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BRF S.A.

Companhia Aberta de Capital Autorizado


CNPJ 01.838.723/0001-27
NIRE 42.300.034.240
CVM 1629-2

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes


e de Negociação de Valores Mobiliários

Aprovada na Reunião do Conselho de Administração realizada em 31 de março de 2016.

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ÍNDICE

1. Propósito e Abrangência Pág. 3

2. Definições Pág. 3

3. Da Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante Pág. 6

4. Da Política de Negociação Pág. 17

5. Alterações na Política Pág. 21

6. Infrações e Penalidades Pág. 22

7. Vigência Pág. 22

8. Disposições Gerais Pág. 23

Anexo I – Termo de Adesão à Política Pág. 24

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POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE ATOS OU FATOS RELEVANTES
E DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

O presente documento consubstancia a Política de Divulgação de Atos ou Fatos


Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários da BRF S.A. (“Companhia” ou
“BRF”), aprovada pelo Conselho de Administração da BRF na reunião do dia 31 de
março de 2016, a qual foi elaborada de acordo com o texto em vigor da Instrução da
Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme
alterada (“Instrução CVM nº 358/02”) e demais disposições legais e regulamentares
aplicáveis.

1. PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA

1.1. A BRF sempre manteve um relacionamento com seus investidores e com o


mercado em geral baseado em elevados padrões de conduta e transparência, exigidos
pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis às companhias abertas listadas no
Brasil e no exterior.

1.2. A presente Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes e de Negociação


de Valores Mobiliários da BRF (“Política”) tem como propósito estabelecer as regras e
procedimentos que deverão ser compulsoriamente observados e aplicados pelas
Pessoas Vinculadas na divulgação de informações e na negociação de Valores
Mobiliários de emissão da Companhia, visando a evitar o uso indevido de informações
privilegiadas e assegurar a regularidade e transparência das negociações de Valores
Mobiliários de emissão da BRF.

1.3. Todas as pessoas sujeitas à presente Política deverão pautar a sua conduta em
conformidade com os princípios de boa-fé, lealdade, transparência e veracidade, bem
como pelas regras estabelecidas nesta Política, no Código de Ética e Conduta (Manual
de Transparência) da Companhia, no Regulamento do Novo Mercado, nas regras de
melhores práticas de divulgação da Associação Brasileira das Companhias Abertas
(“Abrasca”) e nos pronunciamentos do Comitê de Orientação para Divulgação de
Informações ao Mercado (“CODIM”).

2. DEFINIÇÕES

Os termos e expressões relacionados abaixo, quando utilizados nesta Política, terão o


seguinte significado:

“Acionistas Controladores” ou “Sociedades Controladoras” ou “Controladora”: o


acionista ou grupo de acionistas vinculado por acordo de acionistas ou sob controle
comum que (i) detenha a titularidade de direitos de sócio que assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores; e (ii) efetivamente exerça o poder de controle e direção das

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atividades sociais, orientando o funcionamento dos órgãos da companhia ou entidade,
nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

“Administradores”: os diretores estatutários, membros do conselho de administração,


membros do conselho fiscal e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou
consultivas, criados ou que venham a ser criados por disposição estatutária (titulares e
suplentes), conforme aplicável, de uma companhia ou entidade.

“Ato ou Fato Relevante” ou “Atos ou Fatos Relevantes”: qualquer decisão de Acionistas


Controladores, deliberação da assembleia geral ou dos órgãos de administração da
Companhia ou de suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas, ou qualquer
outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-
financeiro, ocorrido ou relacionado aos seus negócios, que possa influir de modo
ponderável: (i) na cotação dos Valores Mobiliários da Companhia; (ii) na decisão dos
investidores de comprar, vender ou manter os Valores Mobiliários da Companhia; ou
(iii) na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à condição de
titular de Valores Mobiliários da Companhia.

“BM&FBOVESPA”: BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.

“Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão”: as bolsas de valores e/ou entidades do


mercado de balcão organizado em que os Valores Mobiliários de emissão da BRF sejam
ou venham a ser admitidos à negociação, no País ou no exterior.

“Companhia” ou “BRF”: BRF S.A.

“Contatos Comerciais”: toda pessoa que tenha conhecimento de informação referente


a Ato ou Fato Relevante da BRF, em decorrência de relação comercial, profissional ou
de confiança estabelecida com a BRF, tais como auditores independentes, advogados,
consultores e instituições do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários.

“CVM”: Comissão de Valores Mobiliários.

“DRI”: o Diretor Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores da BRF,


responsável pela prestação de informações ao Público Investidor, à CVM, à SEC, e às
Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão, no País ou no exterior, bem como por
manter atualizado o registro de companhia aberta da BRF.

“Ex-Administradores”: os ex-diretores estatutários, ex-membros do conselho de


administração, ex-membros do conselho fiscal e ex-membros de quaisquer órgãos com
funções técnicas ou consultivas, criados ou que venham a ser criados por disposição
estatutária (titulares ou suplentes) que deixarem de integrar a administração de uma
companhia ou entidade.

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“Empregados e Colaboradores”: os empregados e executivos da BRF, bem como
quaisquer pessoas que, em virtude de seu cargo ou posição na Companhia, ou nas
suas Sociedades Controladas e Sociedades Coligadas, tenham acesso a qualquer
Informação Privilegiada.

“Informação Privilegiada”: Atos ou Fatos Relevantes ainda não divulgados à CVM, à


SEC, às Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão, e, simultaneamente, ao Público
Investidor.

“Instrução CVM nº 358/02”: a Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002 (com as


alterações posteriores à sua edição), ou norma equivalente que venha a sucedê-la, que
dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante relativos
às companhias abertas, bem como sobre a negociação de valores mobiliários de
emissão de companhia aberta na pendência de fato relevante não divulgado ao
mercado, dentre outras matérias.

“Intenção”: a assinatura pela Companhia do primeiro documento referente à um


determinado negócio ou um conjunto de negócios, sem prejuízo de outras situações
em que possa ser verificada intenção concreta e efetivamente demonstrável de realizá-
la.

“Lei das Sociedades por Ações”: a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (com as
alterações posteriores à sua edição), que dispõe sobre a Sociedade por Ações.

“Negociação Relevante”: o negócio ou o conjunto de negócios por meio do qual a


participação de determinado acionista ou grupo de acionistas, direta ou indireta,
ultrapassa, para cima ou para baixo, os patamares de 5% (cinco por cento), 10% (dez
por cento), 15% (quinze por cento), e assim sucessivamente, de espécie ou classe de
ações representativas do capital social da Companhia.

