. O Problema 3.27 sugere uma de- monstragio baseada na conservagio para ésse fim voce necessilara de uma idéia descnvolvida na Sec. 3.7. Os C’s das Eqs. 18 sio chamados coeficientes de capacitancia. E patente que 0 nosso argumento pode ser estendido a qualquer mimero de condu- tores. Incidentalmente, o que foi definido anteriormente como capa- citaneia de um capacitor de duas placas nfo é 0 mesmo que Cy, (ou C23, ou C,3) mas ¢ claro que tem relagio com éles. Um sistema de equagdes como (18) pode ser resolvido para os ‘p's em fungao dos Q's, Isto & existe um sistema equivalente de rela bes lineares da form y= Pup Qi + Py2Q2 + Pris Qs Pay Qy + P22Q2 + Pas Qs 9) P31 Q1 + ParQ2 + Ps Qs os Os P*s sdo chamados coeficientes de potencial; les podem ser cal- culados a partir dos C's € vice-versa. ‘Tomos aqui um exemplo simples da espécie de relagdo que espe- ramos governe qualquer sistema fisico linear. Tais relagdes aparece studo de estruturas mecdnicas (ligando as deformagées com ilise de citcuitos clétricos ligando tensdes ¢ correntes) ¢, de modo geral, sempre que o principio de superposi aplicado, 96 37 ENERGIA ARMAZENADA NUM CAPACITOR Seja um capacitor de capacitancia C, com uma diferenga de potencial ~,, entre as placas. A carga Q ¢ igual a Cp,. Hit uma carga Q numa placa ¢ ~Q na outra. Suponha que aumentemos a carga de Q para Q + dQ, transportando uma carga positiva dQ da placa negativa para a positiva, realizando um trabalho contra diferenga do potencial g,.. O trabalho que deve ser feito & dW’ = = e124 = QAQIC. Portanto, para can do estado descarregado até uma carga f 12 2 1 w cl, {200 SE (20) Esta € a energia U “armazenada” no capacitor. Pode também ser expressa. por: = 3p, en Para o capacitor plano de irea de placasA e separagio s deter L(A 2 “ que estd de acdrdo com a formula geral. Eg. 2.36, para a energia armazenada num campo elétrico* 38 OUTROS PONTOS DE VISTA A RESPEITO DO PROBLEMA DE CONDIGOES DE CONTORNO Seria errénco deixar a impressio de que nao ha métodos gk para tratar o problema Laplaciano de condigdes de contérno. Em- bora nao possamos prosseguir muito mais nesta questo, mencio- naremos trés procesos iteis ¢ interessantes que voeé provivelmente encontrard em estudos futuros de fisica ou de matematica aplicada. Para comegar, um método elegante de andlise, chamado repre- sentagdo conforme, & baseado na teoria das fungdes de variivel complexa, Infelizmente éle se aplica apenas a sistemas bidimensio- nais, Sio sistemas nos quais depend apenas de x © y, como, por exemplo, no caso de contérnos condutores cilindricos (no sentido “Tudo isso se aplica a “eapacitores u vacuo", ue consisem em condutores Sep radlos por espago vazio. Como voce sabe do laboratoro, a maioria dos eapactores utlzados em eizcutes eléticos,s8o preenchidas com um ieolante ou “dilérico", amos estudar 0 seu efeita no Cap. 9 97 Fig, 3.16 As linhas de campo ¢ as eqliipoten- ciais para duas barr infinitamente longas, planas € condutoras, geral) com elementos paralelos a z. A equagao de Laplace se reduz entio a 23) com condigdes de contOrno especificadas sobre curvas do plano xy. Muitos sistemas de interésse pratico sfo désse tipo, ou suficientem: te parecidos com isso para tornar 0 método itil, independentemente do seu interésse matemitico intrinseco. Por exemplo, a solugdo exata do potencial de duas tiras paralelas longas € facilmente obtida pelo miétodo da representago conforme. As Tinhas de campo e as eqiti- polenciais estio representadas num plano transversal na Fig. 3.16. Isto nos fornece o campo das bordas de um capacitor plano no qual a borda é longa em relagio a distancia entre as placas. O campo representado na Fig. 3.11b foi copiado dessa solucio. Voct seri capaz de aplicar éste método depois que tiver estudado, em matemé- tica mais adiantada, as fungoes de varidvel comples 98 Em segundo lugar, mencionamos um método numérico para determinar solugdes aproximadas do potencial eletrostatico — com condigdes de contérno dadas. Surpreendentemente simples e quase universalmente aplicayel, éste método se baseia na propriedade especial das fungdes harménicas com a qual nés jd estamos farnilia rizados: 0 valor da fungaio num ponto é igual a sua média na vizi- nhanga do ponto. Neste método a fungiio potencial ¢ & representad: apenas por valores num conjunto disereto de pontos, de uma malha, inclusive em pontos