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# Maquinaria, taylorismo e fordismo: a reinvengao da manufatura pt Benedito Rodrigues de Moraes Neto ‘Profesor de economia eorganitagdo do trabalho na Escola de ‘Engenharia de Sao Carlos de Universidade de Sao Palo, Ao se estudar a evolucdo do processo de trabalho sob ocapitalismo, tem-se, evidentemente, a fonte cléssica, constituida pela triade dos capitulos do primeiro volu- mede O capital: Cooperacao, Manufaturae Maquina ria. Esta triade contém, sem divida alguma, a andlise final do processo de trabalho sob o capitalismo. Do pon- tode vista tedrico, esta andlise fecha a questao; mostra como o capital vai ajustandoas bases materiais sua de- terminagéo, as determinaces da valorizagao do valor, até chegar a sua forma mais desenvolvida eacabada, que a maquina. Pois bem, a leitura de outros autores so- bre processo de trabalho permite verificar queébastante difundida a opiniao de que o processo de trabalho ca- pitalista no nosso século vai sendo, cada vez mais, um aprofundamento das coisas que Marx tinha colocado. Para ilustrar esse ponto, vale mencionar uma citacao de Coriat: “Tudo o que Marx anuncia em relagdo as caracteristi- as especificamente capitalistas do processo de traba- {ho (parcelamento de tarefas, incorporagao do saber téc- nico no maquinismo, cardter despético da direso), 0 ‘ealiza Taylor, ou, maisexatamente, Ihedé uma exten- stio que até entdo nao havia tido.”! 'Nao'sé em Coriat, mas também em Aglietta, em Bra- verman, autores de grande penetracao nos melhores meios académicos, encontramos o seguinte: otayloris ‘moo fordismo, coisas do nosso século, sao desdobra- Rev. Adm. Emp. Rio de Janeiro 26(8) 31-34 mentos, aprofundamentos, do que Marx havia dito so- breas caracteristicas do processo de trabalho capitalis- ta. A administra¢do cientifica, os tempos e movimen- 0s, acronometragem, odespotismo de fabrica, etc, 840 aprofundamentos, ou até mesmo a realizagao de algu- ‘ma coisa que Marx anteviu no século XIX, mas que so seefetivou no século XX com aemergéncia do tayloris- mo e do fordismo. Em Marx, o que apreendemos sao os fendmenos da “apendicizagao” do homem maquina, da objetivacao do processo de trabalho, da transformacao do proces- so de trabalho em uma aplicagdo tecnolégica da cign- cia, da transformarao do trabalho vivo em coisa supér- flua. Todos esses fendmenos esto explicitados com ex- trema clareza em um trecho do artigo Meia, de A enci- clopédia, escrito por Diderot. Nesse texto, Diderot se refere, concordando, a uma frase de um tal Sr. Perrault, que é a seguinte: ““Aqueles que tém génio suficiente néo para inventar coisas idénticas, mas para as compreender, caem num rofundo espanto perante o mimero quase infinito de molas de que se compde a maquina de fazer meia, e do zrande ntimero dos seus diversos e extraordinérios mo- Vimentos. Quando se vé fazer meias, admiram-se ale vera e a destreza das maos do operdrio, embora ele fa- ‘ea apenas uma malha de cada vez; como ¢ diferente quando se vé uma maquina que forma centenas de ma- thas simultaneamente, quer dizer, que faz, no mesmo momento, todos 0s varios movimentos que as maos $6 ‘conseguem fazer em varias horas! Quantas pequenas ‘molas puxam a seda para elas, largando-a, retoman- ddo-a, fazendo-a passar de uma malha para outrade uma forma inexplicavel? E tudo isto sem queo operario que movimenta a maquina compreenda nada, saiba nada, ‘ou sequer sonhe 0 que se passa: énisso que pode ser com: parada & mais excelente maquina que Deus fez."”