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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Versão 1.2
Ministério da Saúde
Brasília – DF
Versão 1.2
Ministro da Saúde
Secretário Executivo
Alberto Beltrame
Produção
Núcleo de Comunicação/SVS
Organização
Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques – SVS/MS Mariana Pastorello Verotti – SVS/MS
Giovanini Evelim Coelho – SVS/MS Wanderson Kleber de Oliveira – SVS/MS
Giovanny Vinícius Araújo de França – SVS/MS Wanessa Tenório Gonçalves Holanda De Oliveira – SVS/MS
Lívia Carla Vinhal – SVS/MS
Especialistas colaboradores
Adolfo Wenjaw Liao - USP Demócrito Miranda Filho – UPE Marly Cordeiro - Fiocruz/Ageu Magalhães
Adriana Oliveira Melo – IPPJAN/PB Enrique Vasquez- OPAS/BR Mônica Coentro Moraes – IMIP/PE
Akemi Suzuki - IAL/SP Expedito Albuquerque Luna - USP Paulo Germano de Frias - IMIP
Amílcar Tanuri - UFRJ George Santiago Dimech – SES/PE Pedro Fernando Vasconcelos – IEC/PA
Ana Maria Bispo de Filippis – Fiocruz/RJ Hélio Hehl Caiaffa Filho- IAL/SP Rafael Dhália - Fiocruz/Ageu Magalhães
Ana Van Der Linden – IMIP/PE João Bosco Siqueira Júnior – UFG Rafael França - Fiocruz/Ageu Magalhães
Anastácio Queiroz – UFCE Joelma Queiroz Andrade - USP Raimunda Socorro da S. Azevedo – IEC/PA
Carlois de Albuquerque e Melo – OPAS/BR Kleber Giovanni Luz – UFRN Regina Coeli Ferreira Ramos - UPE
Carlos Alexandre Brito - UFPE Laura Rodrigues – London School Ricardo Arraes Ximenes - UFPE
Carolina Alves Pinto Basto – IMIP/PE Lavínia Schuler-Faccini - SBGM Rodrigo G. Stabeli – Fiocruz/RJ
Celina Maria Turchi Martelli - Fiocruz Luciana Albuquerque Bezerra – SES/PE Rodrigo Nogueira Angerami - Unicamp
Claudia Duarte dos Santos – Fiocruz/PR Marcelo Nascimento Burattini - USP Romildo Siqueira de Assunção – SES/PE
Consuelo Oliveira – IEC/PA Marco Aurélio Horta – Fiocruz/RJ Suely Guerreiro Rodrigues – IEC/PA
Danielle Di Cavalcanti Cruz – IMIP Maria Ângela Wanderley Rocha - UPE Thalia Velho Barreto de Araujo - UFPE
Daphne Rattner – UnB Maria da Glória Teixeira – ISC/UFBA Vanessa Van der Linden – IMIP/PE
Colaboradores
Alexander Vargas – SVS/MS Gabriela Andrade de Carvalho – SVS/MS Maria Luiza Lawinsky Lodi – SVS/MS
Alexandre Fonseca Santos – SVS/MS Greice Madeleine do Carmo – SVS/MS Marília Lavocat Nunes – SVS/MS
Amanda De Sousa Delacio – SVS/MS Isabela Ornelas Pereira – SVS/MS Marly Maria Lopes Veiga – SVS/MS
Andrea Fernandes Dias – SVS/MS Isis Polianna Silva Ferreira – SVS/MS Matheus de Paula Cerroni – SVS/MS
Carla Domingues – SVS/MS Jadher Percio – SVS/MS Patricia Miyuki Ohara – SVS/MS
Cid Santos – SVS/MS Jaqueline Martins – SVS/MS Paula Maria Raia Eliazar – SVS/MS
Dácio de Lyra Neto – SVS/MS João Roberto C. Sampaio – SVS/MS Priscila Bochi – SVS/MS
Daniel Coradi de Freitas - ANVISA José Manoel de Souza Marques – SAS/MS Priscila Leal Leite – SVS/MS
Diana Oliveira – SAS/MS Juliana Souza da Silva – SVS/MS Rayana Castro da Paz – SVS/MS
Eduardo Hage Carmo - Anvisa Lucia Berto – SVS/MS Robson Bruniera de Oliveira – SVS/MS
Eduardo Saad – SVS/MS Marcelo Yoshito Wada – SVS/MS Suely Nilsa Sousa Esashika– SVS/MS
Elisete Duarte – SVS/MS Márcia Dieckmann Turcato – SVS/MS Synara Cordeiro – SVS/MS
Elizabeth David Santos – SVS/MS Marcus Quito – SVS/MS Tatiana F Portal – SVS/MS
Fabiana Malapina – SVS/MS Maria de Fatima Marinho – SVS/MS
Flávia Caselli Pacheco – SVS/MS Maria Inêz por Deus Gadelha – SAS/MS
Agradecimentos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Congênitas – Eclamc
Estaduais e Municipais (CIEVS - SES e SMS) Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz Instituto Evandro Chagas – IEC/SVS-PA
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do
Conasems Adolescente Fernandes Figueira – IFF/Fiocruz
Conselho Nacional de Secretários de Saúde - Conass Secretaria de Atenção à Saúde – SAS/MS
Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública – Secretaria Executiva – SE/MS
CGLAB/SVS-MS Secretarias Estaduais de Saúde - SES
Coordenação Geral de Vigilância e Resposta às Emergências Secretarias Municipais de Saúde - SMS
em Saúde Pública – CGVR/SVS-MS Sociedade Brasileira de Genética Médica – SBGM
Coordenação Geral do Programa de Controle de Dengue,
Chikungunya e Zika vírus – CGPNCD/SVS-MS
Editora responsável
MINISTÉRIO DA SAÚDE SIA, Trecho 4, lotes 540/610
Secretaria-Executiva CEP: 71.200-040 – Brasília/DF
Subsecretaria de Assuntos Administrativos Tels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794
Coordenação-Geral de Documentação e Informação Site: <http://editora.saude.gov.br>
Coordenação de Gestão Editorial E-mail: <editora.ms@saude.gov.br>
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
55p. : il.
Modo de acesso: www.saude.gov.br/svs
ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x
1. Vírus Zika. 2. Plano. 3. Vigilância. I. Título.
CDU 616-002.5
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2014/0138
Tratamento ___________________________________________________________________________________ 21
Microcefalia ___________________________________________________________________________________________ 21
Infecção pelo vírus Zika __________________________________________________________________________________ 21
Deve ser ressaltado que as informações e recomendações aqui presentes e agora divulgadas foram
fundamentadas e estabelecidas a partir das discussões conduzidas entre áreas técnicas do Ministério da
Saúde do Brasil e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia e
laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de Estados e Municípios afetados.
