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Drogaria

Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Adelmir Santana
Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor Técnico
Luiz Carlos Barboza
Diretor de Administração e Finanças
Carlos Alberto dos Santos
Gerente da Unidade de Capacitação Empresarial
Mirela Malvestiti
Coordenação
Nidia Santana Caldas
Autor
FABIO DE OLIVEIRA NOBRE FORMIGA
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
http://www.staffart.com.br
Apresentação do Negócio
É o sonho de qualquer empreendedor: comercializar um produto de
primeira necessidade, com vendas estáveis ao longo do ano, sem
sazonalidade e pouco afetado por crises econômicas. Porém, estes
fatores, que atraem milhares de empreendedores para o ramo de
farmácias e drogarias, não são suficientes para garantir a viabilidade
financeira do negócio. A previsão de demanda e o planejamento do
negócio são fundamentais para o sucesso do empreendimento.

Cabe aqui um esclarecimento sobre a diferença entre drogaria e


farmácia. Segundo a Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que
trata do controle sanitário do comércio de medicamentos, as drogarias
são estabelecimentos de dispensação e comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais. Já as farmácias são caracterizadas como
estabelecimentos que, além da comercialização, atuam na manipulação
de fórmulas magistrais e oficinais.

As drogarias respondem por 80% do escoamento de medicamentos da


indústria. Os principais fatores de atratividade do setor são a demanda
crescente no Brasil para o mercado de remédios; as boas perspectivas
para os medicamentos genéricos; o potencial de consumo das classes
C e D; a facilidade de acesso a softwares de gestão de drogarias; o
envelhecimento da população brasileira e a possibilidade de expansão
do portfólio de produtos para artigos de higiene, limpeza, perfumaria e
produtos de conveniência. Esta expansão de atuação, inclusive, já
viabilizou o surgimento de megastores, com faturamento mensal de
mais de R$ 1 milhão por loja.

Outra tendência do setor refere-se à associação das drogarias em


cooperativas, com a utilização de logomarca e sinalização visual em
comum. A principal vantagem da associação é o desconto obtido junto

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aos fornecedores, devido à centralização do processo de compra e à
aquisição de grandes volumes de produtos. Além disso, as drogarias
da rede podem compartilhar boas práticas, adquirir cursos e
treinamentos, informatizar processos e reduzir gastos com propaganda
e publicidade.

Porém, alguns fatores externos têm gerado dor de cabeça ao


empreendedor. A distribuição direta de medicamentos por planos de
saúde, o processo de concentração do setor, o aumento da
concorrência, a venda direta de medicamentos por supermercados,
indústrias farmacêuticas e internet, a rígida regulação dos órgãos
públicos e a comercialização de produtos falsificados representam
ameaças relevantes ao desenvolvimento do negócio.

Portanto, o melhor remédio para saúde financeira de uma drogaria é a


elaboração de um bom plano de negócios. Para a construção deste
plano, consulte o SEBRAE mais próximo.

Mercado
O segmento de farmácias e drogarias no Brasil movimenta em torno
de US$ 15 bilhões anuais, posicionando o país como o oitavo mercado
mundial de medicamentos. Com mais de 55 mil drogarias em
funcionamento, o Brasil é o país com o maior número de farmácias no
mundo, com uma proporção de 3,4 farmácias para cada 10 mil
habitantes.

Com a informatização dos estoques e dos pontos de venda na década


de 80, houve uma expansão do processo de formação de grandes redes
de farmácias e drogarias. Há 10 anos, essas redes eram responsáveis
por pouco menos de 10% das vendas no setor. Hoje, comercializam
30% do volume total de faturamento.

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Este movimento de concentração faz com que, a cada ano,
aproximadamente 5.500 farmácias e drogarias encerrem suas
atividades e sejam substituídas por novas lojas. Segundo a Associação
Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC-Farma), a vida média de
uma drogaria gira em torno de cinco anos.

Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de


ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a
concorrência. Seguem algumas sugestões:
• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de
bairro para quantificação do mercado-alvo;
• Pesquisa a guias especializados e revistas sobre farmácias e
drogarias. Trata-se de um instrumento fundamental para fazer uma
análise da concorrência, selecionando concorrentes por bairro, faixa de
preço e especialidade;
• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e
fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho;
• Participação em seminários especializados.

Localização
A localização do ponto comercial é uma das decisões mais relevantes
para uma drogaria. Dentre todos os aspectos importantes para a
escolha do ponto, deve-se considerar prioritariamente a densidade
populacional, o perfil dos consumidores locais, a concorrência, os
fatores de acesso e locomoção, a visibilidade, a proximidade com
fornecedores, a segurança e a limpeza do local.

Os melhores pontos para a instalação de uma drogaria são ruas de


grande circulação de pessoas, calçadões, terminais de ônibus, estações
de trem e metrô, centros comerciais, shopping centers e locais
próximos a hospitais, clínicas e consultórios médicos.

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Alguns detalhes devem ser observados na escolha do imóvel:
• O imóvel atende às necessidades operacionais referentes à
localização, capacidade de instalação do negócio, possibilidade de
expansão, características da vizinhança e disponibilidade dos serviços
de água, luz, esgoto, telefone e internet;
• O ponto é de fácil acesso, possui estacionamento para veículos, local
para carga e descarga de mercadorias e conta com serviços de
transporte coletivo nas redondezas;
• O local está sujeito a inundações ou próximo a zonas de risco;
• O imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos
municipais;
• A planta do imóvel está aprovada pela Prefeitura;
• Houve alguma obra posterior, aumentando, modificando ou
diminuindo a área primitiva;
• As atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de
Zoneamento ou o Plano Diretor do Município;
• Os pagamentos do IPTU, referente ao imóvel, encontram-se em dia;
• A legislação local permite o licenciamento de placas de sinalização.

Exigências legais específicas


Para registrar uma empresa, a primeira providência é contratar um
contador - profissional legalmente habilitado - para elaborar os atos
constitutivos da empresa, auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais
adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos
órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas.

O contador pode se informar sobre a legislação tributária pertinente ao


negócio. Mas, no momento da escolha do prestador de serviço,
deve-se dar preferência a profissionais indicados por empresários com
negócios semelhantes.

Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis

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para as devidas inscrições. As etapas do registro são:
• Registro de empresa nos seguintes órgãos:
o Junta Comercial;
o Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
o Secretaria Estadual da Fazenda;
o Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
o Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará
obrigada ao recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal);
o Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema
“Conectividade Social – INSS/FGTS”;
o Corpo de Bombeiros Militar.
• Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa
(quando for o caso) para fazer a consulta de local.
• Obtenção do alvará de licença sanitária – adequar às instalações de
acordo com o Código Sanitário (especificações legais sobre as
condições físicas). Em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal fica a cargo das
Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso).
• Preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu
Estado, solicitando a vistoria das instalações e equipamentos.