? Améquina, assim caracterizada, ¢a forma adequa- dado capital; com sua introdugdo, o capitalismo encon- tra sua base técnica adequada, ajustando plenamente base material a forma social. A forma pretérita de pro- dugdo sob o capitalismo, a manufatura, nao consegue realizar esse ajuste; a base material é demasiadamente estreita quando o processo de trabalho tem caracteris ticas manufatureiras, quando se fundamenta no traba- Tho manual do trabalhador parcial com sua ferramen- ta, E quais sio as limitagOes dessa base técnica? Em pri ‘meiro lugar, o processo de trabalho manufatureiro éne- ccessariamente empirico, nao é passivel de andlise cien- tifica; o aumento de produtividade é sempre restringi- do, portanto, pelo fato de o trabalho manter-se como trabalho manual. Em segundo, o necessério isolamen- todas diferentes etapas do processo implica a movimen- ‘ago continua de materiais entre trabalhadores par- iais. Além disso, ha o problema da reproducdo de uma forga de trabalho que ainda detém conhecimentos, ha- bilidades — os artifices da manufatura — reprodugao esta que esté fora do controle do préprio capital, no pro- ‘eesso de aprendizagem, coisa que os trabalhadores man- ‘tém como forma de resguardar seus privilégios de of- Essa base técnica, estreita, éradicalmente superada pela introdugdo da maquinaria, quando entao o capi- out der. 1986 tal se independentiza de forma absoluta da habilidade do trabalho vivo. E evidente que a manufatura, pelasua natureza, pela hiperespecializacdo das ferramentas, pela divisdo do trabalho de forma bastante sistematica, cria as condigdes para o surgimento da maquinaria; ela ¢ ‘uma etapa necesséria do trabalho sob a forma burgue- sa, €oseu desenvolvimento &a maquina, que é, ao mes- ‘mo tempo, a sua negaedo; a méquina surge da manu- fatura ea nega, arrancando o instrumento de trabalho das maos do trabalhador e colocando-o em um meca- nismo, fazendo com que o processo de producto seja agora uma aplicagio tecnoldgica da ciéncia. O ritmo do processo de trabalho, a qualidade do produto nao tém ‘nada maisa ver com trabalho humano e sua ferramen- ta, mas sim com as especificacdes, com aqualidade, com ‘a natureza da méquina. O trabalho humano intervém devezem quando, o trabalho humano vigia, passa ater fungdes absolutamente sem conteiido; ocorre uma per- da radical decontetido do trabalho vivo, como estd claro naquele trecho de A enciclopédia: ‘0 operario que mo- vimenta a maquina nao compreende nada, nao sabena- da,,ou sequer sonha 0 que se passa’. Agora vejamos: Marx esté colocando essas coisas no inicio da segunda metade do século XIX, e nao esta anunciando o que poderd acontecer no futuro do capi- talismo; ele esta observando a tendéncia imanente a0 ca~ pitalismo, observando o que esté efetivamente ocorren- do em sua época, a introdugao maciga da maquinaria, © revolucionamento do processo de producao, princi- palmente na indiistriat€xtil. J4 se tem, portanto, no sé- culo XIX, a base material capitalista plenamente cons- tituida, enquanto cardter, enquanto natureza ase gene- ralizar. ‘Caminhando-se em direeao ao século XX, o que vai ocorrer? Em primeiro lugar, hd um problema de defa- sagem intersetorial no tempo; a industria siderirgica, por exemplo, leva um tempo maior para se ajustar a for- ma mais desenvolvida, & maquinaria. O conhecido ar- tigo de Katherine Stone? mostra como, na virada do sé- culo, a indistria siderdrgica realiza um processo de transformagdo técnica bastante intenso e se ajusta ple- ‘namente ao principio da maquinaria. Todavia, um fa- ‘to muito interessante éa reposicao do problema da de- pendéncia do capital frente habilidade do trabalho vi- ‘vo quando novas frentes de acumulagao vao surgindo para o capital. O exemplo mais conspicuo é a industria automobilistica, que no seu inicio possui um processo de produgao baseado inteiramente no oficio, na capa- cidade, na habilidade dos trabalhadores que, em con- junto, em equipe, construiam o automével. Francesca Maltese esclarece bastante bem esse aspecto importan- te da industria automobilistiea.