Você está na página 1de 2

Centro Cultural do Cartaxo

Folha de Sala

“As Alegres Comadres de Windsor”, de William Shakespear


Entre 1600 e 1601, William Shakespeare escreveu sua única peça
em prosa, “As Alegres Comadres de Windsor”, usando como
personagem principal Sir John Falstaff, o mesmo de “Henrique IV” e
“Henrique V”. Nesta peça, Falstaff resolve seduzir duas mulheres
casadas que tinham fama de controlar os seus próprios assuntos
financeiros, com o objetivo de se apoderar do seu dinheiro. Mas o
que o Don Juan não sabia era que as duas eram comadres e, ao
descobrir o plano, se vingariam dele. De todas, esta é a mais
perfeita comédia de Shakespeare. Se a doce figura de Anne Page, a amada de Fenton e
desejada por todos, comanda a história, não há dúvida de que é ao carácter pitoresco de Evans
e do Dr. Caius e ao abominável Falstaff que devemos as melhores páginas da peça. Só Falstaff,
o personagem exaustivamente trabalhado por Shakespeare, só a sua figura grotesca, bastava
para interessar vivamente qualquer espectador...
Esta iniciativa do CCC é a terceira dentro de um projecto de criação de uma comunidade
teatral, um conceito que está na base da formação de grandes companhias de teatro em todo
o mundo.
Depois do grande sucesso que foi “Um Marido Ideal”, de Oscar Wilde, e “O Crime de Aldeia
Velha”, de Bernardo Santareno, ambos espectáculos deste mesmo grupo de teatro
comunitário, grandes são as expectativas para este novo projecto que culmina dia 22 na
vépera véspera do duplo aniversário de William Shakespeare, que nasceu em Stratford-upon-
Avon, a 23 de Abril de 1564 e faleceu no mesmo local, a 23 de abril de 1616.
Esta fabulosa comédia tem encenação de Frederico Corado, que encenou também “Um
Marido Ideal” e “O Crime de Aldeia Velha”, ambas no CCC, que se encheu de público
entusiasta, tendo sido necessário fazer sessões extras.
O termo “teatro comunitário” aplica-se à performance teatral feita por, com e para uma
determinada comunidade. Uma comunidade teatral tem como missão contribuir para o capital
social de uma comunidade, na medida em que desenvolve as capacidades, o espírito
comunitário e a sensibilidade artística de quem participa, seja como interveniente ou público.
A ideologia dominante alimentada pelas facilidades tecnológicas habitua as pessoas a
acomodarem-se ao que lhes é “servido” pronto a consumir, sem exigir a sua participação,
como se estivessemos condenados a habitarmos um mundo, sem o vivenciar. Pouco a pouco,
as pessoas vão perdendo o sentido crítico e a individualidade. O teatro comunitário não só
proporciona a oportunidade a cada um de agir de acordo com as suas próprias motivações,
dentro do grupo, mas também de manter um diálogo com agentes exteriores ao grupo.
Com | Ana Ribeiro, Vânia Calado, Pedro Marcos, José Manuel Rodrigues, João Nunes, Paulo Cabral,
Pedro Cavaca, Constança Lopes, João Rolaça, Mário Júlio, Carlos Duarte, Bernardo Pereira, Rosário
Narciso, Pedro Lino, Luis Cerqueira, José Falagueira, Mauro Cebolo, André Vieira, Miguel Viegas, Pedro
Ouro, Rita Raimundo, Mena Caetano, Helena Montez, Inês Pestana, Carolina Viana, Maria Costa, Rita
Camacho, Margarida Rafael, João Nunes, Maria F. Tereso, Bruna Cruz, Lara Leitão, Alexandre
Amendoeira, Jeanine Steuve, Leónia Santos, Maria Barbosa, Paula Ferreira, Brigite Campanacho,
Catarina Felício, Isabel Vicente, Mª Fátima Correia, Maria Ramalho, Adriana Oliveira, Aureliana
Campanacho, Maria Cerqueira, Ana Rita Oliveira, etc
Encenação e Cenografia: Frederico Corado | Cenografia: Frederico Corado e Carlos Ouro com a
colaboração de Mário Júlio e Inês Xavier | Produção: Marco Guerra e Carlos Ouro | Direcção Musical:
Nuno Mesquita com a Tintus Brass: Bruno Cardoso e Ze Gato (Trompetes), Nuno Mesquita (Trombone),
Alexandre Pombo (Eufónio), Raul Peralta (Viola Baixo), Gil Faria (Bateria) |Direcção Vocal: Cátia Garcia e
Hugo Rendas | Coreografia: João Santos | Assistente de Encenação: Florbela Silva e Rita Correia Alves |
Direcção de Cena: Mário Júlio | Cabelos: Rodrigo Variações | Fotografia: Vitor Neno | Contra-Regra:
André Pita Groz | Montagem: Vitor Lima | Um espectáculo Área de Serviço | uma Produção do Centro
Cultural do Cartaxo, Mosaico e Entrar Em Palco

