DICAS:

LATÊNCIA
Texto e adaptações: Fernando José Peixoto Lopes
Técnico operador de áudio
(27)9-9518-4850 Vivo e Whatsapp
fernando@masterdbsound.com.br

APOIO

https://www.facebook.com/masterdbsound/?ref=bookmarks
Latência: o inimigo escondido em sua direção

A latência é tempo. Quando devemos ouvir algo, mas fazê-lo mais tarde, temos
latência, é assim tão simples. Latência é um ator não tão novo, mas desconhecido,
quase invisível e perigoso que se tornou protagonista da inclusão das tecnologias
digitais. Nossos colegas no estúdio de gravação dizem que eles sabem e bem, eles
tentam controlá-lo de todas as maneiras possíveis: eles têm tempo. Na realidade,
eles investem grandes quantidades de dinheiro em hardware específico que,
precisamente, promove baixa latência como um elemento claro de julgamento de
compra, mas o que acontece no mundo de direto? Não temos latência? Claro que sim.

Há latência (ou atraso) em todas as conversões A / D e D / A: em tudo. Em estudos,

a principal dor de cabeça é conseguir que, se houver conversores diferentes com
latências diferentes, os sinais chegam exatamente ao mesmo tempo - difícil, mas não
impossível -. É necessário escolher e, normalmente, sujeitar os resultados aos limites
impostos precisamente pela latência (por exemplo, para usar diferentes pré-
amplificadores analógicos, mas o mesmo conversor A / D multicanal, para atrasar
tudo no valor mais crítico ou ajustá-lo manualmente após cada gravação). Viver este
problema é mais ou menos resolvido usando exatamente o mesmo conversor em
todos os canais de entrada e saída, então a latência será exatamente a mesma para
absolutamente todos os canais... em princípio.

A latência geralmente é medida em amostras (amostras). Assim, se sabemos que os

conversores de nossos equipamentos têm uma latência de 512 amostras, podemos
saber que, no melhor dos casos, o atraso será 0,023 s (multiplicamos por 2 as 512
amostras - entrada e saída - e dividimos o resultado para a frequência de
amostragem utilizada, por exemplo, 44,1 kHz). 0,023 s ou 23 ms São muitos ou
suportáveis? Depende.

As 512 amostras que usei no exemplo anterior geralmente são para computadores
normais que são usados em um estúdio de som. Na verdade, nosso console de áudio
ao vivo não é apenas um computador, mas específico para tarefas de áudio, de modo
que as latências de seus conversores A / D e D / A são muito menores. Por exemplo,
uma medida simples nos permite verificar que um SD Digico apresenta apenas 0,09
ms de latência entre o SD Rack e local, enquanto que em uma latência CL5 atinge
1,98 ms não negligenciável no próprio console (entrada / saída). Problema resolvido?
Claro que não.

Toda vez que um DSP entra em um concurso ou uma parte dele, sempre,
absolutamente sempre, a ordem matemática a ser executada será realizada com
precisão, mas tal perfeição terá como preço um novo atraso, uma nova latência. Por
exemplo, no caso de um Avid S3L-X, cada plugin que inserimos em qualquer canal
adicionará, de fato, 2 amostras de atraso pelo simples fato de "ativar" o rack de
efeitos e 3 amostras adicionais por cada um deles. os slots utilizados. Na verdade,
não é apenas uma latência de 5 amostras ou atraso que será adicionado ao canal,
mas cada plugin, de acordo com sua finalidade, terá um novo valor de latência. Por
exemplo, o plugin Time Adjuster (aplica atrasos de sinal) adiciona mais 7 amostras.
Isso significa que, se a minha intenção é atrasar o sinal de 20 amostras, eu
realmente precisarei ajustar o plugin de modo que ele apenas atrasa 8 amostras (8 +
7 + 2 + 3 = 20).

Mas, o que acontece se o que eu quero é fazer uma compressão paralela, por
exemplo, de um tambor? Pego o canal 1 que, processado, envia-o para a saída
mestre, enquanto no canal 2 adiciono o mesmo tambor, mas processado de forma
diferente com a ajuda de um determinado plugin. Como é mais complexo do que o
anterior Time Adjuster, sua latência é maior e, adicionando as 5 amostras que
mencionei antes, elas fazem o sinal uma vez processado eu chego no bus de saída
mestre 20 amostras mais tarde. Se a tabela funciona a 48 kHz, essas 20 amostras
significam um atraso de 0,4 ms, ou seja, 13,88 cm, que podemos traduzir como
metade do comprimento de onda de um tom de 1,250 Hz. Você vê isso? A soma dos
dois canais causará que, como mínimo, todas as faixas de 1,250 Hz desapareçam.
Quem mistura aqui: você ou a latência? Levando em conta que, depois de processar
ambos os sinais, não são mais idênticos, os problemas que aparecem o fazem sob a
forma de fase, atacando mais de uma única frequência.

