Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não restam dúvidas que com isso, nós contadores teremos mais tempo para cumprir
nossa principal função: elaboração das demonstrações contábeis e controle do
patrimônio. Porém devemos estar preparados para essas mudanças, pois elas
atingem a cada etapa um número maior de contribuintes.
Lembramos, neste particular, que o projeto de lei submetido à consulta pública pela
Casa Civil da Presidência da República no final do ano 2000, estabelecia que os
documentos eletrônicos teriam o mesmo valor jurídico daqueles produzidos em papel
desde que fosse assegurada a sua autenticidade e integridade. A supressão da
expressão "desde que" e a fixação de que a Infra-Estrutura de Chaves Públicas visa
garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica dos documentos
eletrônicos, apontam para o aspecto funcional, para a agregação de um valor ou
característica antes inexistente, para a validade probatória.
A redação dos documentos de Inteligência Fiscal deve ser pautada pela objetividade,
coesão, simplicidade, concisão, precisão e clareza.
Identidade Digital
O certificado digital (CD) foi o mecanismo tecnológico selecionado para suprir esta
demanda. Para compreendê-lo, pense em um passaporte que identifica você no
mundo virtual. Este passaporte virtual é um arquivo eletrônico que contém alguns
dados para identificar uma pessoa, como por exemplo: nome data de nascimento,
CPF, título de eleitor, e-mail. Além destes dados, ele contém informações que
identificarão os emissores do certificado.
Assim, com a RFB, diversos sites e sistemas estão utilizando esta tecnologia para
garantir a segurança de suas transações: SISCOMEX, e-DOC do Poder Judiciário,
Sistema de Contratos de Câmbio, Cartório Eletrônico, entre outros.
SPED
Formalmente, o SPED foi criado por meio do Decreto 6.022 de janeiro de 2007. Vale
ressaltar que a certificação digital, como consta no parágrafo primeiro do decreto, é a
base tecnológica que dá validade jurídica aos documentos eletrônicos tratados pelo
SPED.
Muita gente acreditou que o SPED Contábil seria resolvido pela área de tecnologia ou
pelo fornecedor de software. De fato, a missão desses profissionais é prover
funcionalidades para que os livros contábeis sejam “transformados” em arquivos no
formato padrão do SPED.
Contudo, ter seus arquivos validados pelo PVA – Programa Validador não é garantia
de sucesso no projeto. Poucos perceberam que o mais importante é a contabilidade e
não a tecnologia. A escrituração contábil deve refletir as operações reais da empresa:
faturamento, movimentação de estoques, finanças, entre outras. O desafio em questão
é ter a contabilidade coerente, real e íntegra; auditável eletronicamente pela empresa
e pelo Fisco. Portanto, mais que cobrar das áreas tecnológicas a geração do arquivo,
as empresas precisam repensar seus processos gerenciais e aplicar os princípios e
normas contábeis vigentes em sua escrituração, lembrando que, em hipótese alguma,
tais fundamentos foram revogados ou alterados pelo SPED. Dessa forma, o maior
desafio do SPED Contábil, passa inevitavelmente pela contabilidade – agora com “C”
maiúsculo.
Nota Fiscal Eletrônica
A Nota Fiscal Eletrônica NF-e é um documento fiscal instituído pelo Ajuste SINIEF
07/2005, que sofreu algumas alterações pelos Ajustes: SINIEF 04/2006, SINIEF
05/2007 e SINIEF 08/2007.
Tanto quem emite quanto quem recebe a NF-e deve armazená-la pelo prazo legal. Isto
significa que o emitente deve enviar o arquivo eletrônico ao destinatário de alguma
forma. Caso este não seja emissor de NF-e, ou seja, não tenha condições técnicas
para receber o documento eletrônico, ele poderá manter o DANFE arquivado.
Contudo, o destinatário, recebendo NF-e ou DANFE, deve verificar a validade e
autenticidade do documento fiscal através dos serviços disponíveis na Internet.
Caso contrário, a conferência deve ser manual, através do site da SEFAZ ou do Portal
Nacional da NF-e: https://www.NF-e.fazenda.gov.br
Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, ela não poderá ser alterada.
Contudo, caso o emitente encontre erros na NF-e que já possui autorização de uso e
cuja mercadoria já circulou, ele poderá realizar a correção desta NF-e através de uma
Carta de Correção eletrônica, que também depende de autorização da SEFAZ. Até o
momento, o leiaute da CC-e não está disponível, o que, na prática, significa que não é
possível realizar correções na NF-e.
O Big Brother Fiscal foi instituído. Antes de cada operação, a empresa deve solicitar
autorização ao fisco. Após a concessão da autorização, a NF-e é transmitida da
SEFAZ origem para a RFB, SEFAZ destino, e para qualquer outra autoridade fiscal
que necessite desta informação.
A SEFAZ pode não autorizar a emissão de uma NF-e caso haja alguma irregularidade
fiscal com relação ao contribuinte ou destinatário. Por enquanto, esta verificação ainda
não está sendo feita, mas provavelmente isto ocorrerá.
Obrigatoriedade
Em geral, o tomador de serviços que receber uma NFS-e tem direito a um crédito que
poderá ser utilizado para abatimento do valor do IPTU lançado para o exercício
seguinte.
Alguns dados são importantes para a emissão da NFS-e, por isso, devem ser
configurados adequadamente, como: dados da Empresa; dados para contato; e-mail
para recebimento de NFS-e; identificação do Contador; regime de tributação; ramo de
atividade.
