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Passagem

Nas plataformas do bairro-dormitrio


A estao s aglomera agonia
E a rotina cristaliza a letargia
De lida sem futuro promissrio.

Ao toque do aviso sonoro


As portas estabelecem o conflito
Da dialtica das vidas e do aflito
E sem refletir, eu choro.

J no vago, acaba-se a adrenalina


A viagem prossegue no mesmo topor
As ideias consomem-se a vapor
A escrita minha anfetamina.

Ainda que as reflexes sejam dolorosas


Na indiferena me sinto solitria
E prefiro acordada sentir a mgoa
A na inrcia contemplar as rosas.

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