“Pessoas Ligadas”: as pessoas que mantenham os vínculos indicados a seguir com


Pessoas Vinculadas (conforme aplicável): (i) o cônjuge, de quem não se esteja
separado judicialmente; (ii) o(a) companheiro(a); (iii) qualquer dependente incluído na
declaração anual de imposto sobre a renda; ou (iv) sociedades controladas, direta ou
indiretamente, seja pelas Pessoas Vinculadas ou pelas demais Pessoas Ligadas.

“Pessoas Vinculadas”: significa (i) a própria Companhia; (ii) seus Administradores e


Acionistas Controladores; (iii) seus Empregados e Colaboradores; e (iv) quem quer
que, em virtude de seu cargo, função ou posição na Companhia, em sociedade
Controladora, nas Sociedades Controladas e nas Sociedades Coligadas, tenha
conhecimento de informação que possa constituir Ato ou Fato Relevante sobre a BRF,
suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas.

“Política”: a presente Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes e de


Negociação de Valores Mobiliários da BRF.

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“Público Investidor”: investidores em valores mobiliários, analistas e demais agentes do
mercado de capitais.

“SEC”: a Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de valores


mobiliários dos Estados Unidos da América.

“Sociedades Coligadas”: todas as sociedades em que a BRF tenha influência


significativa, na forma definida no art. 243 da Lei das Sociedades por Ações, no Brasil
ou no exterior, as quais também se identificam como Partes Relacionadas, conforme
definido pelas normas internacionais de contabilidade - IFRS, adotadas pela
Companhia.

“Sociedades Controladas”: todas as sociedades que são controladas pela BRF, direta ou
indiretamente, conforme definido no art. 243, § 2º, da Lei das Sociedades por Ações,
no Brasil ou no exterior, as quais também se identificam como Partes Relacionadas,
conforme definido pelas normas internacionais de contabilidade - IFRS, adotadas pela
Companhia.

“Termo de Adesão”: documento a ser firmado na forma do artigo 16, §1º, da Instrução
CVM nº 358/02, e conforme modelo anexado à presente como Anexo I.

“Valores Mobiliários”: quaisquer ações, debêntures, bônus de subscrição, recibos


(incluindo aqueles emitidos fora do Brasil com lastro em ações), direitos de subscrição,
notas promissórias, opções de compra ou de venda, bonds, índices e derivativos de
qualquer espécie ou, ainda, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento
coletivo de emissão da BRF ou, ainda, os títulos ou instrumentos a eles referenciados
que, por determinação legal, sejam considerados valores mobiliários.

3. DA POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE ATO OU FATO RELEVANTE

3.1. A presente Política adotada pela BRF para a divulgação de Ato ou Fato
Relevante visa a assegurar o atendimento aos objetivos de amplitude, qualidade,
transparência, eficiência e igualdade de tratamento ao Público Investidor na divulgação
de informações que constituam Atos ou Fatos Relevantes relativos aos Valores
Mobiliários da Companhia.

3.2. Além disso, a presente Política busca a manutenção da confiança do Público


Investidor, dos próprios Administradores, dos Empregados e Colaboradores e dos
participantes do mercado de capitais em geral, quanto à veracidade e atualidade das
informações operacionais e da situação econômico-financeira da BRF bem como de
suas Sociedades Controladas. Esta política rege também a divulgação de informações
relevantes à imprensa especializada, aos Empregados e Colaboradores da Companhia e
ao público em geral.

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Ato ou Fato Relevante

3.3. Com o propósito de facilitar a identificação de situações que configurem Atos


ou Fatos Relevantes, a Instrução CVM nº 358/02, no parágrafo único do artigo 2º,
relacionou exemplos não exaustivos de Atos ou Fatos Relevantes.

3.4. Cumpre aos Administradores da BRF analisar com rigor as situações concretas
que venham a surgir no curso das operações da Companhia e de suas Sociedades
Controladas e Sociedades Coligadas, considerando sempre a sua materialidade,
concretude ou importância estratégica, a fim de verificar se tais situações constituem
ou não Ato ou Fato Relevante.

3.5. Com relação às hipóteses referidas na Instrução CVM nº 358/02 relativas à (i)
aquisição de outras sociedades ou de ativos operacionais de outras sociedades pela
BRF, suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas, (ii) alienação de
participações societárias ou ativos operacionais pela Companhia, suas Sociedades
Controladas ou Sociedades Coligadas, (iii) operação de fusão, incorporação ou
incorporação de ações, envolvendo a Companhia, suas Sociedades Controladas ou
Sociedades Coligadas, e (iv) investimentos da Companhia, suas Sociedades
Controladas ou Sociedades Coligadas, presumir-se-á a existência de Ato ou Fato
Relevante quando a operação representar 5% (cinco por cento) ou mais do valor de
mercado da Companhia e, ainda:

(i) se houver sido iniciada auditoria externa para consecução da operação; ou

(ii) se houver sido efetuada proposta vinculante visando à consecução da


operação.

3.6. Não constituirá Ato ou Fato Relevante, para os efeitos desta Política, a mera
prospecção de oportunidades de investimento ou de negócios pela Companhia ou por
suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas, ainda que envolvam a
celebração de acordos de confidencialidade, as quais deverão ser mantidas sob
rigoroso sigilo pelas Pessoas Vinculadas.

3.7. A Companhia promoverá a imediata divulgação de qualquer uma das situações


previstas nos itens 3.4 a 3.6, ainda que não caracterizadas como Ato ou Fato
Relevante, caso ocorra vazamento de sua existência ao mercado e dele resulte
oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos Valores Mobiliários da
Companhia.

3.8. Qualquer Pessoa Vinculada ou Pessoa Ligada que tiver dúvidas a respeito da
qualificação de determinada situação como Ato ou Fato Relevante, bem como quanto
ao tratamento dispensado à tal situação nos termos desta Política, deverá contatar o
DRI ou a área de Relações com Investidores da BRF para obtenção dos
esclarecimentos necessários.