O Sistema Único de Saúde (SUS) concluiu a primeira etapa para elucidação desse evento, com
investigações realizadas desde outubro, quando o Ministério da Saúde recebeu as primeiras notificações da
Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, até 28 de novembro de 2015, quando o Ministério da
Saúde reconheceu a relação entre a presença do vírus e a ocorrência de microcefalias e óbitos.
Esse reconhecimento é inédito na literatura nacional e internacional e só foi possível pelo empenho
de médicos, pesquisadores e instituições de todo o Brasil que se uniram em prol de um objetivo comum
que é a elucidação da causa da ocorrência dessas microcefalias.
Até o momento, foram consolidadas algumas importantes evidências que sustentam a decisão do
Ministério da Saúde no reconhecimento desta relação, como:
Sabe-se que as malformações congênitas, dentre elas a microcefalia, têm etiologia complexa e
multifatorial, podendo ocorrer em decorrência de processos infecciosos durante a gestação. As evidências
disponíveis até o momento indicam fortemente que o vírus Zika está relacionado à ocorrência de
microcefalias. No entanto, não há como afirmar que a presença do vírus Zika durante a gestação leva,
inevitavelmente, ao desenvolvimento de microcefalia no feto. A exemplo de outras infecções congênitas, o
desenvolvimento dessas anomalias depende de diferentes fatores, que podem estar relacionados a carga
viral, fatores do hospedeiro, momento da infecção ou presença de outros fatores e condições
desconhecidos até o momento. Por isso, é fundamental continuar os estudos para descrever melhor a
história natural dessa doença.
Diante dessas evidências, esta é a principal hipótese e todos os esforços estão sendo feitos para
esclarecer essa situação, com mais fatos científicos que sustentem essa associação entre a infecção pelo
vírus Zika e a ocorrência de microcefalia pós infecciosa. Para isso, o Ministério da Saúde e as Secretarias de
Saúde dos Estados e Municípios contam com o apoio das instituições e especialistas nacionais, além da
participação direta da Rede Mundial de Alerta e Resposta aos Surtos da Organização Mundial da Saúde
(OMS), denominada GOARN (Global Outbreak Alert and Response Network). Esta rede coordenada pela
OMS é composta por especialistas de vários países e instituições, como o Centro de Prevenção e Controle
de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC/EUA).
Tendo em vista as várias lacunas ainda existentes no conhecimento acerca da infecção pelo vírus
Zika, sua patogenicidade, as características clínicas e potenciais complicações decorrentes da infecção
causada por esse agente, deve ser ressaltado que as informações e recomendações agora divulgadas são
passíveis de revisão e mudanças frente às eventuais incorporações de novos conhecimentos e outras
evidências, bem como da necessidade de adequações das ações de vigilância em cenários epidemiológicos
futuros. Para isso, solicitamos o apoio e empenho de todos os profissionais e instituições de saúde para que
notifiquem toda situação que se enquadrar nas definições de casos vigentes, assim como algum fato não
descrito que julgue relevante a ser considerado pela saúde pública.
Ministério da Saúde
As microcefalias, como as demais anomalias congênitas, são definidas como alterações de estrutura
ou função do corpo que estão presentes ao nascimento e são de origem pré-natal (1). Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) e literatura científica internacional, a microcefalia é uma anomalia
em que o Perímetro Cefálico (PC) é menor que dois (2) ou mais desvios-padrão (DP) do que a referência
para o sexo, a idade ou tempo de gestação (1–7). A medida do PC é um dado clínico fundamental no
atendimento pediátrico, pois pode constituir-se na base do diagnóstico de um grande número de doenças
neurológicas e para isso os médicos e outros profissionais de saúde devem estar familiarizados com as
doenças mais frequentes que produzem a microcefalia e devem conhecer os padrões de normalidade para
o crescimento do crânio (3).
Em 28 de novembro de 2015, com base nos resultados preliminares das investigações clínicas,
epidemiológicas e laboratoriais, além identificação do vírus em líquido amniótico de duas gestantes da
Paraíba com histórico de doença exantemática durante a gestação e fetos com microcefalia, identificação
de vírus Zika em tecido de recém-nascido com microcefalia que evoluiu para óbito no estado do Ceará, o
Ministério da Saúde reconheceu a relação entre o aumento na prevalência de microcefalias no Brasil com a
infecção pelo vírus Zika durante a gestação (8,10). No dia seguinte, 29 de outubro, mudou a classificação
O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após
detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda
(11,12).
Embora a primeira evidência de infecção humana pelo vírus Zika tenha ocorrido em 1952, a
comunidade internacional somente passou a reconhecer o potencial epidêmico do vírus Zika a partir de
2005 e principalmente após o surto de 2007 na Oceania – Figura 1 (11,17,18).
Figura 1. Distribuição dos vírus Zika e Chikungunya antes de 2005 e sua expansão no mundo e na Oceania,
entre 2005 e 2015.
Figura 4 – Unidades da Federação com confirmação laboratorial de Zika vírus. Brasil, 2015.
Fonte: Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue (CGPNCD/DEVIT/SVS). Dados atualizados em 21/11/2015.
É impossível conhecer o número real de infecções pelo vírus Zika, pois é uma doença em que cerca
de 80% dos casos infectados não irão manifestar sinais ou sintomas da doença e grande parte dos doentes
não irá procurar serviços de saúde, dificultando ainda mais o conhecimento da magnitude dessa doença.
Além disso, até o momento não há teste sorológico (IgM e IgG) em qualidade e quantidade disponível,
restringindo-se apenas na identificação do vírus por isolamento ou PCR (Reação de cadeia de polimerase)
no quadro agudo da doença.
Tabela 1 – Projeção de infecções pelo vírus Zika em estados com confirmação laboratorial para 2015.
Etiologia
Microcefalia
A medição do perímetro cefálico é feita com fita métrica não-extensível, na altura das arcadas
supraorbitárias, anteriormente, e da maior proeminência do osso occipital, posteriormente. Os valores
obtidos devem ser registrados em gráficos de crescimento craniano, o que permite a construção da curva
de cada criança e a comparação com os valores de referência. Mudanças súbitas no padrão de crescimento
e valores anormalmente pequenos para a idade e o peso (menor que dois desvios-padrão) devem ser
investigados. A medida do PC é importante nos primeiros dois anos de vida, refletindo, até certo ponto, o
crescimento cerebral (2).
CONGÊNITA PÓS-PARTO
Genética Genética
A microcefalia relacionada ao vírus Zika é uma doença nova que está sendo descrita pela primeira vez na
história e com base no surto que está ocorrendo no Brasil (20). No entanto, caracteriza-se pela ocorrência
de microcefalia com ou sem outras alterações no Sistema Nervoso Central (SNC) em crianças cuja mãe
tenha histórico de infecção pelo vírus Zika na gestação.
