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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA - CEFET/RJ


DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO
SENSU
DISCIPLINA COGERAÇÃO

CALCULOS RELATIVOS AOS CICLOS DE VAPOR A


CONTRAPRESSÃO, VAPOR DE CONDENSAÇÃO E CICLO A
GÁS EM PARIDADE TÉRMICA.

Edilson Adrião Cabral


João Luís Correia e Silva

Prof. Nestor Proenza, Dr.


ANGRA DOS REIS, RJ – BRASIL
Dezembro de 2017
O objetivo dessa atividade é calcular, mediante parâmetros iguais ou
semelhantes aos exercícios anteriores, a eficiência global de cogeração de 1ª
lei.

Diferenças entre os Ciclos:

A diferença entre os ciclos de contrapressão e condensação esta na


configuração da turbina, apesar de ambas trabalharem segundo o Ciclo de
Rankine. Nas turbinas de contrapressão o vapor sai a uma pressão superior ou
igual a pressão atmosférica. Nas turbinas de condensação o vapor sai a uma
pressão inferior a pressão atmosférica.

Nos ciclos a gás em paridade térmica o objetivo principal é a produção de calor


para o processo.

Dados operacionais:

Ep = 5000 kW e 1,2 kg/s de vapor saturado a 400 kPa (considere na saída


liquido saturado na mesma pressão).

CICLO DE VAPOR A CONTRAPRESSÃO:

Fig. 1 – Esquema considerado para desenvolver os cálculos de vapor a


contrapressão.

A abordagem ao problema será iniciada no cálculo do trabalho de eixo da


turbina, cálculo do calor perdido para o processo e entalpia na entrada da
turbina.
OBSERVAÇÃO:

Ao calcular a entalpia de entrada da turbina o valor extrapola os valores de


entalpia da tabela de vapor superaquecido. O resultado obtido para a entalpia
de entrada na turbina foi de 7034 Kj/kg. Como o ciclo respeita o Ciclo de
Rankine a turbina é isoentrópica, sendo sua entropia igual a 6,8958 Kj/kg. Com
uma entalpia tão alta para essa entropia a pressão estará acima de 60 MPa
(valor máximo das tabela de vapor superaquecido).

Propostas para resolver esse impasse:

- Fazer uma interpolação – O problema de fazer uma interpolação é que


teremos que fazer outra na entrada da caldeira devido à igualdade das
pressões. Tantas interpolações e com ranges muito grande retornaria valores
com muito erro.

- Aumentar o número de turbinas e colocar reaquecimento – não iria adiantar


porque a primeira turbina também extrapolaria a tabela de vapor
superaquecido.

- Aumentar o caudal de vapor – nos dados operacionais o caudal de vapor é


1,2kg/s, efetuado um balaço de energia na turbina, temos:

𝑊𝑒𝑖𝑥𝑜 = 𝑚𝑣(ℎ3 − ℎ4 ) (1)


𝑊𝑒𝑖𝑥𝑜
ℎ3 = + ℎ4 (2)
𝑚𝑣

Observando a equação (2) nota-se que aumentando o caudal de vapor diminui


a entalpia na entrada da turbina. Dessa forma as tabelas de vapor
superaquecido não seriam extrapoladas e os cálculos apresentariam resultados
mais exatos.

Formas operacionais para aumentar o caudal de vapor

- aumentar a quantidade de combustível, com isso sua energia fornecida;

- diminuir a pressão de saída da turbina;

Para realizar os cálculos relativos aos ciclos será considerado um caudal de


vapor de 12 kg/s.

CÁLCULOS:

Com base no esquema da Fig. 1 e adotando uma eficiência do gerador elétrica


de 0,97, temos:

𝐸𝑝 = 𝜂𝑔𝑒 𝑤𝑒𝑖𝑥𝑜 (3)


Sendo assim o trabalho de eixo será

5000
𝑊𝑒𝑖𝑥𝑜 = = 5154,6 𝐾𝑤
0,97

Fazendo um balanço na turbina, aplicando a equação (1):

Sendo a entalpia de saída da turbina retirada das tabelas de vapor saturado a


400 Kpa (em anexo).

𝑊𝑒𝑖𝑥𝑜 = 𝑚𝑣(ℎ3 − ℎ4 )

5154,6 = 12(ℎ3 − 2738,5)

ℎ3 = 3168,05 𝐾𝑗/𝐾𝑔

A entropia de saída da turbina é igual a de entrada 6,8959 Kj/Kg (retirado das


tabelas em anexo).