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Deveres do DRI

3.9. Cumpre ao DRI:

(i) divulgar e comunicar à CVM, à SEC, às Bolsas de Valores e/ou Mercado de


Balcão, qualquer Ato ou Fato Relevante ocorrido ou relacionado aos negócios
da Companhia, de suas Sociedades Controladas ou de suas Sociedades
Coligadas, imediatamente após a sua ocorrência;

(ii) zelar pela ampla e imediata disseminação dos Atos ou Fatos Relevantes
referidos na alínea (i) acima, simultaneamente, a todos os mercados em que os
Valores Mobiliários da BRF sejam admitidos à negociação, no Brasil ou no
exterior;

(iii) prestar as informações solicitadas, caso a CVM, a SEC, ou as Bolsas de Valores


e/ou Mercado de Balcão venham a exigir esclarecimentos adicionais à
comunicação e à divulgação de Ato ou Fato Relevante;

(iv) avaliar a necessidade de solicitar, sempre simultaneamente às Bolsas de


Valores e/ou Mercado de Balcão, nacionais e estrangeiras, a suspensão da
negociação dos Valores Mobiliários da BRF, pelo tempo necessário à adequada
disseminação do Ato ou Fato Relevante; e

(v) ocorrendo vazamento de Informação Privilegiada ou oscilações atípicas na


cotação, preço ou quantidade negociada dos Valores Mobiliários da BRF, inquirir
quaisquer pessoas que, a seu exclusivo juízo, possam deter a informação ainda
não divulgada ao mercado, a fim de avaliar a necessidade de sua divulgação
imediata na forma desta Política, bem como, manter registro deste
procedimento.

3.9.1. Em relação à hipótese prevista na alínea (iv) do item 3.9 acima, caso seja
imperativo que a divulgação do Ato ou Fato Relevante ocorra durante o horário
de negociação, a suspensão de negociação não será levada a efeito no Brasil
enquanto estiverem em funcionamento Bolsas de Valores e/ou Mercado de
Balcão localizadas no exterior, e enquanto os negócios com os Valores
Mobiliários não estiverem igualmente suspensos nessas Bolsas de Valores e/ou
Mercado de Balcão.

Deveres das Pessoas Vinculadas

3.10. Cumpre às Pessoas Vinculadas:

(i) comunicar ao DRI ou, em sua ausência, à área de relações com investidores da
BRF, qualquer informação que entendam caracterizar Ato ou Fato Relevante, a

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quem caberá decidir sobre a necessidade de divulgar a matéria ao mercado e
sobre o nível de detalhamento da divulgação;

(ii) atender prontamente às solicitações de esclarecimentos formuladas pelo DRI


quanto à verificação da ocorrência de Ato ou Fato Relevante; e

(iii) guardar sigilo da Informação Privilegiada a qual tenha acesso em virtude de sua
posição, cargo ou função que ocupam, até a sua adequada divulgação ao
mercado nos termos desta Política, bem como zelar para que os subordinados e
terceiros de sua confiança também o façam.

3.10.1. Os Acionistas Controladores e Administradores da BRF que tiverem


conhecimento pessoal de Ato ou Fato Relevante e constatem a omissão do DRI
na sua ampla divulgação ao mercado (e não se configurando a decisão de
manter sigilo, tomada na forma do art. 6º da Instrução CVM nº 358/02)
somente se eximirão de responsabilidade caso comuniquem tal Ato ou Fato
Relevante imediatamente à CVM, por escrito, nos termos do § 2º do art. 3º da
Instrução CVM nº 358/02;

Procedimentos de Divulgação da BRF

3.11. A divulgação de Ato ou Fato Relevante será feita (i) por meio eletrônico às
autoridades reguladoras competentes e às Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão,
(ii) por meio (ii.a) da página na rede mundial de computadores do portal de notícias do
Valor Econômico (http://www.valor.com.br/valor-ri), (ii.b) da página na rede mundial
de computadores do portal de notícias PR News (http://www.prnewswire.com), (ii.c)
da página na rede mundial de computadores da Companhia (http://www.brf-
br.com/ri), e (ii.d) do sistema de envio de informações periódicas e eventuais da CVM
(Sistema Empresas.Net). As divulgações de que tratam esta Política serão efetuadas
em português e em inglês. As informações fornecidas aos órgãos reguladores e
divulgadas por meio da Internet deverão ser constantemente atualizadas e incluirão as
informações em teor idêntico àquele remetido à CVM, à SEC, e às Bolsas de Valores
e/ou Mercado de Balcão.

3.12. A divulgação de Ato ou Fato Relevante deverá ocorrer simultaneamente em


todos os mercados em que os Valores Mobiliários da BRF sejam admitidos à
negociação, sempre que possível, antes do início ou após o encerramento dos negócios
nas Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão localizadas no País ou no exterior. No
caso de incompatibilidade, prevalecerá o horário de funcionamento do mercado
brasileiro.

3.13. A divulgação de informações será obrigatoriamente feita ao Público Investidor


de modo geral. Caso uma informação caracterizada como Ato ou Fato Relevante seja
inadvertidamente revelada a uma pessoa ou grupo específico de pessoas que não

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sejam as Pessoas Vinculadas, a Companhia, por intermédio do DRI, fará
imediatamente ampla divulgação da informação ao mercado, na forma desta Política.

Exceção à Imediata Divulgação

3.14. Os Atos ou Fatos Relevantes poderão excepcionalmente deixar de ser


divulgados ao mercado quando os Acionistas Controladores ou os Administradores,
conforme o caso, entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da
BRF.

3.15. Na hipótese prevista no item anterior, os Acionistas Controladores ou os


Administradores, estes últimos por intermédio do DRI, conforme o caso, poderão
decidir por submeter à apreciação da CVM a questão acerca da não divulgação ao
público de Ato ou Fato Relevante. Neste caso, o requerimento deverá ser dirigido ao
Presidente da CVM, em envelope lacrado, no qual deverá constar a palavra
“Confidencial”, com a justificativa para o pedido de sigilo.

3.16. Os Acionistas Controladores ou os Administradores, estes últimos por


intermédio do DRI, conforme o caso, ficam obrigados a divulgar ao mercado
imediatamente o Ato ou Fato Relevante caso a informação escape ao controle ou se
ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos Valores
Mobiliários da Companhia.

3.17. O requerimento de que trata o item 3.15 não eximirá os Acionistas


Controladores e os Administradores de sua responsabilidade pela divulgação do Ato ou
Fato Relevante.

