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PLANO DE DISSERTAÇÃO 2017-2018

Arquitetura Sedimentar da Bacia do Parnaíba com Função do


Receptor de Alta Frequência

Aluna: Thayane Samara da Cunha Victor

Orientador: Prof. Drº Jordi Julià Casas

Natal, 2017
Introdução

A bacia do Parnaíba distribui-se por regiões dos estados do Piauí,


Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará e Bahia, abrangendo uma área aproximada de
600.000 km². Geologicamente, a bacia do Parnaíba classifica-se como uma das
bacias brasileiras do tipo intracontinental e de idade paleozóica. Sobre os recursos
presentes na bacia do Parnaíba tem-se que é uma das áreas hidrográficas mais
importantes do nordeste brasileiro, pois nela situam-se o rio Parnaíba e seus
afluentes. Quanto a presença de hidrocarbonetos, acredita-se que apesar do baixo
fluxo térmico devido a pequena espessura da bacia (2-3,5 km), a existência de
intrusões de diabásio podem ter atuado na maturação de rochas geradoras.

Os princípios físicos associados à sismologia de fonte ativa e passiva são


semelhantes e, de maneira simplificada, consistem em caracterizar a subsuperfície
de uma região com base na análise de sinais provenientes da interação de ondas
elásticas com as interfaces do meio geológico. O que as difere é a fonte de energia
que gera essas ondas (fonte controlada ou fonte natural), além da resolução dos
dados adquiridos e dos custos associados à aquisição e processamento dos
mesmos. Na sismologia de fonte ativa, os custos são altos, a logística é complexa e
a fonte de energia é artificial. Já na sismologia de fonte passiva, a logística é mais
simples, os custos são menores e a fonte de energia é natural, como a liberada por
terremotos e a que compõe o ruído sísmico de ambiente.

A técnica de sismologia de fonte passiva considerada neste trabalho é a


função do receptor de onda P. Trata-se de uma série temporal equalizada através de
um processo de deconvolução que elimina os efeitos da função fonte, da
propagação distante e da resposta instrumental, deixando apenas a contribuição do
sinal referente às estruturas locais ao sismógrafo. Este processo é realizado com
registros de ondas P geradas por terremotos distantes, tipicamente com distâncias
epicentrais entre 30º e 90º - para evitar a zona de triplicação do manto - ou ainda
menores que 30º, mas em profundidades maiores que 100 km. Dessa forma, a
frente de ondas P se aproxima do sensor sob ângulos íngremes, o que é essencial
para o sucesso do processo de deconvolução antes mencionado. A técnica da
função do receptor é aplicada rotineiramente na determinação de espessura crustal
nos continentes, com inúmeros exemplos espalhados pela geografia do planeta (Luz
et al., 2015; Julià et al., 2009; 2008; 2005; Cassidy, 1992). Portanto, o objetivo deste
trabalho é avaliar o desempenho de um método bem estabelecido - função do
receptor - na caracterização sísmica da estratigrafia e estruturas profundas da bacia
do Parnaíba.

Funções do receptor serão calculadas em várias estações sismográficas


instaladas na bacia do Parnaíba e analisadas a través da metodologia de
empilhamento de Zhu & Kanamori (2000) e da inversão simultânea com curvas de
dispersão de alta frequência. A técnica de empilhamento consiste em procurar o
modelo de espessura (H) e vazão Vp/Vs (k) que melhor se adequa as funções do
receptor observadas. A curva de dispersão é uma relação entre a velocidade de
dispersão das ondas de superfície e sua frequência e serão medidas em funções de
Green empíricas reconstruidas através da correlação de ruído sísmico ambiental
(Dias et al., 2015; Bensen et al., 2007). O intuito é inverter simultaneamente esses
dados com função do receptor, garantindo uma maior confiabilidade aos resultados,
uma vez que a inversão da função do receptor não é única (Ammon et al., 1990;
Julià et al., 2000).

Modelos de terra iniciais para a inversão dos dados sismológicos serão


obtidos através de um esquema de modelagem direta baseada em dados de poço
na vizinhança de algumas estações. A modelagem direta consiste em uma
abordagem de tentativa e erro, de maneira que se possa comparar a semelhança da
FR com a FR sintética obtida através dos dados do poço. A abordagem permitirá
também investigar o grau de resolução esperado da modelagem de FR e dispersão
na bacia do Parnaíba. Poços adicionais podem ser usados para validação dos
resultados da inversão em outras estações.

