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PCM (“Pulse Code Modulation”)


Elementos básicos de um sistema PCM

• A obtenção de um sinal PCM envolve três operações:

1. Amostragem
2. Quantização (uniforme ou não-uniforme)
3. Codificação

• Os repetidores regeneradores servem para reconstituir


(regenerar) o sinal binário PCM que, ao longo do canal de
comunicação, se vai degradando.

• No receptor o sinal analógico original é recuperado através de


filtragem passa-baixo.

Quantização 2
Quantização em PCM

Quantização com 16
níveis discretos
⇒ 4 bits/nível

Erro introduzido pelo


processo de quantização

• Cada valor amostrado é substituído pelo nível mais próximo.

• Cada nível é representado por um conjunto de N bits.

L = 2N (L é o número de níveis)

• O valor absoluto do erro de quantização é sempre não superior


a metade do degrau de quantização:

−q 2 ≤ eQ ≤ q 2

Quantização 3
Pulse Code Modulation (PCM)

Codificador

1986 by Siemens AG

Quantização 4
Quantização e codificação em PCM

1986 by Siemens AG

Quantização 5
PCM: receptor

1986 by Siemens AG

Quantização 6
Quantização uniforme

Quantizador uniforme de L níveis


(tipo “midrise”)

m max
(L-1) ∆ /2
...

3 ∆ /2

∆ /2 m max = (L-1) ∆ /2+ ∆ /2


2m m ax 0
∆ = 2m max /L
- ∆ /2

-3 ∆ /2
...

-(L-1) ∆ /2
-m max

Quantização 7
Relação sinal-ruído de quantização


Considere-se um quantizador linear de L níveis mi = ±i ,
2
i = 1,3,… , L − 1 , separados por um degrau ∆. O sinal a quantizar, de
potência média P e valor médio nulo, assume valores contínuos
entre − mmáx e mmáx .


• Valor pico-a-pico do sinal: 2mmáx = ( L − 1) ∆ + 2 = L∆
2

2mmáx
• O degrau do quantizador vale, então: ∆= .
L

• O erro de quantização eQ é uma variável aleatória de valores


∆ ∆
confinados ao intervalo − < eQ ≤ . Admitindo que tem uma
2 2
fdp uniforme, p ( eQ ) = 1 ∆ , e que o seu valor médio é nulo, a
potência média é igual à variância:

∆2
∆2
σ Q2 =

−∆ 2
eQ2 p( eQ )deQ =
12

• A relação sinal-ruído de quantização vale

S P 3P 2
  = 2 = 2 L
 N Q σ Q mmáx

• Relação sinal de pico-ruído de quantização:

2
S mmáx
  = = 3L2
 N  Q pico 2
σQ

Quantização 8
Relação sinal-ruído de quantização em PCM

Se cada nível for representado por N bits, então

L = 2N

Logo,

2mmáx
∆=
2N

2− 2 N 2
σ Q2 = mmáx
3

Nesse caso

S 3P 2 N
  = 2 2
 N  Q mmáx

S
  = 3 × 22 N
 N  Q pico

Quantização 9
Relação sinal-ruído de quantização
Caso especial de sinal com fdp uniforme

Suponhamos que todos os níveis de sinal são equiprováveis.

• Com L níveis a probabilidade de cada nível mi ocorrer é


1
p ( mi ) = . Logo, a potência média após quantização vale
L

L −1 L −1
P=E [ ] ∑
mi2 = mi2 p ( mi ) =
1
L ∑m 2
i
i = − ( L −1) i = − ( L −1)


• Como mi = ±i , para i = 1,3,5, … , então
2

P=
2 ∆2 2
L 4
[ 2 2 2
1 + 3 + 5 + … + ( L − 1) =
2L 6
]
∆2 L( L − 1)( L + 1) 2
= ( L − 1)
∆2
12

∆2
• Como σ Q2 = teremos, finalmente,
12

S 2 2
  = L −1 ≈ L (se L >> 1)
 N Q

• Em dB:

S
  ( dB ) ≈ 20 log L
 N Q

S S
  ( dB ) = 10 log(3L2 ) = 4,8 +   ( dB )
 N  Q pico  N Q

Quantização 10
Relação sinal-ruído de quantização
Caso especial de sinal sinusoidal de amplitude Am

Am2
• Potência média do sinal: P =
2

Assim:
2
S 3P 2 3  Am  2
  = 2 L =   L
 N  Q m máx 2  m máx 

Em dB e com L = 2 N :

S S A
  (dB) = 10 log  = 1,8 + 6 N + 20 log m
 N Q  N Q mmáx

• Se a amplitude Am for igual ao valor máximo, Am = m máx :

S 3 2 3 2N
  = L = 2
 N Q 2 2

Em dB:

S
  (dB) = 1,8 + 6 N
 N Q

Cada bit a mais no conversor A/D corresponde a um


aumento de 6dB na relação sinal-ruído de quantização.