Divulgação de Resultados e outras Informações

3.18. A BRF não tem por política a divulgação de comentários às projeções de


resultados e relatórios preparados por analistas de investimentos. No entanto, o DRI
poderá fornecer a analistas de investimentos e ao mercado em geral informações que
entenda pertinentes para permitir a elaboração de adequada avaliação dos Valores
Mobiliários da Companhia, podendo, para esse efeito, comentar sobre os fatos e
premissas seguidos nos modelos tomados por tais analistas. Não serão objeto de
comentário as conclusões a que tais analistas tenham chegado em seus relatórios. A
Companhia não circulará a nenhum interessado nem endossará qualquer relatório que
tenha sido preparado por analistas de investimentos.

3.19. Qualquer informação que seja divulgada e que se refira a projeções, de


qualquer natureza, serão acompanhadas de mensagem (i) indicando que tal
informação deverá ser avaliada pelos participantes do mercado com especial cautela
por se tratar de informação ainda não confirmada e sim baseada em meras
expectativas da administração da Companhia, e (ii) identificando os fatores

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considerados importantes e que poderão implicar resultados diferentes do esperado
pela administração da Companhia.

3.20. Caso a Administração da BRF constate que o Ato ou Fato Relevante, incluindo
qualquer projeção, anteriormente divulgado era ou tornou-se significativamente
incorreto, o DRI fará imediata divulgação da informação correta tão logo identifique
aquele erro, procedendo-se à correção nas informações periódicas encaminhadas à
CVM.

3.21. Informações desfavoráveis ou negativas sobre a Companhia ou suas


Sociedades Controladas e Sociedades Coligadas serão divulgadas do mesmo modo e
com a mesma agilidade que as informações favoráveis.

Divulgação de Resultados Trimestrais e Anuais

3.22. Sem prejuízo de outras informações exigidas pela CVM e pela SEC, serão
preparadas pela BRF as seguintes informações, as quais serão encaminhadas:

3.22.1. À CVM:

(i) formulário de referência, que deve ser entregue, anualmente, em até 5 (cinco)
meses contados da data de encerramento do exercício social;

(ii) demonstrações financeiras anuais, que devem ser divulgadas, nas versões em
português e inglês, nos prazos estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações;

(iii) formulário de demonstrações financeiras padronizadas (“DFP”), que deve ser


entregue à CVM em até 3 (três) meses contados do encerramento do exercício
social ou na mesma data em que as demonstrações financeiras forem
divulgadas, o que ocorrer primeiro;

(iv) formulário de informações trimestrais (“ITR”), que deve ser entregue pelo
emissor no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da data de
encerramento de cada trimestre.

3.22.2. À SEC

(i) Formulário 20F: de acordo com os prazos estabelecidos pela SEC; e

(ii) Formulários 6K: quaisquer documentos entregues à CVM por intermédio do


sistema de envio de documentos da CVM – Empresas.Net, simultaneamente à
publicação (ou disponibilização) de tal informação na versão em português.
Conforme aplicável, tais documentos deverão também ser simultaneamente

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protocolados nas Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão, no País ou no
exterior.

3.22.2.1. Todos os documentos entregues à SEC devem ser também enviados à CVM,
pelo Sistema Empresas.Net, traduzidos para o português,
concomitantemente ao registro de tal informação na SEC

3.23. A divulgação será feita aos mercados brasileiro e estrangeiro em que forem
admitidos à negociação os Valores Mobiliários da Companhia, fora do horário de
pregão das Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão.

3.24. As informações referidas no item 3.22 serão simultaneamente disponibilizadas


na página de internet da BRF e encaminhadas aos analistas e investidores que
integrem o cadastro da Companhia.

3.25. A Companhia procurará realizar entrevistas coletivas com a imprensa


especializada, de modo a dar um amplo conhecimento acerca dos resultados
trimestrais e anuais sem, contudo, divulgar outras informações não divulgadas
amplamente ao mercado de capitais.

Calendário Anual

3.26. A BRF deverá enviar à BM&FBOVESPA e divulgar, até 10 de dezembro de cada


ano, um Calendário Anual para o ano civil seguinte, contendo, no mínimo, menção e
respectiva data dos atos e eventos societários, da reunião pública com analistas e
quaisquer outros interessados e da divulgação das informações financeiras
programadas para o ano civil seguinte, conforme modelo divulgado pela
BM&FBOVESPA.

3.27. Eventuais alterações subsequentes em relação aos eventos constantes do


Calendário Anual já apresentado deverão ser comunicadas à BM&FBOVESPA e
divulgadas, no mínimo, com 5 (cinco) dias de antecedência da data prevista para a
realização do evento. Caso a alteração não seja divulgada nesse prazo, além da
alteração no Calendário Anual, a Companhia deverá divulgar comunicado ao mercado,
antes da realização do evento, informando as causas que motivaram a alteração no
Calendário Anual.

Período de Silêncio (Quiet Period)

3.28. O “Período de Silêncio” antes da divulgação pública das demonstrações


contábeis é a conduta que deve ser utilizada pelas companhias, conforme legislação e
regulamentação vigentes, de não divulgar informações sobre seus resultados a
pessoas fora do âmbito dos profissionais envolvidos no preparo e aprovação dessas
demonstrações contábeis pela Diretoria e Conselho de Administração, no período que

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antecede a entrega dessas informações à CVM e às Bolsas de Valores e/ou Mercado de
Balcão, bem como a sua divulgação pública.

3.29. A BRF adota a sistemática do Período de Silêncio no período de 15 (quinze) dias


anteriores à data de divulgação pública das informações trimestrais (ITR), das
informações anuais (DFP) da Companhia e do Formulário de Referência à CVM.

3.30. Estão sujeitas ao Período de Silêncio as Pessoas Vinculadas.

3.31. As informações que sejam caracterizadas como Ato ou Fato Relevante, e que
não digam respeito diretamente ao teor das informações financeiras ainda não
divulgadas, devem continuar a ser divulgadas normalmente ao mercado na forma
desta Política.

3.32. Não serão divulgadas informações sobre as demonstrações contábeis que ainda
possam sofrer ajustes e que ainda não foram auditadas e aprovadas pela Diretoria e o
Conselho de Administração.

3.33. A BRF declarará internamente Período de Silêncio para as Pessoas Vinculadas


nos períodos em que estiverem em curso ofertas públicas, conforme previsto na
legislação de mercado de capitais, abstendo-se, nesses casos, da participação em
reuniões públicas, conferências e entrevistas à imprensa.

3.34. Excepcionalmente, em casos de vazamento involuntário dessas informações e


quando da ocorrência de caso atípico ou fortuito, a fim de equalizar as informações ao
mercado, a Companhia deve informar à CVM e divulgar os dados vazados ao mercado,
o mais rápido possível, pelos procedimentos estabelecidos nesta Política.