Além do registro comercial, o empreendedor precisa cumprir as


exigências legais abaixo listadas:
• Lei nº 5.991/73 – dispõe sobre os seguintes itens:
o Para quais tipos de estabelecimentos é permitida a dispensação de
medicamentos ao público;
o Quais atividades são permitidas à farmácia e à drogaria;
o A necessidade da presença do responsável técnico durante todo o
horário de funcionamento do estabelecimento;
o A obrigatoriedade do licenciamento sanitário junto ao órgão de
vigilância sanitária local para a realização das atividades prevista na
lei;
o As condições básicas requeridas para o aviamento de receitas em
farmácias.

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• Decreto nº. 74.170, de 10 de julho 1974 – constitui a regulamentação
da Lei 5.991/73.
• Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1974 – institui a obrigatoriedade
da Autorização de Funcionamento expedida pelo órgão competente do
Ministério da Saúde para as empresas que realizem as atividades
previstas na lei para medicamentos, produtos para saúde, cosméticos,
saneantes e perfumes.
o Institui a obrigatoriedade da responsabilidade técnica.
o Estabelece a obrigatoriedade do registro junto ao Ministério da
Saúde para que os produtos previstos na lei possam ser
comercializados.
• Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976 – dentre outros itens, cria a
obrigatoriedade da autorização especial aos estabelecimentos que
lidem com substâncias entorpecentes ou que causem dependência
química.
• Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de 1976 – constitui a
regulamentação da Lei 6.368/76. Dentre outros itens estabelece a
criação do receituário especial.
• Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977 – constitui a
regulamentação da Lei 6.360/76.
• Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 – estipula quais ações são
consideradas infrações sanitárias e as respectivas penalidades
administrativas cabíveis.
• Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 – regulamenta a
autorização especial, cria os receituários especiais, os mecanismos de
controle de receita e relaciona quais substâncias estão sujeitas ao
controle especial.
• Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999 – cria a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e estabelece às suas competências, dentre elas a
expedição e renovação da Autorização de Funcionamento para
farmácias e drogarias.
o Estabelece os valores das taxas cobradas pela Anvisa.
o Estabelece com que periodicidade as farmácias e drogarias devem
efetuar a renovação de sua autorização de funcionamento.

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• Resolução RDC nº 328, de 22 de julho de 1999 – dispõe sobre
requisitos exigidos para a dispensação de produtos de interesse à saúde
em farmácias e drogarias.
• Resolução RDC nº 238, de 27 de dezembro de 2001 – estipula os
documentos necessários para obtenção da Autorização de
Funcionamento junto à Anvisa, para suas renovações e alterações.
o Dispõe sobre o prazo para renovação da Autorização de
Funcionamento (anual) e dispõe sobre quais alterações na Autorização
a empresa deverá requerer análise da Anvisa.
• Resolução do CFF nº 417, de 29 de setembro de 2004 – dispõe sobre
o Código de Ética do Farmacêutico.
• Resolução RDC nº 222, de 28 de dezembro de 2006 – dispõe sobre
os procedimentos de petição e arrecadação junto à Anvisa.
o Esclarece que somente empresas cadastradas junto à Anvisa têm
acesso ao sistema de peticionamento eletrônico. Explica como o
cadastramento é realizado.
o Esclarece que após a geração da taxa de fiscalização e vigilância
sanitária, o usuário terá somente 30 dias para efetuar seu pagamento e
que após o pagamento, a taxa deverá ser utilizada (protocolada na
Anvisa, junto com o restante da documentação requisitada) dentro de
no máximo 60 dias, sob pena de ser arquivada.
• Resolução RDC nº 149, de 11 de junho de 2003 - Altera o item 5 do
Anexo da
Resolução - RDC n.º 328, de 22 de julho de 1999, que trata do
Regulamento
Técnico que Institui as Boas Práticas de Dispensação em Farmácias e
Drogarias.
D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 12 de junho de
2003

Resolução RDC nº 173, de 08 de julho de 2003 - Altera o item 5 do


Anexo da
Resolução - RDC n.º 328, de 22 de julho de 1999, que trata do
Regulamento

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Técnico que Institui as Boas Práticas de Dispensação em Farmácias e
Drogarias.
D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 09 de julho de
2003

Resolução RDC nº 197, de 11 de agosto de 2004 - Dispõe sobre a


atualização das
medidas de controle e fiscalização das substâncias constantes das
Listas da
Portaria SVS/MS nº 344/98 e de suas atualizações, bem como os
medicamentos que
as contenham e dá outras providências. D.O.U. - Diário Oficial da
União; Poder
Executivo, de 12 de agosto de 2004

Resolução RDC nº 80, de 11 de maio de 2006 - As farmácias e


drogarias poderão
fracionar medicamentos a partir de embalagens especialmente
desenvolvidas para
essa finalidade de modo que possam ser dispensados em quantidades
individualizadas para atender às necessidades terapêuticas dos
consumidores e
usuários desses produtos, desde que garantidas as características
asseguradas
no produto original registrado e observadas as condições técnicas e
operacionais estabelecidas nesta resolução. D.O.U. - Diário Oficial da
União;
Poder Executivo, de 12 de maio de 2006

Resolução RDC nº 27, de 30 de março de 2007 - Dispõe sobre o


Sistema Nacional
de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, estabelece a
implantação do
módulo para drogarias e farmácias e dá outras providências. D.O.U. -

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Diário
Oficial da União; Poder Executivo, de 02 de abril de 2007

Resolução RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008 - Dispõe sobre a


propaganda,
publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a
divulgação ou
promoção comercial de medicamentos. D.O.U. - Diário Oficial da
União; Poder
Executivo, de 18 de dezembro de 2008

As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de


consumo devem observar as regras de proteção ao consumidor,
estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). O CDC,
publicado em 11 de setembro de 1990, regula a relação de consumo
em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação entre
consumidores e fornecedores.

O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver


presente a relação de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa
(física ou jurídica) adquire produtos ou serviços como destinatário
final. Ou seja, é necessário que em uma negociação estejam presentes
o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido
satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de
destinatário final.

Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não


está sob a proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras
de mercadorias para serem revendidas pela casa. Nestas operações, as
mercadorias adquiridas se destinam à revenda, e não ao consumo da
empresa. Tais negociações se regulam pelo Código Civil brasileiro e
legislações comerciais específicas.

Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e

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exposição dos produtos destinados à venda, fornecimento de
orçamento prévio dos serviços a serem prestados, cláusulas contratuais
consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos ou vícios dos
produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer
cobranças de dívidas.

Em relação aos principais impostos e contribuições que devem ser


recolhidos pela empresa, vale uma consulta ao contador sobre da Lei
Geral da Micro e Pequena Empresa (disponível em
http://www.leigeral.com.br), em vigor a partir de 01 de julho de 2007.

Estrutura
Para uma estrutura mínima com um ponto comercial, estima-se ser
necessária uma área de 100 m2, com flexibilidade para ampliação
conforme o desenvolvimento do negócio. Os ambientes podem ser
divididos em área para a exposição de produtos, balcão de
atendimento, escritório, depósito para estoque e sanitário.

A Resolução RDC nº 328/01 estabelece que a drogaria deva ser


localizada, projetada e construída com uma infra-estrutura adequada às
atividades desenvolvidas. O acesso deve ser independente de forma a
não permitir a comunicação com residências ou qualquer outro local
distinto do estabelecimento. As instalações devem possuir superfícies
(piso, paredes e teto) lisas e impermeáveis, sem rachaduras, resistentes
aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. Os ambientes devem
ser protegidos contra entrada de insetos e roedores. As condições de
ventilação e iluminação devem se compatíveis com as atividades
desenvolvidas. As instalações elétricas devem estar bem conservadas,
em boas condições de segurança e uso. O sanitário deve ser de fácil
acesso, mantido em boas condições de limpeza e possuir pia com água
corrente. A loja deve dispor de local para a guarda dos pertences dos
funcionários e de equipamentos de combate a incêndio em quantidade

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suficiente, conforme legislação específica.

As paredes podem ser pintadas com tinta acrílica. Tons claros são
adequados para ambientes pequenos, pois proporcionam a sensação de
amplitude. Texturas e tintas especiais na fachada externa personalizam
e valorizam o ponto.

A utilização de forros de gesso proporciona a criação de diferentes


efeitos de iluminação. Sancas com lâmpadas embutidas podem
iluminar indiretamente o ambiente, ao mesmo tempo em que focos
direcionados a vitrines e prateleiras destacam os produtos. Sempre que
possível, deve-se aproveitar a luz natural. No final do mês, a economia
da conta de luz compensa o investimento. Quanto às artificiais, a
preferência é pelas lâmpadas fluorescentes.

A área ou local de armazenamento deve ter capacidade suficiente para


assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de produtos.
Quando são exigidas condições especiais de armazenamento quanto à
temperatura, tal condição deverá ser providenciada e monitorada
sistematicamente, mantendo-se os devidos registros.

A drogaria deve dispor de armário resistente e, ou, sala própria


fechada com chave para o armazenamento dos medicamentos sujeitos
a um regime especial de controle. A loja também deve ter local ou
sistema de segregação devidamente identificado, fora da área de
dispensação, para a guarda dos produtos que apresentem
comprovadamente irregularidades ou com prazo de validade vencido.

É conveniente que o espaço de vendas possibilite o auto-atendimento


do cliente. Os produtos dispostos ao alcance dos clientes devem ser os
itens de higiene, perfumaria e medicamentos que não exigem receita
médica. O empreendedor deve planejar o mostruário de produtos no
começo da loja, com gôndolas e prateleiras, em ambiente arejado,
limpo, claro e dentro das normas de segurança pré-estabelecidas pelo

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Corpo de Bombeiros Militar.

Também deve haver espaço para um balcão vitrine e atendimento pelo


vendedor. Este balcão serve para a venda de medicamentos de alto
custo e que exigem receita médica.

É importante que as vitrines externas permitam a maior transparência


para o interior da loja e que exponham, de forma organizada, uma boa
variedade de produtos. Porém, em cidades grandes e em locais pouco
seguros, a fachada deve ter dispositivos adicionais de segurança como
alarmes, câmeras de vigilância e grades de ferro.

O escritório destina-se ao atendimento a clientes especiais,


fornecedores e distribuidores de medicamentos, além de funcionar
como local de trabalho do proprietário. Deve ser composto por uma
mesa de trabalho, cadeiras e microcomputador.

Para a prestação de serviços de aplicação de injeção, a drogaria deve


dispor de local separado, adequado e equipado, com acesso
independente. As instalações devem apresentar condições
higiênico-sanitárias satisfatórias e em bom estado de conservação.

Profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores)


poderão ajudar a definir as alterações a serem feitas no imóvel
escolhido para funcionamento da loja, orientando em questões sobre
ergometria, fluxo de operação, design dos móveis, iluminação,
ventilação etc.

Pessoal
O fator humano é fundamental para o sucesso de uma drogaria. Contar
com profissionais qualificados e comprometidos deve estar no topo da
lista de prioridades do empreendedor.

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É obrigatória a presença de um farmacêutico responsável, com registro
no Conselho Regional de Farmácia. Este farmacêutico, caso não seja o
proprietário do estabelecimento, necessita receber de seus superiores
todo o apoio necessário para um trabalho eficiente, como exigem as
boas práticas de dispensação de medicamentos.

Segundo o Código de Ética do Conselho Federal de Farmácia, os


principais deveres do farmacêutico, dentre outros, são:
• Comunicar às autoridades sanitárias e profissionais, com discrição e
fundamento, fatos que caracterizem infringência às normas que
regulam o exercício das atividades farmacêuticas.
• Colocar seus serviços profissionais à disposição das autoridades
constituídas, se solicitado, em caso de conflito social interno,
catástrofe ou epidemia, independentemente de haver remuneração ou
vantagem pessoal.
• Adotar postura científica perante as práticas terapêuticas alternativas
de modo que o usuário fique bem informado e possa melhor decidir
sobre a sua saúde e bem-estar.
• Contribuir para a promoção da saúde individual e coletiva,
principalmente no campo da prevenção.

O número de funcionários da drogaria vai variar de acordo com seu o


tamanho. Além do farmacêutico, uma pequena loja pode contar com
três vendedores e um gerente. Suas atribuições são:
• Gerente: responsável pelas atividades administrativas, financeiras, de
controle de estoque e da comercialização. Deve ter conhecimento da
gestão do negócio, do processo produtivo e do mercado. Precisa
manter contato com os distribuidores de medicamentos e acompanhar
as últimas tendências do setor;
• Vendedor: responsável pelo atendimento aos clientes e venda dos
produtos. Suas principais qualidades devem ser:
o Conhecer em profundidade os produtos oferecidos;
o Entender as necessidades dos clientes;

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o Conhecer a cultura e o funcionamento da empresa;
o Conhecer as tendências do mercado;
o Desenvolver relacionamentos duradouros com os clientes;
o Transmitir confiabilidade e carisma;
o Atualizar-se sobre as novidades do segmento;
o Zelar pelo bom atendimento após a compra.