diseretos da periferia. Os valores nos pontos io pertencentes a periferia so entdo ajustados até que cada valor seja igual a média dos valores vizinhos, Em principio, poder-se-ia fazer isso resolvendo um grande nimero de equacdes simultaneas tan- tas quantos so os pontos interiores. Mas uma solugio aproximada pode ser obtida muito mais simplesmente mudando sistematicamente cada valor para fazé-lo concordar com a média dos seus vizinhos © repetindo ésse proceso até que as mudangas, se tornem despre- aivelmente pequenas. E 0 chamado método da relaxagdo. A tinica limitagio € a paciéncia do caleulista, que foi eliminada pelas ma- quinas de calcular de alta velocidade, para as quais éste método assenta de modo ideal. Se voce quer ver como 0 método funciona, 08 Probs, 3.29 ¢ 3.30 fornecem uma introdugio. Um tereciro método para achar a soluefo aproximada de pro- blemas de condigdes de contomo é o método variacional. Ele envolve uma idéia que encontraremos em muitas partes da Fisica, desde a ‘mecinica newtoniana, passando pela ética até & mecinica quantica, Na cletrostitica, o principio aparece na seguinte forma: ja sabemos que a energia total associada a um campo eletrostitico pode ser express por tl E ar, u de (24) resolveu 0 Prob. 2.19, descobriu que, nesse caso muito simples, a carga sdbre um contérno condutor de potencial cons- lante (no exemplo, formado por duas esferas ligadas por um fio) distribui-se de modo a tornar minima a energia armazenada em todo 0 campo. Isso acontece em geral. Isto & em qualquer sistema de condutores, a potenciais fixados, a carga se movimentard na superficie de cada condutor até que a energia armazenada no campo seja Hio pequena quanto possivel. Isto & quase evidente por si mesmo se considerarmos que a cada redugdo de energia do campo corres- onde uma disponibilidade de energia que promove o movimento de cargas*. A razao pela qual a superficie da agua num vaso é plana © essenciakmente a mesma, * Colocando as coisas desta forma, estamos imaginande que o movimento de sarpis acaretedisipacio, Se ni fosse assim, umn sistem iniialmente no em equ librio mio poderia se libertar de sua enerpin para atingir um estado de equilib, (O que voet pens que aconteceria nesse cas Considere agora a fungio potencial g(x, »; 2) numa regido envol- vida por cont6rnos em potenciais dados. A g(x, y, 2) correta, isto &, a solugio de V4p = 0 que satisiaz aos potenciais de contérno dados, se diferencia de t6das as outras fungdes que satisfazem ds condigdes de contémo mas ndo satisfuzem 4 equagao de Laplace, como #(s, 9 2) pelo fato de que a energia armazenada € menor para g do que para y, Exprimindo a energia em térmos de @, como fizemos na Eq. 238, 1 2 fa v 4: [ivel a 3) Podemos agora enunciar 0 problema da condi¢ao de contro de uma nova maneira, sem mencionar o laplaciano. A fungo po- tencial € aquela que forna minima a integral da Eq. 25 em relagio 4 qualquer outra fiungdio que satisfaga ds mesmas condigdes de con- t6mo. Assim, uma mancita de obter ao menos uma solugao apro- ximada de um dado problema de condigio de contro é tentar rmuitas fungdes, requerendo apenas que elas satisfagam aos valores atribuidos no contémo, ¢ escolher aquela que dio menor valor de U. Ou poderiamos tentar uma fungio com um ou dois part: metros ajustiveis e girar ésses “botOes” matemaiticos até tornar U minimo. © Método ¢ particularmente bom para caleular a propri cenergia, muitas vézes a mais importante grandeza incdgnita. Desde que U é minima para o @ correto, ela € muito insensivel a pequenas. variagdes no valor exato de g. O Prob. 3.32 mostrara a simplicidade © precisio do método sariacional Mais significativo para nés do que a sua utilidade nos cilculos € 0 fato de que ésse principio variacional representa uma formu- lacio alternativa da lei fandamental do campo clettostitico. A reformulagio das leis fisicas como principios variacionais provou ser muitas vézes um cmpreendimento frutifero esclarecedor. O professor R. P, Feynman, conhecido por seu pr6prio trabalho bri- Ihante ao longo destas linhas, dew uma vivida exposigao elementar das idéias variacionais num capitulo do livro The Feynman Lectures in Physics, vol. Ll, cap. 19 (Addison-Wesley, Reading, Mass. 1964). PROBLEMAS. 