Você está na página 1de 17

Pitgoras e a escala musical

Prof. Dr. Paulo de Tarso Salles


CMU-ECA/USP, 2016
Ilustraes obtidas em:
http://www.aboutscotland.co.uk/harmony/prop.html
Extrado de MENEZES, 2004, p. 245.

Obs.: Pitgoras se referia ao comprimento da corda, no a sua frequncia


Extrado de JEANS, 1968, p. 166.
Resultado da diferena entre semitons
cromticos e diatnicos na escala pitagrica
Essa diferena na razo de: 531441/524288
Em decorrncia dessa diferena, tem-se a
espiral de quintas vista anteriormente,
gerando uma incongruncia das notas
supostamente enarmnicas (MENEZES, 2004,
p. 243)
1+2+3+4=10
MESOTNICA JUSTA, ou gama de
Clculo das mdias Zarlino
aritmtica, geomtrica Gioseffo Zarlino (1517-
e harmnica 1590)
Arquitas de Tarento Senario: conjunto dos
(430-360 a.C.) foi um primeiros seis nmeros
dos precursores no uso inteiros
desses clculos 3M = 4/5
3m = 5/6
6M = 3/5
Apoiou-se no conceito
de mdias harmnica e
aritmtica
a diferena entre a medida das 3s M e m
da escala pitagrica frente escala Justa
Sua razo de 81/80
Deixa explcito o choque entre uma
concepo terica (a escala pitagrica) e a
percepo do fenmeno sonoro real, ainda
no conhecido quela poca, que a SRIE
HARMNICA
Arquitas e Aristoxeno (IV a.C) e Zarlino (XVI
d.C), entre outros, inturam esse problema e
propuseram novos clculos baseados nas
mdias aritmtica e harmnica
(ABDONOUR, 2002, pp. 39-53)
Extrado de JEANS, 1968, p. 25.
1. Quando uma corda e sua tenso permanecem
inalteradas, mas o comprimento varia, o
perodo da vibrao proporcional ao
comprimento (lei de Pitgoras)
2. Quando uma corda e seu comprimento
permanecem inalterados, mas a tenso varia, a
frequncia da vibrao proporcional raiz
quadrada da tenso
3. Para cordas diferentes, de mesmo
comprimento e tenso, o perodo de vibrao
proporcional raiz quadrada do peso da corda.
Fonte: Jeans, 1968:64-5
Marin Mersenne (1588-1648)
Os experimentos de Pitgoras NO tem nada a
ver com a srie harmnica.
Paradoxo de Mersenne: como poderia uma
corda [...] produzir mais que uma altura ao
mesmo tempo? (ABDONOUR, 2002, p. 32).
Vrios cientistas colaboraram para a definio do
modelo de propagao do som: Galileu, Huygens,
Mersenne, Benedetti, Wallis, Sauveur, Bernouilli,
Fourier (sc. XVII-XVIII).
Rameau escreveu seu Tratado de Harmonia
(1722) inspirado por essas descobertas, que o
levaram a reelaborar sua teoria harmnica em
vrios tratados subsequentes.
Extrado de MENEZES, 2004, p. 38
Extrado de MENEZES, 2004, p. 39
ABDONOUR, O. J. Matemtica e Msica: o
pensamento analgico na construo de
significados. So Paulo: Escrituras, 2002.
HELMHOLTZ, H. On the sensations of tone. New
York: Dover, 1954.
JEANS, J. Science and Music. New York: Dover,
1968.
MASSIN, J. e MASSIN, B. Histria da Msica
Ocidental. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
MENEZES, F. A acstica musical em palavras e
sons. So Paulo: Ateli Editorial, 2004.
TOMS, L. Ouvir o lgos: msica e filosofia. So
Paulo: Editora da UNESP, 2002.

Você também pode gostar