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GENÉTICO
INPE
São José dos Campos
Fevereiro de 2012
“A coisa principal da vida não é o conhecimento, mas o uso que dele se faz.”
Talmud
Platão
"E se um dia nossas ideias tivessem vida própria? E se um dia nossos sonhos
não precisassem mais de nós? Quando isso for verdade, o tempo estará acima
de nós. O tempo dos anjos."
Doctor Who
i
AGRADECIMENTOS
MUITO OBRIGADO
תודה רבה
ش كرا جزي ل
большое спасибо
MUCHAS GRACIAS
VIELEN DANK
ii
ABSTRACT
This work premise is to study the CBERS 2 orbit behavior and any of a
spacecraft due to perturbative effects caused by Earth's gravitational action, the
lunar gravitational action and the effect of direct solar radiation pressure. First
will be investigate the effects caused by the problem of two bodies and
dissipative forces in the environment of orbital maneuvers with the main effects
the gravitational attraction of the planet and solar radiation pressure. We
analyzed the effects and changes caused by this perturbation in their orbits and
their possible consequences and changes in the time. Will be considering the
restricted problem of three bodies (Moon, Earth and satellite). Simulations were
used in MATLAB ® and Runge-Kutta 4th order (RK4) for orbit integrating,
presenting their results using graphs resulting from numerical simulation. The
effects will be computed as a result of the integration of the motion equations
and effect analysis that cause perturbations in the orbit vehicle path. It is hoped
to obtain as a result the relevance of the perturbative model considering the
importance of this treatment due to the precision of the results by this modeling.
As parameters were used data from CBERS 2 and random values for any other
vehicle. Initially, the work was performed by adopting the problem in planar, so
it was initially dismissed the inclination of the orbit of CBERS and the effect of
torques caused by external agents, do not answer the relevance of the attitude
motion only the orbital motion. As future works it is intended to simulate the
problem considering the inclination of the satellite orbit, the torque caused by
external agents and the simulation method using genetic algorithms.
iii
RESUMO
iv
LISTA DE FIGURAS
Pag.
v
Figura 26 – Comportamento da órbita do satélite em coordenadas cartesianas
ao longo de uma volta sendo perturbada pela pressão de radiação solar, onde
x1 é a posição em x , y1 é a posição em y e z1 é a posição em z . .............. 47
Figura 27 – Velocidade do satélite em coordenadas cartesianas ao longo de
dx1
uma volta sendo perturbada pela pressão de radiação solar, onde éa
dt
dy1 dz1
velocidade em x , é a velocidade em y e é a velocidade em z . .... 47
dt dt
Figura 28 – Órbita do satélite sendo perturbada pela pressão de radiação solar.
......................................................................................................................... 48
Figura 29 – Velocidade angular do satélite sendo perturbada ao longo de uma
volta. ................................................................................................................. 48
Figura 30 – Aceleração angular do satélite sendo perturbada ao longo de uma
volta. ................................................................................................................. 49
Figura 31 – Velocidade do satélite sendo perturbada ao longo de uma volta. . 49
Figura 32 – Aceleração do satélite sendo perturbada ao longo de uma volta. . 50
Figura 33 – Posição e velocidade do satélite referente a coordenada x ,
sofrendo perturbação pela pressão de radiação solar. .................................... 50
Figura 34 – Posição e velocidade do satélite referente a coordenada y ,
sofrendo perturbação pela pressão de radiação solar. .................................... 51
Figura 35 – Posição e velocidade do satélite referente a coordenada z ,
sofrendo perturbação pela pressão de radiação solar. .................................... 51
Figura 36 – Órbita do satélite sendo perturbada pela pressão de radiação solar
ao longo de dez voltas. .................................................................................... 52
Figura 37 – Decaimento da órbita do satélite devido a pressão de radiação
solar ao longo de dez voltas. ............................................................................ 53
Figura 38 – x2 x2 x2 . ............................................................................... 53
Figura 39 – Ação da aceleração de pressão de radiação solar sobre o satélite
......................................................................................................................... 54
Figura 40 – Problema restrito de três corpos Terra, Lua e satélite................... 55
Figura 41 – Trajetória de um veículo qualquer em torno da Terra, sendo
perturbada pela ação gravitacional lunar. ........................................................ 57
Figura 42 – Trajetória de um veículo qualquer em torno da Terra, sendo
perturbada pela ação gravitacional lunar. ........................................................ 58
Figura 43 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por
meio de um v 0 , chega até a Lua e retorna a Terra. ......................................... 59