1.1 Um otscriador, munido dum dispesitive para medir & campo eltico E, esti loalizado a uma cert distincia de uma eargs puntforme fxa q. Um pedago Pequeno de um tubo mili éabaixads por uma cords isolane ae envolver a caren Putts, De que forina iso alters 0 cumpo elerico medida pelo observador is ante? Expique, Se vooé esti aun aboratno, no interior de uma. caixa grande de cobre, so pode suber we ht cargas sendo movimentadas no exterior? Explique 100 32 Um condutor esérico A contin duas cavidedes esfricas, A eargn total do dutor € aula No eatanto, hd oma care pantifornse {4 m0 conto da outa. tina grande distancia rest otra qq. Qual Frys que age femeada urn dos quo corDos A. se € 4s? Quai desas reaposta, se i slguma, So apsnas apronimadas © dependem de scr reelativamente grande? tno centro de uma cavidade % Probl. 32 pone que depois que se atingie a condigio mostrada na Fig. 31 asus tincia€ transformada novamente em no-condutora, desando as cargos “congel ths" no loc Depois diss. as camados cle cap positiva e aegativa que procera fo campo eléirien iniial sto retiradas. Que aspecta tera o campo ebtrico restante tants no interior cama no exterior do corp [4 Uma consanie ma feglo centfca © um sonho de muitos inventores cient Fcamente ncultos¢w tla da yravidade, algo que “Bloquecara a gravidade dt mes forms que wns gala metiliea parece “bloguear™ o campo eltrieo. Pense na die renga enie 3 origem dt gravitagio e as fontes do campo eletrico, Observe que as ptes da eats da Fig 6 nao “bloguelan” o campo das fonts externas, mts sim Plemente permitem que as cirgas supercais criem um campo anulador. Porque io spade obvigar algo assim pur a gravidade? De que voc® previsaria para con- seguile? 135 No campo de una carga puntiforme sdbre o plano dt Fig. 29, em que ponto s siperfie do condutor engona wa linha de compe que nasce mt ear29 punt foume ¢ Jel sas horzontalmente, isto, paralelamente ao plano? (Voe® previsat dae de Gass de uma integragao simples 26 Resalvemdo o problenis da carga puntiforme e do plano condutor nds ees ‘emos, de fat, todos os problenas que podem ser obtides dle por superposiio. Por exemplo, supontamos wm fio reto, uaiformemente eltrizada com 30 ves por eatimetra de comprimento paralslo Terra a uma altura de 5m Qual € 1 intens: Ahade Jo campo na superficie da Terra imodiatamente abaixo do fio? Qual € afore ‘detca que age no fo, por unidade de comprimente? Voeé pode imaginar outras eon Tguragoeseltrastiicas simples que podem ser obtidas a partir désses elementos! 3.7 Ua carga Q est localizada a vm altura ksBbre um plano condutor ext ineite como na Fig. 8, Peszuntando s3bre o tahaho necessirio para afastar ess Conga & una distancia infinita do plano, wm extodante disse que & 9 mesmo que o (8 batho nesesirio para separar a distineiainfiita as Juas cargas Q © -O que estavamn iniilmente distancia 2he postanto, H’= Q3/2h Outeo estadanteealeulow a frgz ‘we age na carga durante o sot movimento eintegrou F dx, mas obteve waa resposta ierene. Qual oi a exposta obtida pelo segundo estudante € quem tem razio? 38 Teés places condutoras so coloeadas paraslamente entre si, como st vé na figura, As plaeas externas so liad por um fio. A paca interna €isolada ¢ est eet rads com 10 vesem. Fm que proparcio ess carga deve divide entre uma canes superficial de densidade o, numa das aces da placa interna unt carga superficial a, no ovteo lado da msm plea? 101 Estefa seguro de ter emtendido todos fs aypectos desia questo, ts Ui stoma obi por saperposigte @ pn de sstema de ponto € plano 0 trabalto realizado ao se afestar wna arg de wn condutor (Cuidado: defna 9 encialetrico mem porto em te Ins do treba por walla de carga hecesinto para leva a carga infin tesimal de proce dsse pont, Uma estes do mitodo das imagens ois capaciones om paral, 0 capacitor eric, Energia mo campo de uo capacitor ese fire Capacitncia de una esfra soa, Uma quest de estaba mecca 4 forca mma placa de capacitor A divisio da carga inducida, Faga pr Incieo 0 problema 38, ou 20 menos ponte slbre dk Probl, 38 439 Localize dus cargos 4g cada wns ¢ dus carsas ¢ cada uma nos vétises de um quadrado, com as cargas de mesmo sinal giagonalmente opostas. Mostee que his dus superficie cqlipotenciais plaaas. Assim Sendo, ealeule © eshoce quilt ‘mente ¢ campo dé ui dniea carga puntiforme loealizada simeiricamente no eanto Jnverno formato dobranlo-s cm ingulo reto ume fotha metiica, Quai configuragies de planes e carga puntiforme pov ser resolvidas dessa forma e quais no poder? E gue pode ser dita espeita de una earga paniforme no bisetor de um nga diedro 446 120 formada por dos panos somites? 