Existem três maneiras de resolver esse problema. O primeiro é usando plugins que
incorporam uma opção de processamento paralelo, como o Pro Compressor da Avid.
Depois de ajustar o sinal comprimido, podemos adicionar o sinal limpo ao mesmo
tempo e alcançar o mesmo efeito de compressão paralelo usando uma combinação de
sinais coerentes ao longo do tempo. O segundo está usando a função de
compensação de atraso (compensação de atraso), um recurso que nem todas as
tabelas incorporam, mas cujo papel é estarem atentos a todos esses processos que
podem causar a fase e atraso (eu insisto: atraso) os canais correspondentes, mas
somente os canais correspondentes. Às vezes, aceitamos que o tambor e a sua
compressão paralela (a soma dos dois canais) nos alcançarão 0,4 ms depois da caixa
que não possui compressão paralela (eles não deixam de serem sons diferentes), em
vez de recorrer à terceira opção: demora tudo, absolutamente tudo, de modo que
chegue atrasado, mas ao mesmo tempo. Lembre-se que, para esses 0,4 ms, teremos
que adicionar os atrasos correspondentes às conversões e outras processadas.

Esta é a única coisa que podemos fazer, por exemplo, com a Yamaha CL5. Lembre-se
que tem uma latência média entre entrada e saída de 1,98 ms medidos na mesma
mesa (não é um rio, atingindo entre 3,06 e 4,06 atrasos ms acordo DANTE de definir
a rede). O problema com este console é que ele não possui compensação de atraso.
Se ainda estamos interessados em inserir um compressor de sua série Pórtico no
tambor paralelo, teremos um atraso adicional de 0,27 ms. Embora seja quase 33%
menor do que no caso do Avid S3L-X, a única coisa que temos é que o problema de
fase terá uma maior frequência. Talvez não seja um problema para um tambor que
não procuremos chute, mas imagine uma caixa ou, pior, as vozes. Não tendo a
possibilidade de misturar os dois sinais ou opção Delay compensação há um truque
muito antigo que é tudo que podemos fazer neste caso: usar um segundo slot e
inserindo o mesmo plugin, mas ele atua e que enviar todos os outros sinais (ou, pelo
menos, o tambor que não terá compressão, mas que teremos de se misturar com o
tablet). Pode parecer uma boa notícia porque, na realidade, o tempo perdido é ainda
menor do que no exemplo anterior, mas isso significa duplicar recursos.
As medições de latência não são dados que o fabricante normalmente oferece nas
suas especificações técnicas. Mantendo-se no CL5, toda vez que recorremos a
qualquer um dos seus recursos, adicionamos mais atrasos ao sinal (por exemplo,
usando matrizes ou subgrupos). A inserção de um rack analógico externo
indubitavelmente envolve a concorrência de mais dois conversores digitais (um
primeiro D / A e um segundo A / D), o que adiciona ao nosso canal um atraso
vertiginoso de 3.73 ms. Se, além disso, o que queremos inserir é algo como um
Waves sem hardware específico, devemos adicionar à latência da conversão A / D e D
/ A do cartão que usamos e, atenção, todo o atraso de processamento que será
adicionado no rack virtual de ondas. Há uma razão pela qual o Waves oferece
conversores mais rápidos e servidores específicos (mais poderosos e rápidos). Mesmo
sem o concurso de Ondas, voltamos ao habitual: são muitos aqueles 3.73 ms? Você
deve saber calcular e começar a entender por que às vezes uma tabela parece mais
"brilhante" do que outras: geralmente porque você fez um processo que, com essa
tabela, você não deve fazer ou, pelo menos, resolver antecipadamente.

Vamos também pensar que isso acontece quando atacamos processadores digitais:
existem novos conversores e novas latências que são adicionadas à nossa cadeia. É
por isso que a interconexão digital está se tornando relevante, embora ainda não seja
uma panaceia, ela reduz não apenas os problemas de perda nas conversões, mas
também as latências associadas às conversões D / A e A / D que não são mais
necessárias.

“Deus seja louvado”!