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2 Maiacovski /- at? “ ANTOLOGIA POETICA Estudo biografico e tradugdo de Emilio C. Guerra EDITORA MAX LIMONAD LTDA. Rua Quintino Bocaitva, 191 — 4.9 Sao Paulo — Brasil Série Literatura — 3 Titulo: Antologia Po¢tica Autor: Maiacovski Tradugdo: E. Carrera Guerra Capa: Walkyria Suleiman R edi¢ao: (Editora Leitura S.A.) 1963 2.* edigdo: (Editora Leitura S.A.) s/d ~" pela Editora Max Limonad Ltda.) 1981 42 edit @ pela Editora Max Limonad Ltda.) 1984 igao: (3.* pela Editora Max Limonad Ltda.) 1984 6." edicdo: (4.* pela Editora Max Limonad Ltda.) 1987 Copirraite da tradugao: Isadora Coutinho Guerra Copirraite da presente edicao: EDITORA MAX LIMONAD LTDA. Rua Quintino Bocaitiva, 191, 4.° andar CEP 01004 — S80 Paulo — SP — Brasil Tel.: (O11) 35-7393 ne _ These + + See Prefécio Aos jovens poetas do Brasil Comegamos a escrever e a publicar este estudo sobre Maia- covski nas paginas da extinta revista Temdrio (n.™ 2 a 5; 1951- 1952). O trabalho — que foi ultimado, mas ficou em sua maior parte inédito — dividia-se em duas partes, acentuando-se, na primeira, de preferéncia a vida do poeta dentro de seu tempo e lugar e, na segunda, a obra, focalizando-a em seus diversos aspectos e em suas repercussdes universais. E essa primeira parte do ensaio, refundido e resumido, que ora ceproduzimos aqui. Todavia, o leitor interessado também encontrar4 aqui as indicagdes fundamentais sobre a obra do poeta, de vez que a vida e a obra de Maiacovski esto de tal modo entrelagadas que nao se pode escrever sobre uma sem mencionar a outra. : Por outro lado, se vida e obra se interpenetram, com igual vigor inserem-se ambas nos grandes acontecimentos da que testemunharam. Maiacovski é o poeta da Grande Revo- lugéo Russa de Outubro de 1917, 0 poeta do socialismo nas- cente, donde a necessidade de, tratando-se de sua vida, esbocar © quadro histérico em que atuou. Pela mesma raziio, fomos levados a descrever o panorama da literatura soviética anterior a 1930, pois fora de seu ambito especffico nfo se compreende- tia a atividade do poeta participante, Neste ensaio, a intengio de informar predomina sobre a de interpretar. Daf a abundancia de citacdes e as referéncias da bibliografia. A exposicio segue, tanto quanto possfvel, a ordem crono-_ Desejamos apresentar Maiacovski as pessoas que, jf 0 co- nhecendo de nome, nao tiveram por tal.ou qual motivo oportu- nidade de conhecé-lo mais de perto ¢, sobretudo, a indmera gente que, nunca tendo ouvido falar dele, terd uma revelacio feliz no vulto do grandioso poeta. . De fato, muito pouco foi escrito sobre Maiacovski, em nossa lingua. Mério de Andrade foi provavelmente o primeiro a mencioné-lo de passagem, com simpatia, — e como futurista apenas — no seu A Escrava Que Nao é Isaura, escrito em 1924. Outros se tém limitado a simples referéncia nominal. Tudo que pudemos coligir em nossa lingua, com cardter de estudo ou: 3 de informagao especial, foi a conferéncia (1946) de Carlos Burlamaqui Kopke, inserta entre os ensaios de Fronteiras Es- tranhas, Sua Unica fonte, porém, no que tange ao poeta, parece ser a Antologia de Maiacovski da escritora argentina Lila Guer- rero, que tem sido, alids, a maior e melhor artifice da gloria de Maiacovski na América Latina. Também para nés, foi o livro de Lila Guerrero (1943) o veiculo da “‘descoberta” admiravel, logo registrada, com entu- siasmo, no artigo “Maiacovski, mensagem aos incrédulos”, ent&o publicado na revista estudantil Renovacdo. S6 muito recentemente 6 que Maiacovski péde aparecer em fivro pela primeira vez,.em nossa lingua, com os quatro poemas traduzidos e enfeixados no luxuoso volume da colegio Maldoror (Philobiblion, Editora Civilizagdo Brasileira, 1956). Ao que sabemos, a isto se reduz, até agora, a bibliografia de Maiacovski entre nds *. 