10 Um pec fice metal & colocd entte ay pasos de um capacitor plano, paralcamente a las, De que forma isso alters) eupacitnela? Ese ela fo ligada ta das placis por um tio? 5.11 Um captor de 1 pF est earregnda a 100V, Depois que o gerador & des Tigao, ligase o capacitor em pataelo a outro, Sea tens final & SV, qual € capaci ¥incia do sepunde capacitor? Quanta energa foi perdila e o que acontece com ele 212 Qual éa capacitindia € de um capacitor que consiste em duas ef cntricas des, interior de fat ra exterior de rior? Veriique sua resposta compa ado com « caso de wm expucior plano no ctsoHimite em Que rs Pe eo w Ee (@ TW Fig, 418 A distribuigao do potencal nom ctcuito aber, © zero di eseala do potencial fi tomadoarbiriiamente come o potencil do terminal ta ca A cadeia de reagoes 1a célla & reversivel Isto 6, se outra font, de maior frea eletromotriz foi ligada no circuite em oposig corrente circular no sentido inverso € © proceso que descrevemos seri invertido. Isto & 0 que acontece quando um acumulador & car- regado. Na “pilha seca”, ocorrem algumas mudai ww dante a descarga, impedindo a reversio do processo ere eo eo w A forga eletromotriz de uma célula depende de propriedades micas; seus valores ficam em térno de um volt porque as energias de ligagio dos clétrons externos do: omos so da ordem de eléiron-volts. sendo, eseneiaimente, as diferengas desas ene Ake 216 de ligagao que se manifestam na forga cletromotriz, A farga eletro motriz depende um pouco da temperatura, um lembrete de que o i lralamento correto dos processos eletroquimicos consiste-num (a) 7 # problema de termodinimica, Ele constitui um t6pico central na fisicoquimica, Rigorosamente falando nao € a -energia mas sim a chamada energia livre que esti envolvida, uma distingao termodi: nimica em que no entraremos aqui A célula Weston nio é usada como fonte de energia elétrica, mas sim, como padrio de diferenga de potencial. A situagio repre- sentada na Fig. 4.19, onde circula uma corrente tio grande que a lensio nos terminais cai de cérea de 10 por cento, representa um grosseiro mau uso da célula. A férga eletromotriz da célula Weston € altamente reprodutivel. Numa versio levemente diferente, em que a solugo aquosa é saturada sso de sulfato de cidmio, junto a ambos os eletrodos, a férga eletromotriz. a 20°C 6 1,0183 V. Usando uma célula Weston como padrio © um ometro apropriaclo & possivel medir facilmente tensdes com a precisio de ‘uma parte em 100,000, No que diz respeito a seu papel em um circuito externo, uma célula pode ser bem representada por um circuito equivalente, consistindo de uma forga eletromoiriz € em série com uma certa potent Fig. 4.19 A disteibuigio do potencial, quando a corrente esti fluindo através de un) resistor externo, Note a queda de potencial através do eletrélite, Esta N70 @ a maneira de uiliear uma pilha de Weston como padrdo de refe- 131 réneia, Uma pilha padrao ¢ usada de maneira que apenas uma corrente fraguissima tra vesse a pia em qualquer instante resisténeia interna R,. A conexdo a uma resisténeia externa R re- sulta numa corrente t 1 RER) como mostrado na Fig, 4.20. 4.11 CORRENTES VARIAVEIS EM CAPACITORES E RESISTORES 8 Carregue um capacitor de capacitincia C até o potencial Vy € , eniZo o descarregue bruscimente, ligando-o uma resisténcia R (a) A Fig, 4.21 mostra o capacitor, indicado pelo simbolo convencional Ab. 6 resistor Re um interruptor que podemos imaginar sendo fechado no instante ¢ cula © capacitor perder’ gradualmente sua carga, a tensio através do capacitor diminvira ¢ isto, em eonseqiéneia, faci diminuir 0 Nuxo de corrente, Para ver exalamente o que ocorte precisamos apenas escrever as condigaes que governam © cireuito, Seja Q a carga do capacitor num instante qualquer, V a diferenga de potencial entre smaduras qu cia R. Seja I 8 cor rente, considerada postiva se ela sair do lado positivo do capacitor Estas grandezas, (das fungdes do tempo, devem estar relacionadas como segue 0. F Sbvio que enquanto a corronte ci as cambém a Lenstio na resist b) (6) vo ao R dt Bliminando fe K; obtemos a equagie que governa a variagio no tempo de Q o-cv 1 1 8) Fig, 420 (a) © cirevito equivalente de uma pilha voltaica & simplesmente uma resisténcia R, em série com uma forea eletromottie & de valor fix. (0) Caleulo da corrente em uma an) eo Ciro eomtendo uma pha vlc, ae RC Eserevendo isto na forma wow o--ie 0) podemos integrar 0s dois lados obtendo ft In Q = ah + cons ai In Q = Zh + const en A solugio de nossa equaio diferencial & por consegtiinte, Q =(outra constante) x 7!" 