Checando a pressão na tabela de vapor superaquecido para essa entropia e


essa entalpia tem-se aproximadamente 2,50 MPa.

Sabendo da definição de Ciclo Rankine que a caldeira trabalha isobaricamente,


ou seja, a pressão do vapor superaquecido na sua saída é igual a pressão de
líquida saturado na entrada. Dessa forma sabendo a pressão na entrada da
caldeira podemos calcular a energia fornecida pelo combustível e o trabalho
consumido pela bomba.

Fazendo um balanço na caldeira, temos:

Da tabela de líquido saturado à 2,50 MPa temos uma entalpia de 962,09 Kj/Kg.

Considerando caldeira nova com eficiência de 0,95.


𝑚𝑣(ℎ3 −ℎ2 )
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑑 = (4)
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏

12(3168,05 − 962,09)
0,95 =
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏 = 27,86 𝑀𝑤

𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏 = 𝑚𝑣(ℎ2 − ℎ1 ) (5)


𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏 = 12(962,09 − 604,3)

𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏 = 429,35 𝐾𝑤

Para o calculo da energia calorífica retirada para o processo aplica-se a


equação abaixo:

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑚𝑣(ℎ4 − ℎ1 ) (6)

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 12(2738,5 − 604,3) = 25,61𝑀𝑤

Cálculo da eficiência global:

A eficiência global é igual a soma da eficiência de geração elétrica com a


eficiência de troca de calor para o processo.

𝜂𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 (7)

Sendo
𝐸𝑝−𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏
𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = (8)
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏

5000 − 429,35
𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = = 0,16
27860

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = (9)
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏

25610
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = = 0,93
27860
Substituindo em (7):

𝜂𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 0,16 + 0,93 = 0,99


CICLO DE VAPOR A CONDENSAÇÃO:

Fig. 2 – Esquema considerado para desenvolver os cálculos de vapor a


condensação.

Para realizar os cálculos relativos ao ciclo a vapor de condensação será feito


algumas considerações, uma vez que para esse ciclo a saída da turbina a
pressão tem que ser menor que a pressão atmosférica.

Apesar do esquema da Fig. 2 mostrar uma turbina, na verdade será tratado


como duas para efeito de cálculo. Sendo a saída da primeira alimenta o
processo e a segunda turbina.

A segunda turbina operará por vapor de condensação, na qual o vapor


saturado que sai da mesma esta a uma pressão abaixo da atmosférica (50
KPa).

O processo é alimentado por vapor saturado a 400 kPa e sua saída é líquido
saturado na mesma pressão.

O condensado proveniente do processo e do condensador será direcionado


para o tanque de condensado e posteriormente bombeado para a caldeira.

Segundo a literatura a turbina a vapor de condensação é mais eficiente que a


de contrapressão sendo assim, 60% do trabalho de eixo será desenvolvido por
ela.

Os caudais de vapor respeitarão os seguintes valores 1,2 kg/s de vapor


saturado para o processo, 2 kg/s de vapor saturado para o condensador e 3,2
kg/s de vapor superaquecido para a primeira turbina.
CÁLCULOS:

Como foi afirmado que a segunda turbina é de condensação e sua saída esta a
uma pressão 50 KPa. Com o auxilio da tabela de vapor saturado encontra-se a
entalpia na saída da segunda turbina, entrada do condensador.

𝑊𝑒𝑖𝑥𝑜 = (𝑚𝑣2ℎ2 − 𝑚𝑣3ℎ3 − 𝑚𝑣4ℎ4 ) (10)

5154,6 = (3,2𝑥ℎ2 − 1,2𝑥2738,5 − 2𝑥2645,9)

ℎ2 = 4291,44 𝐾𝑗/𝑘𝑔

Da tabela de vapor retira-se a entropia da corrente de entrada do condensador,


sendo igual a 7,5939 kj/kgK.