7 Por isso —- e para n&o fugir 4 presun¢g%o de todos os prefacios — acreditamos que este trabalho venha, realmente, preencher uma lacuna ¢ corresponder ao que em outros paises cultos se tem feito pela divulgagao do grande poeta russo. Os poemas que compdem a Antologia sfio quase todos rigorosamente inéditos em portugués ¢ alguns 0 sio em espa- nhol. Para traduzi-los, confrontamos versées francesas, espa- nholas e inglesas e, em questées de somenos, consultamos algumas vezes o texto russo. Nio obstante, em certos casos, tivemos que optar antes por uma adaptagio do que por uma tradugdo propriamente dita. Com a publicago desie livro, esperamos servir sincera- mente A Poesia, aos leitores e poetas brasileiros, bem como A grande obra comum, pacifica, de aproximagio cultural e de amizade entre os povos, Rio, 30 de novembro de 1956. E. CARRERA GUERRA * Cabe aqui citar: Poemas, apresentagio, resumo biogréfico e notas de Boris Schnaiderman, tradug’o de Augusto e Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman, Edi- gées Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1967. A Fottica de Maiakévski, Boris Schnaiderman, Editora Perspectiva, Sio Paulo, 1971. Poética, como fazer versos, Maiak6vsky, Global Editora Distribuidora Ltda., 1.4 ed, 1978, 2.2 ed. 1979, 3.4 ed. 1981. (N. E.) 4 A VIDA DE MAIACOVSEI x I — ANTES DE OUTUBRO INFANCIA B JUVENTUDE. MAIACOVSKI E BURLIOK. O GRU- PO FUTURISTA. ELSA TRIOLET TAMBEM DESCOBRE MAIA- COVSKI. O FUTURISMO RUSSO E MARINETTI. GORKI E MAIACOVSKI. LILA BRIK. Vladimir Vladimirovitch Maiacovski nasceu a 7 de julho de 1893, na aldeia georgiana de Bagdadi, que hoje tem o seu nome, A 19 de julho, pelo novo calendério. O préprio Maia- covski informa: Nascido a7 de julho de 1894 ou 1893. A opiniéio de minha mae nao coincide com os documentos de meu pai. Antes, com certeza, nao nasci. Era filho do guarda florestal Vladimir Maiacovski e sua mulher Alexandra Alexdndrovna, tendo duas irmas 0 mais velhas que ele, Ludmila e Olga. A infancia de Maiacovski se passa naquela regio do C4u- caso, em contato libérrimo com a natureza, impregnando-se da grandiosa paisagem de montanhas, florestas e rios, Morava numa casa de madeira, cuja situagio descreveu mais tarde numa autobiografia de estilo telegrafico e humoristico: Em cima vivia a familia e em baixo havia uma pequena fdbrica de vinhos. Uma vez por ano traziam carros de uva. Eu comia, Eles bebiam. Tudo isso acontecia préximo @ fortaleza de Bagdadi. A fortaleza fica enquadrada em suas quatro muralhas. Nos dngulos, os canhées. Nas muralhas, as ameias; detrds da muratha, o fosso. Detrdés do fosso, os bos- ques. E também chacais. E por cima dos bosques, as mon- tanhas. Em versos assim fixaria essa quadra de sua vida: Quando garoto @ gente, preocupada, trabalhava @ eu escapava Para as margens do rio Rion e vagava sem fazer nada. Aborrecia-se minha mae: “Garoto danado!” Meu pai me ameacava com o cinturGo. Mas eu com trés rublos falsos jogava com os soldados