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Como os budistas encaram o Natal

Yahoo Notícias22 de dezembro de 2016

Festividade cristã que marca o nascimento de Jesus Cristo, o Natal nem sempre
é comemorado em todas as religiões, como é o caso da budista. No entanto, a
religião respeita as festividades natalinas e não proíbe que seus adeptos façam
parte das festividades.

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“Como o budismo é uma religião que te dá total liberdade, você pode passar o
Natal do jeito que quiser. Eu, geralmente, passo com os meus familiares”, conta
o nutricionista Dener Brito, 24, que é adepto do budismo de Nichiren Daishonin
desde que nasceu.

Segundo Thama Pessoa, 28, que faz parte da BSGI (Associação Brasil Soka
Gakkai Internacional), muitas famílias budistas não comemoram a data montando
árvores ou presépios, mas mantém a tradição de colocar luzes pisca-pisca e
guirlandas nas portas.
“Respeitamos muito o Natal, pois é a comemoração do nascimento de Cristo, um
grande homem que viveu entre nós um dia”, afirma a analista de projetos que
pratica o budismo desde pequena.

Maria Carolina Leal, 31, que também faz parte associação, reitera o respeito que
a religião proporciona para comemorar a data. “Os budistas não comemoram o
Natal com a mesma intenção dos cristãos, mas vivemos em sociedade e
confraternizamos com nossas famílias e amigos”, diz.

A técnica de raio X se converteu ao budismo há oito anos, aos 23 anos. “Cresci


em uma família católica, então fazemos a ceia em família, depois temos o amigo
secreto, mas não sigo rituais como a missa do galo, por exemplo. Hoje minha
família já está acostumada, até meus parentes evangélicos. Vivemos em respeito
mútuo com todas as crenças e o Natal é uma grande reunião familiar”, afirma.

Thama conta que geralmente comemora o Natal em casa, com uma ceia, para
depois visitar os parentes e amigos. “Outra forma que também faço para
comemorar é reunir os amigos, familiares e agregados para passarmos à noite
todos juntos: comendo, bebendo, trocando presentes e celebrando à noite, que,
afinal, é de festa”, conta.

Uma outra forma dos budistas celebrarem a data, segundo Thama, é participar
de amigos secretos, que são comuns durante essa época, e desejarem Feliz
Natal de forma alegre.

“Antes de sermos budistas, somos pessoas que fazemos parte da sociedade e


nossa postura como praticantes da religião é mostrar que somos todos iguais e
que devemos, acima de qualquer coisa, respeitar o próximo e sua opinião”, fala.

Para Thama, o bom de o budismo de Nichiren Daishonin, que ela pratica, não ter
um regulamento nesse quesito do Natal, é que o preceito que todos os
praticantes fazem é respeitar a época. “É importante respeitar o período, as
pessoas e, acima de tudo, o sentimento que cada um carrega nessa data tão
especial e esperada do ano”, afirma.

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