32) Dissemos que em 1=0, = Vy, tal que Q@= CY para 1 =0. Isto determina a constante © temos agora o comportamento exato de Q apés o fechamento do intecruptor: DH Ce" 33) © comportamento da corrente 1 & obtide diretamente daquele: dQ _ Vo ure © 3 wR G4. 132 No fechamento do interruptor a corrente eleva-se imediatamente ao valor V/R © entio “decai” exponencialmente a zero. © tempo que caracteriza ésse decaimento ¢ a coustante RC. Na surpreender-nos ao descobrir que 0 produto da resistencia © eapaci- Lincia tem dimensdes de tempo, pois sabemos que C tem dimensio if de comprimento, par outro. lado ja frizamos anteriorme yesiténcia x comprinenio, quando aparece com (ohm —eentimetto} unidade da resistividade, tem a dimensto de tempo. Fala-se fre- aiientemente da “constant de tempo RC” associadn com un cir= AWWW. cuito ou parte de um circuito. z deveriamos te que No sistema pritico de unidades a unidade de capacitineia € 0 fara. Um capacitor de um farad de capacitineia te: um coulomb para uma diferenga de potencial de um volt. Com & em ohms © C em farads, 6 produto RC & 0 tempo em segundos. Somente para conferir, observe que ohm = volt/ampére = volt-se- nndofcoulomb, enquanto farad = coulomb/volt. Se realizamos 0 eireuito da Fig. 4.21, com um capacitor de 0,05 micro-farad e um resistor de 5 megohms, que slo componentes ficeis de encontrar Iquer Laboratorio, teremos RC = 5x 10" % 0,05 x 10-* ou 0.25 segundos. RO Geralmente, em qualquer sistema elérico constituido de condu- de tempo —talver nio a dnica — € definkla para os processos no sistema, por algum produto rexsténia capaciincia. Isto tem apdio em nossas observagbes anteriores, acérea da dimensio di resist Vidude, Imagine um capacitor de places de area 4 ¢ espagamento —s «Sua capacitinela C€ /4zs, Imagine agora que 0 espayo entre \venave fechada is plicas € sibitamente preenchido com um melo. condutivo de resistividade p, Para evitar qualquer dvida sobre de como isto pode afetar a eapacitinci, suponhamos que 0 meio seja um gis levemente ionigado, una substancia cuja densidade afetari- muito po © cortente em circuito RC Pig. 421 Ca capacitineia. Este ndvo caminho condutive descarregard 0 capa A carga diminui com o fator I/e no tempo RC citor Ho efetivamente como o resistor na Fig. 4.21, Quito ripida- mente isto ocorre? A resisténcia do caminho, R, & ps/-. Dai a cons- lante de tempo RC ser exatamente (ps/4)(4/4z9) = p/de. Este tempo Eindependente das proporgdes ¢ do tamanho absoluto do capacitor que temos aqui é simplesmente a constante de tempo para o processo de redistribuigdio da carga ou relaxagiio do eampo elétrico hum meio condutor. Nio precisamos realmente das placas do capacitor para descrever a situagao, Se colocamos duas superficies de cargas opostas uma a outra num meio condutor, estas car desaparecerdo prontamente, 0 campo elétrieo anular-se-a ¢ © meio seta restaurado a um potencial constante, O tempo de relaxacio determinado pela resistividade p, Por exemplo, se nosso gis frac nente ionizado tem resistividade de 10° ohm-cm o tempo de ri Ho deverd ser de aproximadamente 10 ys, 133 Lembramos que condutores realmente bons como os metais tem resistividade da ordem de 10* ohm-cm, vemos agora que isto implica num tempo de relaxagio da ordem de 10~!* segundos. Um numero como éste deverd despertar nossa suspeita. Poderd éle ser realmente interpretado como o tempo requerido para a dissipacio de uma concentragio de carga num condutor? Notamos em. pri- meiro lugar que éle € muito mais curto que qualquer tempo de colisio ou de correlagio, que pudemos inferir de nosso modelo de condutividade elétrica. Na Eq. 19, encontramos t. =3 x 10-'* seg, para o sédio 4 temperatura ambiente. Isto jé nos lembra que para fendmenos em escala de tempo tio curta nao temos qualquer ircito de usir resistividade “de", p. Isio poe em duvida qualquer cstimativa quantitativa de um tempo de relaxagio. Além disso hi ainda uma raz2o mais profunda para suspeitar que a historia nao esteja completa. E um fato curioso que nosso tempo de relaxagio T= p/4n parece ser independente do tamanho da regio envolvida. Isto esta muito bem se a regio & suficiente- mente pequena, mas para qualquer tempo de relaxagao T finito, se a rogiio envolvida tem uma dimensio maior que Tvézes a veloci- dade da luz, a relaxagio deverd envolver a propagacio do reajus- tamento das cargas numa velocidade maior que c. Isto seria incom- pativel com a relatividade, Entdo j vemos que se 0 comportamento das cargas elétricas e campos deve ser consistente com os postulados da relatividade restrita, algo mais deve set colorado no quadro. Isto serd 0 assunto de nosso proximo capitulo. PROBLEMAS. erica sire demside de corremte 4.1 Temos Si10!