Apesar de o período embrionário ser considerado o de maior risco para múltiplas complicações
decorrentes de processo infeccioso, sabe-se que o sistema nervoso central permanece suscetível a
complicações durante toda a gestação (Figura 1). Assim, o perfil de gravidade das complicações da infecção
pelo vírus Zika na gestação dependerá de um conjunto de fatores, tais como: estágio de desenvolvimento
do concepto, relação dose-resposta, genótipo materno-fetal e mecanismo patogênico específico de cada
agente etiológico.
O vírus Zika é um arbovírus do gênero Flavivírus, família Flaviviridae, cuja possível associação com a
ocorrência de microcefalia não havia sido identificada anteriormente. Até o momento, são conhecidas e
descritas duas linhagens do vírus Zika, uma africana e outra asiática (11,12). Esta última é a linhagem
identificada no Brasil e estudos publicados em 25 de novembro de 2015 indicam adaptação genética da
linhagem asiática (21).
A microcefalia não é uma doença transmissível. Sua ocorrência está relacionada a exposição a fatores
biológicos, químicos, físicos e genéticos (1,3,6).
O modo mais importante de transmissão do vírus Zika é por meio da picada do mosquito Aedes
aegypti, mesmo transmissor da dengue e chikungunya e o principal vetor urbano das três doenças (12,17).
O Aedes albopictus também apresenta potencial de transmissão do vírus Zika e, devido a ampla
distribuição, o combate ao vetor se configura a principal arma com a disseminação dessas doenças (12). Em
relação às demais vias de transmissão, a identificação do vírus em líquido amniótico é que tem a maior
importância devido ao risco de dano ao embrião.
A identificação do vírus na urina, leite materno, saliva e sêmen pode ter efeito prático apenas no
diagnóstico da doença. Por isso, não significa que essas vias sejam importantes para a transmissão do vírus
para outra pessoa. Estudos realizados na Polinésia Francesa não identificaram a replicação do vírus em
amostras do leite, indicando a presença de fragmentos do vírus que não seriam capazes de produzir
doença. No caso de identificação no sêmen, ocorreu apenas um caso descrito nos Estados Unidos da
América e a doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível, e também não há descrição
de transmissão por saliva (10,22–24).
Suscetibilidade
Microcefalia
Considerando que o vírus Zika possa ter sido introduzido no Brasil a partir da segunda metade de
2014 e ocasionando uma nova doença por não ter circulado anteriormente no país, considera-se que a
maior parte da população brasileira seja suscetível à infecção e não possua imunidade natural contra o
vírus Zika. Além disso, ainda não há vacina para prevenir contra infecção pelo vírus Zika. Até o momento,
não há evidência de que a imunidade conferida pela infecção natural do vírus Zika seja permanente. Afeta
todos os grupos etários e ambos os sexos.
A infecção pelo vírus Zika, à luz do conhecimento atual, é uma doença febril aguda, autolimitada na
maioria dos casos e que, via de regra, não vinha sendo associada a complicações e que leva a uma baixa
taxa de hospitalização (17,25).
De modo geral, estima-se que apenas 20%, cerca 2 em cada 10, das pessoas infectadas com o vírus
Zika ficarão doentes, sendo a infecção assintomática mais frequente (17,25).
Desde que começou a circular no Brasil os especialistas observaram que o padrão da doença é
caracterizado por febre baixa (menor do que 38,5 oC) ou sem febre, durando cerca de 1 a 2 dias,
acompanhada de exantemas no primeiro ou segundo dia, dor muscular leve, dor nas articulações de
intensidade leve a moderada, frequente observação de edema nas articulações de intensidade leve,
prurido e conjuntivite não purulenta em grande parte dos casos – Tabela 3 (15).
Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem excepcionalmente evoluir para
óbito, como identificado no mês de novembro de 2015 pela primeira vez na história (10). Essas descrições
estão em fase de caracterização e publicação pelas Universidades Federais do Rio Grande do Norte e de
Pernambuco.
Os sinais e sintomas ocasionados pelo vírus Zika, em comparação aos de outras doenças
exantemáticas (dengue, chikungunya e sarampo), incluem um quadro exantemático mais acentuado e
hiperemia conjuntival, sem alteração significativa na contagem de leucócitos e plaquetas. Em geral, o
desaparecimento dos sintomas ocorre entre 3 e 7 dias após seu início. No entanto, em alguns pacientes, a
artralgia pode persistir por cerca de um mês (12).
Além da microcefalia, a infecção pelo vírus Zika também está relacionada a síndrome neurológica,
como a síndrome de Guillain-barré (9,12,15,17,20,26).
Na Micronésia, a incidência histórica média de SGB era de 5 casos por ano. Durante um surto do vírus
Zika naquela região, foram diagnosticados 40 casos de SGB, ou seja, um número 20 vezes maior do que o
normalmente observado. Situação semelhante foi observada na Polinésia (12,26).
No Brasil, a ocorrência de síndrome neurológica relacionada ao vírus Zika foi confirmada em julho de
2015, após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em
amostra de seis (6) paciente com histórico de infecção de doença exantemática. Destes, 5 (cinco) foram
identificados em soro e 1 (um) em líquido cefalorraquidiano (LCR), sendo que 4 (quatro) tiveram
diagnóstico de síndrome de Guillain-Barré e 2 (dois) de encefalomielite aguda disseminada (ADEM).
Tabela 3. Frequência de sinais e sintomas mais comuns de infecção pelo vírus Zika em comparação com a
infecção pelos vírus da dengue e chikungunya, segundo observações da Universidade Federal de
Pernambuco, até dezembro de 2015.
Cefaleia (Frequência e
+++ ++ ++
intensidade)
Hipertrofia ganglionar
Leve Intensa Moderada
(frequência)
Discrasia hemorrágica
Moderada ausente Leve
(frequência)
Acometimento Mais frequente que Raro (predominante
Raro
Neurológico Dengue e Chikungunya em Neonatos)
Fonte: Carlos Brito – Professor da Universidade Federal de Pernambuco (atualização em dezembro/2015)
Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no
desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da
Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes entre elas respiratórias, neurológicas
e motoras o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem
comprometidas.
Com aumento de casos no ano de 2015, o Ministério da Saúde elaborou o Mais detalhes podem ser
obtidos no “Protocolo de atenção e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo
vírus zika”, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, um protocolo de atendimento
voltado a essas crianças. Este protocolo vai servir como base de orientação aos gestores locais para que
possam identificar e estabelecer os serviços de saúde de referência no tratamento dos pacientes, além de
determinar o fluxo desse atendimento.