Emissão de NFS-e
O fato gerador do ISS é a prestação do serviço. Caso tenha sido emitida uma NFS-e
para um serviço efetivamente prestado, o ISS será devido, e não será possível seu
cancelamento simplesmente pelo motivo de o serviço não ter sido pago pelo tomador.
A NFS-e poderá ser cancelada pelo emitente, por meio do sistema, antes do
pagamento do Imposto. Caso a guia de recolhimento já tenha sido emitida, faz-se
necessário o cancelamento da referida guia para que seja possível o cancelamento da
NFS-e. Se a NFS-e já estiver sido incluída em uma Guia de Pagamento já emitida, o
Status da NFS-e aparecerá como “Normal”. Efetue o cancelamento da referida guia
para que seja possível o cancelamento da NFS-e.
Atenção: Caso a NFS-e tenha sido emitida considerando-se que a responsabilidade
pelo recolhimento é do tomador de serviços (opção “ISS Retido”), o próprio tomador
deverá efetuar o cancelamento da Guia de Pagamento.
Instituída pela Instrução Normativa RFB 777 de 19/11/2007, que foi retificada pela
IN787, em 22/11/2207, a ECD abrange os seguintes livros:
- Diário Geral;
- Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar);
- Diário Auxiliar;
- Razão Auxiliar;
- Livro de Balancetes Diários e Balanços.
A ECD deve ser entregue no último dia útil de junho do ano seguinte ao que se refere
à escrituração.
Obrigatoriedade
Registros da ECD
O arquivo digital é composto por blocos de informação, cada qual com um registro de
abertura, com registros de dados e com um registro de encerramento.
Assim, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no
registro I051, menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur. Quaisquer equívocos na
sua indicação do plano de contas referencial poderão ser corrigidos no e-Lalur.”
O terceiro pilar do SPED é a EFD, que foi instituída pelo Convênio ICMS no 143/2006,
de 20/12/2006.
Como não poderia deixar de ser, os arquivos da EFD devem ser assinados com
certificado digital do representante legal da empresa. A EFD tem o objetivo de
substituir diversas obrigações fiscais que as empresas devem apresentar ao fisco.
Obrigatoriedade
Ainda não há informações oficiais, mas espera-se que a EFD contemple, também, as
informações relativas à folha de pagamentos das empresas para substituir,
integralmente, no futuro, obrigações acessórias como o MANAD e a IN86.
Conclusão
http://www.tactus.com.br/?p=1098
http://www.administradores.com.br/artigos/sped_e_nota_fiscal_eletronica_um_sistema
_mais_rigoroso_de_fiscalizacao/31427/
http://www3.mastermaq.com.br/pdf/ebook.pdf
http://www.robertodiasduarte.com.br/?p=1956” 11
http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/
http://www.fazenda.rj.gov.br/portal/index.portal?
_nfpb=true&_pageLabel=sistemaseletronicos&file=/informacao/sistemaseletronicos/nfe
/index.shtml
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/
Anexo
Todos devem começar a acertar a sua situação com o leão, pois no próximo ano o
fisco começa a cruzar mais informações e no máximo em dois anos eles vão cruzar
tudo. As informações que envolvam o CPF ou CNPJ serão cruzadas on-line com:
Tudo isso nos âmbitos municipal, estadual e federal, amarrando pessoa física e
pessoa jurídica através destes cruzamentos e o pior, podem fiscalizar os últimos 5
anos.
Este cruzamento das informações deve, em breve, se estender o número muito maior
de contribuintes, pois o resultado foi ‘muito lucrativo’ para o governo. Sua empresa é
optante pelo SIMPLES? Veja esta curiosidade inquietante:
Ou seja, é nas empresas do SIMPLES que o FISCO vai focar seus esforços, pois é
nela onde se concentra a maior parte da informalidade, leia-se, sonegação!!! Acredita-
se que muito em breve, a prática da informalidade tende a diminuir muito!!! A
recomendação é de que as empresas devem se esforçar cada vez mais no sentido de
ir acertando os detalhes que faltam para minimizar problemas com o FISCO.
O acompanhamento e controle da vida fiscal dos indivíduos e das empresas ficará tão
aperfeiçoado que a Receita Federal passará a oferecer a declaração de Imposto de
renda já pronta, para validação do contribuinte, o que poderá ocorrer já daqui a dois
anos. Apenas para a primeira etapa da chamada Estratégia Nacional de Atuação da
Fiscalização da Receita Federal para o ano de 2008 foi estabelecida a meta de
fiscalização de 37 mil contribuintes, pessoas físicas e jurídicas, selecionados com
base em análise da CPMF, segundo publicado em órgãos da mídia de grande
circulação. O projeto prevê, também, a criação de um sistema nacional de informações
patrimoniais dos contribuintes, que poderia ser gerenciado pela Receita Federal e
integrado ao Banco Central, Detran, e outros órgãos. Para completar, já foi aprovado
um instrumento de penhora on line das contas correntes. Por força do artigo 655-A,
incorporado ao CPC pela Lei 11382/2006, poderá requerer ao juiz a decretação
instantânea, por meio eletrônico, da indisponibilidade de dinheiro ou Bens do
contribuinte submetido a processo de execução fiscal. Tendo em vista esse arsenal,
que vem sendo continuamente reforçado para aumentar o poder dos órgãos
fazendários, recomenda-se que o contribuinte promova revisão dos procedimentos e
controles contábeis e fiscais praticados nos últimos cinco anos. A Receita está
trabalhando mesmo.