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Cartilha de Plantio

Senhor (a) representante,

Com o intuito de melhor prepará-los para suas vendas o IBFlorestas disponibiliza


para você a Cartilha de Plantio, que é uma ferramenta rápida e sucinta das formas de
plantio das nativas.

Distribuição do número de mudas entre as diferentes espécies e grupos de plantio

Metade das mudas utilizadas no plantio deve conter no mínimo 10 espécies diferentes do Grupo de
Preenchimento e a outra metade das mudas devem conter no mínimo 70 espécies diferentes do
Grupo da Diversidade, sendo que, em cada um desses dois grupos, o número de mudas por
espécie deve ser mais ou menos igual, para evitar plantar muita muda de poucas espécies. Caso
note isto no seu lote, informe o Clickarvore.

Preparo da área

A primeira ação em uma área a ser reflorestada deve ser eliminar ou controlar tudo que possa
atrapalhar o trabalho. Essas iniciativas incluem o controle da erosão, a proteção da área contra o
fogo, a retirada do gado ou o cercamento do local e a eliminação de espécies em desequilíbrio tais
como braquiária, leucenas, santa-barbáras, ipê-de-jardim, dentro outros.

Antes de iniciar o plantio, deve ser realizado o controle de formigas cortadeiras pelo método menos
impactante possível. Normalmente o controle é feito usando-se isca inseticida granulada distribuída
junto aos olheiros do formigueiro ou junto aos “caminhos” das formigas, ou pela aplicação de
inseticida em pó, com polvilhadeira, nos olheiros do formigueiro.

Após essa etapa, deve-se realizar o controle do mato, que pode ser feito pela capina manual ou com
roçadeira, ou química com aplicação de herbicida de baixa toxidade como o glifosato. É importante
destacar que árvores ou arbustos nativos da região devem ser mantidos e tratados como se fossem
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mudas plantadas, ou seja, com o controle do mato ao redor dessas plantas e com a adubação de
cobertura.
Em áreas com muitos indivíduos de espécies nativas remanescentes, ou seja, onde a regeneração
natural é muito intensa e permite a ocupação natural da área por no mínimo 2000 indivíduos arbóreos
por hectare, após condução dessa regeneração natural, com coroamento e até adubação desses
indivíduos regenerantes, o plantio total (de espécies de preenchimento e de diversidade) é
dispensado e deve ser substituído pelo plantio de enriquecimento, onde as mudas plantadas são
apenas do grupo de diversidade, introduzidas no meio da regeneração natural, quando essa atingir
2m ou mais de altura, no espaçamento de 5x5m ou 6x6m.

No plantio de espécies arbóreas, dá-se preferência para técnicas de cultivo mínimo, nas quais
apenas a linha de plantio é trabalhada, seja pela sulcagem, subsolagem ou pela abertura manual de
covas com enxadão ou cavadeira, mantendo-se a entrelinha sem intervenção no solo, apenas com
controle das gramíneas agressivas em sua cobertura.

Em termos gerais, recomenda-se uma adubação de base, rica em fósforo e micronutrientes, a qual
deve ser incorporada na cova de plantio, e outras de cobertura, rica em nitrogênio e potássio, que
pode ser distribuída na linha de plantio, sob a copa das mudas. Para melhores resultados, pode-se
realizar a adubação e a calagem com base em análise do solo, corrigindo as deficiências específicas
do solo em questão.

O plantio deve ser realizado preferencialmente na época chuvosa, quando não se dispõe de irrigação,
que encarece o plantio, de acordo com os seguintes modelos:

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A-3x2 em linhas de P e D (Preenchimento e Diversidade)

3m

2m
X X X X X X
Grupo de Diversidade

X Grupo de Preenchimento X X X X X X
curso-d’água

Vantagem do modelo A: operacionalização de plantio é mais simples

B- 2x3 simples C- 2x3 alternado

2m 2m
X X X X X X
3m 3m
X X X X X X

X X X X X X

X X X X X X
curso-d’água curso-d’água

Vantagem do modelo B e C: menor competição entre as espécies de preenchimento, principalmente no


modelo 2x3 alternado, já que as mudas desse grupo estão separadas por, no mínimo, 3m de distância uma
das outras, o que produz um fechamento mais rápido da área e conseqüentemente menor manutenção.