Comparando essa entropia e essa entalpia na tabela de vapor superaquecido


encontra-se a pressão de saída da caldeira, igual a aproximadamente 9 MPa.

Com essa pressão encontra-se a entalpia de entrada da bomba (1363,23


Kj/Kg), devido à caldeira trabalhar a pressão constante.

A entalpia de entrada da bomba é obtida aplicando um balanço de energia no


tanque de condensado, sendo a entalpia na saída do processo igual a 604,73
Kj/kg e a entalpia de saída do condensador igual a 340,47 Kj/kg para as
respectivas pressões.

𝑚𝑣7ℎ7 = 𝑚𝑣6ℎ6 + 𝑚𝑣5ℎ5 (11)

3,2𝑥ℎ7 = 1,2𝑥604,73 + 2𝑥340,47

ℎ7 = 439,57 𝐾𝑗/𝑘𝑔

Agora será calculado o trabalho consumido pela bomba:

𝑤𝑏𝑜𝑚𝑏 = 𝑚𝑣7(ℎ1 − ℎ7 ) (12)

𝑤𝑏𝑜𝑚𝑏 = 3,2𝑥(1363,23 − 439,57) = 2955,71𝐾𝑤

Agora será obtida a energia fornecida pelo combustível aplicando a equação


(4):

𝑚𝑣(ℎ2 − ℎ1 )
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑑 =
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏
3,2(4291,44 − 1363,23)
0,95 =
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏 = 9863,44 𝐾𝑤

Calculando a energia aproveitada como calor para o processo:

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑚𝑣3(ℎ3 − ℎ6 )

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 1,2(2738,5 − 604,73)

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 2560,52 𝐾𝑤

Calculando a eficiência global do ciclo aplicado as equações (7), (8) e (9):

𝜂𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟

Sendo

𝐸𝑝 − 𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏
𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 =
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏
5000 − 2955,77
𝜂𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = = 0,21
9863,44

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 =
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏
2560,52
𝜂𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = = 0,26
9863,44

Substituindo em (7):

𝜂𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 0,21 + 0,26 = 0,47

Pelos resultados obtidos o primeiro esquema apresentou uma boa eficiência


global, enquanto o segundo arranjo (vapor de contrapressão conjugado com
uma de condensação) não apresentou uma eficiência satisfatória.

Pelos cálculos apresentados pode-se observar que a bomba consome muita


energia nesse arranjo.
CICLO COM TURNINA A GAS EM PARIDADE TÉRMCA

Fig. 3 – Esquema considerado para desenvolver os cálculos ciclo em


paridade térmica.

Quando uma unidade trabalha segundo um ciclo em regime de paridade


térmica, o sistema de cogeração é projetado e operado de forma a ser capaz
de fornecer as necessidades térmicas da planta industrial, ou seja, o calor é o
produto principal e a eletricidade é o subproduto do sistema de cogeração.
Assim, o sistema deve estar interligado à rede concessionária local para,
dependendo das condições operacionais e de sua demanda, se abastecer de
energia elétrica da concessionária ou fornecer o excedente de eletricidade à
rede concessionária.

Com base na Fig. 3 serão realizados cálculos da eficiência do sistema, mas


para isso deverá ser encontrado a turbina a gás (via catálogo) ideal para os
parâmetros operacionais apresentados.

SELEÇÃO DA TURBINA A GÁS


Observando a Fig. 3 nota-se que ela é composta por uma turbina a gás que
aquece uma caldeira de recuperação que posteriormente fornece vapor para
uma turbina a vapor.
Dos dados operacionais se tem que 1,2 Kg/s de vapor saturado a 400 Kpa são
utilizados no processo. Será considerada uma pressão de 75 Kpa na corrente
de vapor saturado que vai para o condensador. A corrente que vai para o
condensador será considerada igual a que vai para o processo 1,2 Kg/s. Sendo
assim o vapor superaquecido que entra na turbina será igual a 2,4 Kg/s.
Será considerado que o vapor superaquecido que alimenta a turbina de vapor
se encontra a 5 MPa, sendo assim da tabela de vapor superaquecido, a
entalpia de entrada na turbina a vapor é igual a 4625,7 Kj/Kg, enquanto a
entalpia de liquido saturado nessa pressão é igual a 1154,21 Kj/Kg.
A caldeira de recuperação é alimentada com água na temperatura de 50 ºC
(entalpia de 210 Kj/Kg)
Inicialmente será obtida a curva de paridade térmica, considerando uma
temperatura de chaminé entre 100 e 200 ºC aplicando a equação abaixo:
𝑚𝑣(ℎ𝑠𝑢𝑝 −ℎ𝑎 )
𝜂𝐶𝑅 = 𝑚𝑔𝐶𝑝 (13)
𝑔 (𝑇4 −𝑇5 )