Figura 44 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por
meio de um v 0 , insuficiente para que a mesma chegue até a Lua, sendo assim
capturada novamente pela força da gravitacional terrestre. ............................. 60
vi
Figura 45 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por
meio de um v 0 elevado, para estas condições, tendo sua trajetória perdida
devido a isso. ................................................................................................... 61
Figura 46 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por
meio de um v 0 , chega até a Lua e retorna a Terra. Todavia, agora o
movimento está sofrendo com a ação da pressão de radiação solar. .............. 62
Figura 47 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por
meio de um v 0 , insuficiente para que a mesma chegue até a Lua. Além disso,
a mesma sofre ação da pressão de radiação solar. ......................................... 63
Figura 48 – Órbita de uma espaçonave que leva um impulso inicial v 0 e que
está sob a ação da perturbação causada pela ação gravitacional lunar e pela
pressão de radiação solar. ............................................................................... 64
Figura 49 – Órbita de uma espaçonave que leva um impulso inicial v 0 e que
está sob a ação da perturbação causada pela ação gravitacional lunar e pela
pressão de radiação solar. ............................................................................... 65
Figura 50 – Trajetória de uma espaçonave em meio ao problema restrito de
três corpos mais pressão de radiação solar. .................................................... 66
vii
LISTA DE TABELAS
Pag.
viii
LISTA DE SÍMBOLOS
ix
E - Energia de um fóton
h - Constante de Planck
f - Frequência
- Quantidade de movimento do fóton
c - Velocidade da luz
P - Pressão
F - Força
S - Área do satélite
m - Massa do satélite
v - Velocidade
t - Tempo
I - Intensidade
S0 - intensidade do fluxo da radiação solar à distância de r0
r - Distância do veículo ao Sol
r0 - Raio médio da órbita da Terra
rf - Raio final
- Aceleração de pressão de radiação solar
- Fator de eclipse
Cr - Coeficiente de reflexão da luz
at Aceleração tangencial
ar - Aceleração radial
H - Altitude do satélite referente a superfície da Terra
R - Raio da Terra
V0 - Impulso inicial
v1 - Impulso intermediário
v f - Impulso final
a - semi eixo maior
0 e f - fornece o sinal de positivo e negativo da função
v 0 - velocidade inicial da espaçonave relativa à rotação do sistema Terra/Lua
x
- coordenadas do azimute da espaçonave (graus)
xi
SUMÁRIO
Pág.
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1
2. PROJETO CBERS ................................................................................... 3
3. ALGORITMO GENÉTICO (AG) ................................................................ 7
4. SIMULADOR .......................................................................................... 11
5. MECÂNCICA CELESTE ......................................................................... 12
6. PROBLEMA DE DOIS CORPOS ........................................................... 13
6.1. PROBLEMA DE N CORPOS .............................................................. 15
6.2. PROBLEMA DE TRÊS CORPOS ....................................................... 20
7. PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS........................................ 23
8. PERTURBAÇÕES .................................................................................. 27
9. PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR ....................................................... 28
10. MANOBRAS ORBITAIS ......................................................................... 30
10.1. TRANSFERÊNCIA ORBITAL .......................................................... 30
10.2. TRANSFERÊNCIA DE HOHMANN ................................................. 30
10.3. TRANSFERÊNCIA BI-ELÍPTICA TRI-IMPULSIVA .......................... 33
11. SIMULAÇÃO DO PROBLEMA DE DOIS CORPOS MAIS PRESSÃO DE
RAIDAÇÃO SOLAR DIRETA ........................................................................... 36
11.1. EQUACIONAMENTO....................................................................... 36
12. RESULTADOS DO PROBLEMA DE DOIS CORPOS MAIS PRESSÃO
DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA ..................................................................... 41
13. SIMULAÇÃO DO PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS MAIS
PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA ................................................... 55
14. RESULTADOS DO PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS MAIS
PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA ................................................... 57
15. CONCLUSÃO ......................................................................................... 67
xii
1. INTRODUÇÃO
Johannes Kepler, pai do movimento orbital, foi aluno de Tycho Brahe. Através
de sua demonstração matemática baseada nos estudos de Brahe, comprovou
1
empiricamente o que seu professor afirmava a respeito do movimento das
órbitas planetárias. Este brilhantismo matemático rendeu-lhe três leis
fundamentais do movimento orbital.