° ions positives duplamente carregados por centimeteo cbico, {oxios movendorse para geste com welociade de 10" en/seg. Na mesma reeido hi 10°" eleicons por centimetro eibico movendo-se para nordeste com velocidade de {a cmySeg (No pergunte como conseguiinos isto) Qual €2 dizecdo e o sentido de J? Qual # 0 seu modulo em ampéres por oentimetra quidrada? Rey: 488° go ose de sal; 4 % 10° us/segem?s 171 amplem? Correate dedi erclas dele 42 Num sincrotron de elfirons de 6 Ber, os cltrons viajam na miguina nema rons ‘wajstéria sproximadamente circular de 240 metros de eompeimento. E normal te-se brea de 10" elétrons dreulando nessa trajtéria durante um ciclo de aceleragao. ‘A velocade dos cltrons & peiticamente a da Iz. Qual & a eorente? propomes éte problema bastante simples para resalta que nada em nossa defingio de corrente oma velncidade de tnsporie do carga ekige que a veldedlade dos portadores sea Telatvstica © mio hi nada contra o fat de uma dada eaega ser contada vaias cs durante um segundo, como parte da corrente transportada mecinicamente 443 Num gerador elerosttico Van de Gras una fits de borracha com 30.em de largura avanca com velocidad de 20/9 ta veeebe uma earga superficial no mancal inferior com densidad superficialmente alia para evar um campo de 40 statvoltsiem ea lado da fis, Qual € a corents em miliompsres? Fluxo de esos num did wie 444 Considere um diode a viewo que tem catodo & anodo planos paralelos, como ti Fig. 42, A distancia ent 0 cate e-0 anode & sem, res de ada & 4 cm? e 134 a cortente dos elétrons emitidos do eatodo e passando para o anol atinge aI veisee Considerando 0 poteneil do calodo come 7e10 0 potencal do anode & mantle fm Hs positive, Comin um fone de x, distineia do catodo, qual ea denidade Nolumetrica de carga p? Supanha que a correne ¢ to fraca gue o campo etico ho seri aetado pela carga espacial e que os eletrons stem do eatedo com velocidade {45 Se estimarmos 0 ninnero de etrons de condugio num met como a peas como sendo igual no nite de tomnos. qual sei a velocide midi de eseoamento ds ektrons de conduio morn fo de prata, de ] am de diametro transpertando wma torrente de 30 ampéres? DE uma rexposta apeoximada: alle qualguer constant » seu ellelo e que nia se encontre enlee as nosss Tabeladas 446 Um recipient cootendo a tempera ¢ pressio ambiente &exposto a um fee de rios-X, quo ioniaa uma peguenta fragdo das moléculas interiones, Os ions repativos sho aa realidad molecule 0, com vim eltram ext ineorporada. Para es bjetvos déste problems, soatodo, voue poders tatar as moléculas como tendo © mesmo péso males com valor entre O, © Nx. Faga 0 reciente com dimensdes em % em x 2em e supon que as faces de [Oem > Mem seam de metal enguanto que o restante¢ feito de material solante, Uma Lem. de 1K) V& aplicada fentee as faces eondutorasfazendo com que uma correate de 1 x 10°°A cieule Qual é a condutividade disse pis Iracamente fouizada? Se a velocklade média dos ions @tomada como 5 1 em/sexe-0 eaminha lige mdi como 10- "em, qual sed © tempo meio entre coisdes? Que fragio de malulas do igual mimera de ions positivos e negativos com wes so carga? 