Objetivos

O objetivo geral deste plano de trabalho é utilizar a sismologia de fonte


passiva (função do receptor) para a caracterização das camadas sedimentares que
compõem a bacia do Parnaíba.
Especificamente, os objetivos incluem:
 Avaliar o desempenho da técnica de função do receptor na caracterização
sísmica da estratigrafia e estruturas profundas da bacia do Parnaíba.
 Estimar as espessuras crustal e sedimentar, além das razões Vp/Vs.
 Elaboração de uma seção estratigráfica (sismológica) para a bacia do
Parnaíba.
 Contribuir com o adensamento dos estudos na bacia do Parnaíba,
subsidiando futuras pesquisas de exploração na área.

Revisão/Metodologia

Dentre os trabalhos mais recentes realizados na bacia do Parnaíba está um


perfil de reflexão sísmica profunda feito pelo Projeto de Análise da Bacia
Intracratônica do Parnaíba (PABIP) com patrocínio da BP Energy do Brasil (BP).
Este perfil assinala que a bacia se desenvolveu acima de uma crosta com alta
heterogeneidade, localizada sobre uma discordância regional que corta os blocos
Amazônico, Parnaíba e Borborema. Os resultados indicam que a atual bacia já foi
maior do que é na atualidade. Além disso, o perfil mostra que um mecanismo termal
estaria associado à formação da bacia, pois também apresenta feições como
soleiras e diques corroborando com essa hipótese, que por sua vez, afetam o
imageamento da base (Daly et al, 2014).

Então, tem-se na bacia do Parnaíba um perfil sísmico, que não objetivou


imagear a bacia sedimentar em si, mas as estruturas em profundidade. O presente
trabalho, ao contrário, tem como alvo caracterizar a estratigrafia e estruturas da
bacia sedimentar do Parnaíba. Além da sísmica, a bacia possui dados de poço
próximo a uma das estações sismográficas instaladas na bacia, que servirá de base
para a modelagem direta da função do receptor. Os dados que serão utilizados
nessa pesquisa já foram coletados pelas estações do projeto PABIP, o que viabiliza
o processamento imediato dos dados para obter as funções do receptor e as curvas
de dispersão das funções de Green empíricas. Os dados que serão usados nessa
pesquisa são das estações da rede sismográfica brasileira situadas na bacia do
Parnaíba, bem como os registros das estações do projeto PABIP (Fig. 1).

Espera-se utilizar os resultados alcançados nesse trabalho para subsidiar


futuras pesquisas ligadas a exploração de bacias sedimentares. Pois, sabe-se que
os custos associados à atividade exploratória são altos, de posse de informações
geofísicas previas que servissem como uma base para a tomada de decisão sobre
novas aquisições sísmicas ou poços, seria vantajoso para diminuir os riscos
econômicos.

Além disso, em toda extensão da bacia ocorrem intrusões de diabásio, na


forma de soleiras e diques, dificultando que a energia proveniente da superfície
numa aquisição sísmica alcance as camadas mais profundas. Isso ocorre devido ao
alto coeficiente de impedância entre os sedimentos e as intrusões de diabásio. Ao
aplicar o método da função do receptor, a energia se aproxima da base à superfície,
pois é proveniente de eventos telessísmicos, dessa forma o alto contraste de
impedância não dificultará o imageamento utilizando funções do receptor.

Figura 1: Estações sismológicas presentes na bacia do Parnaíba.

Função do receptor

Uma onda P proveniente de um telessismo, quando propagada pelos diversos


meios que constituem a terra, tem sua forma alterada pelas diferentes propriedades
dos mesmos. Cada camada funcionará como um filtro para a forma de onda e, além
disso, trará informações da função fonte e da resposta instrumental do registrador.
Em outras palavras, a forma de onda registrada no sensor é uma função complexa,
com contribuições desde a fonte, passando pelos meios de propagação e até do
próprio sensor.

Se o objetivo é analisar isoladamente as estruturas locais abaixo do sensor,


então a resposta instrumental, os efeitos de propagação distante e a função fonte
deverão ser removidos da forma de onda. Isto é possível através das funções do
receptor, que são séries temporais equalizadas através de um processo de
deconvolução que elimina os feitos da fonte e da resposta instrumental, deixando
apenas a contribuição da estrutura local ao sismógrafo [Langston, 1979].

Para aplicação desta técnica, é necessário selecionar eventos com


distâncias epicentrais entre 30° e 90° e magnitudes maiores que 5.0 mb, a fim de
evitar a zona de triplicação do manto e garantir uma boa relação sinal-ruído.
Entretanto, para mapear as estruturas de uma bacia sedimentar, o conteúdo de
frequência deveria ser maior, a fim de determinar com melhor resolução sua
estruturação interna. Portanto, além dos eventos com a distância epicentral citada
(30°<Δ<90°) ainda seriam usados os registros dos eventos andinos mais próximos
(Δ < 30°) e com profundidades acima de 100 km (Dias, 2011; Costa, 2006). Isso é
possível porque a maior profundidade da fonte sísmica muda a posição da zona de
triplicação do manto e permite a chegada de um único frente de ondas P em
distâncias menores de 30o. As intrusões de diabásio não dificultariam o
imageamento como na sísmica ativa, pois a energia alcança a bacia da base à
superfície.