2
2. PROJETO CBERS
Para que haja confiabilidade nos dados, ou seja, baixa interferência de ruído,
falta de precisão etc, deve-se estudar o comportamento dos satélites no
Espaço, obtendo um modelo satisfatório que torne confiável os dados emitidos
para a Terra. Ajustar o problema pode trazer certas facilidades diante de seus
equacionamentos, mas por outro lado, dependendo dos tipos destas
considerações, os resultados tornam-se imprecisos e ineficientes. Por isso,
tratando-se de precisão, o modelamento do sistema deve aproximar-se de uma
situação real.
3
Fonte: CBERS/INPE – divulgação.
Figura 1 – Localização das Plataformas Hidrológicas, Meteorológicas, Qualidade
d´água e Química da Atmosfera.
4
Fonte: CBERS/INPE – divulgação.
Figura 2 – Plataforma de Coleta de Dados (PCDs).
5
Tabela 1 – Dados e características do CBERS.
6
3. ALGORITMO GENÉTICO (AG)
7
recombinam estas estruturas preservando informações críticas. Os processos
que mais contribuem para a evolução são o crossover, a adaptação baseada
na seleção/reprodução e a mutação.
8
Criação de uma
população inicial de
cromossomos
Geração aleatória
Inicialização da
população
Cálculo da aptidão
Membros selecionados
Crossover e mutução
Reprodução
9
Dentro de um espaço de busca, uma função pode conter muitos máximos e
mínimos locais não sendo necessariamente o máximo ou o mínimo global
desta função. A solução ótima encontra-se no ponto global da função.
10
4. SIMULADOR
11
5. MECÂNCICA CELESTE
12
6. PROBLEMA DE DOIS CORPOS
M m1 m2 (6.3)
GM (6.4)
13
Figura 7 – Movimento dos corpos sob a ação da força gravitacional.
m1m2
2r12 G (6.6)
r122
m1m2
2r123 G (6.7)
4 2r123
T
2
(6.8)
r2 r12 r1 (6.9)
14
Isolando r1 na Equação (6.10) determina-se a posição do corpo m1 em relação
ao C.M., logo:
m2r12
r1 (6.11)
m1 m2
m2r12
r2 (6.12)
m1 m2
m2r12
r1 ao redor do C.M. de período T .
m1 m2
m2r12
r2 ao redor do C.M. e de mesmo período T .
m1 m2
15
centros de cada um destes corpos (Prado, 2001). Em outras palavras, as
dimensões destes corpos não eram levadas em consideração.
raio vetor que conecta a massa mi a este referencial inercial. Logo, r j é o raio
N mi m j rij
F i G
j 1 rij 2 rij
(6.13)
16
d 2ri
Fi mi dt 2
(6.14)
d 2ri N mm r
mi 2 G i 2 j ij (6.15)
dt j 1 rij rij
rij r ji (6.16)
N
d 2ri
i 1
mi 2 0
dt
(6.17)
N
dri
m
i 1
i
dt
(6.18)
m r
i 1
i i t (6.19)
N
Mr mi ri (6.20)
i 1
Mr t (6.21)
r
t (6.22)
M
17
Derivando a Equação (6.22) no tempo:
dri
(6.23)
dt M
H ri Li (6.24)
i
Onde:
dri
Li m (6.25)
dt
dm dri
r dt
i
i
dt
0 (6.27)
Sabendo que:
d 2ri r
m 2
F ri i (6.28)
dt ri
18
massa do sistema. Pode-se demonstrar que o momento angular do sistema é
conservativo.
d 2ri N N mm r
mi ri
dt 2
G i
i 1 j 1 rij
2
j
ri ij
rij
(6.29)
rij r j ri (6.30)
Sabendo que:
ri rij ri r j (6.31)
ri r ji ri r j (6.32)
d 2ri
H ri m (6.33)
i dt 2
dri
H ri m (6.34)
i dt
d
Aplicando o operador em ambos os lados de (6.34):
dt
d d dr
H ri m i 0 (6.35)
dt i dt dt
19
Estas equações podem ser reduzidas para N igual quantidade de corpos do
sistema. Neste caso, N é uma quantidade indefinida de massas, e estas, por
sinal, são consideradas massas pontuais, possibilitando que as equações
fossem escritas de forma genérica. Como a finalidade deste estudo é o
problema restrito de 3 corpos, neste caso, N 3 e as equações serão escritas
nestas condições.
