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GRUPO PHOENIX EDUCACIONAL

Curso: Teorias e Práticas em Música – Turma Música


DISCIPLINA DE PRATICA INSTRUMENTAL I E II - (Flauta e Violão).
Prof. Marcos Carvalho

Histórico e origem do violão.

Guaraciaba do Norte
2018
GRUPO PHOENIX EDUCACIONAL – GUARACIABA DO NORTE - 08/01/17

Curso: Teorias e Práticas em Música – Turma Música

DISCIPLINA DE PRATICA INSTRUMENTAL I E II - (Flauta e Violão). Prof. Marcos Carvalho

Histórico e origem do violão.

NOME: JOSÉ PROCOPIO DE SOUSA NETO

1- Quando, onde e como começa a provável história do violão?

2- Qual o Instrumento de cordas pulsada encontrado no Egito, como era seu formato e depois quais alterações
aconteceram?

3- Defina as características do primeiro instrumento de cordas europeu de origem medieval e em que ano?

4- Quais as principais distinções entre a guitarra Latina e a guitarra Morisca?

5- Cite as duas hipóteses mais aceitas atualmente sobre a origem do violão segundo, Emílio Pujol?

6- Na idade média até o Sec. XVII como eram em números de cordas os instrumentos?

7- Porque Antônio Torres é considerado o pai do violão clássico moderno?

8- Quem foi Christian Friederich Martin, e qual sua importância para o violão de cordas de aço?

9- Como surgiu o nome do Violão?

10- Quem foi o habilidoso luthier criador da Guitarra Jazz, em sua criação o que difere dos demais violões ou guitarras
antecedentes?
Histórico e origem do violão.

1_ A origem do Violão não é muito clara. Sua história começa há cerca de 2.000 anos a.C.
Na antiga Babilônia, arqueologistas
encontraram placas de barro com
figuras seminuas tocando
instrumentos musicais, muitos deles
similares ao violão atual (1900-1800
a.C). Um exame mais detalhado nos
mostra que há diferenças
significativas no corpo e no braço:
Também o fundo é chato, portanto
sem relação com o alaúde, de fundo
côncavo.
As cordas são pulsadas pela mão
direita (para os destros), mas o
número de cordas não é claro; em
algumas placas, pelo menos duas cordas são visíveis.
Indícios de instrumentos similares ao violão foram encontrados em cidades como Assíria Susa e Luristan.

2_ O único instrumento de cordas pulsadas no Egito era a

HARPA de formato côncavo que depois foi acrescentada

de um braço com trastes cuidadosamente marcados e cordas

feitas de tripa animal. Pouco tempo depois estas características

se combinariam e evoluíram para um instrumento ainda mais

próximo do violão.
3_ O primeiro instrumento de cordas europeu, de origem medieval,

data de 300 anos depois de Cristo, e possuía um corpo

arredondado que se interligava com um braço de comprimento

considerável. Este tipo de instrumento foi utilizado por

muitos anos e foi o antepassado provavelmente da Teorba.

4_ A Guitrra Mourisca possuía um corpo oval e o tampo


possuía vários furos ornamentados chamados de Rosetas.
Era totalmente remanescente do Alaúde, e dentro deste
conceito uma série de outros modelos, com diferentes
números de cordas também existiam.
Já a guitarra Latina, tinha as curvas nas laterais do corpo que
marcariam o desenho já quase definitivo do instrumento.

*Guitarra Latina à esquerda, Mourisca à direita

5_ Primeira hipótese para a origem do violão

O violão seria derivado da chamada Khetara grega, que com o domínio do Império Romano,
passou a se chamarCítara romana. Era também denominada de Fidícula.

Teria chegado à península Ibérica por volta do século I d.C. com os romanos; este instrumento se
assemelhava à Lira e, posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus
braços dispostos na forma da lira, foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, à qual foi
acrescentada um braço de três cravelhas e três cordas.

A esse braço foram feitas divisões transversais (trastes), para que se pudesse obter várias notas
de uma mesma corda, a ser tocado na posição horizontal. Assim, ficam estabelecidas as principais
características do Violão.

Segunda hipótese para a origem do violão

O violão seria derivado do antigo Alaúde Árabe que foi levado para a península Ibérica através das
invasões muçulmanas, sob o comando de Tariz, por volta dos anos 711 – 718.

Alaúde Árabe que penetrou na península na época das invasões, foi um instrumento que se
adaptou perfeitamente às atividades culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte das
atividades da corte. Esse instrumento musical era conhecido desde o século VIII, tanto o de
origem grega, como o Alaúde Árabe, e viveram mutuamente na Espanha.
Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela, e
Leão (1221-1284), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações
descritas nas cantigas de Santa Maria. E assim pôde-se comprovar que no século XIII existiram
dois instrumentos distintos, convivendo juntos.

