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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E PRODUÇÃO

Luiz Gustavo Barbosa de Amorim 1512113

Motores Elétricos

São Luís - MA

2017
Luiz Gustavo Barbosa de Amorim

MOTORES ELÉTRICOS

Trabalho apresentado à disciplina de


Eletrotécnica do curso de Engenharia Mecânica
da Universidade Estadual do Maranhão, como
requisito parcial para obtenção da terceira nota na
disciplina.
Orientador: Prof. Kaio Henrique Ferreira
Nogueira de Nogueira

São Luís - MA
2017
RESUMO

Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica.


É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização de
energia elétrica – baixo custo, facilidade transporte, limpeza e simplicidade de comando
– com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às
cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. Algumas aplicações de motores
de corrente contínua (CC) e de motores de corrente alternada (CA):
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Componentes de um motor elétrico ................................................................. 8
Figura 2 – estator típico de um motor elétrico.................................................................. 9
Figura 3 - Rotor típico de um motor elétrico .................................................................. 10
Figura 4 - Motor AC síncrono ........................................................................................ 12
Figura 5 - esquema do funcionamento de um estator de um motor de indução ............. 13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6
1. SELEÇÃO DE MOTORES ............................................................................. 7
2. FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR ELÉTRICO .......................................... 7
3. COMPONENTES DE UM MOTOR ELÉTRICO PADRÃO.............................. 8
3.1 Estator ...................................................................................................... 8
3.2 Rotor ......................................................................................................... 9
3.3 Mancais .................................................................................................. 10
3.4 Carcaças................................................................................................. 10
4. TIPOS DE MOTORES.................................................................................. 11
4.1 Motores de Corrente Alternada (AC) ...................................................... 11
4.2 Motores de Corrente Contínua (DC) ....................................................... 11
4.3 Motores universais .................................................................................. 11
5. MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA .................................................. 12
5.1 Motores AC síncronos ............................................................................ 12
5.2 Motores A.C. de indução ........................................................................ 13
6. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA..................................................... 14
6.1 O papel do comutador ............................................................................ 14
6.2 Excitação independente ou separada ..................................................... 14
6.3 Excitação série ....................................................................................... 14
6.4 Excitação shunt ou em derivação ........................................................... 14
6.5 Excitação Composta ............................................................................... 15
CONCLUSÃO................................................................................................... 16
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................... 17
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INTRODUÇÃO

Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em


energia mecânica, a finalidade básica dos motores é o acionamento de máquinas e
equipamentos mecânicos no setor industrial, avalia-se que de 70 a 80% da energia elétrica
consumida seja transformada em energia mecânica por motores elétricos.
Existem muitos tipos de motores elétricos, projetados de acordo com a
aplicação que se tem em vista. Os motores dos relógios elétricos devem trabalhar com
velocidade constante. Os motores de arranque dos automóveis precisam desenvolver um
torque substancial mesmo quando o eixo está imóvel. Os motores dos secadores de cabelo
tem que ser leves e capazes de funcionar em várias velocidades. Por isso, os motores
elétricos são de suma importância no cotidiano de nossas vidas, envolvendo desde
trabalhos domésticos, como um liquidificador, até motores de grandes indústrias.
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1. SELEÇÃO DE MOTORES

Segundo PETRUZELLA (2013), cabe ao usuário a correta seleção do motor


adequado a cada processo industrial. Existe uma gama variada de motores, que operam
em corrente alternada ou contínua, porém para cada operação existe um motor que atende
ao processo da melhor maneira.
Os principais requisitos para a escolha do motor são:
I – Fonte de alimentação: tipo, tensão ou frequência;
II – Condições ambientais: agressividade, altitude ou temperatura;
III – Condições de serviço: potência desejada, rotação, conjugado e
confiabilidade;
IV – Consumo e Manutenção: varia com os interesses econômicos,
perspectiva a curto ou longo prazo.

2. FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR ELÉTRICO

Os motores elétricos usam as forças de atração e repulsão que ocorrem entre


dois campos magnéticos para fazer girar um eixo, ou seja, transformam energia
eletromagnética, em energia mecânica. Este é o princípio básico de qualquer motor
elétrico, seja de qual tipo for.
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3. COMPONENTES DE UM MOTOR ELÉTRICO PADRÃO

Figura 1 - Componentes de um motor elétrico

FONTE: SIEMENS

3.1 Estator

Um estator (figuta 2) é um grupo de enrolamentos cilíndricos que produz um


campo eletromagnético. O estator é formado por uma carcaça, um núcleo, enrolamentos
e camisa dos mancais. A carcaça do estator é a maior fonte de potência mecânica de todo
o motor. Ela suporta o núcleo do estator, oferecendo apoio para o rotor e o eixo, e é o
ponto de união normal entre o motor e sua base. O núcleo do estator é formado de um
grande quantidade de finas laminações de aço silício nas quais os enrolamentos do estator
estão enrolados. Uma laminação é uma fina chapa de aço. O núcleo do estator reforça o
campo magnético produzido pelos enrolamentos do estator. 30 Os enrolamentos do
estator são bobinas de fio isolado através dos quais a corrente pode passar.
Os enrolamentos do estator criam os campos eletromagnéticos giratórios aos
quais o rotor responde. As bobinas estão ligadas e formadas de modo a atender às
dimensões específicas do estator e aos respectivos pólos do estator. A camisa dos mancais
são placas metálicas que ficam em cada extremidade do motor. A camisa dos mancais
abriga os mancais do eixo e mantém o rotor na posição correta dentro do estator.
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Figura 2 – estator típico de um motor elétrico

FONTE: SIEMENS

3.2 Rotor

Um rotor (figura 3) é um conjunto de enrolamentos que giram dentro do


estator. Um rotor consiste de um núcleo, os enrolamentos do rotor, anéis de fechamento,
o eixo e um ventilador para refrigeração. Nos motores elétricos de indução, que são os
mais utilizados, os rotores possuem enrolamentos constituídos de barras de cobre ou
alumínio dispostas circularmente e fechadas por anéis do mesmo metal. O núcleo do rotor
reforça o campo eletromagnético gerado pelos enrolamentos do rotor. O núcleo do rotor
consiste em camadas (laminações) de chapas de aço justadas ao eixo do rotor. As
laminações possuem fendas de forma a permitir que os enrolamentos do rotor se encaixem
com segurança em volta do núcleo.
Os enrolamentos do rotor são barras sólidas, geralmente de cobre ou
alumínio, sendo curto circuitadas pelos anéis de fechamento do rotor. Estas barras são
fundidas nas fendas dentro do núcleo do rotor formando assim uma 31 gaiola. Quando a
corrente flui através dos enrolamentos do rotor, é gerado um campo eletromagnético. O
campo eletromagnético interage com o campo eletromagnético gerado pelos
enrolamentos do estator para produzir energia mecânica. Os anéis de fechamento são
anéis lisos que atuam como terminais elétricos. Estes estão localizados em cada
extremidade dos condutores do rotor e são feitos do mesmo material dos condutores do
rotor aos quais estão conectados. As barras do rotor estão ligadas aos anéis coletores para
formar um circuito elétrico fechado. A corrente elétrica que passa pelo circuito fechado
gera o campo eletromagnético do rotor. O eixo do rotor está localizado no centro do rotor
e se estende além do núcleo do rotor para fora da carcaça do estator, onde fica apoiado
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por mancais nas camisas dos mancais. Um ventilador fica acoplado a uma extremidade
do rotor. À medida que o rotor gira, o ventilador faz o ar circular pelo rotor e pelos
enrolamentos do estator para mantê-los frios.

Figura 3 - Rotor típico de um motor elétrico

FONTE: SIEMENS

3.3 Mancais

Um mancal é um dispositivo que fica em uma base de montagem fixa que

sustenta o eixo e permite que ele gire. Os mancais evitam que o eixo do motor faça

movimentos axiais (movimentos ao longo do eixo) ou radiais (movimentos laterais ao

eixo). O eixo gira sobre uma posição fixa.

3.4 Carcaças

A carcaça é o envoltório que envolve o motor. A carcaça evita a ação do tempo

e a penetração de objetos estranhos, assegurando que nada vai atingir e danificar as peças

girantes do motor. A carcaça também abriga o sistema de 32 ventilação que resfria o

motor durante o funcionamento. Existem três tipos principais de carcaças: protegido


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contra o tempo segundo Norma NEMA II, ventilação forçada a partir da base e ventilação

forçada a partir da parte superior.