A Resolução RDC nº 328/01 estabelece que a admissão de


funcionários deva ser precedida de exames médicos. Em caso de
suspeita ou confirmação de enfermidade, o funcionário deve ser
afastado de suas atividades, obedecendo à legislação específica. Todos
os empregados devem ser orientados quanto às práticas de higiene
pessoal. Os uniformes de trabalho devem estar limpos e em boas
condições de uso.

Caso a drogaria preste serviços de aplicação de injetáveis, o


profissional responsável por esta tarefa deve estar legalmente
habilitado para a realização deste procedimento. O estabelecimento
deve dispor de condições para o descarte de perfuro-cortantes de
forma adequada com vistas a evitar riscos de acidentes e
contaminação, bem como, dos outros resíduos resultantes da aplicação
de injetáveis.

Normalmente, uma drogaria funciona em horário comercial das 10 às


18 horas. Lojas situadas em shopping centers seguem o horário do
centro comercial, normalmente das 10 às 22 horas. Algumas drogarias
oferecem o serviço de plantão de 24 horas, mediante o revezamento de
turnos dos empregados.

O atendimento é um item que merece uma atenção especial do


empresário, visto que, nesse segmento de negócio, os clientes
satisfeitos ajudam na divulgação da loja para novos clientes.

A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a

16 Idéias de Negócios - drogaria


empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a
performance do negócio e diminui os custos trabalhistas com a
rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores deve
desenvolver as seguintes competências:
• Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos
clientes;
• Agilidade e presteza no atendimento;
• Capacidade de apresentar e vender os serviços da loja;
• Motivação para crescer juntamente com o negócio.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos


Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e
orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências
desagradáveis.

O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos


direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e
sintonizado com as tendências do setor. O SEBRAE da localidade
poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do
pessoal e treinamentos adequados.

Equipamentos
Os principais equipamentos de uma drogaria são:
• Aparelho de fax;
• Balcão de atendimento;
• Estantes expositoras, gôndolas, prateleiras e gavetas.
• Impressora;
• Microcomputadores completos, de acordo com o porte da drogaria;
• Móveis e materiais de escritório;
• Sistema de ar condicionado;
• Telefone.

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Ao fazer o layout da loja, o empreendedor deve levar em consideração
a ambientação, decoração, circulação, ventilação e iluminação. Na
área externa, deve-se atentar para a fachada, letreiros, entradas, saídas
e estacionamento.

Matéria Prima / Mercadoria


O estoque de medicamentos é muito importante para o sucesso de uma
drogaria. O empreendedor deve conhecer o perfil de sua clientela e
adquirir os produtos adequados.

O consumo de medicamentos varia de acordo com a região do país.


Segundo a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica -
Febrafarma, os remédios mais vendidos no Brasil são:
• Cataflam (anti-inflamatório);
• Neosaldina (analgésico);
• Tylenol (analgésico);
• Redoxon (vitamina C);
• Buscopan (analgésico);
• Lexotan (antiansiolítico);
• Sorine (descongestionante nasal);
• Hipoglos (pomada dermatológica);
• Luftal (cólica para bêbes);
• Microvlar (anticoncepcional);
• Rivotril (tranqüilizante);
• Puran T4 (hormônio tireoidiano);
• Salonpas (analgésico);
• Vick Vaporub (ungüento descongestionante).

Com a entrada dos genéricos e similares no mercado, aumentou muito


a oferta de produtos nas drogarias. Alguns estabelecimentos, inclusive,
oferecem artigos de higiene pessoal, limpeza, perfumaria, bebidas e
produtos de conveniência.

18 Idéias de Negócios - drogaria


Organização do processo produtivo
O processo produtivo de uma farmácia pode ser separado em duas
grandes funções:

1. Gestão do negócio: compreende o processo de administração,


envolvendo planejamento estratégico, compras, faturamento,
publicidade, controles financeiros, recursos humanos, definição de
produtos e canais de distribuição.

2. Dispensação: compreende o processo de relacionamento pessoal


com os clientes, atendimento, venda de produtos, recepção de pedidos,
encaminhamento ao laboratório, entrega dos medicamentos e cobrança
de valores.

Todos os medicamentos sujeitos ao controle especial só devem ser


dispensados mediante prescrição médica, segundo legislação vigente.
A prescrição deve ser conferida e escriturada pelo profissional
farmacêutico. O sistema de escrituração para produtos sujeitos ao
controle especial deve ser autorizado pela vigilância sanitária local.

Automação
Atualmente, existem diversos sistemas informatizados (softwares) que
podem auxiliar o empreendedor na gestão de uma drogaria (vide
http://www.baixaki.com.br ou http://www.superdownloads.com.br).
Seguem algumas opções:
• Atrex;
• Autorizador Farmácia Popular;
• Avante – Sistema de Controle de Loja;
• AZ Comércio;

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• BitLoja Plus;
• CallSoft Informatize Empresarial;
• Chronus Store;
• CI-Lojas;
• Clothing Organizer;
• Dataprol Sistema Comercial Integrado;
• Elbrus Light Light;
• Emporium Lite;
• Empresarial Máster Plus;
• Gerenciador de Loja de Confecções e Calçados;
• Gestor CI – Comércio;
• Integrato Lite;
• Little Shop of Treasures;
• Loja Fácil – Easystore;
• Loja. Salutar;
• LojaSoft;
• Myloja One;
• OnBIT S2 Loja 2008;
• Pharmasoft – Sistema Integrado de Controle de Drogarias;
• Posh Shop;
• REPTecno Comercial Plus;
• REPTecno Loja Plus;
• SGI-Plus Programa Automação Comercial Completo Integração com
Balança;
• SIAG Valesoft;
• SisAdven;
• SisAdvenPDV;
• SisGEF – Farmácia;
• SisGEF – Loja Comercial;
• Sistema de Gerenciamento de Vendas;
• Sistema Loja;
• Sistema LojaFacil Automação Comercial;
• Sistema Programa Automação Comercial de Farmácias e Drogarias.

20 Idéias de Negócios - drogaria


Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve
avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em
relação à legislação fiscal municipal e estadual, a facilidade de suporte
e as atualizações oferecidas pelo fornecedor, verificando ainda se o
aplicativo possui funcionalidades, tais como:
• Controle de mercadorias;
• Controle de taxa de serviço;
• Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e
bancos (conta corrente);
• Emissão de pedidos;
• Lista de espera;
• Organização de compras e contas a pagar;
• Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento da
drogaria.

