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2º Ano A

ALUNOS: Adria Juliane, Bruno


Morais, Diego Cardoso, Lucas
Nobre, Marcos Vinicius e Victor
10
Petta.

[O CASO DE RUANDA E
BURUNDI]
Trabalho de aquisição de nota para a terceira avaliação da disciplina geografia sobre o Tema:
Ruanda e Burundi. Instituto de Ensino Darwin; PROFESSOR: Marco Antônio.

R
uanda e Burundi são exemplos de conseqüências das terríveis
fronteiras artificiais criadas pelos colonizadores europeus no
continente africano. Trata-se de tribos que viviam separadas
e, com a chegada dos europeus, passaram a viver num mesmo
território, sendo assim por imposição do colonizador. Contudo,
vivendo num mesmo território, essas tribos se hostilizam e, por
conflitos de interesses, geram guerras e guerras. Um exemplo dessas
tribos são os Hutus e Tutsis, que habitam, principalmente, os
territórios de Ruanda e Burundi. Essas rivalidades impostas pelos
colonizadores geram ódio que culminam em golpes de estado,
governos que priorizam uma minoria e principalmente: mortes.

Primeiramente, esses países têm colonização de origem alemã, logo,


estes priorizavam os indivíduos de etnia Tutsis; que por serem mais
altos, fortes, de pele mais clara; os alemães consideravam mais
puros, logo então desprezados a maioria Hutu (85% da população),
que eram baixos fracos e de pele mais escura. Então os Tutsis
ocuparam cargos mais importantes no governo e no exército. Sendo
a Alemanha derrotada na primeira guerra mundial, a Bélgica assume
o controle do pais(primeiramente chamado de Ruanda-Burundi),
contudo o privilegio dos tutsis continua.Sendo que em 1932, quando
os belgas criaram o documento de identidade étnica, que aumentara
ainda mais a rivalidade entre essas duas etnias.

Ate que em1959, os ressentimentos acumulados pelos hutus no


período colonial explodem. Nesta primeira rebelião, militares tutsis
foram aprisionados e tiveram seus pés cortados a golpes de facão,
com o objetivo de diminuir a diferença de estatura (e,
simbolicamente, diminuir as diferenças sociais).Mais tarde sob a

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liderança dos hutus, Ruanda ganharia status de República, em 1961,
então a minoria tutsi ficou a mercê dos hutus, sendo obrigado a
migrar para os países vizinhos, a fim de organizarem uma nova
tomada de poder. Ainda no mesmo ano é declarada a independência
de Burundi sob a monarquia Tutsi. No ano seguinte, a Bélgica
reconheceria a independência de Ruanda.

Em 1963, tutsis exilados no Burundi organizaram um exército e


voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hutus. Contudo os
conflitos foram prosseguindo ate que em 1973 um golpe de Estado
levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia
hutu.Quando Juvenal Habyarimana (hutu )chegou ao poder, um
grande número de países ocidentais concedeu ao país enorme crédito
político, mas principalmente econômico. O auxílio externo equivalia a
22% do Produto Interno Bruto, com rasgados elogios do Banco
Mundial, apesar de Habyarimana reprimir de modo sistemático e duro
os dissidentes. Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que,
nas duas décadas seguintes, houve certa trégua.

E
m 1993. o governo de Ruanda, liderado pelos hutus, assinou
um acordo de paz com a liderança tutsi, pelo qual os
refugiados poderiam voltar ao pais e participar do governo. Em
abril do ano seguinte, retornando de uma conferência na Tanzânia, os
presidentes hutus de Ruanda e de Burundi foram vítimas de um
acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos
massacres. A guarda presidencial, parte do exército e um número
enorme de esquadrões da morte, perseguiram os tutsis, conforme um
plano bem elaborado. As vítimas do extermínio, segundo estimativas
cautelosas, foram quinhentas mil; segundo os maiores críticos, um
milhão.

Já em Burundi, apesar da condição de minoria étnica, os tutsis


detinham o controle do Exército e deram um golpe de Estado em
1996, quando nomearam presidente(Paul Kagame) um major dessa
etnia. Além disso, obrigaram grande massa de hutus a viver na
condição de refugiados nos chamados "campos de reagrupamento",
que reúnem cerca de 10% da população (cerca de 800 mil pessoas),
segundo dados da organização não governamental Anistia
Internacional.O atual presidente Paul Kagame, afirma que nega as
alegações e acusou o governo do ex-presidente François Mitterrand
de ter treinado e armado milícias hutus responsáveis pelo massacre.