6_ Na idade média, era um fato comum encontrar instrumentos musicais de três, quatro e cinco
cordas. A “guitarra de quatro cordas” tinha muita popularidade no século quinze, porém no
século dezesseis a guitarra de cinco cordas assumiu posto de instrumento predileto europeu.
O primeiro indício de uma guitarra de cinco cordas foi uma gravura Italiana datada do século
quinze. O instrumento representado é pelo menos igual em tamanho em relação ao seu
semelhante moderno.
A sua caixa sonora é um pouco maior que a do violão moderno, e apresenta uma construção
refinada que chama a atenção, o que é característico de instrumentos de luthieres italianos.
A guitarra italiana possuía uma derivada, chamada de “Guitarra Batente”. O mesmo sendo
observado na França, com a “Rizzio Guitarre”. A afinação dessa guitarra de cinco cordas era A-D-
G-B-E, exatamente como o violão moderno.
Com o passar do tempo, o corpo do instrumento foi aumentado e uma corda foi adicionada e sua
afinação era a mesma da antiga guitarra com exceção da terceira corda, que era afinada meio tom
abaixo.

No século dezesseis, a guitarra era denominada de três maneiras: Vihuela na Espanha, Rizzio
Gitarre na França e Guitarra Batente na Itália.

É da Alemanha do século dezessete, que se tem notícia da mais antiga publicação para guitarra de
seis cordas.

7_ Antônio de Torres estabeleceu o que seria


o padrão de construção do violão clássico feito
atualmente, com as cordas de nylon. As
alterações de Torres foram realmente
profundas: o contorno do corpo tomou a
forma atual e o comprimento da escala foi
redefinido para 650mm, dando mais tensão às
cordas. Com essa nova tensão, foi redefinida a
estrutura do tampo e sua sustentação, criando
o sistema de “bracing” utilizado até hoje por
luthiers e grandes fabricantes. Torres construiu
320 violões (dos quais 66 ainda existem hoje)
até 1892, quando faleceu. A contribuição de
Torres dada aos violões “clássicos” (equipados com cordas de nylon), ratificou a
Espanha como um pólo tradicionalíssimo na construção desse tipo de instrumento
(sem falar na guitarra flamenca que, a princípio usada apenas para esse gênero,
possui atualmente construção bastante parecida com a clássica, chegando
inclusive a serem confundidas em alguns casos).
8_ no final do século XIX ainda vivia-se sem usufruir da
velocidade da informação de um mundo globalizado, e
portanto paralelamente ao trabalho de Torres outros esforços
eram empreendidos com o intuito de aperfeiçoar o violão.
A principal contribuição neste sentido foi dada por um luthier
alemão que, como tantos outros, resolveu cruzar o Atlântico
em busca de oportunidades no novo mundo. Christian
Friederich Martin não imaginava que sua iniciativa criaria uma
marca que ajudaria a escrever a história da música do século
XX e definiria um novo padrão na construção de violões de
cordas de aço.

Martin foi para os EUA no ano em que foi registrada uma das
maiores chuvas de meteoritos de toda a história. Não sabemos
se durante a sua longa viagem ele teve a possibilidade de observá-los do convés do navio e fazer
algum pedido, mas o fato é que suas criações obtiveram grande sucesso e definiriam o que viria a ser
considerado o violão americano, ou como é mais conhecido de todos, o violão de cordas de aço.

9_ Em vários países de língua não-


portuguesa, o Violão é conhecido
como “Guitarra”.Isso tem muito a ver
com o idioma inglês (Guitar), francês
(Guitare), alemão (Gitarre), italiano
(Chitarra) e espanhol (Guitarra).
Acontece também, que os
portugueses possuem um
instrumento muito semelhante ao
Violão, que seria atualmente
equivalente à nossa Viola Caipira: É a
Viola portuguesa. Ela possui as
mesmas formas e características do
Violão, sendo apenas um pouco
menor.
Quando os portugueses se depararam
com a “guitarra” (Espanhol), viram
que ela era igual à sua viola, sendo
apenas um pouco maior. Então
colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, de “Viola” passou a ser chamado de Violão.

O nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra
clássica. Muitos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo “guitarra” voltasse a ser utilizado no Brasil para
unificar a nomenclatura a todas as outras línguas.
Só no século vinte o nome “guitarra” retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para
designar a versão eletrificada do violão. O nome “guitarra clássica” também acaba sendo
alternativamente utilizado, muitas vezes, para designar os modelos de guitarras semi-acústicas do jazz e
blues tradicionais.
10_ Orville Gibson, um habilidoso luthier, que criou uma
empresa com o objetivo de construir bandolins e violões. No
entanto, Gibson não queria construir instrumentos como os que
os outros faziam: queria aplicar seus conceitos de construção de
violinos e violoncelos aos bandolins e violões. Apareceram assim
instrumentos com tampo e fundos curvos esculpidos, e a
tradicional boca redonda foi substituída por aberturas em formas
de “f”. A ponte (ou cavalete), antes colada no tampo, passou a
ser móvel, como nos violinos, atuando como um transmissor das
vibrações das cordas para o tampo e caixa de ressonância. As
madeiras empregadas passaram a ser similares às usadas nos
violinos. Nascia, além da Gibson que todos conhecem hoje, a
guitarra de jazz.

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