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. O tratamento recomendado para os
casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre
e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.
Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade
conhecida.
Vigilância epidemiológica
Objetivos
Monitorar a situação epidemiológica das complicações, envolvendo gestantes e recém-nascidos,
potencialmente associadas à infecção pelo vírus Zika no país.
Detectar oportunamente a ocorrência de casos graves e óbitos potencialmente relacionados à infecção
pelo vírus Zika.
Identificar grupos e fatores/condições de risco para complicações pela infecção pelo vírus Zika.
Orientar a utilização das medidas de prevenção e controle disponíveis.
Elaborar e divulgar informações epidemiológicas.
A partir da publicação desse protocolo, as vigilâncias dos estados e municípios deverão realizar a
detecção de casos de
Essa modificação foi solicitada na tentativa de adequar o protocolo para avaliação de recém-nascidos
com microcefalia aos parâmetros da literatura internacional que define microcefalia como -2 desvios-
padrão e microcefalia grave como -3 desvios-padrão (3,5–7).
O ideal seria que sempre fosse usado o gráfico de perímetro cefálico de acordo com a idade
gestacional e sexo do paciente, mas sabemos que isso não acontece na prática dos berçários, então para
recém-nascidos a termo foi solicitado fixar o ponto de corte em 32 cm, o que é percentil 2.6 para meninos e
5.6 para meninas, tanto no gráfico de PC adotado pela OMS quanto pelo CDC, ou seja, um ponto de corte
mais adequado (aproximando a definição internacional de microcefalia).
No caso de usar 33 cm, isso é percentil 12,5 para recém-nascidos meninos e percentil 23 para
meninas, o que é completamente normal para um RN a termo, ou seja, muitas crianças serão triadas
desnecessariamente (e isso inclui a exposição de criança normal a radiação de uma tomografia
computadorizada), além de angústia desnecessária aos pais, devido a um ponto de corte adotado no início
das investigações.
É claro que a medida do PC deve ser acompanhada mensalmente após o nascimento e qualquer
desaceleração do PC que coloque a medida da criança com PC abaixo de -2 desvios-padrão também deve
levantar a suspeita e notificação do caso como deve ocorrer com qualquer lactente que mantém
puericultura.
Todos casos suspeitos notificados até a publicação desse documento que tiverem Perímetro Cefálico
entre 32.1 cm e 33 cm, conforme definição anterior, devem ser investigados e classificados.
Serão excluídos para finalidade de vigilância, todos os casos que, após revisão da aferição das
medidas, dos exames ou do critério de enquadramento, não estejam contemplados nas
definições estabelecidas para relação com infecção pelo vírus Zika.
GESTAÇÃO
Caso suspeito
Aborto espontâneo de gestante com relato de exantema durante a gestação, sem outras causas
identificadas.
Caso confirmado
Aborto espontâneo de gestante com relato de exantema durante a gestação, sem outras causas
identificadas, com identificação do vírus Zika em tecido fetal ou na mãe.
Caso de diagnóstico descartado para vigilância
Caso registrado de aborto espontâneo de gestante com relato de exantema durante a gestação,
com outras causas identificadas, sendo excluída a infecção por vírus Zika na mãe e no tecido fetal.
4) NATIMORTO DECORRENTE DE POSSÍVEL INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA DURANTE A GESTAÇÃO
Caso suspeito
Natimorto de qualquer idade gestacional, de gestantes com relato de doença exantemática durante
a gestação.
Caso confirmado
Natimorto de qualquer idade gestacional, apresentando microcefalia ou outras alterações do SNC,
de gestantes com relato de doença exantemática durante a gestação, com identificação do vírus
Zika na mãe ou no tecido fetal.
Caso de diagnóstico descartado para vigilância
Caso registrado de natimorto de qualquer idade gestacional, de gestante com relato de doença
exantemática durante a gestação, com identificação de outras possíveis causas infecciosas e não
infecciosas na mãe ou no tecido fetal, sendo excluída a infecção por vírus Zika na mãe e no tecido
fetal.
5) RECÉM-NASCIDO VIVO (RNV) COM MICROCEFALIA POSSIVELMENTE ASSOCIADA A INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA,
DURANTE A GESTAÇÃO
Caso suspeito
Recém-nascido vivo com menos de 37 semanas de idade gestacional, apresentando medida do
perímetro cefálico abaixo do percentil 3, segundo a curva de Fenton, para o sexo.
Recém-nascido vivo com 37 semanas ou mais de idade gestacional, apresentando medida do
perímetro cefálico menor ou igual a 32 cm, segundo as referências da OMS, para o sexo.
Caso confirmado
Recém-nascido vivo de qualquer idade gestacional, classificado como caso suspeito de microcefalia
possivelmente associada com infecção pelo vírus Zika, em que tenha sido identificado o vírus Zika
em amostras do RNV ou da mãe (durante a gestação). OU
Recém-nascido vivo de qualquer idade gestacional, classificado como caso suspeito de microcefalia
possivelmente associada com infecção pelo vírus Zika, com microcefalia diagnosticada por qualquer
método de imagem, excluídas outras possíveis causas conhecidas.
Caso de diagnóstico descartado para vigilância
Caso registrado de recém-nascido vivo de qualquer idade gestacional, classificado como caso
suspeito de microcefalia possivelmente associada com infecção pelo vírus Zika, com confirmação
de causa específica, infecciosa ou não, que não seja a infecção pelo vírus Zika no recém-
nascido e na mãe.
Considerando que o surto de microcefalia relacionada ao vírus Zika é um evento, até então,
incomum/inesperado, que se trata de uma Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional, dado o
seu potencial impacto em âmbito nacional, recomenda-se que todas as ações devem ser desencadeadas e
conduzidas em caráter de urgência e que o SINASC apresenta um tempo de atualização dos nascimentos de
até 90 dias, faz-se necessário que os casos suspeitos de microcefalia potencialmente relacionada à infecção
pelo vírus Zika sejam notificados imediatamente às autoridades de saúde e registrados em um instrumento
de registro específico e ágil, elaborado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de possibilitar a análise,
consolidação e caracterização do evento.
Este formulário é composto por uma série de perguntas relacionadas à gestante ou puérpera, recém-
nascido ou lactente, e contém informações sobre a gestação e parto, dados clínicos, epidemiológicos e local
de ocorrência do parto. Para facilitar o preenchimento, algumas orientações estão inseridas no formulário.
Além disso, informações detalhadas encontram-se no Instrucional de Preenchimento do Formulário (Anexo
I). Esse formulário foi baseado na ficha de registro de casos suspeitos de microcefalia do estado de
Pernambuco e adaptado pela equipe do Ministério da Saúde. Neste momento, não há orientação de
digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
Não retenham arquivos de transferência (AT) do Sinasc gerados por municípios nas SES.