20
Dentre as soluções conhecidas, a de Lagrange é comumente usada para este
problema e sua formulação esta baseada na configuração geométrica dos
corpos sendo estas:
Porém, para que isso ocorra outras três condições devem ser satisfeitas
simultaneamente, como mostrou Lagrange em 1772:
21
Figura 10 – Os cinco pontos Langrangianos.
dx dy dz
0 (6.36)
dt dt dt
d 2 x d 2 y d 2z
2 2 0 (6.37)
dt 2 dt dt
x
1 x x 1 0
(6.38)
x r13 r23
1
y 1 30 (6.39)
y r1
3
r2
1
z 30 (6.40)
z r1
3
r2
22
7. PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS
m2r12
x1 (7.1)
m1 m2
23
m2r12
x2 (7.2)
m1 m2
dr
vG r v rel (7.6)
dt
d 2r d
dt 2
dt
r r 2 v rel arel (7.7)
d
A velocidade angular de uma órbita circular é 0 , ou seja, constante. Logo
dt
a Equação (7.7) pode ser reduzida:
d 2r
dt 2
r 2 v rel arel (7.8)
dx ˆ dy ˆ dz ˆ
v rel i j k (7.9)
dt dt dt
d 2 x ˆ d 2 y ˆ d 2z ˆ
arel i 2 j 2k (7.10)
dt 2 dt dt
24
Substituindo as Equações (7.5), (7.9) e (7.10) em (7.8) tem-se:
kˆ kˆ xiˆ yjˆ zkˆ 2 xiˆ yjˆ
(7.12)
dx dy ˆ dz ˆ dx ˆ dy ˆ
2kˆ iˆ j k 2 j i (7.13)
dt dt dt dt dt
dx ˆ dy ˆ d x ˆ d y ˆ d z ˆ
d 2r
2 2 2
2 ˆ ˆ
xi yj 2 j i i 2 j 2 k
dt dt 2
(7.14)
dt 2 dt dt dt
d 2r d 2 x dy 2 ˆ d 2y dx 2 ˆ d 2z ˆ
2 x i 2 2 y j 2 k (7.15)
dt 2 dt 2 dt dt dt dt
2
d 2r
Fi m
i 1 dt 2
(7.16)
Onde:
1m
F1 rˆ1 (7.17)
r13
2 m
F2 rˆ2 (7.18)
r22
25
d 2r r r
2
21 1 22 2 (7.19)
dt r1 r1 r2 r2
d 2x dy 2 ˆ d 2y dx 2 ˆ d 2z ˆ 1
2 2 x
2
i 2 y 2 k 3 x x1 iˆ yjˆ zkˆ
j
dt dt dt dt dt r1
22 x x2 iˆ yjˆ zkˆ (7.20)
r2
d 2x dy
2 2 2 x 31 x x1 22 x x2 (7.21)
dt dt r1 r2
d 2y dx 2 1 2
2 2 y 3 y 2 y (7.22)
dt dt r1 r2
d 2z 1 2
2 3 z 3 z (7.23)
dt r1 r2
26
8. PERTURBAÇÕES
A força de arrasto;
O albedo.
27
9. PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR
A luz possui comportamento dual, ora como onda, e, por sua vez, ora como
partícula. Quando a luz se comporta de forma corpuscular esta se denomina
por fóton. Um fóton não possui matéria, somente energia podendo ser
calculada por:
E hf (8.1)
E
(8.2)
c
Esta quantidade de movimento, por sua vez, interage com o satélite através de
suas superfícies externas.
Sabendo que:
F
P (8.3)
S
28
v
F m (8.4)
t
mv L
P (8.5)
St St
mv 2
I (8.6)
St
I
P (8.7)
v
P (8.8)
St
2
r
S S0 0 (8.9)
r
S
Cr Prˆ (8.10)
m
29
10. MANOBRAS ORBITAIS
Não existe uma manobra ideal para todos os casos. Cada caso possui uma
condição adequada para aquela situação a se analisar.
