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HOMECIÊNCIA

MÉDICOS SE DEPARAM COM


TATUAGEM ‘NÃO RESSUSCITE’ E
ENCARAM DILEMA ÉTICO
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POR JOSÉ ELIAS MENDES EM 5 DE DEZEMBRO DE 2017CIÊNCIA INTERNACIONAL
Um paciente inconsciente chega ao hospital de Miami, nos Estados Unidos. Ele traz
consigo um conflito ético para os médicos do local: carrega no peito uma tatuagem com
os dizeres ‘Não Ressuscite’.

O caso foi levado à público em um periódico da área de saúde na última quinta-feira


(30).

Os profissionais tiveram dúvidas sobre o que fazer com o paciente, um homem de 70


anos com histórico de doenças cardíacas e pulmonares.

O dilema ético se deu graças ao principal juramento da profissão: sempre salvar a vida.

A princípio, os médicos optaram por não cumprir o desejo expresso pela tatuagem. O
paciente foi tratado com antibióticos e mantido vivo por alguns dias.

Depois de uma avaliação de um conselho de ética, o pedido do homem foi acatado e ele
morreu.

Não Ressuscite
A tatuagem era a única informação que os médicos do Jackson Memorial Hospital
tinham sobre o paciente.
Gregory Holt, o médico que relatou o caso em artigo científico, contou em entrevistas
que o homem vivia em uma casa de repouso e foi encontrado bêbado e inconsciente na
rua.

Ele não tinha identificação, família ou amigos que poderiam dar mais informações.

“Tínhamos um homem com quem eu não conseguia falar. Queria conversar com ele
para saber se a tatuagem realmente refletia seus desejos para o final da vida”, contou o
médico.

Após a decisão do conselho de ética, o estado de saúde do paciente piorou. Ele teve uma
morte natural, não induzida.

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