Para o cálculo da função do receptor, primeiramente rotaciona-se o


sismograma do sistema geográfico para o epicentro estação. Posteriormente, aplica-
se a operação de deconvolução da componente vertical do sismograma em relação
a radial, obtendo a função do receptor. A função do receptor é composta pela onda
P direta, conversões P para S e suas reverberações.

As fases que compõem a função do receptor são resultado das reflexões


e transmissões da onda diante as descontinuidades em subsuperfície. É possível
relacionar as diferenças nos tempos de percurso dessas fases e obter estimativas
para razão vp/vs e espessura, tanto da crosta quanto do pacote sedimentar (Zandt
et al, 1995). Feito isso, é necessário testar modelos de velocidade para a
estruturação da bacia e integrar com outros dados ou métodos geofísicos e
geológicos.
Figura 2: Esquerda - Raios sísmicos associados a uma frente de ondas P plana
incidindo na base de uma camada de velocidade uniforme acima de um
semiespaço.Direita - Função de receptor de onda P para o modelo mostrado à
esquerda. Cada pico e vale na função de receptor está relacionado com um
percurso de raio específico no modelo. (Modificado de Ammon et al. [1990]).

Empilhamento HK

A FR é composta das fases referentes à onda P direta, a conversão P para S


e suas múltiplas. A análise desses tempos de percurso fornecem informações
relevantes, como a espessura da crosta (H) e a razão Vp/Vs (К). Isto é o mínimo que
se espera obter ao utilizar a técnica de função do receptor. Para estimar estes
valores o método de empilhamento HK de Zhu & Kanamori (2000) pode ser aplicado.
Consiste em buscar um modelo de espessura e razão Vp/Vs (H К) que melhor se
adeque as FRs observadas, para isto utiliza-se um valor médio para a velocidade da
crosta. Este método é vantajoso, pois permite o processamento de várias FRs, não é
necessário marcar os tempos de percurso para as diferentes fases, os efeitos de
variações de estruturas laterais são eliminados, restando um valor médio para a
espessura da crosta; além disso, pode-se estimar incertezas maximizando a função:

Ѕ(H, К)=∑𝑛𝑖=1 𝑤1𝐴𝑖(𝑃𝑠) + 𝑤2𝐴𝑖(𝑃𝑝𝑃𝑠) − 𝑤3𝐴𝑖(𝑃𝑝𝑆𝑠 + 𝑃𝑠𝑃𝑠).

Onde w1, w2, w3 são os pesos das fases Ps, PpPs, PpSs + PsPs; Ai as
amplitudes, e os sinais positivos ou negativo indicam amplitudes positivas e
negativa, respectivamente.

O empilhamento HК é comumente usado para determinar a espessura e razão


Vp/Vs da crosta. Embora não seja usual, o presente trabalho busca adaptar esse
método para estimar a espessura e razão Vp/Vs para sedimentos, aplicando a
técnica à funções do receptor de alta frequência.

Dispersão de ondas de superfície

Ondas de superfície se propagam na superfície terrestre e são classificadas


em ondas Love e Rayleigh. Ondas Love vibram na direção perpendicular ao sentido
de propagação e se restringem as camadas mais superficiais da terra. Já as ondas
Rayleigh acompanham a direção de propagação descrevendo um movimento
elíptico. As ondas de superfície são dispersivas, a dispersão é um fenômeno
ondulatório que ocorre quando a velocidade de propagação num meio é dependente
da frequência da onda.

A partir da dispersão de ondas de superfície pode-se obter uma relação entre


profundidade e velocidade (Almeida et al., 2014). Sendo assim, também para a
bacia do Parnaíba este mesmo procedimento seria aplicado.

A dispersão de onda de superfície (de alta frequência) pode ser obtida pela
correlação cruzada de ruído sísmico, que é dominada por ondas Rayleigh (Dias,
2011; Dias et al., 2014). A correlação cruzada do ruído sísmico ambiental entre duas
estações fornece a função de Green (resposta impulsiva), sendo necessário que o
ruído tenha sido registrado em ambas as estações (Weaver and Lobkis, 2001;
Shapiro et al., 2005). Dias (2011) define como: “a correlação cruzada entre estações
representa a função de Green empírica entre elas, como se um impulso fosse
aplicado em uma estação e registrado na outra”. Dessa forma, podem-se medir as
curvas de dispersão, pois a função de Green é proporcional à onda de superfície
(Dias et al., 2014). A partir da função de Green é possível obter dados do meio entre
as duas estações, caracterizado através da velocidade sísmica em estruturas entre
as estações (Dias, 2011. Dias et al., 2014).