* Essa questo também fica evidente quando se obser- va, no comeco do século XX, 0 inicio da carreira bbem-sucedida de Taylor, aquele que, para Coriat, leva as colocagdes de Marx a efetividade. O palco é a ofici- nade tornearia mecfnica da Midvale Steel Works; Tay- lor, torneiro mecanico, diz o seguinte: ‘‘A oficina da Midvale Steel era de trabalho por tarefa (...) Nés que ramos 0s operdrios daquela oficina tinhamos a produ- fo cuidadosamente combinada para tudo que saisse da Oficina. Limitavamos a produgdo a cerca de um tergo, acho eu, do que poderiamos ter feito. Sentiamo-nos jus- 2 tificados fazendo isso, dado sistema de tarefa, isto é, anecessidade de marcar passo no sistema de tarefa!”3 Sobre esse marca-passo sistematico, seu grande inimi- 80, diz Taylor: “A maior parte do marca-passo siste- itico é feito pelos homens com o deliberado propési- to de manter seus empregadores ignorantes de como o trabalho pode ser feito répido.”® ‘O que é que se tem aqui sendo a recolocagio da pro- blematica da dependéncia do capital frente & habilida- dedo trabalho vivo, em uma fase mais adiantada do de- senvolvimento do capitalismo? Como resolver esse pro- bblema? Ora, a forma mais desenvolvida ja esta dada his- toricamente: introdugdo da maquinaria. Todavia, quando Taylor passaa ser o gerentedo setor, cle vai di zero seguinte: “E preciso que a tarefa do torneiro seja planejada inteiramente com um dia de antecedéncia, ¢ ‘cada homem deve receber instrugdes completas, porme- norizando a tarefa que deve executar, assim como os meios a serem utilizados ao fazer o trabalho. Deve-se ‘especificar no apenas o que deve ser feito, mas, tam- bbém, o tempo exato permitido para isso (...) A gerén- cia cientifica consiste amplamenteem preparar as tare- fas e sua execugdo."”” Observerse a diferenca funda- ‘mental: em vez de se retirar a ferramenta das maos do trabalhador e colocé-Ia em um mecanismo, ocorre 0 contrério; mantém-se a ferramenta nas maos do traba- se, isto sim, dizer a ele como deve utilizar ‘essa ferramenta; ou seja, ao mesmo tempo que se man- témo trabalho vivo como a base do processo de trabs Iho, retira-se toda e qualquer autonomia do trabalha~ dor que esta utilizando a ferramenta. Essa ¢ a idéia do sylorismo; €0 controle de todos os pasos do trabalho vivo, controle de todos os tempos e movimentos do tra- balhador, claro que de forma necessariamente despo- tica, Em poucas palavras a transformacdo do homem ‘em maquina, ¢ nao utilizagdo da maquina. Liberta-se © capital da habilidade dos trabalhadores, s6 que, em vvez de se libertar introduzindo a maquina, busca-se ob- jetivar o fator subjetivo, o trabalho vivo ‘A partir dessa diferenciagio, passemos & discussao do fordismo. O fordismoéum desenvolvimento da pro- posta de Taylor; nada mais é do que a utilizagao de ele- mentos objetivos do processo, de trabalho morto, pa- ra objetivar o elemento subjetivo, o trabalho vivo. Oen- tendimento do fordismo como um desenvolvimento do taylorismo é uma coisa generalizada na literatura; obser- vve-se o que dizem autores importantes: *é 0 fordismo que aprofunda o taylorismo;"8 “6 0 fordismo que le- va o taylorismo a uma espécie de perfeicéo.””