Canais de distribuição
O principal canal de distribuição é a própria loja, onde se
encontra o estoque de produtos. A drogaria pode ampliar os canais de
distribuição por meio de venda pela internet, por telefone e entrega em
domicílio.

Investimentos
O investimento varia muito de acordo com o porte do
empreendimento. Uma drogaria, estabelecida em uma área de 100 m²,
exige um investimento inicial estimado em R$ 70 mil, a ser alocado
majoritariamente nos seguintes itens:
• Balcão de atendimento, estantes expositoras, gôndolas, prateleiras e
gavetas: R$ 20.000,00;
• Capital de giro: R$ 7.000,00;
• Estoque inicial: R$ 20.000,00;
• Móveis e materiais de escritório: R$ 4.000,00;

Idéias de Negócios - drogaria 21


• Reforma do local: R$ 10.000,00;
• Sistema de ar condicionado: R$ 3.000,00;
• Telefone, aparelho de fax, microcomputador e impressora: R$
6.000,00;

Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial,


sugere-se que o empreendedor utilize o modelo de plano de negócio
disponível no SEBRAE.

Capital de giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa
precisa manter para garantir a dinâmica do seu processo de negócio.

O capital de giro precisa de controle permanente, pois tem a função de


minimizar o impacto das mudanças no ambiente de negócios onde a
empresa atua.

O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à


ocorrência dos fatores a seguir:
• Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
• Aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades
desse mercado;
• Baixo volume de vendas;
• Aumento dos índices de inadimplência;
• Altos níveis de estoques.

O empreendedor deve ter um controle orçamentário rígido de forma a


não consumir recursos sem previsão.

O empresário deve evitar a retirada de valores além do pró-labore


estipulado, pois no início todo o recurso que entrar na empresa nela
deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do

22 Idéias de Negócios - drogaria


negócio. Dessa forma a empresa poderá alcançar mais rapidamente
sua auto-sustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e
agregando maior valor ao novo negócio.

Geralmente, a necessidade de capital de giro corresponde a 10% do


volume total de investimento para a operação de uma drogaria. O
empreendedor não necessita ter muito dinheiro em caixa, apenas o
necessário para pequenas compras eventuais.

Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e
que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou
serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários
profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos
consumidos no processo de produção.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos


na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o
negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso,
na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de
desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as
despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.

Os custos para abrir uma drogaria devem ser estimados considerando


os itens abaixo:
• Água, luz, telefone e acesso à internet;
• Aluguel, taxa de condomínio, segurança;
• Aquisição de matéria-prima e insumos;
• Assessoria contábil;
• Despesas com armazenamento e transporte;

Idéias de Negócios - drogaria 23


• Despesas com vendas;
• Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários;
• Propaganda e publicidade da empresa;
• Recursos para manutenções corretivas;
• Salários, comissões e encargos;
• Tributos, impostos, contribuições e taxas.

Seguem algumas dicas para manter os custos controlados:


• Comprar pelo menor preço;
• Negociar prazos mais extensos para pagamento de fornecedores;
• Evitar gastos e despesas desnecessárias;
• Manter equipe de pessoal enxuta;
• Reduzir a inadimplência, através da utilização de cartões de crédito e
débito.

Diversificação / Agregação de valor


Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares
ao produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o
público-alvo. Não basta possuir algo que os produtos concorrentes não
oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo
cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de
satisfação com o produto ou serviço prestado.

As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na


identificação de benefícios de valor agregado. No caso de uma
drogaria, existem várias oportunidades de diferenciação, tais como:
• Criação de programas de fidelidade para os clientes mais assíduos;
• Ampliação de linhas de produtos, ofertando perfumes, artigos de
higiene e limpeza, bebidas, cereais em barra e produtos de
conveniência.
• Venda de produtos por telefone e internet;
• Entrega em domicílio;

24 Idéias de Negócios - drogaria


• Prestação de serviços de aplicação de injetáveis, dentre outros;
• Plantão 24 horas.

Divulgação
A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de uma
drogaria. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao
orçamento da empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades
do local. Abaixo, sugerem-se algumas ações mercadológicas
acessíveis e eficientes:
• Confeccionar folders e flyers para a distribuição em residências e
escritórios;
• Anunciar em jornais de bairro e revistas;
• Oferecer descontos e pacotes promocionais para produtos
combinados;
• Montar um website com a oferta de produtos para alavancar as
vendas;
• Participar de feiras e eventos sobre medicamentos.

O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando


puder, superar as expectativas do cliente. Ao final, a melhor
propaganda será feita pelos clientes satisfeitos e bem atendidos.

Informações Fiscais e Tributárias


O segmento comercial varejista denominado de drogaria, assim
entendido o estabelecimento que comercializa remédios, perfumaria e
outros produtos característicos da atividade, poderá optar pelo
SIMPLES NACIONAL - Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte, desde que a receita bruta anual de sua atividade não
ultrapasse a R$ 240.000,00 (microempresa) ou R$ 2.400.000,00

Idéias de Negócios - drogaria 25


(empresa de pequeno porte) e respeitando os demais requisitos
previstos na Lei.

Optando pelo Simples Nacional, o empreendedor deste segmento


poderá recolher por uma única alíquota e por meio de apenas um
documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples
Nacional), os seguintes tributos e contribuições:

- IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica;


- CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
- PIS - Programa de Integração Social;
- COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
- ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
- INSS - Contribuição para a Seguridade Social relativa a parte da
empresa.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção


pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no
primeiro mês de atividade, o empreendedor deverá utilizar como
receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração
multiplicada por 12 (doze).

Segregação de receitas

Vendas de produtos adquiridos com tributação do ICMS por


substituição tributária

Na revenda desses produtos, dependendo do Estado onde o


estabelecimento do empreendedor estiver localizado, as alíquotas do
SIMPLES NACIONAL, englobando todos os tributos e contribuições
relacionadas acima, variam de 2,75% a 7,66%, dependendo da receita
bruta total auferida pelo negócio no decorrer do ano anterior.

Vendas de produtos adquiridos sem a tributação do ICMS por

26 Idéias de Negócios - drogaria


substituição tributária

Na revenda desses produtos as alíquotas do SIMPLES NACIONAL,


englobando todos os tributos e contribuições relacionadas acima,
variam de 4,00% a 11,61%, dependendo da receita bruta total auferida
pelo negócio no decorrer do ano anterior.