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Com o controle do estado sob a liderança de um tutsi, boa parte dos
hutus se refugiaram na republica do congo. Para destituir o
presidente congolês Mobutu do poder, Kabila, pai do atual presidente
congolês, contou com a colaboração dos ruandeses e dos
ugandeses(Hutus). Depois da vitória, os militares desses dois países
não queriam mais sair da RD do Congo, disputando a posse da terra,
uma vez que o território deles é extremamente pequeno e porque
essas etnias afirmam serem suas essas terras congolesas.
Principalmente as terras dos Grandes Lagos. Durante dias, eles
lutaram na RD do Congo, principalmente na região norte e leste,
matando milhares e milhares de congoleses. A intervenção da ONU
estabeleceu uma paz frágil. Os tutsis de Ruanda continuaram
apoiando um general congolês revolucionário, Nkunda, e os hutus
continuaram atacando as populações da região do Kivu(Congo) com
as milícias interahamwe (paramilitares hutus).
Esses revolucionários criaram um clima de intranqüilidade e uma
psicose de guerra no leste congolês. Tropas estrangeiras
infernizavam a vida das populações. A Conferência dos bispos da RD
do Congo fez um alerta às autoridades congolesas e internacionais,
denunciando a presença de militares estrangeiros em território
congolês, e condenando fortemente toda violência e proclamando, em
alto e bom som, a soberania da nação congolesa. Isso em 2004.
Apesar de todo o clamor do povo e dos senhores bispos, as
autoridades nacionais e estrangeiras pouco se importavam com a
situação dramática do povo do leste congolês, vitima da violência,
das incursões militares em suas cidades e aldeias.

E
m 2007, os bispos novamente protestaram, chamando a
atenção das autoridades para a triste situação no leste. Em
dezembro de 2007, no Memorando da Conferência Episcopal
Nacional do Congo aos participantes da conferência sobre a paz, a
segurança e o desenvolvimento no norte e no sul (Kivu), os bispos
afirmaram: “O sucesso de tal conferência depende do espírito de
diálogo na transparência e na verdade, da determinação e da
sinceridade dos participantes. Nada se fará, se a conferência não
abordar as questões de fundo e em todas as suas dimensões:
humanitárias, territoriais, históricas, econômicas, políticas, étnicas,
jurídicas”.

Em dezembro de 2008 foram condenados os principais responsáveis.


Três oficiais, incluindo o protagonista, o coronel Theoneste Bagosora,
que em 1993 anunciou, ao deixar as negociações com a rebelião tutsi
da Frente Patriótica Ruandesa (atualmente no poder em Kigali,capital
de Ruanda), que iria "preparar o apocalipse", ou seja, o genocídio.

Recentemente o atual presidente da frança (principal financiadora do


genocídio) Nicolas Sarkozy estava em visita ao seu correspondente
no país da África Central, Paul Kagame, para fortificar as relações

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diplomáticas, que estão melhores após anos de ressentimento,
recriminações e impasses diplomáticos em torno de acontecimentos
relacionados ao genocídio.Numa entrevista a uma jornalista ele
afirma que "Houve um sério erro de avaliação, um tipo de cegueira
quando não previmos as dimensões genocidas do governo".Erros de
avaliação e erros políticos foram cometidos aqui e eles levaram a
consequências absolutamente trágicas".

O atual governo de Ruanda consegue certa trégua nos dias atuais,


porem, ainda existe grupos de extermínio que, ilegalmente, ainda
perseguem rivais.

Fontes:

www.terra.com.br

www.g1.com

http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2739,1.shl

http://geoguia.blogspot.com/2008/09/as-guerras-civis-na-frica-
ruanda-e.html

http://www.pime.org.br/mundoemissao/atualidadesafricamemorias.h
tm

Filmes

Hotel Ruanda, escrito por Keir Pearson e Terry George; Dirigido


por:Terry George;16 de agosto de 2005.

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