4. TIPOS DE MOTORES

De acordo FRANCHI (2008), o tipo de fonte de alimentação os motores podem ser


divididos em:

4.1 Motores de Corrente Alternada (AC)

São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita


normalmente em corrente alternada.
Estima-se que 90% dos motores fabricados são motores de indução de gaiola.

4.2 Motores de Corrente Contínua (DC)

Conhecidos por seu controle preciso de velocidade. São motores de custo


mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um
dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua.
Na maioria dos motores elétricos CC, o rotor é um 'eletroímã' que gira entre
os polos de ímãs permanentes estacionários. Para tornar esse eletroímã mais eficiente o
rotor contém um núcleo de ferro, que torna-se fortemente magnetizado, quando a corrente
flui pela bobina. O rotor girará desde que essa corrente inverta seu sentido de percurso
cada vez que seus pólos alcançam os pólos opostos do estator.

4.3 Motores universais

Este motor 'girará' corretamente quer seja alimentado por corrente contínua
ou corrente alternada. A diferença notável entre motor universal e motor DC é que se
você alimentar o motor universal com fonte DC, ele não inverterá o sentido de rotação se
você inverter a polaridade da fonte (como acontece com o motor DC), continuará a girar
sempre no mesmo sentido. Se você quiser realmente inverter o sentido de rotação de um
motor universal deverá inverter as ligações nos eletroímãs dos estatores para inverter seus
pólos.
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5. MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA

5.1 Motores AC síncronos

Alguns motores são projetados para operar exclusivamente com corrente


alternada. Um tal motor é esquematizado a seguir:

Figura 4 - Motor AC síncrono

FONTE: Feira de ciências

Este motor é essencialmente idêntico a um gerador elétrico; realmente,


geradores e motores têm configuração bastante próximas. Um gerador usa do trabalho
mecânico para produzir a energia elétrica enquanto que um motor usa a energia elétrica
para produzir trabalho mecânico. O rotor, na ilustração acima, é um ímã permanente que
gira entre dois eletroímãs estacionários. Como os eletroímãs são alimentados por corrente
alternada, seus pólos invertem suas polaridades conforme o sentido da corrente inverte.
O rotor gira enquanto seu pólo norte é 'puxado' primeiramente para o eletroímã esquerdo
e 'empurrado' pelo eletroímã direito. Cada vez que o pólo norte do rotor está a ponto de
alcançar o pólo sul de um eletroímã estacionário, a corrente inverte e esse pólo sul
transforma-se um pólo norte. O rotor gira continuamente, terminando uma volta para cada
ciclo da corrente alternada. Como sua rotação é perfeitamente sincronizada com as
reversões da C.A, este motor é denominado 'motor elétrico síncrono da C. A.'. O motor
da bomba d'água de máquinas de lavar roupa, por exemplo, são desse tipo. Os motores de
C.A síncronos são usados somente quando uma velocidade angular constante é essencial
para o projeto.
Entretanto, os motores síncronos ilustram um ponto importante sobre motores
e geradores: são, essencialmente, os mesmos dispositivos. Se você conectar um motor
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C.A síncrono à rede elétrica domiciliar e o deixar girar, extrairá energia do circuito
elétrico e fornecerá trabalho mecânico. Mas, se você ligar uma lâmpada incandescente no
cordão de força que sai desse mesmo motor e girar bem rapidamente seu rotor (com um
sistema de rodas acopladas e manivela), gerará 'eletricidade' e a lâmpada acenderá.

5.2 Motores A.C. de indução

Alguns motores de corrente alternada têm rotores que não são quer imãs
permanentes quer eletroímãs convencionais. Estes rotores são feitos de metais não-
magnéticos, como o alumínio, e não têm nenhuma conexão elétrica. Todavia, o
isolamento elétrico deles não os impede de ficarem 'magnetizados' ou 'imantados'.
Quando um rotor feito de alumínio é exposto a campos magnéticos alternados, correntes
elétricas começam a fluir por ele e estas correntes induzidas tornam o rotor magnético.
Esse é um fenômeno básico do eletromagnetismo denominado indução eletromagnética.
Tais motores, que usam desse fenômeno para tornarem seus rotores magnetizados, são
chamados de 'motores A.C de indução'.
Os motores de indução são provavelmente o tipo o mais comum de motor de
C. A., comparecendo em muitos eletrodomésticos (ventiladores, motores de toca-discos
etc.) e aplicações industriais. Fornecem bom torque, começam facilmente a girar, e são
baratos. Um motor de indução trabalha ' movendo' um campo magnético em torno do
rotor --- o denominado 'campo magnético girante'.
O estator que cerca o rotor contem um eletroímã sofisticado. O estator não se
movimenta, mas sim o campo magnético que ele produz! Com um uso inteligente de
vários recursos eletromagnéticos (espiras de curto circuito, capacitores etc.), o estator
pode criar pólos magnéticos de que se deslocam em um círculo e se movimenta em torno
do rotor. Na ilustração abaixo, o pólo norte do estator 'gira' no sentido anti-horário em
torno do rotor.