A escolha do método vai depender da sua capacidade de bem controlar a distribuição das mudas nas
linhas de plantio e das possibilidades de mecanização da roçada.

Periodicamente, conforme avaliação visual deve-se realizar o coroamento das mudas e depois a
roçada do mato na entrelinha, seguida da adubação de cobertura e a substituição de eventuais
mudas mortas nesse intervalo de tempo, além do controle de formigas permanente. Vale atentar que
a manutenção da área é tão ou mais importante que o plantio de mudas, principalmente
controle periódico de competidores, que pode por em risco todo o investimento realizado no
reflorestamento.

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o.
Cronograma de implantação – (preencher com nome da propriedade, cidade, UF e/ou n do lote)

As tabelas a seguir apresentam uma sugestão de cronograma para realização das atividades de restauração
florestal. Estas tabelas foram elaboradas com a intenção de iniciar o trabalho de restauração florestal no mês
de novembro para o aproveitando o período da estação chuvosa no início do plantio, mas poderá ser
adaptada a outras épocas do ano, desde que haja irrigação disponível na área de restauração e em
quantidade suficiente que garanta a sobrevivência das mudas plantadas.

1 º Ano – Cronograma para implantação e manutenção dos sistemas de restauração


Atividade – mês => 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Combate à formiga
Limpeza geral da área de plantio
Abertura de covas
Adubação de base
Plantio
Irrigação (se necessária)
Replantio
Coroamento e/ou capina geral
Adubação de cobertura
Manutenção de cercas e aceiros

2 º Ano – Cronograma para manutenção dos sistemas de restauração implantado


Atividade – mês => 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Combate à formiga
Adubação de cobertura
Coroamento e/ou capina geral
Manutenção de cercas e aceiros

3 º Ano – Cronograma para manutenção dos sistemas de restauração implantado


Atividade – mês => 25 26 27 28 29 30 31
Combate à formiga
Adubação de cobertura
Coroamento e/ou capina geral
Manutenção de cercas e aceiro da área

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Recomendações técnicas para o plantio e a manutenção das mudas

Conservação do solo  Reforma dos terraços e das curvas de nível no entorno


Abertura de covas  Forma – subsolador ou sulcador – deve ser feito em
nível, em áreas não susceptíveis à erosão e pouco
acidentadas;
 Enxadão (30x30x40cm, 40x40x40cm);
Irrigação  Providenciar irrigação nos primeiros 2 meses quando
houver ausência prolongada de chuva e se for observado o
ponto de murchamento de alguns indivíduos;
 A irrigação deve ser realizada nas horas mais frescas
do dia, geralmente bem cedo ou final de tarde com cerca de
5 litros de água por cova;
Adubação de Base  Usar cerca de 5-10 litros de matéria orgânica bem
curtida e/ou 200g de superfostato simples por cova;
Adubação de Cobertura  Realizar três adubações no período chuvoso com 50 g
de NPK 20-5-20 ou similar por cova;
Manutenção nos primeiros  Limpeza das entrelinhas com capina manual ou
30 meses aplicação direcionada de herbicidas, protegendo a muda e
as plantas jovens da regeneração presentes na área, com
tubo plástico de 200mm ou mais (conforme avaliação
visual) ou coroamento e poda;
 Controle de formigas cortadeiras;
 Estaqueamento das mudas com bambu (facultativo);
Manutenção permanente  Manutenção de cercas;
 Aceiro permanente da área (estradas ou faixas de
proteção) para isolamento da área de qualquer fator de
degradação, principalmente o fogo.
Fonte: LERF/ESALQ/USP – adaptação Nilson Máximo

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Abaixo segue uma figura ilustrativa de como plantar a muda nativa:

Bom trabalho! Não se esqueça que a Equipe IBF fica feliz com o fechamento do
seu pedido. A cada árvore plantada criamos uma floresta.

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