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Embora alguns telefones celulares bipem durante a gravação de conversa para alertar a
outra pessoa de que a conversa está sendo gravada, não há necessidade disso na
legislação brasileira. “Foi um acordo firmado entre as empresas fabricantes que
colocassem este barulhinho para avisar da gravação. A conversa, no entanto, pode ser
gravada sem nenhum problema”, explica Laine. O que não pode, segundo ela, é pedir
que um terceiro não relacionado com a conversa, realize a gravação.
Em outras palavras, o funcionário precisa estar ciente de que está sendo monitorado. De
fato, há softwares de monitoramento que funcionam em larga escala para serem usados
em empresas. Um deles é o Trevio, desenvolvido pela empresa de segurança gaúcha
Interage, que, segundo dados da empresa, monitora cerca de 3 mil PCs e 15 mil
usuários.
Para o advogado Omar Kaminski, os empregados têm cada vez menos expectativa de
privacidade no ambiente de trabalho. “A jurisprudência já é pacífica no sentido de
consentir o monitoramento, e a grande questão é se há possibilidade de monitorar
também as conversas pessoais, não relacionadas com o trabalho. Porém, como irá
monitorar o acesso no smartphone do empregado, por exemplo?” questiona o advogado.
Roese informa que o próprio software pode auxiliar a tarefa de avisar. “Você pode
configurar uma mensagem de alerta como: ‘evite abusos. Conversa controlada e
monitorada.’” Para ele, as empresas têm todo direito de realizar a monitoração. “O
computador e o link de comunicação [internet] são recursos da empresa. Logo,
deveriam ser bem utilizados. E o que vemos é a proliferação de vírus e o vazamento de
informações confidenciais através do MSN”.
Como os pais são responsabilizados pelas ações dos filhos, é obrigação deles saber o
que a criança faz na internet. “O pai tem direito de fiscalizar o que o seu filho faz. É até
obrigação dele, previsto no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]”, informa a
advogada Laine Souza.
Fonte G1