? O que fazo fordismo? Fixa.o trabalhador em um determina do posto de trabalho, o objeto de trabalho ¢ transpor- tado sem a interveniéncia do trabalho vivo; este nunca perde tempo com o que Ford chama de “servico do transporte”, es6 faz, se possivel, um tinico movimen- to, Entdo vejam: enquanto, com a introdueao da ma- quinaria, o trabalho vivo se submete ao trabalho mor- to, ea qualidade e o ritmo do processo se deslocam do trabalho humano para a mdquina, o que ocorre com a introduc da linha de montagem é bastante diferente. ‘Naaparéncia, as coisas sAoiguaise étambémestaama- nifestagdo ao nivel da consciéncia do trabalhador indi- vidual, colocado em um determinado posto de traba- Revista de Adminstrapio de Empresas tho em uma industria de grande porte, pois parece que ‘© caminho da esteira, a intensidade do seu trabalho, € alguma coisa imanente & prépria esteira, brota da ma- tetialidade da esteira; mas ndo é, pois o ritmo do pro- ‘cess0 de trabalho ndo é uma propriedade técnica da es- teira, mas sim algo ser posto em discussao a cada mo- mento pelo trabalhador coletivo; o ritmo do processo detrabalho, nesse caso, e sempre quando o trabalho vi- ‘vo permanece como base do processo, é determinado empiricamente, por contratacio coletiva, por “que- da-de-brago”, ‘Vejamos agora a questdo da incorporasio da cién- cia ao processo de trabalho. Ji ficou esclarecido 0 se- uinte: quea m4quina, pela sua prdpria natureza, écién- cia postaa servico da produedo; sua introducao torna, portanto, a produedo, nas palavras de Marx, uma ‘‘apli- cago tecnolégica da ciéncia’’. No caso do tayloris- 'mo/fordismo, como se trata de um proceso de admi- nistragdo dos tempos e movimentos do trabalho vo, hd uma diferenca fundamental, porque a questio de até onde se pode levar 0 movimento humano nao é uma questo passivel de ser resolvida pela cigncia. A conclu- so é a seguinte: como jé se-esclareceu para o caso da manufatura, um proceso de trabalho que tenhia como base 0 oficio manual é um processo de trabalho neces- sariamente empirico, ou seja, nao pode ser reduzido a regras, leis e f6rmulas, mas s6 pode ser conhecido no seu interior mesmo. E como fica a questo do conheci- ‘mento cientifico? Ora, no caso do taylorismo, no passa ‘de um suporte para que o capital explore as particul dades do homem enquanto méquina eaperfeigoe os me- canismos de controle dos passos do trabalhador coleti- vo. Apésessas consideragdes, chegamos & seguinte con- clusdo: 0 fordismo, a linha de montagem, é um desen- volvimento da manufatura, endo da maquinaria. Ai- ‘nha demontagem leva ao limite as possibilidades de au- ‘mento de produtividade pela via da manufatura, do ra- balho parcelar. Sao incriveis as semelhancas entre cita- (g0es de Marx sobre caracteristicas da manufatura e ci- tagdes de Ford sobre alinha de montagem; quando, em Minha vidae minha obra, Ford esclarece as caracteris- ticas da linha de montagem e como ela foi implementa- da, pode-se observar o seguint 1, A clevac&o da produtividade social do trabalho pa- 1a Ford se da sempre pela via do parcelamento das ta- refas; ora, esta ndo ¢ outra coisa sendo a natureza por cexceléncia da manufatura. Portanto, Ford reinventou acorrelaedo manufatureira entre divisdo do trabalho e rodutividade, correlagdo esta que ja havia sido supe- ada pela maquinaria, pois o principio da maquinaria 1ndo € parcelamento de tarefas, mas sim a unificaglio das atividades produtivas sob a égide da maquina, 2. O cardter empirico & imanente a qualquer proceso de trabalho que se alicerce no trabalho manual. Iso fi- caclaro em Ford quando ele diz: testamos, foi