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Meio Ambiente Urbano

Quando se fala em meio ambiente pensa-se logo em áreas naturais, normalmente


rurais, em preservação de florestas, cerrados etc. Mas a área urbana de um
município, ou seja, a área em que há significativas alterações antrópicas com
construções de prédios, arruamentos, praças públicas etc., também pode-se falar
em meio ambiente, podendo-se chamá-lo de "meio ambiente urbano".
Podemos dividir o meio ambiente em meio ambiente urbano e rural, onde em cada
um deles existe as demais subdivisões conhecidas como meio ambiente artificial,
natural, cultural e do trabalho.
No meio ambiente urbano encontram-se todas as preocupações sócio-ambientais
que se encontram no meio ambiente rural natural, acrescido fortemente do fator
humano e suas obras como habitação, meios de locomoção, vias públicas etc.
Incluem-se também aí as condições relativas ao ambiente de trabalho interno e
externo de empresas ou indústrias.

Com a urbanização o ser humano transformou ambientes naturais, criando outros


artificialmente em uma complexa teia de obras para atender todas as suas
necessidades como ser social, e isto implica em problemas relacionados ao
ambiente, sua conservação e qualidade. Portanto, o meio ambiente urbano é de
relevante importância nos estudos. A conceituação e delimitação do meio ambiente
urbano são de suma importância nas políticas públicas, pois as suas características
diferem do meio ambiente natural, merecendo outra forma de tratamento, não
menos complexa.

Na verdade, as cidades têm sido consideradas como um verdadeiro ecossistema


com características próprias, onde recebem fatores energéticos externos que dão
sua sustentabilidade, bem como produzem resíduos poluidores que podem ser
considerados como saídas energéticas. Estes resíduos são energias utilizadas e
descartadas que podem perfeitamente ser reutilizadas convertendo-se em novas
fontes energéticas para utilização nas próprias cidades geradoras. Resumindo,
uma cidade pode ser considerada como um ecossistema aberto, com grandes trocas
de energia e materiais.

Porém, as cidades são grandes causadoras de alterações e/ou danos ambientais.


Alguns problemas são relacionados à:

 ÁGUAS - Um dos maiores problemas ambientais das cidades é a carência de


um sistema de saneamento adequado, o que leva não apenas à morte e
contaminação de ecossistemas inteiros, mas aumentam os casos de doenças por
veiculação hídrica e a mortalidade infantil. Por isso, não dá para se pensar
apenas no clássico sistema de coleta, transporte e tratamento, que exige
grandes investimentos e concentra a poluição em emissários. É preciso pensar
também em pequenos sistemas de fossa e filtro que as novas tecnologias têm
tornado com eficiência de remoção de mais de 90% da poluição. O poder
público poderia incentivar estes pequenos sistemas com abatimento na conta de
água e esgoto proporcional à poluição que o sistema conseguisse remover.
Deveria ainda ser estimulada a formação de Consórcios por usuários de água
por micro-bacias, para a gestão dos recursos hídricos, para garantir
investimentos na recuperação dos mananciais das cidades, leia-se, investir em
reflorestamento e preservação das matas existentes, pois são elas as
responsáveis pelos poços e nascentes que abastecem as áreas que não recebem
água encanada.
 RECICLAGEM - Lixo não existe, todos sabemos. O que chamamos de lixo é só
matéria prima e recursos naturais misturados e fora do lugar. Por exemplo, se
o Poder Público incentivar a Coleta Seletiva, poderá devolver ao sistema
produtivo toneladas de papel, plástico, metais, vidros, além de aumentar a vida
útil dos atuais aterros. Os entulhos de obras que aterram margens de rios e
entopem lixões podem ser moídos e se tornar em agregados para habitações
populares. Os restos de comida, cascas de frutas e legumes, dão excelente
adubo para hortas a serem feitas em regime de cooperativa nos terrenos vazios
e abandonados das cidades, mas tudo isso só pode se tornar realidade se for
coletado separado na origem. É uma ilusão pretender coletar tudo misturado e
levar para uma milagrosa usina de reciclagem para ver o que pode ser
aproveitado. O Poder Público pode estimular a formação de cooperativas de
reciclagem o que, além de ajudar o meio ambiente, ajuda a gerar emprego e
renda para a população mais pobre e sem qualificação. A opnião do nosso
grupo é que os engenheiros comecem a pensar nas Usinas de Incineração. Em
curto prazo são mais caras, mas em longo prazo seriam a solução! Pra que
aterro sanitário? É algo ultrapassado.

 URBANISMO E PROTEÇÃO AMBIENTAL - Com a explosão demográfica e


o crescente fluxo da população rural aos centros habitacionais os problemas de
urbanização aumentaram consideravelmente, chegando a beira do caos com
insuficiência de saneamento básico, de assistência médico-hospitalar e de
habitação, entre outros. A problemática ambiental nas médias e grandes
cidades tem sido um tormento aos administradores públicos, pois as suas
soluções concretas implicam em atuações em áreas que extrapolam as
providências urgentes de construção de habitação ou saneamento de
determinada área, porque se alicerçam também em fatores socioeconômicos e
culturais de caráter nacionais. Muitas vezes as providências tomadas são
meramente paliativas e de pouquíssima duração.

 POLUIÇÃO DO AR – boa parte da poluição do ar nos centros urbanos é


provocada pelas emissões dos carros, ônibus e caminhões – e poluição do ar
mata. No Brasil, 13 mil pessoas morrem todos os anos por problemas de saúde
provocados pela poluição do ar urbano. A adoção de catalisadores, de índices
de emissão mais rigorosos e a diminuição do enxofre no diesel ajudaram a
minimizar o problema, mas não solucionam.

Cidades - Jardins
São cidades que valorizam e conservam as áreas verdes, utilizando o potencial
paisagístico da natureza como fator de embelezamento e qualidade ambiental.
Neste tipo de cidade ou mais exatamente bairro como acabou restando, dá-se
valor a arborização que é utilizada em praças, arruamentos e em jardins-praças
internos, como ainda se vê por exemplo no Alto da Lapa. O que fornece uma
sensação de ambiente natural e propicia uma melhor qualidade do ambiente com
um agradável visual e beleza estética diferenciada, valorizando economicamente o
local.

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