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VOTO
"No fortuito interno, o dano sofrido pela vtima guarda relao com a
atividade desenvolvida pelo ofensor. Pensemos num dos casos mais comuns
na jurisprudncia, que o transporte de pessoas (que tem total conexo
com a responsabilidade civil do Estado, por se tratar de concessionrias de
servio pblico). A responsabilidade civil, no caso, objetiva, seja em
razo do art. 14 do CDC, seja em razo do art. 37, 6 da Constituio.
[...]
J no fortuito externo o dano no guarda relao com a atividade
desenvolvida pelo ofensor. No fortuito externo, o dever de indenizar fica
afastado. Continuemos com o exemplo decorrente dos danos decorrentes de
transporte pblico. O dano desconexo ao transporte no conduz
responsabilidade civil da empresa transportadora. A jurisprudncia tem
admitido que o fato de terceiro que exonera a responsabilidade aquele
que com o transporte no guarde conexo. Os danos sofridos pelos
passageiros nos assaltos a nibus so considerados, em geral, fortuito
externo."
(FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson e NETTO, Felipe
Peixoto Braga. in Curso de Direito Civil. Responsabilidade Civil. Vol. III.
Documento: 67189063 - RELATRIO E VOTO - Site certificado Pgina 1 1 de 14
Superior Tribunal de Justia
JusPodivm: Salvador, 2014, pgs. 697/698)