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1.

Introdução
Em 1946, a partir do início de operação da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN), a primeira siderúrgica instalada no país, é que o aço ganha sua
devida importância no cenário brasileiro, quando ele migra da condição de
produto importado para produto de fabricação nacional. Obtendo
progressivamente mais espaço na construção civil, a produção do aço encontra
um novo ritmo de crescimento a partir de 2003, resultado de um crescente
amadurecimento do mercado, que passa a exigir obras cada vez mais rápidas e
com maior qualidade. Essas exigências que buscam a racionalização de
processos, maior produtividade, bom desempenho, sustentabilidade dos
materiais e da obra como um todo, encontraram resposta adequada nos
sistemas construtivos industrializados de aço, ou seja, estruturas metálicas pré-
moldadas.
Apesar de notável crescimento no seu uso, ainda é encontrada resistência
na substituição do concreto pelo aço, justificado pelo seu alto custo, falta de
produtos adequados, mitos com relação a interfaces do material, proteção contra
incêndio e corrosão, entre outros. Porém, tais justificativas não são mais aceitas,
visto que, as reduções no tempo de execução, da mão de obra, peso e custo de
fundações (por serem mais leves) compensam a diferença no custo final do
empreendimento. Segundo o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) o
seu progresso produz um mercado no qual já oferece aos interessados nos
sistemas construtivos em aço uma ampla série de produtos e soluções, além de
empresas e profissionais especializados, consultorias, montadoras e
equipamentos para montagem. Commented [DL1]: Notícia CBCA 15/07/2015
REVISTA “ARQUITETURA E AÇO” nº 42
O presente trabalho se encontra no contexto da redução de custos.
Segundo uma reflexão sobre a análise de segurança no projeto de estruturas, a
evolução esquemática das normas de cálculo evidencia um decréscimo de peso
com relação ao tempo. Conforme os calculistas ganham mais experiência e
confiança, o peso da estrutura tende a diminuir, com o objetivo de reduzir os
custos, porém, com a mesma garantia de segurança. Um dos principais objetivos
do cálculo estrutural na engenharia é assegurar o desempenho satisfatório das
estruturas com o máximo de economia possível (Leila A. de Castro Motta &
Maximiliano Malite, 2002). Commented [DL2]: Cadernos de Engenharia de
Estruturas, São Carlos, n. 20, p. 1-32, 2002
Os pioneiros do cálculo estrutural já tinham a noção correta de que o
cálculo deveria ser na ruptura. Após a publicação da Lei de Hooke, em 1678,
que previa a deformação de determinado material com determinada seção a
partir do acréscimo de carga ou tensão até a sua ruptura, o cálculo elástico
começou a ganhar destaque.

Segundo Libânio Miranda Pinheiro, 1988: Commented [DL3]: ANÁLISE ELÁSTICA E PLÁSTICA DE
LAJES RETANGULARES DE EDIFÍCIOS
Os métodos de cálculo baseados no comportamento elástico,
com relação a ruína, apresentam séria limitação, pois nessas
condições o material apresenta comportamento plástico.
Contudo, o fato de estarem a favor da segurança fez com que o
cálculo plástico fosse esquecido.
Embora com menor destaque, o cálculo plástico nunca foi totalmente
abandonado. E vem recuperando espaço gradativamente, galgando devida
importância no dimensionamento de estruturas. Para verificação da segurança
contra ruína, é ele o mais indicado. Ele permite a obtenção mais racional da
carga última, na situação de ruína (Libânio Miranda Pinheiro, 1988) Commented [DL4]: ANÁLISE ELÁSTICA E PLÁSTICA DE
LAJES RETANGULARES DE EDIFÍCIOS
A análise plástica é o método menos utilizado dentro da Europa
continental. Contudo, mais de 90% dos pórticos na Inglaterra utilizam este tipo
de análise (retirado do Design Manuals “Steel Building in Europe” Parte 4 -
www.sections.arcelormittal.com).
A análise plástica permite um melhor aproveitamento do material,
resultando na redução da seção dos perfis, ou seja, menor consumo de aço e
consequentemente menor custo. O cálculo plástico fornece uma solução mais
barata quando comparado ao cálculo elástico. Apesar de necessitar de maior
conhecimento teórico para o uso do método, a utilização de softwares para o
auxílio nos cálculos torna este obstáculo simples.
Portanto, é muito favorável a utilização deste tipo de análise em projetos
de aço, em especial, pórticos metálicos. No Brasil existe uma grande demanda
por estruturas de galpões leves destinadas ao uso comercial e industrial. Essas
estruturas, possuem o objetivo de vencer vãos consideráveis, e exigem soluções
econômicas e versáteis para fins de armazenamento de grãos, depósitos, lojas,
ginásios, garagens, hangares, fábricas, ente outros.

 http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7072
 http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7074
 http://www.grandesconstrucoes.com.br/br/index.php?option=com_conteudo&task
=viewMateria&id=506
 http://www.set.eesc.usp.br/static/media/producao/1988DO_LibanioMirandaPinheiro
.pdf
 http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee20.pdf
 TCC FILIPE PEREIRA BATTISTI
 TCC DANIEL ALENCAR DO VALE

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