Microempreendedor Individual

O Microempreendedor Individual – MEI, deste segmento, poderá


optar pelo sistema de recolhimento em valores fixos mensais dos
tributos abrangidos pelo Simples Nacional – SIMEI, desde que
obedecidas as seguintes condições:

a) Receita bruta anual não poderá ultrapassar a R$ 36.000,00;


b) Seja optante pelo Simples Nacional;
c) Não ter filiais;
d) Não ser titular, sócio ou administrador de outra empresa;
e) Ter no mínimo 1 (um) empregado que receba até um salário
mínimo ou o salário mínimo da categoria profissional;

Optando pelo SIMEI, o Micorempreendedro Individual recolherá


mensalmente em valores fixos, por meio do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional – DAS, os seguintes tributos e
contribuições:

Sem empregado

R$ 51,15 mensais para o INSS relativo à contribuição previdenciária


do empreendedor;

R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Com um empregado

Idéias de Negócios - drogaria 27


Neste caso, além dos valores fixos, o empreendedor deste segmento
recolherá:
8% de INSS descontado da remuneração do empregado;
3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Opção pelo SIMEI

Para as empresas criadas a partir de 01/07/2009: no ato da inscrição


junto ao CNPJ;

Para as empresa já existentes em 30/06/2009: somente a partir de


01/01/2010.

Conclusão: Para este segmento, tanto para empresa individual, LTDA


ou MEI, a opção pelo Simples Nacional sempre será muito vantajosa
sobre o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamento Legal: Leis Complementares 123/2006, 127/2007,


128/2008 e Resoluções do CGSN – Comitê Gestor do Simples
Nacional.

Eventos
A seguir, são indicados alguns eventos sobre o segmento:

Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos


Florianópolis – SC
Website: http://www.urm.ufsc.br
E-mail: contato-urm@urm.ufsc.br

Conferência Nacional de Educação Farmacêutica


Brasília – DF

28 Idéias de Negócios - drogaria


Website: http://www.abenfarbio.org.br
E-mail: contato@abenfarbio.org.br

Entidades em Geral
A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao
empreendedor:

ABCFarma
Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico
Rua Santa Izabel, 160 – 5º andar – conjunto 51 – Vila Buarque, São
Paulo – SP
CEP 01221-010
Tel.: (11) 3223-8677
Fax: (11) 3331-2088
Website: http://www.abcfarma.org.br
E-mail: info@abcfarma.org.br

Abenfarbio
Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico e Bioquímico
SCS Qd 2 bl C – Ed. São Paulo – sala 11, Brasília – DF
CEP 70314-900
Tel.: (61) 3034-6722
Website: http://www.abenfarbio.org.br
E-mail: contato@abenfarbio.org.br

Abrafarma
Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias
Website: http://www.abrafarma.com.br
E-mail: atendimento@abrafarma.com.br

Anvisa
Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Idéias de Negócios - drogaria 29


SEPN 515, bloco B, Edifício Ômega – unidade I, Brasília – DF
CEP 70770-520
Tel.: (61) 3462-6000
Website: http://www.anvisa.com.br

Conselho Federal de Farmácia


SCRN 712/713 Bloco "G" Nº 30, Brasília – DF
CEP 70760-670
Tel.: (61) 2106-6552
Fax: (61) 3349-6553
Website: http://www.cff.org.br

Febrafarma
SAS Qd 1 bl N – Ed. Terra Brasilis – salas 701 a 704, Brasília – DF
CEP 70070-010
Tel.: (61) 3323-8586
Website: http://www.febrafarma.org.br

Ministério da Saúde
Esplanada dos Ministérios, bl. G, Brasília – DF
CEP 70058-900
Tel.: (61) 3315-2425
Website: http://www.saude.gov.br
E-mail: contato@saude.gov.br

Receita Federal
Brasília - DF
Website: http://www.receita.fazenda.gov.br

SNDC
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Website: http://www.mj.gov.br/dpdc/sndc.htm

30 Idéias de Negócios - drogaria


Normas Técnicas

As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados


como importantes referências para o mercado.

As normas técnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de


desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso
ou mesmo na sua destinação final), mas também podem estabelecer
procedimentos, padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar
classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de
medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de


Normas Técnicas – ABNT. Não existem normas técnicas aplicáveis a
este segmento empresarial.

Glossário
Seguem alguns termos técnicos referentes a termos técnicos, extraídos
do website http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/dc....

ADJUVANTE: substância adicionada ao medicamento com a


finalidade de prevenir alterações, corrigir e, ou, melhorar as
características organolépticas, biofarmacotécnicas e tecnológicas do
medicamento. (Resolução – RDC n° 17/00).

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇO (BPF): parte da Garantia da


Qualidade que assegura que os produtos são consistentemente
produzidos e controlados, com padrões de qualidade apropriados para
o uso pretendido e requerido pelo registro. O cumprimento das BPF
esta dirigido primeiramente para a diminuição dos riscos inerentes a

Idéias de Negócios - drogaria 31


qualquer produção farmacêutica, os quais não podem ser detectados
através da realização de ensaios nos produtos acabados. Os riscos são
constituídos essencialmente por: contaminação-cruzada, contaminação
por partículas e troca ou mistura de produto. (Resolução – RDC nº
134/01)

COMPONENTE: qualquer substância ou material a ser utilizado na


fabricação de um produto farmacêutico. (Resolução – RDC n° 134/01)

CONCENTRAÇÃO: quantidade de substância (s) ativa(s) ou inativa


(s) em determinada unidade de massa ou volume do produto.
(Resolução n° 134/01).

CORANTES: substâncias adicionais aos medicamentos, produtos


dietéticos, cosméticos, perfumes, produtos de higiene e similares,
saneantes domissanitários e similares, com o efeito de lhes conferir cor
e, em determinados tipos de cosméticos, transferi-la para a superfície
cutânea e anexos da pele. (Lei n.° 6.360/76).

DENOMINAÇÃO COMUM BRASILEIRA (DCB): denominação do


fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão
federal responsável pela vigilância sanitária. (Lei n.° 9.787/99;
Decreto n.° 3.961/01; Resolução – RDC n.° 84/02).

DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL (DCI):


denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo
recomendada pela Organização Mundial da Saúde. (Lei n.° 9.787/99;
Decreto n.° 3.961/01; Resolução – RDC n.° 84/02). Nome
recomendado pela OMS para cada medicamento. Cada denominação
apresenta-se em latim, espanhol, francês, inglês e russo. A finalidade
da Denominação Comum Internacional é conseguir uma boa
identificação de cada fármaco no âmbito internacional. A
Denominação Comum Internacional não tem caráter oficial, a menos
que, a autoridade sanitária de um determinado país a aceite assim.

