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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Adriane Bonnet

Bruna Bittar de Almeida

Pedagogia - UNICENTRO

Introdução

Em vista do avanço tecnológico na sociedade em praticamente quase todos os setores,


percebemos que há mudanças significativas em decorrência do constante uso do computador.
Isso acaba de certo modo exercendo influência na educação. Porém, esse processo parece ter
atingido os alunos, mas não os professores, por isso a grande dificuldade de reconhecer a
importância da tecnologia para o processo educativo.
Desse modo, pretende-se analisar a formação de professores para o trabalho com os
novos recursos tecnológicos, uma vez que grande parte das escolas especialmente da rede
pública estadual já oferecem laboratórios de informática com capacidade para atender os
alunos que a frequentam.

Palavras-chave: formação de professores; novas tecnologias; ensino-aprendizagem.

A formação de professores e as novas tecnologias

Em vista da contribuição das novas tecnologias para a construção do conhecimento


escolar, a iniciativa para o trabalho com os novos recursos tecnológicos está voltada, então, no
aprimoramento do professor no exercício de sua função: a formação continuada,
primordialmente necessária para o aprimoramento profissional. Assim, com base em cursos
de aperfeiçoamento profissional ofertados pela secretaria de ensino, o professor deve buscar
se adequar a esta proposta para a utilização das tecnologias disponíveis nas escolas como
ferramenta auxiliar na prática de ensino-aprendizagem.
Desse modo, a formação de professores tem sido o principal tema da discussão que
propõe colocar em prática a utilização dos novos recursos tecnológicos dentro das salas de
aula. A formação continuada é então enfatizada como medida fundamental para o
desenvolvimento profissional do professor, considerando que busca realizar a maturação
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interna dos sujeitos responsáveis pela prática do ensino frente às possibilidades para o
desenvolvimento de atividades voltadas para o processo educativo.
De acordo com Rörig e Backes, o professor, em relação ao trabalho das novas
tecnologias, tem como objetivo central a função de mediador entre o aluno e a ferramenta a
ser utilizada:

O professor detém um lugar de destaque na aprendizagem porque possui uma formação


específica, sendo legitimado por sua formação acadêmica para trabalhar nessa área. Para que a
atuação do professor seja satisfatória, ele necessita estar constantemente se atualizando e
estudando sempre. A formação continuada do profissional é processo constante, permitindo a
análise da teoria na prática, além de desenvolver o senso reflexivo sobre a sua atuação.
(RÖRIG. p. 02)

Dessa forma, o professor deve ir além de sua formação inicial, limitada no que diz
respeito ao trabalho com os novos recursos tecnológicos, para mediar às atividades a serem
desenvolvidas com os alunos acerca do uso das novas tecnologias, pois os professores
precisam se conscientizar da importância da utilização dessas ferramentas dentro da sala de
aula apropriando-as de acordo com a proposta educacional para a realização de atividades
mais dinâmicas, não se atendo apenas a sua formação tradicional mas, buscando uma
formação contínua mais adequada com a realidade atual, que não se limita apenas ao quadro
negro e livros didáticos, explorando toda possibilidade tecnológica que o campo de ensino
disponibiliza para a relação prática de ensino-aprendizagem.

Atrelada a esta concepção de mudança do paradigma está a compreensão de que o papel do


profissional de educação na atualidade é o de estimular os alunos a aprenderem a buscar e
selecionar as fontes de informações disponíveis para a construção do conhecimento,
analisando-as e reelaborando-as. (PIMENTEL, P.02)

Assim, o docente deve buscar atualizar-se e ter o domínio frente aos novos recursos
tecnológicos em relação ao processo educativo para melhor orientar os alunos a respeito do
uso correto desses novos meios, como instrumento de apoio para a preparação das aulas,
empregando-os com a devida atenção e cautela frente a proposta educativa, pois se não forem
devidamente apropriados ao conteúdo programado para o ensino, ao invés de contribuírem
para construção do conhecimento, podem vir a prejudicar a aprendizagem. Para isso, é dever
do professor que se propõe utilizar os recursos tecnológicos saber adaptá-los em beneficio de
suas aulas, construindo caminhos para o desenvolvimento de atividades significativas,
promovendo a interação dos alunos com os recursos disponíveis, proposta educativa e
conhecimento, direcionando e intervindo nas atividades sempre que necessário.
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[...] o professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na relação
aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes que intervenham
para promover o pensamento do aluno, implementar seus projetos, compartilhar problemas
sem apresentar soluções, ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros.
(MASETTO, 2000, p.171).

Portanto cabe ao professor o papel de proporcionar ao aluno uma atividade mais


condizente com atualidade da educação e mais próxima da realidade dele, cuja a qual parece
ser predominantemente tecnológica, com responsabilidade e de modo a instigar no aluno a
reflexão e compreensão do conteúdo eletrônico que acessa, com o objetivo de fazer com que
ele possa analisar e selecionar as informações obtidas.

Na formação de professores, é exigido dos professores que saibam incorporar e utilizar as


novas tecnologias no processo de aprendizagem, exigindo-se uma nova configuração do
processo didático e metodológico tradicionalmente usado em nossas escolas nas quais a
função do aluno é a de mero receptor de informações e uma inserção crítica dos envolvidos,
formação adequada e propostas de projetos inovadores. (MERCADO. 1999. p. 12)

Assim, não podemos ignorar essas ferramentas eletrônicas, mas devemos aplica-las na
prática educacional, apresentando-as ao aluno como instrumento de ensino-aprendizagem, por
meio dos programas desenvolvidos para tal prática, fazendo uso dos softwares destinados para
a realização de atividades direcionadas para o processo educativo, bem como os recursos
virtuais denominados: webfólio e webquest.
Dessa forma, devem-se buscar e adaptar novas ferramentas para o trabalho nas salas
de aulas, que além de proporcionar o desenvolvimento de uma tarefa mais prática, dinâmica e
abrangente, também no sentido de inserir professor e aluno em um ambiente
tecnologicamente virtual, que cada vez mais amplia-se, ainda contribui para a construção do
conhecimento profissional, pois além de educador o professor deve ser um constante
pesquisador, tendo como dever a construção do conhecimento significativo com a base das
relações existentes voltadas para o ensino, sabendo que o papel do professor é promover os
meios necessários para se estabelecerem as relações de aprendizagem de modo a mediar o
processo de ensino-aprendizagem, fazendo, efetivamente, a utilização dos laboratórios e
equipamentos tecnológicos que o ambiente educativo permite, tendo a consciência que não
basta utilizar um recurso apenas por si só, e que não é quantidade de equipamentos que irá
proporcionar uma boa aula aos alunos, mas a qualidade, resultante da formação profissional,
com a qual o professor deverá adapta-los ao ensino.
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Referências:

MACIEL, Margareth de F. Formação Humana: Reflexões sobre o uso das tecnologias para
ensinar e aprender. Disponível em: http://www.faccrei.edu.br/gc/anexos/diartigos32.pdf
Acesso em: 14/abr/2010
MERCADO, Luis Paulo. Formação Continuada de Professores e Novas Tecnologias.
Maceió: Edufal, 1999.
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

PIMENTEL, Fernando S. C. Formação de professores e novas tecnologias: possibilidades e


desafios da utilização de webquest e webfólio na formação continuada. Disponível em:
http://www.ensino.eb.br/portaledu/conteudo/artigo7780.pdf Acesso em: 17/abr/2010
RÖRIG, Cristina; BACKES, Luciana. O professor e a tecnologia digital na sua prática
educativa. Disponível em:
http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/luciana/public_html/mara.doc Acesso em:
17/abr/2010
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