Lancem no Sisnet todos os AT que tenham recebido dos municípios e os que venham a receber.
Sabemos que muitas SES trabalham com cronograma de envio para o nível Federal, mas neste
momento, pedimos que priorizem a agilidade.
Intensifiquem o trabalho de aprimoramento do preenchimento das variáveis sobre anomalia
congênita presentes na DN (campo 6 e 41), orientando os profissionais dos serviços a
comunicarem todas as anomalias observadas em cada recém-nascido que apresente múltiplas
anomalias, e aos digitadores, que digitem no Sinasc todas as anomalias informadas na DN, sem
priorização e sem tentar substituir múltiplas anomalias em diagnósticos sindrômicos.
Assinalar com um “X” a quadrícula correspondente. Caso exista alguma anomalia congênita
detectável no momento do nascimento, informar sua presença neste campo e fazer uma descrição
completa no campo 41 do Bloco VI (Anomalia congênita).
Este bloco, com apenas um campo e de natureza descritiva, será preenchido quando o campo 6 do
Bloco I tiver assinalada a opção “1. Sim”. Nele serão informadas as anomalias congênitas verificadas pelo
responsável pelo parto.
Compete ao médico diagnosticar as anomalias congênitas. Deve ser estimulado o registro de todas as
anomalias observadas, sem hierarquia ou tentativa de agrupá-las em síndromes.
Importante
A notificação do caso suspeito de microcefalia
no RESP não exclui a necessidade de se notificar
o mesmo caso no Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos (SINASC).
No âmbito da vigilância das microcefalias, a palavra “incidência” não é adequada para descrever a
ocorrência de anomalias congênitas, pois o termo se refere a todos os novos casos de anomalias
congênitas. No entanto, os abortos espontâneos não podem ser contados com acurácia. Deste modo,
segundo a OMS, o termo adequado para media da ocorrência é “prevalência de nascidos vivos”,
“prevalência de nascimentos” ou “prevalência total” (1).
No Brasil, as microcefalias são monitoradas por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos
Vivos (SINASC), com o código Q.02. Análises recentes demostram que houve um grande aumento na
prevalência de microcefalia ao nascer em 2015, especialmente nos meses de outubro e novembro. Além
disso, foram consolidadas importantes evidências que corroboram para o reconhecimento da relação entre
a presença do vírus Zika e a ocorrência de microcefalias no país (19).
O acesso aos registros dos casos notificados no RESP-Microcefalia somente poderá ser realizado por
usuários cadastrados. O usuário deverá acessar o endereço eletrônico http://dw.saude.gov.br e inserir seus
dados de login e senha. Após essa etapa, deverá seguir os passos que estão descritos no Anexo.
Cada usuário será responsável pela realização das suas análises. Para melhorar a acurácia da
informação, é importante, previamente à análise dos dados, que seja avaliada a qualidade dos dados
inseridos e que se procedam devidas correções, como por exemplo, exclusão de duplicidades, identificação
e correção de variáveis incompletas.
Embora o Ministério da Saúde tenha acesso a todos os registros de casos do país, o RESP ainda não
contém todos os registros nacionais de casos suspeitos. Por esse motivo, somente serão considerados
aqueles dados informados oficialmente pelas SES. Por esse motivo, solicita-se que seja enviado diariamente
um resumo dos dados para o e-mail notifica@saude.gov.br, até às 16 horas (horário de Brasília). Até o
momento, os dados solicitados referem-se ao número acumulado de casos suspeitos de microcefalia por
UF e município. No entanto, dados adicionais poderão ser solicitados a qualquer momento. Estes dados
serão utilizados para, dentre outras finalidades, elaborar documentação para tomada de decisão.
Hemograma
Dosagem sérica de AST/TGO e ALT/TGP
Dosagem sérica de bilirrubinas direta/indireta
Dosagem de ureia e creatinina
Dosagem sérica de lactato desidrogenase e outros marcadores de atividade inflamatória (proteína
C reativa, ferritina)
Ecocardiograma
Avaliação oftalmológica com exame de fundo de olho
Exame de emissão otoacústica
Ultrassonografia de abdômen
Tomografia de crânio computadorizada sem contraste
Diagnóstico específico
O diagnóstico laboratorial específico de vírus Zika baseia-se principalmente na detecção de RNA viral
a partir de espécimes clínicos. O período virêmico ainda não está completamente estabelecido, mas
acredita-se que seja de curta duração. Desta forma, seria possível a detecção direta do vírus em um
período de 4 a 7 dias após do início dos sintomas. Entretanto, recomenda-se que o exame do material seja
realizado, idealmente, até o 5º dia do aparecimento dos sintomas (Figura 4).
Figura 4 – Oportunidade de detecção do Zika vírus segundo técnica laboratorial (isolamento, reação em
cadeia da polimerase via transcriptase reversa – RT-PCR – e sorologia – IgM/IgG)
Dentro da rede de laboratórios temos atualmente: 22 Laboratórios Centrais (AC, AL, AP, AM, BA, CE,
DF, ES, GO, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP, SE) equipados para a realização da técnica de
biologia molecular para qualquer agravo, sendo 17 Laboratórios Centrais (AC, AL, AP, AM, CE, DF, ES, GO,
MS, MG, PA, PR, PE, RJ, RN, RS e SP) capacitados na técnica de RT-PCR em tempo real para realização do
diagnóstico de Dengue, 16 Laboratórios Centrais (AC, AM, BA, CE, DF, ES, MT, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RJ, RR
e SP) capacitados na técnica de RT-PCR em tempo real para realização do diagnóstico de Chikungunya e 12
Laboratórios Centrais (AP, AM, DF, GO, PA, PR, PE, RN, BA, Al, SE SP) capacitados na técnica de RT-PCR em
tempo real para realização do diagnóstico de Zika vírus.
Nos dias 24 e 25 de novembro de 2015 ocorreu no Hotel San Marco, em Brasília, uma reunião com
especialistas em diagnóstico laboratorial de arbovírus, para definição e elaboração de um protocolo
laboratorial a ser adotado pelos laboratórios de referência que fazem parte da rede sentinela para Zika
vírus (Fiocruz/RJ, Fiocruz/PR, Fiocruz/PE, Instituto Evandro Chagas -IEC/PA e Instituto Adolfo Lutz - IAL/SP.