32 Idéias de Negócios - drogaria


Esse país pode aceitá-la na sua totalidade ou com certas variações.
Assim, as denominações oficiais nos Estados Unidos, no Reino Unido,
no Japão e nos outros países que reconhecem a Farmacopéia Européia,
recebem o nome de USAN, BAN, JAN e Farmacopéia Européia,
respectivamente. (Glosario de Medicamentos: Desarrollo, Evaluación
y Uso).

DENOMINAÇÃO GENÉRICA: denominação de um princípio ativo


ou fármaco, adotada pelo Ministério da Saúde, ou, em sua ausência, a
Denominação Comum Internacional (DCI), recomendada pela
Organização Mundial de Saúde. (Decreto n.°793/93).

DROGA: substância ou matéria-prima que tenha finalidade


medicamentosa ou sanitária. Quando citado em inglês a palavra drug,
esta deve ser traduzida, preferencialmente, como fármaco e não como
droga. (Lei n.° 5.991/73; Decreto n.° 79.094/77; Portaria n.° 344/98).

EMBALAGEM: invólucro, recipiente ou qualquer forma de


acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, empacotar,
envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, os produtos de
que trata esta Lei. (Lei n.° 6.360/76; Decreto n.° 79.094/77; Decreto
n.° 3.961/01).

EMBALAGEM: todas as operações, incluindo envase e a rotulagem,


pelas quais o produto a granel deve passar a fim de tornar-se produto
terminado. Normalmente, o envase estéril não é considerado parte do
processo de embalagem, embora o produto a granel esteja contido no
envase primário (Resolução – RDC n.° 134/01).

EXCIPIENTES: os excipientes são substâncias que, em concentrações


presentes em algumas formas farmacêuticas, não apresentam atividade
farmacológica. Contudo, isso não exclui a possibilidade de que
determinados excipientes possam causar reações alérgicas ou efeitos
indesejáveis. Os excipientes são empregados para dotar as formas

Idéias de Negócios - drogaria 33


farmacêuticas de características que assegurem a estabilidade,
biodisponibilidade, aceitabilidade e facilidade de administração de um
ou mais princípios ativos. Na medida em que os excipientes afetam a
liberação do princípio ativo, eles podem modificar a magnitude
(efetividade/potência) e o perfil temporal (farmacocinética) das ações
farmacológicas dos produtos farmacêuticos através de modificações na
sua estabilidade. Os excipientes servem, além disso, para dar uma
forma ou consistência adequada a uma preparação. Certas
farmacopéias não aceitam o uso de excipientes que possam interferir
nas provas e avaliações farmacopeicas descritas nelas, tal como
acontece com a Farmacopéia Britânica. Os termos “ingrediente
inativo” e “substância agregada” são geralmente empregados nas
farmacopéias, tanto que os outros sinônimos se empregam com
preferência na terminologia da tecnologia farmacêutica. Exemplos de
excipientes: desintegrantes, emulsificantes (emulsionantes), corantes,
flavorizantes, aglutinantes, conservantes, espesantes, etc. (Glosario de
Medicamentos: Desarrollo, Evaluación y Uso).

FABRICAÇÃO: todas as operações que incluem a aquisição de


materiais, produção, Controle da Qualidade, liberação, estocagem,
expedição de produtos acabados e os controles relacionados.
(Resolução – RDC n.° 134/01; Resolução – RDC n.° 80/02).

FABRICANTE: detentor da Autorização de Funcionamento, expedida


pelo órgão competente do Ministério da Saúde, conforme previsto na
legislação sanitária vigente. (Resolução n.° 134/01)

FÁRMACO: substância química que é o princípio ativo do


medicamento. (Portaria n.° 3.916/98; Resolução do CFF n° 357/01).

FARMACOPÉIA BRASILEIRA: conjunto de normas e monografias


de farmoquímicos, estabelecido por e para um país. (Portaria n.°
3916/98).

34 Idéias de Negócios - drogaria


FARMOQUÍMICOS: todas as substâncias ativas ou inativas que são
empregadas na fabricação de produtos farmacêuticos. (Portaria n.°
3916/98).

HARMONIZAÇÃO: ação ou efeito de harmonizar-se, por em


harmonia; estar em harmonia, estar de acordo; tornar harmônico,
concernente a, ou em que há harmonia, regular, coerente. (Resolução –
RDC nº 276/02).

MARCA: Elemento que identifica uma série de produtos de um


mesmo fabricante ou que os distinga dos produtos de outros
fabricantes, segundo a legislação de propriedade industrial. (Decreto
n.° 3.961/01).

MATÉRIAS-PRIMAS: Substâncias ativas ou inativas que se


empregam para a fabricação de medicamentos e demais produtos
abrangidos por este Regulamento, mesmo que permaneçam
inalteradas, experimentem modificações ou sejam eliminadas durante
o processo de fabricação. (Decreto n.° 3.961/01; Arias TD, Glosario
de Medicamentos: Desarollo, Evaluación y Uso,Organización
Panamericana de la Salud, Washington, D,C, 1999).

MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou


elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o
fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos.
(Resolução RDC - n.° 84/02).

MEDICAMENTOS BIOTECNOLÓGICOS: medicamento biológico,


tecnicamente obtido ou elaborado por procedimentos biotecnológicos,
com finalidade profilática, curativa,paliativa ou para fins de
diagnóstico. (Resolução RDC – n.° 80/02).

NOMENCLATURA: nomes científicos, de acordo com as regras dos

Idéias de Negócios - drogaria 35


códigos internacionais de nomenclatura botânica, zoológica, biológica,
química e farmacêutica, assim como nomes homeopáticos
consagrados pelo uso e os existentes em Farmacopéias, Códices,
matérias médicas e obras científicas reconhecidas, para designação das
preparações homeopáticas. (Resolução – RDC nº 33).

NOME ADOTADO NOS ESTADOS UNIDOS (USAN): nome


genérico ou comum reconhecido pelo Conselho de Nomes Adotados
pelos Estados Unidos, o qual pode ser, também, uma Denominação
Comum Internacional, se este nome for recomendado pela OMS. O
Nome Adotado nos Estados Unidos se converte no nome “oficial”
desse país ao introduzir o medicamento na USP, no Formulário
Nacional ou na Farmacopéia Homeopática desse país. (Glosario de
Medicamentos:Desarrollo, Evaluación y Uso).

NOMES APROVADOS NO REINO UNIDO (BAN): os nomes


aprovados no Reino Unido são formados ou selecionados pela
Comissão da Farmacopéia Britânica e publicados pelo Ministério da
Saúde.