Conferências Telefônicas/Transmissões Simultâneas

3.35. Serão realizadas conferências telefônicas ou transmissões simultâneas após a


divulgação de resultados. Além disso, poderão ser realizadas conferências telefônicas
eventuais sempre que necessário, a critério do DRI.

3.36. Nas conferências telefônicas ou transmissões simultâneas poderão ser


debatidos, em maior profundidade, os comunicados feitos ao mercado mediante
publicações na imprensa.

3.37. As conferências telefônicas ou transmissões simultâneas serão sempre


conduzidas pelo DRI, mas delas também poderão participar outros Diretores da
Companhia.

3.38. Tais conferências ou transmissões simultâneas serão transcritas e


disponibilizadas no website da área de relações com investidores da BRF.

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Reuniões com Analistas e Investidores

3.39. A Companhia poderá realizar apresentações públicas, no País ou no exterior,


em eventos promovidos por entidades de mercado de capitais, por instituições
financeiras ou, ainda, por decisão própria de seus Administradores.

3.40. Sempre que julgar conveniente e sob supervisão do DRI, a Companhia poderá
promover reuniões e encontros com investidores, correntes ou potenciais, ou participar
de conferências promovidas por instituições de mercado.

3.41. O atendimento a investidores e analistas de investimento será sempre feito pelo


DRI e/ou por representante da área de relações com investidores, que poderão
convidar outros Diretores e executivos da Companhia a acompanhá-los.

3.42. O DRI poderá encaminhar informações ou material de conhecimento público e


já divulgado ao mercado sobre a BRF, que sejam solicitados por investidores e
analistas de investimento.

3.43. Todas as informações e apresentações utilizadas nessas reuniões serão


encaminhadas para a CVM, SEC e Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão e
disponibilizadas no website da área de relações com investidores da BRF.

Respostas a Rumores

3.44. É política da BRF não comentar rumores ou especulações originadas no


mercado, exceto em situações em que tais rumores ou especulações se refiram a Atou
ou Fato Relevante que tenha escapado ao controle da Companhia ou estejam
acarretando oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos Valores
Mobiliários da Companhia.

Relacionamento com Parceiros Estratégicos

3.45. Quando necessária, a troca de informações relevantes não públicas com


parceiros estratégicos será sempre acompanhada de formalização de um acordo de
confidencialidade. Caso tais informações sejam inadvertidamente divulgadas a
qualquer terceiro, por qualquer das partes do acordo de confidencialidade, o DRI
promoverá imediatamente a ampla divulgação da informação ao mercado, no mesmo
teor.

Compartilhamento de Informações entre a Área de Relações com


Investidores e as Demais Áreas da Administração da BRF

3.46. Os Administradores manterão o DRI sempre atualizado com amplas


informações de caráter estratégico, operacional, técnico ou financeiro, cabendo a ele

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decidir sobre a necessidade de divulgar a matéria ao público e sobre o nível de
detalhamento da divulgação.

Procedimentos de Comunicação de Informações Sobre Negociações de


Administradores e Outros

3.47. Os Administradores ficam obrigados a comunicar à Companhia a titularidade e


as negociações realizadas com Valores Mobiliários emitidos pela Companhia,
Sociedades Controladas ou Controladoras (que sejam companhias abertas).

3.47.1. Os Administradores deverão, ainda, indicar os Valores Mobiliários, e/ou valores


mobiliários de emissão de Sociedades Controladas ou Controladoras (que sejam
companhias abertas), ou neles referenciados, detidos por Pessoas Ligadas.

3.47.2. A comunicação à Companhia referida no caput deste item deverá ser efetuada:
(i) no primeiro dia útil após a investidura no cargo; e (ii) no prazo máximo de 5
(cinco) dias após a realização de cada negócio.

3.48. A Companhia deverá enviar à CVM e, quando necessário, à SEC e às Bolsas de


Valores e/ou Mercado de Balcão, as informações referidas no item 3.47 com relação
aos valores mobiliários negociados:

(i) por ela própria, pelas Sociedades Controladas e Sociedades Coligadas; e

(ii) pelos Administradores e por Pessoas Ligadas a eles.

3.48.1. Tanto as informações recebidas pela Companhia nos termos do item 3.47,
quanto as informações constantes do item 3.48 acima, deverão ser enviadas
pelo DRI, por intermédio da área de relações com investidores da Companhia,
no prazo de 10 (dez) dias após o término do mês em que se verificarem
alterações das posições detidas, ou, conforme aplicável, do mês em que ocorrer
a investidura no cargo dos Administradores.

3.48.2. As informações recebidas pela Companhia nos termos do item 3.47 deverão ser
enviadas à CVM de forma individual e consolidada por órgão ali indicado, sendo
que ficarão disponíveis no sistema eletrônico de Informações Periódicas e
Eventuais – Empresas.Net:

(i) as posições individuais da própria Companhia, suas Sociedades Controladas e


Sociedades Coligadas; e

(ii) as posições, consolidadas por órgão, detidas pelos Administradores.

Procedimentos de Comunicação e Divulgação sobre Aquisição ou Alienação


de Participação Acionária Relevante

15
3.49. Os Acionistas Controladores, diretos ou indiretos, e os acionistas que elegerem
membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal, bem como qualquer
pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas, agindo em conjunto ou representando
um mesmo interesse, que realizarem Negociações Relevantes deverão enviar à
Companhia, imediatamente após referida negociação, comunicado com as seguintes
informações:

(i) nome e qualificação, indicando o número de inscrição no Cadastro Nacional de


Pessoas Jurídicas ou no Cadastro de Pessoas Físicas;

(ii) objetivo da participação e quantidade visada, contendo, se for o caso,


declaração de que os negócios não objetivam alterar a composição do controle
ou a estrutura administrativa da Companhia;

(iii) número de ações e de outros valores mobiliários e instrumentos financeiros


derivativos referenciados em tais ações, sejam de liquidação física ou
financeira, explicitando a quantidade, a classe e a espécie das ações
referenciadas;

(iv) indicação de qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de


voto ou a compra e venda de Valores Mobiliários da Companhia; e

(v) se o acionista for residente ou domiciliado no exterior, o nome ou denominação


social e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas do seu mandatário ou representante legal no país
para os efeitos do art. 119 da Lei das Sociedades por Ações.