30
Figura 12 – Transferência de Hohmann.
raio r0 fazendo com que o veículo passe por uma órbita de transferência
será dado colocando então o veículo sobre sua nova órbita, órbita final
(circular) (SANTOS, Aplicações em Manobras Espaciais do Problema de
Múltiplos Encontro., 2006).
Considerando a vis-viva:
2 1
v2 (10.1)
r a
Aplicando-se no problema:
2a r0 rf (10.2)
Desta forma:
rf
2
r0
v 02 (10.4)
r0 rf
1 r
0
Como v c 0
2
, então:
r0
rf
2 2
v 0 r0
(10.5)
v c 0 1 rf
r0
rf
2
0
v0 r
(10.6)
vc0 rf
1 r
0
rf
2
v v c 0 r0 1 (10.7)
rf
1 r
0
Então:
rf
2
v 0 v 0 r0 1 (10.8)
rf
1 r
0
32
10.3. TRANSFERÊNCIA BI-ELÍPTICA TRI-IMPULSIVA
rf
Como dito a transferência de Hohmann é ótima apenas quando 11.93876 .
r0
Isso foi demonstrado no trabalho de Hoelker e Silber (HOELKER & SILBER,
1959). O trabalho diz que quando essa razão é maior que 11.93876 a
transferência de Hohmann deixa de ser ótima e então a viabilidade passa a ser
a transferência bi-elíptica e tri-impulsisa.
dado fazendo com que o veículo se mova para outra órbita de transferência
(elíptica). Então, já na posição desejada, um impulso v f faz com que o veículo
33
desacelere e entre em orbita circular novamente, todavia com um raio final
maior que o inicial.
Tanto a órbita inicial quanto a final são concêntricas no planeta, porém com
raios distintos.
2r
v 0 0 1 1 (10.9)
1 r1
2r
2
v1 0 f
(10.10)
1 f r1
r r r1 1 r1
2rf
v f f rf
(10.11)
r1 rf r1
rf
15.58178 transferência bi-elíptica é superior a de transferência de
r0
Hohmann r1 rf .
rf
11.93876 15.58178 dentro desta faixa existe um valor mínimo limite
r0
34
tratamento de um modelo real ou ideal. A quantidade de perturbações irá
definir a proximidade do estudo ao modelo real. Portanto, uma missão deve ser
considerada de sucesso desde o momento de seu lançamento até sua entrada
e permanência na órbita desejada, sempre tentando aproximar-se do modelo
real.
35
11. SIMULAÇÃO DO PROBLEMA DE DOIS CORPOS MAIS PRESSÃO DE
RAIDAÇÃO SOLAR DIRETA
11.1. EQUACIONAMENTO
36
Figura 14 – Sistema Terra satélite com órbita equatorial.
dr d d 2
at 2 r eˆt 0 (10.1)
dt dt dt 2
d 2r d 2
ar 2 r eˆr 0 (10.2)
dt dt
F R mar (10.3)
Sendo:
Mm r
F R G (10.4)
r2 r
37
Substituindo a Equação (10.1), (10.2) e (10.4) em (10.3):
Mm r d 2r d 2
G m r eˆr (10.5)
r2 r dt 2
dt
d 2r d 2 M
2
r G 2 (10.6)
dt dt r
Sabendo que:
dr d d 2
2 r 0 (10.7)
dt dt dt 2
d 2 dr d 1
2
2 (10.8)
dt dt dt r
d 2r d 2 M
2
r G 2 (10.9)
dt dt r
d 2 dr d 1
2
2 (10.10)
dt dt dt r
x1 x2 y1 y 2 z1 z2
2 2 2
r (10.11)
38
Figura 15 – Posição do satélite relativa ao centro da Terra.