NOME COMERCIAL: designação do produto, para distingui-lo de


outros, ainda que do mesmo fabricante ou da mesma espécie,
qualidade ou natureza. (Decreto n.° 79.094/77; Decreto n.° 3.961/01).

NOME DERIVADO: caracteriza o sal ou o éster de um fármaco (ou


princípio ativo), e que contem, ou não, a mesma atividade
farmacológica que este último.

NOME SINÔNIMO: são nomes dados por fabricantes ao mesmo


fármaco e/ou os antigos nomes oficiais. Assim como, nomes oficiais
adotados em outros países. (Parte 1: Noções Básicas – IV.
Nomenclatura de Fármacos. Em: Korolkovas A, Burckhalter JH.
Química farmacêutica. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan;
1988).

36 Idéias de Negócios - drogaria


NOME QUÍMICO: é o único que descreve a estrutura química do
fármaco. É dado de acordo com as regras de nomenclatura dos
compostos químicos, como por exemplo a IUPAC.(Parte 1: Noções
Básicas – IV. Nomenclatura de Fármacos. Em: Korolkovas A,
Burckhalter JH.Química farmacêutica. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara
Koogan; 1988).

NÚMERO CAS: número de registro no Chemical Abstract Service:


CAS é um identificador numérico que contem, no máximo, 9 dígitos,
divididos em 3 partes. Cada número de registro no CAS é único,
designa apenas uma substância, não tem significado químico e é uma
ligação para uma rica fonte de informações sobre uma específica
substância química. (http://www.cas.org).

ORIGEM DO NOME: presença do nome do fármaco em inglês em


alguma das seguintes referências: 1) International Nonproprietary
Names (INN) for Pharmaceutical Substances; 2) USP Dictionary of
USAN and International Drug Names; 3) The Merck Index; 4)
Martindale: the complete drug reference; 5) Index Nominum:
International Drug Directory; 6) Chemical Abstracts Service Database.

PRINCÍPIO ATIVO: substância ou grupo delas, quimicamente


caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável,
total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento
fitoterápico. (Resolução - RDC n.° 17/00).

PRODUÇÃO: todas as operações envolvidas no preparo de


determinado produto farmacêutico, desde o recebimento dos materiais,
passando pelo processamento e embalagem. (Resolução – RDC n.°
134/01).

REGISTRO DE MEDICAMENTO: instrumento por meio do qual o


Ministério da Saúde, no uso de sua atribuição específica, determina a

Idéias de Negócios - drogaria 37


inscrição prévia no órgão ou na entidade competente, pela avaliação
do cumprimento de caráter jurídicoadministrativo e técnico-científico
relacionada com a eficácia, segurança e qualidade destes produtos,
para sua introdução no mercado e sua comercialização ou consumo.
(Decreto n.° 3.961/01).

REMÉDIO: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento


e especialidade farmacêutica; na realidade, remédio é qualquer
dispositivo, inclusive, o medicamento, que sirva para tratar o doente:
massagem, clima, sugestão, etc. (Silva P. Definições Básicas. Em:
Silva P. Farmacologia. Sexta Edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara
Koogan, 2002).

RÓTULO: identificação impressa, litografada, pintada, gravada a


fogo, a pressão ou auto-adesiva, aplicada diretamente sobre
recipientes, embalagens, invólucros ou qualquer protetor de
embalagem externo ou interno; não podendo ser removida ou alterada
durante o uso do produto e durante o seu transporte ou
armazenamento. (Decreto n.° 3.961/01).

SIGLA: formada geralmente com as iniciais do laboratório ou do


pesquisador ou do grupo de pesquisas que preparou ou ensaiou o
fármaco pela primeira vez, seguida de um número. Não identifica a
estrutura química do fármaco. Deixa de ser usada logo que for
escolhido um nome adequado. (Parte 1: Noções Básicas – IV.
Nomenclatura de Fármacos. Em: Korolkovas A, Burckhalter JH.
Química farmacêutica. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan;
1988).

SUBSTÂNCIA ATIVA: qualquer substância que apresente atividade


farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, alivio,
tratamento ou prevenção de doenças, ou afete qualquer função do
organismo humano. (Resolução – RDC n.° 134/01).

38 Idéias de Negócios - drogaria


VIGILÂNCIA SANITÁRIA conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos,
da produção ao consumo; e,
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde. (Lei n.° 8080/90).

Dicas do Negócio
Um dos principais fatores de sucesso de uma drogaria é o
atendimento. Os funcionários precisam estar plenamente capacitados
para prestar informações sobre os medicamentos. Principalmente no
Brasil, onde grande parte da população tem por hábito a
automedicação e soluciona dúvidas sobre os remédios diretamente
com o atendente da drogaria.

O empreendedor pode optar por se associar em cooperativas ou redes


de drogarias. Este movimento tem como vantagem a redução nos
custos de publicidade, treinamento e informática, o fortalecimento da
marca e o aumento do poder de barganha na negociação com
distribuidores e fabricantes de medicamentos. Já a principal
desvantagem é a perda de autonomia gerencial do negócio.

A drogaria pode ampliar o seu leque de produtos ao oferecer artigos de


higiene pessoal, limpeza, perfumaria, bebidas e produtos de
conveniência. Esta expansão é quase obrigatória para a sobrevivência
da empresa, visto que planos de saúde, supermercados e sites
eletrônicos já comercializam medicamentos e concorrem diretamente
com a drogaria em seu ramo de atuação.

Idéias de Negócios - drogaria 39


Características específicas do empreendedor
Neste segmento, o empreendedor precisa, fundamentalmente, ter tino
comercial. Também precisa estar atento às tendências do setor e
hábitos dos clientes. Deve identificar os movimentos deste mercado e
adaptá-los ao seu portfólio, reconhecendo as preferências dos clientes
e renovando continuamente a oferta de produtos.

Caso o empreendedor seja o farmacêutico responsável pela drogaria,


deve-se atentar para o Código de Ética publicado pelo Conselho
Federal de Farmácia e para as exigências legais da Agência de
Vigilância Sanitária – Anvisa.

Outras características importantes, relacionadas ao risco do negócio,


podem ajudar no sucesso do empreendimento:
• Busca constante de informações e oportunidades;
• Iniciativa e persistência;
• Comprometimento;
• Qualidade e eficiência;
• Capacidade de estabelecer metas e assumir riscos;
• Planejamento e monitoramento sistemáticos;
• Independência e autoconfiança;
• Senso de oportunidade;
• Conhecimento do ramo;
• Liderança.

Bibliografia Complementar
BISSON, Marcelo P. Farmácia clínica & atenção farmacêutica.
Barueri: Manole, 2007. 371 p.

40 Idéias de Negócios - drogaria


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