sob os muros. Sem o peso da camisa sem o peso das botas torrava-me ao sol de Kutais até sentir pontadas no coragiio. Aprendeu a ler quase sozinho: Eu aprendi o alfabeto nos letreiros folheando pdginas de estanho e ferro. Suas primeiras leituras sio 0 D. Quixote, livros de Jilio Verne e os cl4ssicos da poesia russa, principalmente o Eugénio Onéguin de Pichkin, que o pai Ihe ensina para que recite nos dias em que hé visitas, Ingressa na escola secundéria da cidade de Kutafs e j& a esse tempo manifesta-se muito bem dotado para as artes plasticas, desenhando com facilidade, a ponto de entusiasmar um professor local que lhe dé aulas gratuitas. Mas o imperialismo czarista empenhara-se na guerra con- tra o Japao e, no ano de 1905, em seus tenros onze anos, Maiacovski, favorecido pela estatura precocemente desenvolvida, ia travar os primeiros contatos com a revoluciio, em seu “ensaio geral”, Dé-se a célebre greve dos operirios de Baku. Todo o C4ucaso se agita. O odiado general Alikanov, repzesentante © executor da politica opressora do trono, é justicade pelo povo Para mim — conta Maiacovski —. a revolugdo (de 1905) comecou assim: meu companheiro era cozinheiro de um padre. Chamava-se Isidoro. Ao ter noticia da morte do general Ali- kanov, Isidoro, de alegria, subiu descalgo sobre o teto do forno. Fervilhavam os cfrculos de estudos marxistas e Maiacovski logo aderiu a um deles. Comegou, desde entHo, a considerar-se social-democrata. . Apanhei — diz ele — os trabucos de meu pai e os levei ao comité do Partido. Lé muito. Sua irma Olga, vinda de Moscou, traz e Ihe dé para ler boletins revolucionérios, ilegais. 6 Em segredo me deu uns papéis grandes. Agradaram-me. Muito arriscado, Acendia-se-Ihe a imaginagiio de heroismo juvenil, Em sua casa se discutiam os acontecimentos, lia-se em voz alta a Cangao do Albatroz, poema de Gorki, Referindo-se a esse periodo, diria: Nao sei como se juntaram em minha cabeca os versos € a revolucao. A derrota da revolucZo de 1905 € seguida de uma onda de terror policial. O menino Maiacovski, participe de muitos comicios, é atingido pela violéncia. Durante o pdnico, quando dissolviam uma manifestacéo, atiraram-me ao chio e caiu-me na cabeca um tambor enorme. Assustei-me. Quando. explodiu, pensei que eu mesmo tivesse arrebentado, A morte inesperada do pai muda o destino da familia Maiacovski, obrigando-a a trasladar-se para Moscou. O tumulto que imediatamente se segue é assim resumido por Elsa Triolet: O pai esté morto. A familia se muda para Moscou. £ a miséria negra. 1906-1907, Maiacovski esté no liceu. Aos treze, quatorze anos se apaixona pela filosofia, por Hegel. Pela histéria natural. Mas, sobretudo, pelo marxismo. Em 1908, aos quinze anos, adere ao partido socialista russo {bolchevi- que). E preso, pela primeira vez, acusado de escrever procla- mages, depois solto. Um ano de trabalho militante. Preso uma segunda vez, como implicado na evasio das mulheres do cércere de Novinski, em Moscou. Condenagéo. Durante os onze meses de pristo {tem 15-16 anos), se pée a devorar lite- ratura. Lé os contempordneos e os cldssicos: Byron, Shakes- peare, Tolstdi. Da viagem de mudanga, restara, aos quatro componentes da familia, trés rublos. A mae sublocava quartos, Ludmila e Olga dedicavam-se ao artesanato da pintura de fcones e con- géneres, no que Maiacovski ajudava. Entre os sub-inquilinos, quase todos estudantes ligados ao