3.49.1. Ressalvado o disposto no item 3.49.2, as obrigações previstas no item 3.49 se


estendem também:

(i) à aquisição de quaisquer direitos sobre as ações e demais valores mobiliários ali
mencionados; e

(ii) à celebração de quaisquer instrumentos financeiros derivativos referenciados


em ações de que trata o item 3.49, ainda que sem previsão de liquidação física.

3.49.2. Nas hipóteses previstas no item 3.49.1, devem ser observadas as seguintes
regras:

(i) as ações diretamente detidas e aquelas referenciadas por instrumentos


financeiros derivativos de liquidação física serão consideradas em conjunto para
fins da verificação dos percentuais das Negociações Relevantes;

16
(ii) as ações referenciadas por instrumentos financeiros derivativos com previsão
de liquidação exclusivamente financeira serão computadas independentemente
das ações de que trata o inciso (i) para fins de verificação dos percentuais das
Negociações Relevantes;

(iii) a quantidade de ações referenciadas em instrumentos derivativos que confiram


exposição econômica às ações não pode ser compensada com a quantidade de
ações referenciadas em instrumentos derivativos que produzam efeitos
econômicos inversos; e

(iv) as obrigações previstas no item 3.49 não se estendem a certificados de


operações estruturadas – COE, fundos de índice de valores mobiliários e outros
instrumentos financeiros derivativos nos quais menos de 20% (vinte por cento)
de seu retorno seja determinado pelo retorno das ações de emissão da
Companhia.

3.50. Nos casos em que a aquisição resulte ou que tenha sido efetuada com o
objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da BRF,
bem como nos casos em que a aquisição gere a obrigação de realização de oferta
pública, nos termos da Instrução CVM nº 361, de 05 de março de 2002, o adquirente
deverá, ainda, promover a divulgação, no mínimo, pelos canais de comunicação
previstos no item 3.11 desta Política, de aviso contendo as informações previstas no
item 3.49 acima.

3.51. O DRI é o responsável pela transmissão das informações, por intermédio da


área de relações com investidores da BRF, assim que recebidas pela Companhia, à
CVM e, quando necessário, à SEC e às Bolsas de Valores e/ou Mercado de Balcão.

4. DA POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO

4.1. A presente Política define: (i) as regras a serem observadas pelas Pessoas
Vinculadas na negociação de Valores Mobiliários de emissão da BRF, conforme
impostas pela legislação aplicável; e (ii) a política interna de negociação de Valores
Mobiliários adotada pela BRF. Um dos seus principais objetivos é contribuir para o
cumprimento das leis e regras que coíbem a prática de insider trading (prática, por
uma pessoa, de negociação de Valores Mobiliários com base em Informação
Privilegiada, a respeito da qual referida pessoa deva manter sigilo, com o intuito de
obtenção de vantagem indevida em benefício próprio ou de terceiros).

4.2. Os Acionistas Controladores, Administradores e quem quer que, em virtude de


seu cargo, função ou posição na Companhia, em sociedade Controladora, nas
Sociedades Controladas e nas Sociedades Coligadas, tenha conhecimento de
informação que possa constituir Ato ou Fato Relevante sobre a BRF ou suas
Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas, deverão firmar o respectivo Termo
de Adesão à presente Política, na forma do artigo 16, §1º, da Instrução CVM

17
nº 358/02, conforme modelo anexado à presente como Anexo I, e ficarão impedidas
de negociar Valores Mobiliários de emissão da BRF nos períodos de vedação previstos
nesta Política.

4.3. A BRF manterá em sua sede a relação das pessoas que firmarem o Termo de
Adesão, a qual será atualizada continuamente pela Companhia e mantida à disposição
da CVM. Sempre que houver alterações em seus dados cadastrais, os subscritores dos
Termos de Adesão deverão comunicá-las imediatamente à Companhia.

Vedação de Negociação na Pendência de Divulgação de Ato ou Fato


Relevante

4.4. É vedada a negociação de Valores Mobiliários pelas Pessoas Vinculadas no


período de 15 (quinze) dias anteriores à divulgação ou publicação, quando for o caso,
das informações trimestrais (ITR) e das informações anuais (DFP) da Companhia.

4.5. Também é vedada a negociação de Valores Mobiliários pelas Pessoas


Vinculadas até que a Companhia divulgue ao mercado Ato ou Fato Relevante, nas
seguintes hipóteses:

(i) sempre que ocorrer qualquer Ato ou Fato Relevante nos negócios da BRF de
que tenham conhecimento as Pessoas Vinculadas;

(ii) sempre que existir a Intenção de promover incorporação, cisão total ou parcial,
fusão, transformação ou reorganização societária; e

(iii) quando estiver em curso distribuição pública de Valores Mobiliários de emissão


da Companhia.

Determinação de Períodos de Bloqueio (Blackout Periods)

4.6. Verificada a existência de Ato ou Fato Relevante, é facultado ao DRI fixar


períodos de bloqueio, sem que esteja obrigado a apresentar qualquer justificativa, até
que tal Ato ou Fato Relevante seja devidamente divulgado ao mercado. Caso exerça
essa faculdade, o DRI deverá indicar expressamente o termo inicial e o termo final do
período de bloqueio, devendo as Pessoas Vinculadas manter sigilo sobre tais períodos.

4.7. Eventual ausência de comunicação do DRI sobre período de bloqueio não exime
ninguém do cumprimento da presente Política, bem como das disposições da Instrução
CVM nº 358/02 e demais atos normativos da CVM.

4.8. Nas hipóteses previstas no item 4.5, mesmo após a divulgação de Ato ou Fato
Relevante, continuará prevalecendo a vedação de negociação, caso esta possa – a
juízo da BRF – interferir nas condições dos negócios com ações da Companhia, de
maneira a resultar prejuízo à própria BRF ou a seus acionistas. Sempre que a BRF

18
decidir pela manutenção da vedação de negociação, o DRI divulgará a decisão em
comunicado interno.

Vedação à Deliberação Relativa à Aquisição ou à Alienação de Ações de


Emissão da BRF pela Própria Companhia

4.9. O Conselho de Administração da BRF não poderá deliberar a aquisição ou a


alienação de ações de própria emissão enquanto não forem divulgados, na forma
prevista no item 3.11 desta Política, os eventos descritos abaixo:

(i) celebração de qualquer acordo ou contrato visando à transferência do controle


acionário da Companhia, bem como outorga de opção ou mandato para o
mesmo fim; e

(ii) existência de Intenção de se promover incorporação, cisão total ou parcial,


fusão, transformação ou reorganização societária.