447 Um experimentador desea fazer um Kina de aluminio com SU angstroms de espessins evaporando 0 metal sobre um superficie limps, de vido, na vicuo. Primeito deposita por evanoragio um camada cazoavelmente espess con won fin ‘snral no video eoberta paca que poemanesa limp. Fm sepuida. usando outa cober: tra, semelhante a um seni evapora see 0 ideo outea fais de mesma argu fruzando a faa varia, enguanto qu, usando os techos feeobertos como termini, ‘mode a fosstneis. Em que valor de resistgncia deve parar a evaporagio! (Nes ‘lade do alminio nora na temporatura ambiente eve 283 % H* Probl, 437 48 Ferro puro tem resstividade 1091 10°" oh cofre nagurla temperatura € de 1,77 x 10-" ohnvem. C ompon diferentes. Cala un eom am metro de eomprimento « coe Seec30 tan ‘erst qudrada com 0.8 em de adn, O eondwtor 4 & consid juntando-se 1po 8 ‘Spo uma barra quadrada de ferro com Sl «m de comprimento © cur semelhante ‘eerro, O sondutor Ht eonsste de barr de eobreeferra com my metro de compe rontoe sess tansversus de tel om por U8 cry présas Hao a lado. Qual € resis ‘Envi, em ohms de cat condor ent os terinaisa | metre de distinct? Se uma 4.20 C. A resintivdade de sere do condotores torrente estacioniria creula no condutor em que material a dissin de poténcia [makor! Responda mesma questao para x havea 8 135 Vocidade de escoamento de eléerons de comingio mi metal Combugdo Wie moa Problems simples encolvenio resirit ade Resistencia de comatr compost Qcstdo para discs Corrente num meio condutorextense a, Ry Probl, 4.11 Probl. 4.14 Probl. 4.5 49 Se snot csticat am fo de ob, fvendve (hl por sent mais Fong, quanto svt imaina que s esisincia mantra? Que hipotese est vendo sabre o comport 410 ois eleirdos consistindo de esas metiicas de 0.3 m de dimeteo sto suspensos pa eas soanes nun Oceana profi, As esleras Gear a ms prof Gade de 4 melzs ea distincia horizontal entre elas € 300 mietos, O cireuito € tompletado junta 4 superficie, voltando um navio shee uma das exfras. Toman nuduividads da dgua do mar como (NM (ohm), este w resistencia ser fneontrada nese eieuito. Voce deve princito decidir se resiténcia do tresk do ‘cea ligando a esferas€ ciusad princpalmente pela te cul esr pol exten ‘questo woot pode considerar a resisGncia entre dus efeas eoncdntricas uma mito ‘halos que outes com um meio intemednio homogénes, Tambem vase deve exbogae as links de Mano de eorrente no oan entre te eseras, Esta guestio d resistencia ‘ke un cirevito, parte do qual consisted um condor de prov imerse mth Meio a do ma visinhanga medians fonder, € importante no simente en goofscn mas tambien ent mutas invest cdet fsolgies 4.11 No crevito ao lado, se € dada Rp, que valor deve ter 2, p de entrada entre os termina sja aval a, ra ques cesistncia 4.12 Quando uns bateria de tensio desconhecida mas sen sesiséneia interna ligada através de um tesisior R, ume amperdmetro ao eiecuto made 4 ampéres ‘Quando um resistor adiefonal de 10 ohms € calocado em série corn R a eortente lida cat para 3 ampéscs. Quaissio os valores de R e V? Se bate interna R, que conjumto de esperiéaclas poderi determinae R, Ve R? 413. Mostre que se uma bateria de esta fem. 6 e resistencia interna R,& liga 1 uma ressténcia externa vavivel R, a poténcia maxima & transmilida 46 resistor externa quando ~ 2 4.14 Deseja-se frnecor calor a velacdade constante 4 algun apacelho dentro de won clinero em alta pressio, No decurso da experneia pressio sort muda. © ‘que i provocar alguna alteragao na resistencia de qualquer ho wsado como sue cor. Um eienito simples que presta grande ajuat nesta situngio & ninsrada na Figura. 0 resistor R,&a hobina de aquecimento, rontada dentro do cindro de presi 1 € Ryo cesistores fixes do lado de fora € que penlem ser mantidos com valores constantes: Vj €a tensio constanteaplicads. A idea € fazer 4 poténcia divspada em R, independent, em primeira ordem, da resistencia de Ry. Se Blo & possivel deve ser pelo seguinte argumeata: Se R,tende a zero a poténcia nla disipada deve tender a eto, com a corrente senda linitada por Ry. Por otto lado, se Ry tence infinito 4 poténcia também tende a zero porgue agora a tensdo-em Ry €linitada. Em algum onto ene tes haver um minimo. Sev problema & enconti-k, isto & a condigio fue Ry, Ry © Ry devem satisfizer para encontrar a desjada insensibiidade para ‘muanga aa retensia Ry ALLS No ciruito de ponte ihstrado sio dads as virias resisténcias Ry. Rye conrente /, oe entra desquerds esa ieta, Resolver ste ert consiste eo deter rminaras corentes em todos seus canios. Essa cinco corcentes desconheidas tiveram seus senidos arbitrriamente indicados pelas setas na Figura. Se na relidade uma corrente circular em sentido contra ao da set em gum ramo nim caso particular Saint do caleulo core grandeva newativa. Para eis ui das quateo june, Ou uma equagto come fy fy fy = O seri valida, Esctevanisc mesie que sdmente 85 Slo independentes. Obtenka outras das equagdes pela aplicagio da condi {ih Sex, 48.2 dus