muito de- pressa, testamos denovo, foi muito lento, (estamos mais ‘uma vez, ai deu certo; aumentamos a altura, ‘mos aaltura, etc.; ¢essas experiéncias foram feitas ali, na oficina; aoficina éo laboratdrio dos expe Reinvenpio da manufatura 3. Marx jé colocava que, ng manufatura, ainterdepen- déncia direta dos trabalhos permitia o estabelecimento de uma intensidade do trabalho sem precedentes; Ford vailevar essa caracte jo trabalho manufatureiro a0 paroxismo, procuranda o limite da potencialidade rodutiva do trabalho parcelar; ¢ essa brutal intensifi- ccagdo do trabalho manual éfeita através da solugdo para aquele problema jé mencionado, tipico do trabalho par- celar: 0 problema do abastecimento dos homens para trabalho. O que Ford vai fazer? Vai montar todo um aparato para levar pecas, materiais, de um lugar para outro, sem a interveniéncia do trabalhador; ou seja, criar uma estrutura de trabalho morto que se respon: sabilize pelo “'servico detransporte”’ ecolocar o traba- Ihador em um posto de trabalho especifico, fazendo um ‘unico movimento o tempo todo; nao deve se deslocar; como ele diz, ir de um lado para outro nao é ocupacé remuneradora, produtiva; o trabalho tem que vir a0 operario, e ndo 0 operdrio ao trabalho. Aanalogiaentreo fordismoeamanufaturasecom- pleta coma observacio de que otaylorismo/fordismo vaicolocar problemas para capital que, acho eu, Marx ndo imaginaria pudessem existit nafigal do século XX, 4uais sejam, problemas ligados & organizacio do pro- cess0 de trabalho. Ora, a caracterstica do processo de twabalho capitalista ja estava assentada com aintrodu- do da maquina de forma definitiva eo problema fun- damental passou a ser a uilizagdo social da maquina ria, ¢ nfo como conseguir com os trabalhadores ma- nuais a maior produtividade possivel. Todavia, nos se- tores que abragaram 0 taylorismo/Fordismo, no nosso século, vio ocorrer problemas que estdo ligados as ritagBes inerentes aessa forma. Eo que ele, por exem- plo, em um artigo de Pignon & Querzola: “0 absente ‘mo, 0 turnover, o trabalho mal executado, e mesmo a sabotagem, tornaram-se os lagelos da indistria auto- mobilistica americana." Sdo limitagdes inerentes & forma taylorista, porque essa forma capitalista de or- ganizacdo da produg&o consegue destituir o trabalho de qualquer contetido e manter, ao mesmo tempo, 2 aga0 ‘manual do rabalhadorsobreo objeto de trabalho. Es- sas limitagdes s4o muito bem esclarecidas por Aglictta, quando se refere as barreirasinteras ao processo de ra Dalho do tipo fordsta, Salta aos olhos asemelhanga en- tre esses limites que Aglietta aponta para o fordismo e 0s limites apontados por Marx para a manufatura. Va- ‘mos colocar aqui um aspecto desses limites apontados por Aglietta que nos parece bastante importante; tra {ase da constatagdo de que 0 ser humano néo se ajusta um uniforme e sempre crescente ritmo de trabalho;!? isto nada mais é quea confirmacdo, em nossos dias, de algo ja assentado por Marx quando afirma que “o ho: ‘mem € um instrumento muito imperfeito de produdo quando se trata de conseguir movimentos uniformes © continuos.'"3 Esta a raiz das limitagdes da forma tay- lorista/fordista; ainda que o capitalismo tenha aperf ‘goad terrivelmente esse instrumento humano de pro- duo, esta imperfeigao humana para movimentos uni formes continuos esténo centro das imitagbes da for- ma taylorista, O que énotavel é0 fato de que essa limi tagdo, caracteristica de uma base material inteiramen- te superada pela maquina, constitua um problema pa- ra 0 capital em nossos dias. 3

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