movimento revolucionério, Maiacovski assiste ao primeiro_suicidio e a primeira condenagio amorte, Apesar do esforgo conjunto, os meios de subsisténcia sio prec4rios e a familia passa fome. Milita sob o pseudénimo de Constantino e sua tarefa 6 a de propaganda entre padeiros, sapateiros ¢ tipégrafos. A 29 7 de marco de 1908, foi descoberta a tipografia ilegal de seu bairro e o poeta, que para 14 se dirigia, foi preso, tendo em seu poder uma caderneta com enderecos. “Comi a caderneta com capa e tudo” — relataria depois. Por tratar-se de um menor, a detenco dura pouco, mas repete-se no ano seguinte. Até que, na terceira vez, transitando de cdrcere em c4rcere, 0 jovem Constantino vai conhecer a famosa prisio de Butirki, apelidada pelo povo de “empresa de pompas finebres”, ocupan- do a cela n.° 103. Por isso escreveu: Eu, no entanto, aprendi a amar no cdrcere me enamorei da janelinha da cela 103 da “oficina de pompas finebres” Si por um raiozinho de sol amarelo dancando em minha parede teria dado todo um mundo. Saido da prisio num dia de inverno de 1910, paira ainda, sobre aquele jovem de 16 anos, uma condenagiio de trés anos de degredo, que sé nao é cumprida gracas a influéncia de amigos e companheiros. Entretanto, Maiacovski nao conhece- tia majs descanso. Quer completar os estudos, quer preparar-se para a grande tarefa poética a que se sente chamado. Mas, ou porque nao tivesse encontrado ainda a expresso para seus sonhos ou por- que outra escola nfo o aceitasse em face de seus antecedentes politicos, matricula-se na Escola de Belas-Artes, dirigida pelo principe Lvov que, cedo, o aconselharia a deixar “a critica e a agitagaio”. O caderno de poemas escrito entre as grades fora apreendido 4 safda do autor que, aliés, ndo deu maior impor- tancia a perda, Com o experimento, verificara a impossibilidade de expri- mir sua vida, suas emogées, seus ideais, usando a forma sim- bolista dos corifeus entao em voga: Bélmont, Britissov e Biéli. Estes nfo tinham ido além de uma reforma da linguagem, opondo-se a poesia oficial dos académicos e, naquele momento, por sua vez se oficializavam como decadentes; numa época conturbada, continuavam “a atirar alegremente ananases ao 8 céu”, De que poderia ver melhor do que eles, Maiacovski nao tinha dividas. Mas sentia faltarem-Ihe conhecimentos, expe- riéncia, que pensava adquirir numa universidade. Prosseguir na militancia estrita seria, aquela altura, passar forcosamente & clandestinidade completa, o que lhe obstaria os planos. ...Que posso opor as estéticas antiquadas que me ro- deiam? Por acaso a revolugdo nao exigiréd de mim que passe Por urna escola séria? Fui visitar um camarada, Medvédev, que era ent@o para mim um camarada do Partido. “Quero fazer uma arte socialista”. Meu amigo se pés a rir as gargalha- das: “Tens os olhos maiores que a barriga’. Interrompi o trabalho de militante e me pus a estudar. Fez-se aluno do pintor Iucovski e depois de Keling. Além de daminhas, pintava jarrinhos de prata. No fim de um ano percebi que me ocupava de labores domésticos, Fui para o estidio de Keling. E um realista. Bom desenhista. Melhor mestre. Firme. Varidvel. Exige maestria. Nao su- portava o bonito. Passei um ano fazendo cabecas. Continuava insatisfeito. N&o fora precisamente para fazer “cabegas” que interrompera a militancia. Sua grande ambigio era fazer arte socialista. E tal sera o problema que vai resolver