0 x
2
r x (10.12)
r H R (10.13)
x1
x2 d
dt
(10.14)
x3 r
dr
x4
dt
39
Derivando x1 , x 2 , x3 e x 4 no tempo obteve-se:
dx1
x2
dt
dx2 2 dx2 dx 4 1
dt
dt dt x1
(10.15)
dx3
x4
dt
2
dx 4 x1 dx 4 G M
dt dt x12
x3 r R H (10.16)
40
12. RESULTADOS DO PROBLEMA DE DOIS CORPOS MAIS PRESSÃO
DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA
H 778000
v0 7459.44
t0 0
t 6018.0
0
6
x 10
8
x1
6 x2
x3
4
2
Posição (m)
-2
-4
-6
-8
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
41
8
x1pt
6 x2pt
x3pt
4
Velocidade (m/s)
-2
-4
-6
-8
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
4 4
Velocidade (m/s)
2 2
Posição (m)
0 0
-2 -2
-4 -4
-6 -6
-8 -8
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
42
6 -3
x 10 x 10
8 8
y1 y1pt
6 6
4 4
Velocidade (m/s)
2 2
Posição (m)
0 0
-2 -2
-4 -4
-6 -6
-8 -8
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
6
x 10
7.158 8
z1 z1pt
7.156 7
7.154
6
Velocidade (m/s)
7.152
5
Posição (m)
7.15
4
7.148
3
7.146
2
7.144
7.142 1
7.14 0
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
43
x (m)
6
x 10
5
z (m)
-5
-5 5
0 0
5 -5 6
x 10
6
x 10 y (m)
Figura 21 – Órbita equatorial do satélite ao redor de uma volta na Terra.
7
4
(rad)
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
44
-3
x 10
1.048
1.047
1.046
d/dt (rad/s)
1.045
1.044
1.043
1.042
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
6
x 10
7.158
7.156
7.154
7.152
7.15
r (m)
7.148
7.146
7.144
7.142
7.14
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
45
8
2
dr/dt (m/s)
-2
-4
-6
-8
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
H 778000
v0 7459.44
t0 0
t 60180
1
2
Posição (m)
-2
-4
-6
-8
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
46
Figura 26 – Comportamento da órbita do satélite em coordenadas cartesianas ao
longo de uma volta sendo perturbada pela pressão de radiação solar, onde x1
é a posição em x , y1 é a posição em y e z1 é a posição em z .
1000
x1pt
800 x2pt
600 x3pt
400
Velocidade (m/s)
200
-200
-400
-600
-800
-1000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
47
6
x 10
6
2
Raio da Terra (m)
-2
-4
-6
-6 -4 -2 0 2 4 6 8
Raio da Terra (m) x 10
6
5
(rad)
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
48
-3
x 10
1.6
1.5
1.4
d/dt (rad/s)
1.3
1.2
1.1
1
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
6
x 10
7.2
6.8
6.6
r (m)
6.4
6.2
5.8
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
49
1000
800
600
400
200
dr/dt (m/s)
-200
-400
-600
-800
-1000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
H 778000
v0 7459.44
t0 0
t 6018
107
6
x 10
8 8
x1 x1pt
6 6
4 4
Velocidade (m/s)
2 2
Posição (m)
0 0
-2 -2
-4 -4
-6 -6
-8 -8
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
50
6 -3
x 10 x 10
8 8
y1 y1pt
6 6
4 4
Velocidade (m/s)
2 2
Posição (m)
0 0
-2 -2
-4 -4
-6 -6
-8 -8
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
7.152
5
Posição (m)
7.15
4
7.148
3
7.146
2
7.144
7.142 1
7.14 0
0 2000 4000 6000 8000 0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s) Tempo (s)
51
6
x 10
4
Raio da Terra (m)
-2
-4
-6
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
Raio da Terra (m) x 10
6
52
6
x 10
6.4828
6.4828
Raio da Terra (m)
6.4828
6.4828
6.4828
6.4828
6.4828
-8
x 10
4.5
3.5
3
(rad)
2.5
1.5
0.5
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Tempo (s)
Figura 38 – x2 x2 x2 .
53
O gráfico apresentando na Figura 38 mostra a influência da pressão de
radiação solar na posição angular de um satélite. O erro medido através da
subtração dos resultados entre valores perturbados e não perturbados indica
que x2 x2 o que implica em x2 0 .