Quantização 11
Relação sinal-ruído de quantização
Caso especial de sinal sinusoidal de amplitude Am

80

70
N=12
60

50 N=10

40 N=8
S(N)Q, dB

30

20

10

-10 N - nº de bits

-20
-60 -50 -40 -30 -20 -10 0

20log(Am/mmax), dB

• Alguns valores (para Am = m máx ):

Número de níveis Nº de bits/amostra S N Q (dB)

32 5 31,8

64 6 37,8

128 7 43,8

256 8 49,8

Quantização 12
Quantização uniforme

Experiência com conversor de 4 bits

Quantização 13
Quantização uniforme

Experiência com conversor de 8 bits

Note-se que, como é de prever, o nível do erro de


quantização é mais baixo que na situação do conversor
de 4 bits.

Quantização 14
Quantização não-uniforme

Imagine um sinal que apresenta amplitudes baixas na maior


parte do tempo.

• Com quantização uniforme a potência do ruído de quantização


é sempre constante (só depende do degrau!)

⇒ como a potência do sinal é pequena a relação ( S N ) Q será


baixa na maior parte do tempo.

Solução: para amplitudes de sinal baixas devemos usar degraus


mais próximos uns dos outros.

O valor do degrau deixa de ser constante: passamos a ter


quantização não-uniforme.

• Com quantização não-uniforme a relação sinal-ruído de


quantização torna-se mais independente do nível do sinal.

• A quantização não-uniforme corresponde a duas operações


consecutivas: compressão não linear e quantização uniforme:

Quantização Compressão Quantização


não-uniforme uniforme

• No receptor terá de ser usado um “expansor”.

• São usadas duas “leis” de compressão: a lei µ na América do


Norte e Japão e a lei A na Europa.

• As características de compressão foram determinadas a partir


de estudos experimentais realizados com sinais representativos.

Quantização 15
Quantização não-uniforme em PCM

Usam-se intervalos de
quantização menores
para os valores mais
pequenos do sinal

Quantização 16
Leis de compressão em PCM

• Lei A (usada na Europa)

 Am 1
 sign (m) 0≤ m ≤
 1 + log A A
v= (valor vulgar: A = 87,6 )
1 + log( A m ) sign (m) 1 ≤ m ≤ 1
 1 + log A A

Lei A
1

0.5 A=87,6

v
0

-0.5

-1
-1 -0.5 0 0.5 1
m (entrada)

• Lei µ (América do Norte e Japão)

log(1 + µ m )
v= sign (m) (valor vulgar: µ=255)
log(1 + µ )

Lei µ
1

0.5 µ =255

v
0

-0.5

-1
-1 -0.5 0 0.5 1
m (entrada)

Quantização 17
Quantização não-uniforme (lei A)

• Fórmula genérica da relação sinal-ruído de quantização em PCM


(com quantização uniforme ou não-uniforme) (cf. Carlson, 4ª ed.)

S 3P 2
  ≈ L (se m max = 1)
 N Q K z

• O parâmetro Kz depende da lei de compressão usada e da


função densidade de probabilidade do sinal.

• Em dB teremos:

S
  ≈ 4,8 + 6 N + P − K z (dB)
 N Q

• No caso prático de N = 8 bits:

S
  ≈ 52,8 + P − K z (dB)
 N Q

• Se o sinal tiver uma função densidade de probabilidade de


Laplace,

α −α x 2
p X ( x) = e , com P = σ x2 = ,
2 α2

e se se usar a lei A de compressão então o parâmetro K z vale:

2
 1 + ln A   A  A  −α A
Kz =   1 + 2  + 1 e 
 A   α α  
2
 1 + ln A 
• Se α >> A então K z ≈  
 A 
(Kz ≈ 0,0039 (-24dB) se A = 87,6)

Quantização 18
Comparação entre quantização uniforme e
não-uniforme

• O gráfico seguinte representa a relação sinal-ruído de


quantização em função da potência do sinal, P, admitindo que
m max = 1.

• O valor A = 87,6 é o valor vulgarmente usado na lei de


compressão A usada na Europa.

80

70

60

50 3

40
(S/N)Q

4
30 2
1: 8 bits, uniforme
20
1 2: 10 bits, uniforme
10
3: 12 bits, uniforme
0 4: 8 bits, A=87,6

-10
-60 -50 -40 -30 -20 -10 0

P (dB)

• Verifica-se que, para valores baixos da potência do sinal, o uso


de quantização não-uniforme permite poupar quatro bits para
S
se obter a mesma relação   .
 N Q

Quantização 19

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