malas. (Note que rie mathas podem ser encontradas. nan Voee Wet que somente duas das equagies das malas sio independentes) Voc! tem agora 5 ‘equagdes independentese Sincognitis co resto trabalho algtbrio, Se voce wententar tum bom medo de testar seu resultado & fer uma ou mals das R's snare, proct rando reduzir-sea ponte a um eitcuto simples em que a repartigio das eorrentes sea ‘bvia, Por exemple, que seet poderh esperar se Ry =U 136 4.16 Como exemplo da observagio eta nu primeira nots de rodapé ma See. 48, ‘onsdere uma “eaixa prety” cGibick de ajroximadamente em, com dais Pontos pura agi. Cada um dessesterminais€ liga por an Ri 2 algun cireito externa Por out ilo a casa & bem isa lo restate, Ua coreente de apronimagamiente umn amnpérecireula através déte elemento de citeuite, Suponba agora que a corrente {que entea dif da que sai por urna parte em om milhdo. Quanto tempo devee levar 1 menos que algo aconteg, para que cainaeleve seu potencial de 1000 ylls? 4.17 Retomne ao exeimplo do capacitor C descartepando através do resistor R, {que fo discutid no texto, © mosize que a energia total dssipada no eeisor coincide com a enerpa inicial armazenada no capacitor. Suponha que algusm faz a objegio ‘que o capacitor nunea & realmente descaregado porque Q aimenle fornase zero paca ¢ =". Como poderi contornar essa objeto? Poder encontrar corn aliens feduvirse @ um elton hipiteses razavsix quanto tempo levard pare fizer a ear 4.18 Uma pequens partcula de grafts, apronimadanenteesferica ¢ com circa de 10 microns (10-° cin) de didmtr. cai no viewo através de um fexe de provons de 3K V. Hla fo destacida de uma spesicie alguns eontimcteos acids limite superior do fete O fete de prOtons, muwvendonse horizomtalmente, cate uns rente de 10m ¢ espalhase Uniformemente numa seccio transversal cireular de 2em {deraio. Voos pode supar que o rston de 3 ¥ ndo pode penetrat 10 miewons de era Tite, de tal modo que qualquce proton que bate no grafite Ria nele © que voes poder prover sObreo que acontecera 4 pasticula de grafite? HM aqui algumas questOee para pensar: Quantos protons devem ser eaptade pela particula part elvar seu potencial Suficientemente alto afim de repelit qualquer outro proton? Aproximadameate quanto emorara sso? Quinto tempo gastar a partcala para cairatravésdofese? A partcul aquired qualquer volocdade horizontal apresiavel? Fla fcari mito quemte? Voce acha que um lene de protons vertical diigo para cima ao inv horizontal poe servir para suportar uma partcula de gralite no wieuo? (Nota a reset de tales Neste, a maior dos problemas com que lidamos a Thies pric, encontri-e os dads expresios nua mistura de Unidides. Alguns dos daxlos deverio ser eon sertidos. Qualquer sistema consisente servi, voce podera usar um que Ihe pare tas adequade a0 problema, um que requeira o senor mimero de converses 0 rimplesmente win que voce embre melhor. Umi ver que estivenios tratando receae ‘mente. capacitanci em unidades CGS, com carga express emt ues € potential em Statvols, um sistema no qual 4 unidade de capacitinca €o centimetre, woe? poder sr o stems COS nesta discus. Isto requster a tanstormagio de millamperss fem uesisepe recordagao do lito ye 300 vols perfazem I statvol. Vooé podria iu mente bem, peferi abalhar ne sistema prio, 0 que requeteré a expresso da cap citéneia da. particula em fara). 4.19 Somos tentados a dizer que a velosidade dos portadoces de carge impie um limite na celerdade com que uma distibuigio de eats num eopdator pode feajustarse. Contudo, considere uma barra metals desearregada que sibitamente tem colocada em uma extcridade un car ponitva de 1 uss et uta Unst car nogativa de | ues. Quant movimento real de Gargn€ necessrin pra tormae a bar ‘ovamenteneuirs er todos o: pontoe? Ou considere isto: um proton de IOMeV. ci ‘elocidade voc® pode ficilmeate encontrar em crea de 4,5 x10" ems, move-se pan Ietamente dsupetficiede uma Limina de cobre | mm de distin da mestna. velo ‘lade dos eletrons de eondugao no cote dificimente exes 10® cms: Vooe sere que a disribvigto superficial induzida de eargas pode ser “arrasada” polo moximento flo proton ow devert ser dsixada pots tis 137 Mostrando porque poten wsuaimer te sip que a conrente que sah de parte Investigando a toca de eneria no cr ito RC Um problema com bastante fsa. Querido paras discus,

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