54
13. SIMULAÇÃO DO PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS MAIS
PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA
Neste caso será considerado o problema restrito de três corpos no plano junto
de um efeito perturbativo, que neste caso será a pressão de radiação solar. A
simulação levará em conta o caso de um veículo que encontra-se sob órbita
circular inicialmente ao redor da Terra e recebe um v que fará com que o
mesmo saia de sua trajetória aproximando-se do segundo corpo (Lua). Serão
simuladas situações diversas o qual este impulso poderá aproximar o veículo
do segundo corpo, permanecer o mesmo preso a ação gravitacional ou afastá-
lo do sistema.
d 2x dy
2 2 2 x 31 x x1 22 x x2 (13.1)
dt dt r1 r2
55
d 2y dx 2 1 2
2 2 y 3 y 2 y (13.2)
dt dt r1 r2
m2r12
x1 (13.3)
m1 m2
m2r12
x2 (13.4)
m1 m2
x x1 y y1
2 2
r1 (13.5)
x x2 y y 2
2 2
r2 (13.6)
1 Gm1 (13.7)
2 Gm2 (13.8)
56
14. RESULTADOS DO PROBLEMA RESTRITO DE TRÊS CORPOS MAIS
PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA
H 778
v0 9.9148
t0 0
t 2606419.296
0
5
x 10
1.5
0.5
y, km
-0.5
-1
-1.5
0 1 2 3
x, km x 10
5
57
4
x 10
5
4
3
2
1
y, km
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6 -4 -2 0 2 4 6
x, km x 10
4
H 778
v0 10.45915
t0 0
t 552096
0
58
5
x 10
0.5
y, km
-0.5
-1
-1.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
x, km x 10
5
Figura 43 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por meio de
um v 0 , chega até a Lua e retorna a Terra.
Para realizar esta manobra foi preciso calcular o valor do impulso inicial
precisamente, pois caso contrário ele não chegaria, ou escaparia da trajetória,
ou seria capturado novamente pela ação gravitacional terrestre como pode ser
observado nas simulações a seguir.
H 778
v0 10.4
t0 0
t 552096
0
59
5
x 10
1.5
0.5
y, km
-0.5
-1
-1.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
x, km x 10
5
Figura 44 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por meio de
um v 0 , insuficiente para que a mesma chegue até a Lua, sendo assim
capturada novamente pela força da gravitacional terrestre.
H 778
v0 10.47
t0 0
t 552096
0
60
5
x 10
0.5
-0.5
y, km
-1
-1.5
-2
-2.5
0 1 2 3 4
x, km x 10
5
Figura 45 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por meio de
um v 0 elevado, para estas condições, tendo sua trajetória perdida devido a
isso.
H 778
v0 10.45915
t0 0
t 552096
107
61
4
x 10
-5
y, km
-10
-15
-20
Figura 46 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por meio de
um v 0 , chega até a Lua e retorna a Terra. Todavia, agora o movimento está
sofrendo com a ação da pressão de radiação solar.
H 778
v0 10.4
t0 0
t 552096
107
62
5
x 10
1.5
0.5
y, km
-0.5
-1
Figura 47 – Trajetória de uma espaçonave que sai de uma órbita terrestre por meio de
um v 0 , insuficiente para que a mesma chegue até a Lua. Além disso, a
mesma sofre ação da pressão de radiação solar.
H 778
v0 10.354567
t0 0
t 7.1856 106
107
63
5
x 10
2
1.5
0.5
y, km
-0.5
-1
-1.5
-2
-2 -1 0 1 2 3
x, km x 10
5
Figura 48 – Órbita de uma espaçonave que leva um impulso inicial v 0 e que está sob a
ação da perturbação causada pela ação gravitacional lunar e pela pressão de
radiação solar.
H 778
v0 10.38967
t0 0
t 2.3576 106
107
64
5
x 10
2.5
1.5
0.5
y, km
-0.5
-1
-1.5
-2
-2 -1 0 1 2 3
x, km x 10
5
Figura 49 – Órbita de uma espaçonave que leva um impulso inicial v 0 e que está sob
a ação da perturbação causada pela ação gravitacional lunar e pela pressão
de radiação solar.
H 778
v0 10.424566
t0 0
t 2.617920 107
107
65
5
x 10
6
2
y, km
-2
-4
-6
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6
x, km x 10
5
66
15. CONCLUSÃO
67
Terceiro caso: o veículo recebeu um v 0 10.47 km , neste caso o
s
impulso foi suficiente para fazer com que a espaçonave escapasse da
ação gravitacional da Lua e da Terra. O tempo da manobra foi de
t 552096 s .
Em todos os três casos ficaram evidentes que o impulso inicial foi fator
culminante para realizar-se uma manobra de sucesso.
68
16. REFRÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
69