A caldeira de recuperação possui eficiência entre 0,80 e 0,90, então será


considerado 0,80 para a realização dos cálculos e T5 (temperatura de chaminé)
igual 150 ºC.
2,4𝑥(4625,7 − 210)
𝑚𝑔 =
0,8𝑥1,14𝑥(𝑇4 − 150)
Com essa equação será obtido à curva de paridade térmica mediante a
substituição dos valores de temperatura da tabela 1.

Tabela 1. Intervalo de Temperatura para obtenção da curva de paridade


T (ºc) mg (Kg/s)

400 46,47
450 38,73
500 33,19
550 29,04
600 25,82
650 23,24

Através do catálogo de turbinas a gás (em anexo) foi selecionado as turbina


apresentadas na tabela 2. Os valores de vazão mássica e temperatura de
exaustão foram plotados no gráfico de curva de paridade térmica (Fig. 4).
Tabela 2. Dados técnicos referentes às turbinas selecionadas dentro do range
da curva de paridade térmica.
HR
MODELO Wliq (Kw) Mg (lb/s) Tg (F)
(BTU/Kwh)
GTES-6 6200 12782 73,9 892
M7A-02 6784 11230 59,5 961
SGT-400 12900 9817 87 1031
MSC90 9459 10708 88,5 868

Fig. 4. Curva de paridade térmica.

Gráfico de Curva de Paridade Térmica

120,00

100,00

80,00 curva de paridade


Mg (Lb/s)

GTES-6
M7A-02
SGT-400
60,00 MSC90

40,00

20,00
600 700 800 900 1000 1100 1200 1300
Temperatura (F)

Os conjuntos a gás que se encontram abaixo da curva de seleção, são aqueles


que necessitam de suplemento de calor, necessidade que pode ser suprida por
meio de queima suplementar. Os conjuntos que se encontram acima da curva
excedem as necessidades de calor da caldeira de recuperação, calor que se
não for utilizado deverá ser eliminado para o meio. Para a paridade térmica
seleciona-se aquele que se encontra abaixo e que possua o menor HR (Heat
Rate). Quanto menor HR maior rendimento térmico.

Analisando o gráfico e os dados da tabela pode-se concluir que a melhor


turbina a gás é a GTES-6 da ISKRA ENERGETIKA.

Agora será calculada a temperatura de chaminé. A temperatura de chaminé


(Tch) permite identificar se pode ou não melhorar o projeto mudando alguns
parâmetros. A temperatura de chaminé da CR deve ficar em um intervalo entre
100 e 200 ºC, ou seja, em temperaturas abaixo de 100 ºC ao nível do mar pode
ocorrer formação de condensado na chaminé, com consequente corrosão
devido à umidade, ao passo que acima de 200 ºC está-se jogando fora uma
energia que poderia ser convertida em vapor.

O pinch point é definido como sendo a diferença entre a temperatura do gás


que deixa o evaporador e a temperatura de saturação do vapor na pressão do
vapor vivo. A temperatura de saturação do vapor, retirado das tabelas, é igual a
263,99 ºC (5 Mpa). Para calcular a temperatura de chaminé usa-se ΔTpp com
valores de 10 e 30 ºC e em seguida verifica-se se a temperatura de chaminé
está no intervalo de 100 a 200 ºC.

