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Geraldo Andrade1
1. MANDADO DE SEGURANÇA
2. MANDADO DE INJUNÇÃO
O art. 24, parágrafo único da Lei 8.038/90 assegura que se aplica ao mandado de
injunção o procedimento do mandado de segurança enquanto não editado legislação
específica. Assim, além do art. 5º, LXXI, da Constituição, aplica-se a Lei 12.016/09.
Um erro muito comum dos alunos ao preparar para a prova prática da segunda
fase da Ordem em Direito Constitucional ou Administrativo é pedir liminar em
mandado de injunção. Então que fique claro: o mandado de injunção não cabe liminar.
Os recursos da decisão de mandado de injunção são: embargos de declaração,
apelação, recurso ordinário para o Supremo, conforme art. 102, II, a, recurso especial
(art. 102, III) e o recurso especial (105, III). É importante frisar que não cabe recurso
ordinário para o Superior Tribunal de Justiça em mandado de injunção.
A competência para julgar o mandado de injunção é definida na Constituição
que pode ser do Supremo (art. 102, I, q), do Superior Tribunal de Justiça (105, I, h), da
Justiça Federal (art. 109, I) e do Tribunal Superior Eleitoral (art. 121, § 4º ,V).
1ª) Tese não concretista: essa apenas reconhece a inércia do Poder Legislativo. Essa
tese, segundo Barbosa Moreira, é um sino sem badalo. Essa tese apenas reconhece a
inércia e não pode fazer nada, assim torna-se inócua. Até 2007 foi adotada pelo
Supremo Tribunal Federal.
2ª) Tese concretista: essa tese pode ser dividida em geral e individual. A concretista
geral concede o efeito erga omnes a todas as decisões. Entre os mandados de injunção
concedidos pelo Supremo Tribunal Federal podemos citar os de número 670, 708 e 712.
Já a tese concretista individual pode ser divida em direta e intermediária. A direta,
defendida pelo Ministro Marco Aurélio de Mello, implementa de forma imediata a
injunção. A intermediária, defendida pelo Ex Ministro Nery da Silveira, fixa um prazo
para a elaboração da lei. Se descumprido o prazo concede a injunção. Os mandados de
injunção concedidos pelo Supremo com base nessa tese são: MI 721, 758.
Exercícios de Fixação:
3. HABEAS DATA
O art. 5º, inciso LXXII da Constituição, regulado pela Lei 9.507/97, regulamenta
o Habeas data. Assim dispõe o citado inciso: conceder-se-á Habeas data para assegurar
o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, para a
retificação de dados quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
A súmula dois (2) do Superior Tribunal de Justiça assegura que não cabe Habeas
data se não houver recusa de informações por parte da autoridade administrativa. O
procedimento do Habeas data é dividido em duas fases: administrativa e judicial. O
certo é que na fase judicial exige-se necessariamente que a informação personalíssima
tenha sido negada. Os recursos cabíveis são: apelação, recurso ordinário no STF,
recurso extraordinário e o recurso especial. O Ministério Público possui legitimidade
recursal, conforme súmula 99 do STJ. Mais uma vez cabe ressaltar que não cabe recurso
ordinário constitucional para o Superior Tribunal de Justiça em Habeas data.
A competência para julgar o Habeas data está disposta na Constituição e pode
ser do Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, d), Superior Tribunal de Justiça (105, I, b),
do Tribunal Regional Federal (108, I, c), da Justiça Federal (109, VIII), da Justiça do
Trabalho (114, IV) e do Tribunal Superior Eleitoral (121, § 4º, V).
É cabível liminar em Habeas data. Se a decisão denegatória não apreciar o
mérito, o pedido poderá ser renovado, ou seja, a ação pode ser ajuizada novamente.
Exercício:
01) (OAB:2011.2) O habeas data não pode ser impetrado em favor de terceiro
PORQUE
I) visa tutelar direito à informação relativa à pessoa do impetrante.
4. AÇÃO POPULAR
Sugestão! Gostaríamos de sugerir aos alunos que entrem no site do Supremo leiam a
reclamação 3331. Essa reclamação refere-se à Raposa Terra do Sol (Roraima).
Exercício:
01) “Qualquer cidadão, no pleno gozo de sues direitos políticos, pode invalidar atos ou
contratos administrativos ilegais ou lesivos ao patrimônio da União, Distrito Federal e
Municípios”.
Essa afirmação refere-se a
a) Mandado de Segurança
b) Habeas Data
c) Ação popular
d) Ação de improbidade administrativa
Resposta: C
5. HABEAS CORPUS
A impetração do Habeas corpus pode ser feita por qualquer pessoa física, em seu
favor ou de outrem, e pelo Ministério Público. Pode ainda ser concedido de ofício por
qualquer juiz ou tribunal se verificada a ilegalidade. O citado remédio não exige
capacidade postulatória, portanto qualquer pessoa, mesmo sem advogado, poderá
impetrá-lo. Até mesmo um civilmente incapaz ou um analfabeto pode requerê-lo. A
justificativa seria que a liberdade de locomoção é um bem tão valioso que não pode ser
cerceamento por mero procedimento formal.
A legitimidade passiva pode ser qualquer pessoa, até mesmo um particular,
desde que o constrangimento seja decorrente da função por ele exercida. Todavia, a
Constituição no art. 142, § 2º assegura que não é cabível Habeas corpus em relação a
punições disciplinares militares.
5.2. Objetivo
Exercícios de Fixação