Estreia a 19 de Abril de 2013


Centro Cultural do Cartaxo
Folha de Sala

FREDERICO CORADO
Realizador e encenador. Fundou a Magazin Produções e a Entrar Em
Palco. Autor de programas de rádio sobre cinema na RFM e Rádio
Renascença, actualmente dirige o Guia dos Teatros. Colaborou com
diversos festivais de cinema e é criador e director do FICAP – Festival
Internacional de Cinema e Video de Artes Performativas. Como designer
de cenografia virtual, realizou, entre outros, cenários/vídeos para
“Amália”, “My Fair Lady”, “Rainha do Ferro Velho”, Jesus Cristo Superstar” etc. Produtor, no
Teatro Politeama em algumas produções, sendo assistente de encenação de Filipe La Féria em
“Alice no País das Maravilhas”, “Música no Coração”, “Feiticeiro de Oz” e “Sítio do Picapau
Amarelo” e de Francisco Nicholson em “Isto é Que Me Dói!”. Encenou “Táxi”, “Alguns Sonetos
de Amor e uma Paixão Desesperada”, “Afixação Proibida”, “O Prisioneiro da Segunda
Avenida”, “Um Marido Ideal”, “O Crime de Aldeia Velha” e “Casa de Campo”.
Realizou, para além de diversos filmes publicitários, spots para mais de quatro dezenas de
peças de teatro (Politeama, A Barraca, São Luiz, etc) e videoclips, vários vídeos como “A
Estrela”, “Graça Lobo Dois Pontos”, "Pessoalmente Maria do Céu Guerra" e em cinema a curta-
metragem “Telefona-me!”.

WILLIAM SHAKESPEARE (1564/1616)


William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1564 —
Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616) foi um poeta e dramaturgo
inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente
dramaturgo do mundo. É tipo frequentemente como o poeta nacional da
Inglaterra e o "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). Das
suas obras restaram até aos dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos
poemas narrativos, e diversos outros poemas. As suas peças foram
traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer
outro dramaturgo. Muitos dos seus textos e temas, especialmente os do teatro,
permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com frequência pelo teatro,
televisão, cinema e literatura. Entre as suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que
se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais
conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a
questão).
Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns
estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe deu três filhos: Susanna, e os gémeos
Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 começou uma carreira bem-sucedida em Londres como
actor, escritor e proprietário da companhia de teatro Lord Chamberlain's Men. Acredita-se que
tenha regressado a Stratford por volta de 1613, morrendo três anos depois.

Agradecimentos: Lauro António | Maria Eduarda Colares | Filipe La Féria | Isabel Soares | Cátia Garcia |
Carlos Feio | Hugo Rendas| José Raposo | Pedro Galveias | João Rolaça | Susana Amaro | Manel D’Água
| Mário Júlio | Florbela Silva | Sónia Devesa |Francisco Costa | Hugo Carrasco | Pedro Honório | José
Manuel Cruz | Mark Depputer | Jorge Cardoso
Apoios: Carroçarias Honório | Foto Cartaxo | Trifoto | Frifoto | Cesar Cordeiro Fotografia | Bomba de
Rodrigo Variações | Animaz – DJ White | Alfazema Ecobazar | Teatro Maria Matos

Estreia a 19 de Abril de 2013

Você também pode gostar