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"que manifestei a Vossas Altezas o desejo de ver os benefcios de minha atual empresa
consagrados conquista de Jerusalm, o que fez Vossas Altezas sorrirem, dizendo
que isto lhes agradava, e que mesmo sem este benefcio este era o seu desejo". Mais
tarde, ele relembra este episdio: "No momento em que tomei as providncias para
ir descobrir as ndias, era na in teno de suplicar ao Rei e Rainha, nossos
senhores, que eles se decidissem a gastar a renda que poderiam obter das ndias na
conquista de Jerusalm; e foi de fato o que eu lhes pedi ("Instituio de Morgado",
22.2.1498)
Nesta passagem observemos uma demonstrao de sua preocupao em buscar
recursos para a conquista de Jerusalm, exibindo sua implicao que era em sintonia com
o vis religioso, percebendo que ele no est somente preso as conquistas do mundo
material, mas sim em uma questo transcendental bastante presente no mundo medieval.
Portanto Todorov para sustentar sua ideia de que Colombo no buscava somente
os recursos financeiros, mas que este discurso era construdo para que suas viagens
fossem permitidas e tambm que conseguisse convencer os tripulantes, sendo que, neste
momento as viagens martimas eram extremante perigosas, pois, no tinham
conhecimentos navais suficientes para garantir segurana aos marinheiros, para reafirmar
sua ideia vejamos essa citao de dirio:
"No interior das terras, h muitas minas de metais e inmeros habitantes" ("Carta a Santangel", fevereiro-
maro de 1493).
"At ento, ia cada vez melhor, na quilo que tinha descoberto, pelas terras como pelas flores tas, plantas,
frutos, flores e gentes" ("Dirio", 25.11.1492).
"Pareceu-me que eram gente muito desprovida de tudo", escreve no primeiro encontro, e ainda:
"Pareceu-me que no pertenciam a nenhuma seita" (11,10.1492).
"Estas gentes so muito pacificas e medrosas, nuas, como j disse, sem armas e sem leis" (4,11,1492),
Embora veja esse ndio inocente, Colombo apresenta vrias caractersticas que
demonstram sua aproximao, permitindo reconhecer elementos que faam ele enxerga-
os como seres humanos, embora completamente distintos, mas que os indgenas
precisavam de certa forma de uma orientao. Nesta passagem percebemos tal
pensamento;
"ao retornarem sejam intrpretes dos cristos, e ado tem nossos costumes e nossa f"
(12.11.1492).
"devemos fazer com que construam cidades, ensin-los a an dar vestidos e adotar nossos
costumes" (16.12,1492).
"Vossas Altezas devem ficar satisfeitas, pois em breve tero feito deles cristos e lhes
tero instrudo nos bons costumes de seu reino" (24.12.1492).