Os ruídos ambientais, necessários para a correlação cruzada, são


provenientes principalmente de dois mecanismos: microssismos oceânicos e
alterações na atmosfera. Sendo compostos principalmente de ondas superficiais
(Bromirski, 2009). O espectro de ruído ambiental é constituído essencialmente por
energia de microssismo, para períodos menores que 30 segundos (Bromirski, 2009).
Os microssismos se dividem em microssismos primários, com períodos entre 10 e
20 segundos, e miscrossimos secundários com o pico principal em torno de 6
segundos. Os microssismos são causados principalmente por quebras de ondas
oceânicas na costa.

Inversão simultânea

A aplicação do método da função do receptor, para bacias sedimentares tem


demonstrado potencial e um exemplo disso (bacia do Paraná) pode ser visto em
(Dias, 2011). Este autor utilizou a dispersão de ondas de superfície além da função
do receptor, através da correlação cruzada de ruído sísmico ambiental. Essa
integração foi necessária para garantir uma maior confiabilidade aos resultados, uma
vez que a inversão da função do receptor pode não ser única (Ammon et al.,1990;
Dias, 2011).

A inversão das FRs é feita de maneira iterativa, buscando a cada iteração o


modelo com maior semelhança aos dados observados. Devido a não unicidade na
inversão da FR é necessário aplicar na inversão outras informações para estabilizar
a solução, bem como solucionar o problema da não unicidade. Os resultados obtidos
através das curvas de dispersão servirão como vínculo na inversão da FR, a fim de
reduzir ambiguidades. Outros vínculos, além de pesos e suavidades devem ser ser
usados na inversão para alcançar o modelo que se ajusta melhor aos dados
observados.

O potencial da integração dos métodos sismológicos de função do receptor


e a dispersão das ondas de superfície, obtida pela correlação cruzada do ruído
sísmico ambiente, será avaliado no contexto do mapeamento da estruturação interna
da bacia do Parnaíba. Contribuindo com a ampliação dos estudos nessa bacia, além
de possibilitar o desenvolvimento da função do receptor em bacias sedimentares.
Espera-se obter a espessura da crosta, a profundidade da Moho, a espessura dos
sedimentos e delimitar as espessuras das principais camadas geológicas que
compõe a bacia.
Justificativa e enquadramento do plano de trabalho

Este plano de trabalho visa analisar o potencial de métodos de sismologia de


fonte passiva, na exploração da arquitetura sedimentar de uma bacia sedimentar
com potencial petrolífero (Bacia do Parnaíba). Portanto, enquadra-se na linha de
pesquisa “Geologia e Geofísica do Petróleo” do PPGG, especificamente na área de
pesquisa “Arcabouço estratigráfico e estrutural de bacias com base em ferramentas
geológicas e geofísicas”.

Relação de disciplinas a serem cursadas

 GGF2012 – Sismologia – 4u.c.


 GGF2047 – Tectônica de Bacias Sedimentares – 4u.c.
 GGF2013 – Aplicações Sismológicas – 4u.c.
 GGF3014 – Problemas Geofísicos Inversos – 4u.c.
 GGF3007 – Tópicos Avançados em Sismologia – 4u.c.
 GGF2031 – Seminário de Pesquisa I – 4u.c.

Cronograma de execução

1º Semestre

 Revisão bibliográfica.
 Seleção de eventos sísmicos (onda P).
 Cálculo das funções do receptor (PRFs).
 Cálculo das funções de Green empíricas (EGFs)
 Medição das curvas de dispersão.
 Cursos de sismologia e áreas afins.

2º Semestre

 Levantamento de informações geotécnicas.


 Modelagem direta das funções do receptor.
 Empilhamento de Zhu & Kanamori (2000) para função do receptor.
 Cursos de sismologia e áreas afins.

3º Semestre

 Inversão simultânea das funções do receptor com as curvas de dispersão de


ondas de superfície.
 Elaboração de modelos preliminares para a bacia do Parnaíba.
 Neste semestre será apresentado o exame de Qualificação.
 Cursos de sismologia e áreas afins.

4º Semestre

 Elaboração dos modelos finais para a bacia do Parnaíba.


 Redação e submissão do artigo.
 Elaboração da dissertação e defesa.

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