Figura 5 - esquema do funcionamento de um estator de um motor de indução

FONTE: Feira de ciências


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6. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

6.1 O papel do comutador

A função do comutador é trocar periodicamente (duas vezes a cada volta) o


sentido da corrente na armadura de tal modo a garantir que o torque tenha sempre o
mesmo sentido (horário, por exemplo) e impeça que a armadura fique parada em uma
posição de equilíbrio. A razão pela qual é necessário comutar a corrente de armadura pode
ser melhor compreendida com a ajuda da figura abaixo, no qual o fluxo magnético é
produzido por um imã permanente por simplicidade.

6.2 Excitação independente ou separada

Nesta configuração o circuito de excitação da máquina é alimentada por uma


fonte adicional independente ou separada da fonte de corrente contínua que alimenta a
armadura. Em geral o enrolamento de campo que produz a excitação é constituído de
condutores que não suportam 21 grandes correntes, pois a excitação em geral utiliza
correntes baixas para produzir o campo magnético em comparação com as correntes que
circulam no enrolamento de armadura.

6.3 Excitação série

O circuito do enrolamento de campo que produz a excitação está em série


com o circuito de armadura, sendo assim necessário apenas uma fonte para alimentar o
circuito de campo e da armadura. Como neste caso a corrente que circula no enrolamento
de campo que produz a excitação é a mesma corrente que circula no enrolamento da
armadura, é necessário um enrolamento próprio para o circuito de excitação, capaz de
suportar correntes relativamente altas da armadura.

6.4 Excitação shunt ou em derivação

O circuito do enrolamento de campo que produz a excitação está em paralelo


ou em derivação com o circuito de armadura. Nesta configuração, é necessário apenas
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uma fonte de corrente contínua para alimentar o circuito de armadura e de campo, pois
ambos os circuito estão em paralelo. Como o enrolamento de campo está em paralelo ou
em derivação com o circuito de armadura, é possível utilizar o mesmo tipo de condutor
do caso de excitação independente.

6.5 Excitação Composta

Com dois enrolamentos de excitação, um em série e outro em derivação,


podendo existir o esquema de ligação longo ou curto e composto aditivo ou subtrativo.
Neste esquema de ligação utiliza-se uma combinação da excitação série e shunt, de forma
a aproveitar os benefícios de ambas as ligações. Em muitas aplicações o enrolamento
série é utilizado para compensar o efeito desmagnetizante da reação de armadura.
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CONCLUSÃO
Em máquinas elétricas, motor elétrico ou atuador elétrico é qualquer
dispositivo que transforma energia elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos
de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica - baixo custo, facilidade de
transporte, limpeza e simplicidade de comando – com sua construção simples, custo
reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores
rendimentos.
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Eletrotécnica Geral – IX. Motores Elétricos, DLSR/JCFC - UNESP/FEG/DEE


Disponível em <http://www2.eletronica.org/projetos/motores-de-corrente-continua/>.
Acesso em: 07 de Dezembro de 2017.

FRANCHI, C.M. ACIONAMENTOS ELÉTRICOS, Ed. Érica, 4a. Ed., SP, 2008.
ULIANA, J.E. Apostila de Comando e Motores Elétricos. Curso Técnico em Plásticos.

Motores Elétricos – Teoria. Disponível em <http://www.feiradeciencias.com.br/>.


Acesso em 08 de Dezembro de 2017.

PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica I. Porto Alegre: AMGH, 2013. 422p. (Série Tekne)

SIEMENS. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA. Guia rápido para uma


especificação precisa. Edição 01.2006. SIEMENS. Unidade Automação e Controle -
Acionamentos e Motores Elétricos.

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