4.10. Caso, após a aprovação de programa de recompra, advenha fato que se


enquadre em qualquer das hipóteses acima, a BRF suspenderá, imediatamente, as
operações com ações de sua própria emissão até a divulgação do respectivo Ato ou
Fato Relevante.

Exceções à Vedação de Negociação de Valores Mobiliários da BRF

4.11. A vedação prevista no item 4.5, alínea “i” (pendência de divulgação de Ato ou
Fato Relevante), não se aplica à aquisição de ações que se encontrem em tesouraria,
por intermédio de negociações privadas, decorrente do exercício de opção de compra
de acordo com plano de outorga de opção de compra de ações aprovado pela
assembleia geral da BRF ou quando se tratar de outorga de ações a administradores,
empregados ou prestadores de serviços como parte de remuneração previamente
aprovada em assembleia geral.

Planos Individuais de Investimento

4.12. As vedações previstas no item 4.4 (período de 15 dias anteriores à divulgação


ou publicação de informações trimestrais e anuais) e no item 4.5, alíneas “i” e “ii”
(pendência de divulgação de Ato ou Fato Relevante e Intenção de se promover
incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária)
não se aplicam às negociações de Valores Mobiliários realizadas pelos Administradores
da Companhia ou de suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas, bem como
às demais Pessoas Vinculadas, se for o caso, que tenham celebrado Planos Individuais
de Investimento, desde que tais planos observem os requisitos estabelecidos nesta
Política e desde que a Companhia tenha aprovado cronograma definindo datas
específicas para a divulgação das informações trimestrais e anuais.

19
4.13. O Plano Individual de Investimento deverá: (i) ser formalizado por escrito e
previamente arquivado com o DRI, com uma antecedência de 15 (quinze) dias antes
do início da sua implementação; (ii) estabelecer, em caráter irrevogável e irretratável,
as datas e os valores ou quantidades dos negócios a serem realizados pelos
participantes; e (iii) prever prazo mínimo de 6 (seis) meses para que o próprio plano,
suas eventuais modificações e cancelamento produzam efeitos.

4.14. O Plano Individual de Investimento deve estabelecer, ainda: (i) o compromisso


irrevogável e irretratável de seus participantes de, durante o período de sua duração,
negociar Valores Mobiliários da Companhia de acordo com os parâmetros de
quantidade e preço nele estabelecidos; (ii) a impossibilidade de adesão ao plano na
pendência de Ato ou Fato Relevante não divulgado ao mercado, e durante os 15
(quinze) dias que antecederem a divulgação das informações trimestrais (ITR) e anuais
(DFP); (iii) a obrigação de prorrogação do compromisso de negociação, mesmo após o
encerramento do período originalmente previsto de vinculação do participante ao
plano, na pendência de Ato ou Fato Relevante não divulgado ao mercado, e durante os
15 (quinze) dias que antecederem a divulgação das informações trimestrais e anuais; e
(iv) a obrigação de seus participantes reverterem à Companhia quaisquer perdas
evitadas ou ganhos auferidos em negociações com ações de emissão da Companhia,
decorrentes de eventual alteração nas datas de divulgação das informações trimestrais
e anuais, apurados através de critérios razoáveis definidos no próprio plano.

4.15. É vedado aos participantes dos Planos Individuais de Investimentos: (i) manter
simultaneamente em vigor mais de um plano de investimento; e (ii) realizar quaisquer
operações que anulem ou mitiguem os efeitos econômicos das operações a serem
determinadas pelo Plano Individual de Investimento.

Plano de Opção de Compra de Ações da BRF

4.16. É política da BRF outorgar a determinados Administradores, Empregados e


Colaboradores opções de compra de ações de sua emissão, conforme plano aprovado
pela assembleia geral, com a finalidade de alinhar os interesses dos participantes
desse plano aos objetivos de longo prazo da Companhia.

4.17. O plano a que se refere o item 4.16 acima deverá conter os parâmetros de
cálculo do preço de exercício das opções de ações ou do cálculo do preço das ações,
conforme o caso.

4.18. Fica dispensa de aprovação em assembleia geral de negociações referentes à


alienação ou transferência de ações a Administradores, empregados e prestadores de
serviços da Companhia, suas Sociedades Controladas ou Sociedades Coligadas,
decorrente: (i) do exercício de opções de ações no âmbito de plano de outorga de
opções de ações; ou (ii) de outros modelos de remuneração baseados em ações.

20
4.19. A negociação das ações adquiridas em decorrência do exercício de opções
outorgadas, de acordo com o plano a que se refere o item 4.16, deverá observar
eventuais restrições estabelecidas em referido plano, bem como as restrições ou
limitações impostas pela presente Política ou pela legislação aplicável.

Programa de Recompra de Ações da BRF

4.20. Os programas de recompra de ações de emissão da BRF têm por objetivo a


permanência em tesouraria (e posterior alienação e/ou cancelamento sem redução do
capital social), com a finalidade de: (i) fazer frente às obrigações da Companhia
decorrentes de planos de opção de compra de ações; e/ou (ii) maximizar a geração de
valor para os acionistas por meio de uma administração eficiente da estrutura de
capital da Companhia.

4.20.1. O disposto na presente Política referente aos programas de recompra de ações


aplica-se aos instrumentos derivativos celebrados pela Companhia
referenciados em ações de sua emissão, nos termos da legislação aplicável.

4.21. Os Acionistas Controladores, diretos ou indiretos, bem como os Diretores e


membros do Conselho de Administração da BRF e de suas Sociedades Controladas,
não poderão negociar com Valores Mobiliários da Companhia nas datas em que estiver
em curso a aquisição ou a alienação de ações de emissão da Companhia pela própria
Companhia, suas Sociedades Controladas, Sociedades Coligadas ou outra sociedade
sob controle comum, ou se houver sido outorgada opção ou mandato para o mesmo
fim.

4.22. Os programas de recompra definirão o prazo para sua execução e a quantidade


máxima de ações que a Companhia pretende adquirir.

4.23. Os Administradores da Companhia só podem aprovar a aquisição de ações ou,


quando for o caso, propor a sua aprovação pela assembleia geral, se tiverem tomado
as diligências necessárias para se assegurar de que:

(i) A situação financeira da Companhia é compatível com a liquidação da aquisição


em seu vencimento sem afetar o cumprimento das obrigações assumidas com
credores nem o pagamento de dividendos obrigatórios, fixos ou mínimos; e

(ii) Na hipótese da existência de recursos disponíveis ter sido verificada com base
em demonstrações financeiras intermediárias ou refletidas nas ITRs, não há
fatos previsíveis capazes de ensejar alterações significativas no montante de
tais recursos ao longo do período restante do exercício social ou do prazo para
a execução do programa de recompra, conforme o caso.