Vísceras Coletar 1cm3 Utilizar frasco estéril, com tampa de rosca, Acondicionar em caixa de
de cérebro, contendo formalina tamponada a 10%. Rotular transporte de amostra
fígado, o frasco com o nome do paciente, data da biológica (Categoria B
coração, coleta e tipo de amostra. UN/3373) SEM GELO.
pulmão, rim e
Conservar em temperatura ambiente. Conservar em temperatura
baço do
ambiente.
natimorto
1
Incluir na remessa a(s) ficha(s) com dados clínicos e epidemiológicos do(s) paciente(s).
Sorologia e RT-PCR em tempo real – gestante sem exantema com feto com
microcefalia
Instruções para Teste Sorológico de gestantes e recém-nascidos com suspeita de infecção pelo
vírus Zika
3 ml Sangue, Cordão
VOLUME 2-3 ml Soro 2-3 ml Soro e 10 ml Urina Umbilical e 1 ml Líquor
e Placenta
ABORTO OU NATIMORTO
Coletar 1cm3 de cérebro, fígado, coração, pulmão, rim e baço para
realização de RT-PCR e Imuno-histoquímico.
Avaliar e descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos de microcefalia, conforme definição de
caso adotada.
Específicos
Roteiro da investigação
É importante relembrar que as variáveis contidas no RESP e SINASC precisam ser complementadas.
Por isso, recomenda-se que seja realizada a investigação domiciliar/hospitalar com a gestante/puérpera,
para todos os casos suspeitos de microcefalia, utilizando-se um instrumento padronizado.
Como se trata de agravo inusitado, sem padrão epidemiológico plenamente conhecido e sem
descrição na literatura, recomenda-se que todos os casos suspeitos sejam investigados. Como algumas
Unidades Federadas podem vir a apresentar um grande número de casos, pode-se iniciar a investigação
priorizando os casos residentes na capital ou no município que concentre o maior número de casos.
Outro critério para priorizar os casos a serem investigados é selecionar as gestantes/puérperas que
apresentarem histórico de exantema durante a gestação. Para isso, pode-se usar os dados do RESP ou,
quando não houver essa informação, pode-se realizar contato telefônico para obter esse dado antes de
realizar a visita domiciliar/hospitalar.
Orienta-se a coleta dos dados a partir de registros de serviços de saúde, como por exemplo,
prontuários médicos, laudos em serviços de diagnóstico, caso a gestante/puérpera não tenha os dados
necessários para preenchimento do questionário de investigação.
Acesso à Internet
Estação de trabalho
Programas
Browser
Acesso à internet
Velocidade mínima recomendada para um computador — Banda larga entre 300 kbps a 600
kbps.
Velocidade mínima recomendada para mais de um computador conectado em rede — Banda
larga superior a 600 kbps.
Estação de trabalho
Programas
Os seguintes programas devem estar instalados na estação de trabalho para que seja possível
visualização dos relatórios e dos arquivos:
Adobe Reader
Microsoft Office Excel
Navegadores de internet
O Monitor RESP funciona sobre a plataforma de Inteligência de Negócios ou (BI – Business Inteligence) e foi
desenvolvido para ser utilizado no Internet Explorer, Firefox e Chrome, sendo necessárias as versões:
Portanto, é necessário:
É importante ressaltar que a aplicação integral (simultânea ou coordenada) das ações de controle
vetorial – controle de adultos e larvas, capacitação de pessoal, ações de limpeza urbana e atividades de
mobilização social e comunicação com a comunidade – é essencial para obter um impacto maior no menor
tempo possível.
Diante da suspeita ou confirmação de casos de infecção pelo vírus Zika, declarar “alerta de potencial
ocorrência de casos de microcefalias”.
Pessoas infectadas com os vírus Zika, Chikungunya ou Dengue são o reservatório de infecção para
outras pessoas, tanto em casa como na comunidade. Portanto, medidas de proteção pessoal para
minimizar a exposição dos pacientes aos mosquitos tornam-se imperativas para evitar a propagação do
vírus e, consequentemente, da doença.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável pelo repasse aos Estados dos
imunobiológicos que fazem parte dos calendários de vacinação. As vacinas ofertadas pelo PNI são seguras e
não há evidência na literatura nacional e internacional de que possam causar microcefalia. Estão à
disposição em todos os postos de vacinação, sendo aplicadas por equipes de profissionais periodicamente
capacitados em relação às atividades de imunização normatizadas por meio de manuais e notas técnicas
que estão disponíveis em cada sala de vacina do Estado e do País.
Independente de todas essas precauções, assim como os medicamentos, nenhuma vacina está livre
totalmente de provocar eventos adversos. Porém, os riscos de complicações graves causadas pelas vacinas
são muito menores do que os das doenças contra as quais elas protegem. Além disso, sabe-se que muitos
dos eventos adversos são meramente associações temporais, não se devendo ao uso das vacinas. A grande
frequência de quadros infecciosos e de natureza alérgica na população, bem como os quadros neurológicos
que eclodem inevitavelmente com ou sem vacinação, tornam comuns estas associações temporais,
especialmente em crianças.
A ocorrência de um evento adverso após imunização não prova que a vacina provocou os sinais ou
sintomas. As vacinas são aplicadas em lactentes e crianças durante um período de suas vidas em que certas
condições clínicas tornam-se manifestas com maior frequência (por exemplo, distúrbios neurológicos). Uma
vez que a associação de um evento adverso com o momento da administração de uma vacina específica
comumente ocorre ao acaso, a verdadeira associação causal requer que o evento ocorra numa taxa
significativamente maior em receptores da vacina do que em grupos não vacinados de idade e local de
residência semelhante. Acúmulo fora do habitual, em associação temporal, de um determinado evento
adverso com vacinação anterior, reforça a hipótese de associação causal.
Importante
Até o momento, não existe na literatura médica nacional e
internacional evidências sobre a associação do uso de vacinas
com a microcefalia.
A vacina contra a influenza pode ser seguramente e efetivamente administrada a partir de seis meses
de idade e durante qualquer trimestre da gestação. Nenhum estudo até o momento demonstrou um risco
aumentado de complicações maternas ou desfechos fetais adversos (mortes fetais, malformação, etc.)
associados a ela. Além disso, não existe evidência científica de que as vacinas inativadas de influenza sejam
uma causa de eventos adversos entre crianças nascidas de mulheres que receberam esta vacina durante a
gestação.
Em relação ao componente rubéola, está incluído nas vacinas dupla viral (sarampo e rubéola) e
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Estas vacinas são compostas por vírus vivos atenuados, sendo
contraindicadas na gestação, inclusive com a recomendação da pessoa não engravidar por um mês após a
vacinação.
Produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes, desde que estejam
devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.
Produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2
e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a 3 vezes por dia.
Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.
O Center for Disease Control e Prevention (CDC), também nos Estados Unidos, recomenda o uso de
produtos repelentes por gestantes, uma vez que a EPA não estabelece nenhuma restrição nesse sentido.