Segundo Tuna 2011, através das equações (14), (15) e (16) é possível
encontrar a temperatura de chaminé.
𝑄𝑔
𝑇𝐶𝐻 = 𝑇𝑔 + [(𝑇𝑠𝑎𝑡 − 𝛥𝑇𝑝𝑝 ) − 𝑇𝑔 ] 𝑄 (14)
𝑙

𝑄𝑔 = 𝑚𝑔𝐶𝑝𝑔 (𝑇𝑔 − 𝑇𝑐ℎ ) (15)

𝑄𝑙 = 𝑚𝑣(ℎ𝑣𝑠𝑢𝑝 − ℎ𝑙 ) (16)

𝑄𝑔 = 33,59𝑥1,14𝑥(477,78 − 150) = 12551,55𝐾𝑤

𝑄𝑙 = 2,4𝑥(4625,7 − 1154,21) = 8331,58𝐾𝑤

12551,55
𝑇𝐶𝐻 = 477,78 + [(263,99 − 10) − 477,78] = 170,78 º𝐶
8331,58

Avaliando o déficit de calor para saber se necessita de queima suplementar:

𝑄𝑣𝑝 = 𝑚𝑣(ℎ𝑣𝑠𝑢𝑝 − ℎ50º𝐶 ) (17)

𝑄𝑣𝑝 = 2,4𝑥(4625,7 − 210) = 10597,68𝐾𝑤

𝜂𝐶𝑅 𝑄𝑔 < 𝑄𝑣𝑝

0,8𝑥12551,55 = 10041,24 < 10597,68

Logo o sistema necessitará de queima suplementar.

Para calcular a massa de combustível suplementar utiliza-se a equação (18) e


(19).
𝑚𝑣(ℎ𝑣𝑠𝑢𝑝 −ℎ50º𝐶 )
[ −𝑚𝑔𝐶𝑝𝑔 (𝑇𝑔 −𝑇𝐶𝐻 )]
𝜂𝐶𝑅
𝑚𝑐𝑠 = (18)
𝑃𝐶𝐼
𝑄𝑣𝑝
[ −𝑄𝑔 ]
𝜂𝐶𝑅
𝑚𝑐𝑠 = (19)
𝑃𝐶𝐼

O produto de combustão inferior (PCI) é igual a 50000 Kj/Kg.

10597,68
[ − 12551,55]
0,8
𝑚𝑐𝑠 = = 0,014𝐾𝑔/𝑠
50000
A massa de combustível é calculada aplicando a equação (20).
𝑤
𝑙𝑖𝑞 𝐻𝑅
𝑚𝑐 = 3600𝑃𝐶𝐼 (20)

Da tabela 2 retira-se o Wliq e HR

6200𝑥13483,12
𝑚𝑐 = = 0,46𝐾𝑔/𝑠
3600𝑥50000
Massatotal = 0,46+0,014 = 0,48Kg/s.

A eficiência da turbina é dada pela equação (21).


𝑊𝑙𝑖𝑞
𝜂𝑇 = 𝑚 (21)
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑚𝑏 𝑃𝐶𝐼

6200
𝜂𝑇 = = 0,26
0,48𝑥50000

O calor fornecido para o processo pode ser calculado pela equação (6).

𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 1,2𝑥(4625,7 − 2738,5) = 2264,64𝐾𝑤

O rendimento da cogeração é dado pela soma da eficiência do ciclo superior


com o inferior e a produção de calor, equação (22).

𝑊𝑙𝑖𝑞𝑠 +𝑊𝑙𝑖𝑞𝑖 +𝐸𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟


𝜂𝑐𝑜𝑔 = (22)
𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏

5000 + 2264,64
𝜂𝑐𝑜𝑔 = = 0,30
0,48𝑥50000
REFERÊNCIAS

BALESTIERI, José Antonio Perrella. Máquina térmicas: material de apoio à


disciplina. curso de Engenharia Mecânica: UNESP. 160 f. Notas de aula.
2010.

BIMESTRE, Thiago Averaldo. COGERAÇÃO DE ENERGIA COM MOTORES


DE COMBUSTÃO INTERNA. UNESP. Trabalho de conclusão de curso. 2012.

TUNA, Celso Eduardo. Máquinas Térmicas: material de apoio à disciplina.


curso de Engenharia Mecânica: UNESP. Notas de aula. 2011.

VAN WYLEN, Gordon J.; SONNTAG, Richard E.; BORGNAKKE, Claus.


Fundamentos da termodinâmica. Tradução da 6 ª edição São Paulo: Edgard
Blucher, 2003. 577 p.
Anexo

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