ao longo de sua vida, num esforgo consciente ¢ continuo. Na Escola de Belas-Artes, Maiacovski conhece David Burliik, homem culto, mais velho que ele, rude de aspecto, feio mesmo, com sua cara quadrada de boxer, um olho cego e desafiadores lorgnons. Burliik seria o “mestre’, 0 desco- bridor de Maiacovski, aquele que, ao ouvir pela primeira vez um de seus poemas, nao refrearia o préprio entusiasmo, nao Ihe regatearia o qualificativo imediato de genial. Maiacovski nunca deixou de manifestar reconhecimento e ternura por esse amigo, “o espléndido Burlitk”. Ao escutar epiteto tao grandioso quaéo imerecido, alegrei- me tanto que me entreguei por completo a fazer versos. Aquela noite, inesperadamente, fiz-me poeta — recorda Maiacovski em sua pequena autobiografia. Mas o entusiasmo de Burlidk era sélido e, no dia seguinte, j4 apresentava o poeta a um grupo de amigos, dizendo: — E meu atigo, o genial poeta Maiacovski. Este o adverte, puxando-lhe a manga do paleté. Burlidk nao se dé por achado. Quando ficam sés, diz-lhe por fim Burlidk: — Agora escreva, sen@o me deixard numa situagéo muito ridicula. 9 Essa bela amizade, na qual Burliik aparece como o “des- cobridor de todo um continente”, muito contribuiria para o irrompimento, em 1912, do futurismo russo. Ao lado de Burliék e Maiacovski figuram no movimento futurista russo Khiébnikov, Kruchénik e Kaménski, sendo os quatro primeiros signatérios do manifesto “Bofetada no gosto ptiblico”, langada em dezembro de 1912, Khiébnikov é um poeta de “genialidade silenciosa”, en- curvado, timido, com “ar de grande p4ssaro doente”. Errante como um vagabundo, viaja sem cessar, levando como tnica ba- gagem um saco com meia diizia de livros e cadernos de notas, em que recolhe os resultados de suas experiéncias de renovador da linguagem poética e do léxico, sem se preocupar em deixar obra escrita e acabada. Kruchénik, temperamento sombrio, tem de comum com o grupo o anti-estetismo. Kaménski, “muito louro, olhos de um azul de capitéo de navio, boca movedica de mentiroso”, aviador de profissio, possuidor de grande experiéncia literdria, é poeta de “‘extraordinério talento”, que desperdiga no improviso ima- ginoso das conversas, e compGe versos de “aterrissagem inespe- rada e acrobacia formal”, Burliik, o anirtiador do grupo, atrai a ira dos mestres, Maiacovski bate a tecla socialista e o resultado imediato é a agitac¢ao na Escola de Belas-Artes, terminando com a expulsio dos alunos iconoclastas, em 1914. Mas nao sé Burliik. Elsa Triolet também descobriria Maiacovski, j4 futurista, em plena fase da blusa amarela e assim nos relata a sua descoberta: Eu estava na escola. Maiacovski, ainda nas Belas-Artes, rachava de fome e fazia parte dum grupo que se chamou mais tarde “futurista”. . Encontrei-o em casa de uns amigos. Parecera-me gigan- tesco, incompreensivel, insolente. Eu tinha quinze anos e tive muito medo. Foi pouco tempo depois que ele apareceu em minha casa, Tanto quanto me lembro, acabara de vender seu primeiro grande poema: A Revolta dos Objetos, do qual nao encontro rastro em parte alguma, talvez porque tenha mudado o titulo. O fato & que tinha algum dinheiro e imediatamente se havia “equipado”: fizera com que sua mae (pobre mulher!) lhe confeccionasse uma blusa amarelo-liméo que lhe caia no meio dos quadris e que usava sem cinto e com uma grande 10

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