Entretanto, destaca que as recomendações de uso da rotulagem devem ser consideradas.
Uso de repelentes ambientais para controle do mosquito da dengue e orientações sobre sua
utilização por grávidas
Produtos saneantes repelentes e inseticidas podem ser utilizados em ambientes frequentados por
gestantes, desde que estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de
uso descritas no rótulo.
Um exemplo de restrição trazida no rótulo é: “Durante a aplicação não devem permanecer no local
pessoas ou animais domésticos".
Inseticidas:
Indicados para matar os mosquitos adultos e são encontrados principalmente em spray e aerossol.
Os inseticidas possuem substâncias ativas que matam os mosquitos e componentes complementares, tais
como solubilizantes e conservantes.
Repelentes:
Apenas afastam os mosquitos do ambiente, podendo ser encontrados na forma de espirais, líquidos
e pastilhas utilizadas em aparelhos elétricos, por exemplo. Os repelentes utilizados em aparelhos elétricos
ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas
asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser utilizados em qualquer ambiente da casa desde que
estejam no mínimo a 2 metros de distância das pessoas;
Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem
comprovação de eficácia nem a aprovação pela ANVISA até o momento. Os produtos que se encontram
atualmente regularizados na ANVISA com tais componentes possuem sempre outra substância como
A consulta de produtos saneantes regularizados na ANVISA pode ser feita nos endereços abaixo:
Registrados: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_saneante.asp
Notificados: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Notificado/Saneantes/NotificadoSaneante.asp
Fonte: Fenton, Tanis R and Kim, Jae H. A systematic review and meta-analysis to revise the Fenton growth chart for preterm infants. BMC
Pediatric. 2013; 13: 59. Published online 2013 April 20. doi: 10.1186/1471-2431-13-59. http://www.biomedcentral.com/content/pdf/1471-2431-13-
59.pdf
O Ministério adota o padrão da OMS, conforme Caderneta de Saúde da Criança, sendo considerado
padrão abaixo do esperado para a idade quando estiver abaixo de 2 (dois) desvios-padrão equivalente a 32
cm – em vermelho.
Para ter acesso ao Monitor RESP, o usuário deve realizar login previamente cadastrado junto ao
Datasus.
1. Para acessar a página, digite o endereço http://dw.saude.gov.br no navegador e tecle Enter. Surgirá a
tela:
a. Digite o usuário e a senha e, em seguida, clique em Login.
3. Após clicar sobre o ícone MICROCEFALIA aparecerá a tela Home, conforme figura 3. São apresentadas as
seguintes funcionalidades:
4. Para acessar a base de dados, o usuário deve clicar na opção Relatórios Compartilhados no ícone (figura
4) ou no menu lateral esquerdo (figura 5) para ter acesso à planilha de dados.
5. A tela seguinte apresenta os ícones Painel e Microcefalia. Para acesso aos dados, há duas opções: a
primeira é clicar no próprio ícone: Microcefalias (Figura 6).
Figura 12. Para abrir o Painel de Monitoramento para visualizar sem necessidade de download, clique em
Relatórios compartilhados
Figura 13. Para abrir o Painel de Monitoramento para visualizar sem necessidade de download, clique em
Relatórios compartilhados
Figura 15. A partir desse momento, você poderá clicar nas opções do menu superior e navegar entre as
visualizações padronizadas.
Dados do recém-nascido
Informações gerais
Data da ocorrência do parto: ___ / ___ / ______
Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino [ ] Indeterminado Idade gestacional: ________semanas ____ dias
Classificação quanto à idade gestacional: [ ] Pré-termo [ ] Termo [ ] Pós-termo
Gemelar: [ ] Sim [ ] Não. Se sim, especificar: [ ] 1º Gemelar [ ] 2º Gemelar [ ] 3º Gemelar
Tipo de parto: [ ] Normal (Vaginal) [ ] Fórceps [ ] Cesáreo
Ocorreu dano perinatal? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, qual: [ ] Anóxico [ ] Isquêmico [ ] hemorrágico [ ] traumático
[ ] outros, especificar: ________________________________________________________________________
Exames inespecíficos
Hemograma (considerar o primeiro): [ ] Sim [ ] Não - Data da realização: ___ /_ __ /__ ____
Hb Ht Leucócitos Bastonetes Segmentados Monócitos Linfócitos Plaquetas Glicose
(mg/dl) (%) (mm3) (%) (%) (%) (%) (mm3) (mg/dl)
Exames etiológicos
Atenção! Preencher os resultados conforme a legenda:
[1] Reagente/Positivo [2] Não reagente/Negativo [3] Inconclusivo [4] Não realizado
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Rubéola Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Citomegalovírus Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Herpes vírus Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Parvovírus Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Toxoplasmose Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta Resultado Titulação Treponêmico
Soro do RN 1:
Sífilis Líquor 1:
Urina 1:
Agente Amostra Data coleta Teste rápido Sorologia WB
HIV Soro do RN
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Zika vírus Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Chikungunya Líquor
Urina
Agente Amostra Data coleta IgM IgG PCR
Soro do RN
Dengue Líquor
Urina
Ressonância magnética craniana: [ ] Sim [ ] Não[ ] Aguardando – Se sim, data da realização: __ / __ / ____
Resultado: [ ] Normal [ ] calcificações [ ] lisencefalia [ ] atrofia cerebral [ ] ventriculomegalia [ ]suturas calcificadas
[ ] outras, especificar:___________________________________________________________________
Endereço atual
Estado: _____ Município: __________________________________________________________________________
Logradouro:____________________________________________________________________ Número:_________
Bairro: _________________________ Telefones: ______________________________________________________
Antecedentes
Há algum grau de parentesco com o seu companheiro? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, qual: ________________________
Você possui alguma malformação congênita? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, qual (is): _____________________________
Há alguém na sua família, ou na do seu companheiro, que nasceu com microcefalia? [ ] Sim [ ] Não
Você fazia uso de algum medicamento de uso contínuo? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, Especificar: __________________
Teve diagnóstico de alguma doença pré-existente? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, qual (is):
[ ] Diabetes [ ] Outras doenças metabolicas [ ] Hipertensão arterial sistêmica [ ] Cardiopatia crônica [ ] Doença
renal crônica [ ] Pneumopatias crônicas [ ] Hemoglobinopatia [ ] Câncer [ ] Doença auto-imune [ ] Doença
neuroléptica [ ]Outras, especificar___________________________________________________________________
Teve diagnóstico ou recebeu tratamento para alguma doença sexualmente transmissível? [ ] Sim [ ] Não
Se sim, qual (is): [ ] HIV [ ] Sífilis [ ] Gonorreia [ ] Clamídia [ ] Hepatites B e/ou C [ ] Herpes simples
[ ] Outras, especificar:_____________________________________________________________________________
Histórico obstétrico/ginecológico
Primeira gestação? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, pular para dados da gestação. Se não, continuar:
Quantas vezes você já engravidou (considerar abortos e natimortos)? ______
Quantos filhos nasceram vivos? ______
Quantos filhos nasceram mortos? ______
Já teve algum aborto? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, quantos: ___________
Algum destes nasceu com alguma malformação congênita? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, qual (is):
_______________________________________________________________________________________________
Qual é a data de nascimento do seu último filho? ___ /___ /__ _____
Durante a gestação
Teve contato com pesticidas? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, especificar: ________________________________________
Teve contato com agrotóxicos? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, especificar: _______________________________________
Teve contato com algum produto químico? [ ] Sim [ ] Não – Se sim, especificar: _____________________________
Realizou algum exame de raio-X? [ ] Sim [ ] Não – Se sim: [ ] 1º trimestre [ ] 2º trimestre [ ] 3º trimestre
Teve algum dos seguintes sinais e sintomas? Teve algum dos seguintes sinais e sintomas? Teve algum dos seguintes sinais e sintomas?