21
4.24. A negociação, pela Companhia, de ações de sua emissão deve ser liquidada em
até, no máximo, 18 (dezoito) meses, contados da aprovação dos negócios pela
assembleia geral ou pelo conselho de administração, conforme aplicável.

Disposições Gerais

4.25. Os Ex-Administradores não poderão negociar Valores Mobiliários da Companhia


pelo prazo de 12 (doze) meses após o seu afastamento.

4.26. As vedações de negociações tratadas nesta Política aplicam-se às negociações


realizadas diretamente pelas Pessoas Vinculadas, bem como àquelas realizadas
indiretamente, por intermédio de: (i) Pessoas Ligadas, ou (ii) Contatos Comerciais; ou
(iii) terceiros com quem as Pessoas Vinculadas tenham celebrado contrato de fidúcia
(trust) ou administração de carteira de ações.

4.27. Para fins do disposto no item 4.26, não são consideradas negociações indiretas
aquelas realizadas por fundos de investimento de que sejam cotistas as pessoas
sujeitas à presente Política, desde que: (i) os fundos de investimento não sejam
exclusivos; e (ii) as decisões de negociação do administrador ou do gestor do fundo de
investimento não possam ser influenciadas pelos cotistas.

5. ALTERAÇÃO NA POLÍTICA

5.1. A presente Política poderá ser alterada, por deliberação do Conselho de


Administração, nas seguintes situações:

(i) quando houver determinação expressa nesse sentido por parte da CVM;

(ii) diante de modificação nas normas legais e regulamentares aplicáveis, de forma


a implementar as adaptações que forem necessárias;

(iii) quando o Conselho de Administração, no processo de avaliação da eficácia dos


procedimentos adotados, constatar a necessidade de alterações.

5.2. Sem prejuízo de posterior investigação e sanção, a CVM poderá determinar o


aperfeiçoamento ou a alteração desta Política se entender que seu teor não impede a
utilização da informação relevante na realização da negociação, ou se entender que
não atende adequadamente às normas legais e regulamentares aplicáveis.

5.3. A alteração desta Política deverá ser comunicada à CVM e às entidades do


mercado pelo DRI na forma exigida pelas normas aplicáveis.

5.4. A presente Política não pode, em qualquer hipótese, ser alterada na pendência
de divulgação de Ato ou Fato Relevante.

22
6. INFRAÇÕES E PENALIDADES

6.1. A transgressão às disposições previstas nesta Política configura infração grave,


para os fins previstos no § 3º do artigo 11 da Lei nº 6.385/76, ficando o infrator
sujeito às penalidades que venham a ser aplicadas pela CVM, sem prejuízo das
sanções disciplinares e legais que possam ser aplicadas pela própria BRF.

6.2. As ocorrências de eventos que constituam indícios da prática de crime deverão


ser comunicadas pela CVM, nos termos da lei, ao Ministério Público.

6.3. As disposições desta Política não elidem a responsabilidade, decorrente de


prescrições legais e regulamentares, imputada a terceiros não diretamente ligados à
Companhia e que tenham conhecimento sobre Ato ou Fato Relevante e venham a
negociar com Valores Mobiliários de emissão da Companhia.

7. VIGÊNCIA

7.1. As normas consubstanciadas neste instrumento entram em vigor na data de


sua aprovação pelo Conselho de Administração, vigorando por prazo indeterminado,
enquanto não alterada por nova deliberação do Conselho de Administração.

7.2. A BRF dará ampla divulgação desta Política, a qual será inserida na intranet da
Companhia para consulta imediata em caso de dúvidas, bem como tomará todas as
providências para que seja obtida a adesão formal das pessoas que a elas devem se
submeter, na forma do disposto no Anexo I.

8. DISPOSIÇÕES FINAIS

8.1. O DRI da Companhia é a pessoa responsável pela execução e


acompanhamento desta Política.

8.2. Compete ao Comitê de Governança, Sustentabilidade e Estratégia da BRF,


quando solicitado pelo Conselho de Administração, emitir análises e pareceres com
relação aos assuntos pertinentes à Política.

***

23
ANEXO I

TERMO DE ADESÃO À POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE ATOS OU FATOS


RELEVANTES E DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Pelo presente instrumento, para os fins e efeitos do disposto no artigo 16, §1º, da
Instrução CVM nº 358/02, [inserir nome e qualificação], residente e domiciliado(a) na
[endereço completo], inscrito(a) no [Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da
Fazenda] sob nº [...] e portador(a) da Cédula de Identidade [determinar se é RG ou
RNE] nº [inserir número e órgão expedidor], na qualidade de [indicar o cargo, função
ou relação com a companhia] da [companhia], sociedade anônima com sede em
[inserir endereço], inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do Ministério da
Fazenda (CNPJ) sob nº [inserir CNPJ], vem, por meio deste Termo de Adesão: (i)
declarar ter integral conhecimento das regras estabelecidas pela Política de Divulgação
de Atos ou Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários da BRF S.A.
(“Política”), cuja cópia recebeu; (ii) assumir expressamente a obrigação de observar
fielmente tais regras; e (iii) declarar ter conhecimento de que a transgressão às
disposições previstas nesta Política configura infração grave, para os fins previstos no §
3º do artigo 11 da Lei nº 6.385/76, ficando o infrator sujeito às penalidades que
venham a ser aplicadas pela CVM, sem prejuízo das sanções disciplinares e legais que
possam ser aplicadas pela própria BRF.

PARÁGRAFOS OPCIONAIS:
[inserir nome] declara, ainda, que aderiu à Política de Negociação da [nome da
entidade], em [data], cujas regras encontram-se detalhadas no Anexo I ao presente
Termo de Adesão.

[inserir nome] declara, ainda, que possui Política de Negociação própria, cujas regras
encontram-se detalhadas no Anexo I ao presente Termo de Adesão.

O presente Termo de Adesão é assinado em 3 (três) vias de igual teor e forma, na


presença das 2 (duas) testemunhas abaixo.

[inserir local e data de assinatura]


_________________________________
[inserir nome do declarante]

Testemunhas:

1. _____________________ 2. _____________________
Nome: Nome:
Id.: Id.:
CPF: CPF:

24

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