[ ] Febre - se sim, qual temperatura?________ [ ] Febre - se sim, qual temperatura?________ [ ] Febre - se sim, qual temperatura?________
[ ] Prurido [ ] Prurido [ ] Prurido
[ ] Tosse [ ] Tosse [ ] Tosse
[ ] Coriza [ ] Coriza [ ] Coriza
[ ] Cefaleia [ ] Cefaleia [ ] Cefaleia
[ ] Mialgia [ ] Mialgia [ ] Mialgia
[ ] Artralgia – se sim, quanto tempo?_______ [ ] Artralgia – se sim, quanto tempo?_______ [ ] Artralgia – se sim, quanto tempo?_______
[ ] Linfoadenopatia [ ] Linfoadenopatia [ ] Linfoadenopatia
[ ] Hiperemia conjuntival [ ] Hiperemia conjuntival [ ] Hiperemia conjuntival
[ ] Vômitos [ ] Vômitos [ ] Vômitos
[ ] Dor retroorbital [ ] Dor retroorbital [ ] Dor retroorbital
[ ] Outros, especificar:____________________ [ ] Outros, especificar:____________________ [ ] Outros, especificar:____________________
Se teve outros sintomas, Se teve outros sintomas, Se teve outros sintomas,
o rash surgiu: [ ] Primeiro [ ] Logo após [ ] Dias o rash surgiu: [ ] Primeiro [ ] Logo após [ ] Dias o rash surgiu: [ ] Primeiro [ ] Logo após [ ] Dias
após os outros sintomas após os outros sintomas após os outros sintomas
Teve atendimento médico? [ ] Sim [ ] Não Teve atendimento médico? [ ] Sim [ ] Não Teve atendimento médico? [ ] Sim [ ] Não
Se sim, qual hipótese diagnóstica? ___________ Se sim, qual hipótese diagnóstica? ___________ Se sim, qual hipótese diagnóstica? ___________
Tomou remédio? [ ] Sim [ ] Não Tomou remédio? [ ] Sim [ ] Não Tomou remédio? [ ] Sim [ ] Não
Se sim, qual? ____________________________ Se sim, qual? ____________________________ Se sim, qual? ____________________________
Álcool
Fez uso de bebida alcoólica durante a gestação?
[ ] Sim [ ] Não –Se não, pular para tabagismo. Se sim, continuar.
Com que frequência você utilizava bebidas alcoólicas por semana?
[ ] Uma [ ] duas [ ] três [ ] quatro [ ] cinco [ ] seis [ ] sete ou mais
Quantas doses ou drinks você costumava tomar nesses dias?
[ ] Uma [ ] duas [ ] três ou mais
Com que frequência tomava mais que três doses ou drinks na mesma ocasião?
[ ] Nunca [ ] mensalmente ou menos [ ] Mensalmente [ ] Semanalmente [ ] Diariamente [ ] Ignorada
Tabagismo
Em relação ao cigarro, você diria que:
[ ] Nunca fumei
[ ] Fumei no passado, mas na gestação não
[ ] Fumei de menos que 10 cigarros por dia
[ ] Fumei de 10 a 20 cigarros por dia
[ ] Fumei mais de 20 cigarros por dia
[ ] Não soube responder
Se fumante, há quantos anos fuma diariamente? ________
Se ex-fumante, parou de fumar há quanto tempo? _______ [ ] dias [ ] semanas [ ] meses [ ] anos
Drogas ilícitas
Agora nos vamos falar sobre o uso de substâncias estimulantes ou calmantes. Alguma vez você usou:
Maconha - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos [ ] mais
ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Cocaína cheirada - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos
[ ] mais ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Qualquer droga injetável - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo
menos [ ] mais ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Crack ou merla - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos [ ]
mais ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Lança-perfume, loló, cola, éter, solventes, esmalte, tinta, clorofórmio - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano
antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos [ ] mais ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
LSD - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos [ ] mais ou
menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Ecstasy - [ ] Nunca [ ] Nenhuma vez no último ano antes de ficar grávida [ ] uma vez por mês pelo menos [ ] mais
ou menos uma vez por semana [ ] todos os dias
Histórico vacinal
Imunobiológico Tomou vacina? Nº Doses Data 1º Dose Data2º Dose Data 3º Dose
Influenza [ ] Sim [ ] Não
dT [ ] Sim [ ] Não
DTPa
Hepatite B [ ] Sim [ ] Não
Tríplice viral [ ] Sim [ ] Não
Exames de ultrassonografia
Data Idade Perímetro
Microcefalia Calcificações Ventriculomegalia Outros achados
realização gestacional cefálico (cm)
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
/ / Semanas [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim [ ] Não
Se sífilis reagente:
1) Título 1:__________, recebeu tratamento: [ ] Sim [ ] Não – Se sim, data do início do tratamento: __ /
__ / ____, parceiro tratado concomitante: [ ] Sim [ ] Não
2) Título 1:__________, recebeu tratamento: [ ] Sim [ ] Não – Se sim, data do início do tratamento: __ /
__ / ____, parceiro tratado concomitante: [ ] Sim [ ] Não
3) Título 1:__________, recebeu tratamento: [ ] Sim [ ] Não – Se sim, data do início do tratamento: __ /
__ / ____, parceiro tratado concomitante: [ ] Sim [ ] Não
Encerramento do caso
Observações
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Dados do investigador
Início da investigação: ___ / ___ / ____
Nome do investigador:___________________________________________
Fim da investigação: ___ / ___ / ____
Nome do investigador:___________________________________________