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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES


CURSO DE LICENCIATURA E BACHARELADO EM MÚSICA
Disciplina: Percepção e Análise Musical V
Professor(a): Cristina Dignart

FORMA MUSICAL

(resumo comentado do livro “Forma e Estrutura na Música” de Roy Bennett)


• Maneira pela qual os elementos musicais (harmonia, ritmo, melodia, etc) estão
organizados de modo a expressar uma ideia musical.
• A forma em música pode ainda ser considerada como a sintaxe musical, sendo que
sua divisão em fragmentos (frases, períodos, cadências, respirações, etc.) determina
os aspectos referentes à compreensão de uma obra.
o A repetição e o contraste são recursos básicos para o estabelecimento da
forma.
Elementos básicos
• Motivo (menor unidade, elemento primário)
• Segmento de frase (agrupamento de motivos)
• Frase (agrupamento de segmentos de frases. Reconhecível como uma unidade)
• Período (agrupamentos de frases que expressa uma ideia identificável.)
• Seção (grupo de frases/períodos que indicam uma parte da obra acabada que pode ser
reconhecida muitas vezes como independente, podendo ser executada de maneira
isolada.
o Uma obra mais tradicional costuma duas ou mais seções.
o A soma de seções estabelece a forma musical.

Pequenas Formas
• As formas musicais são estabelecidas a partir de repetições e contrastes de seções.
o A quantidade de a qualidade das seções definem o tipo de forma.

Pequena Forma binária

• Divisão de uma obra curta em duas seções (A e B ou A e A)


• A segunda seção é uma repetição exata ou variada da primeira

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(A e B)

• muitas vezes a primeira seção termina na dominante, enquanto que a segunda


termina na tônica.
§ A terminação suspensiva na primeira seção dá a tensão
(expectativa) necessária para impulsionar a obra para “frente”,
sendo possível visualizar um diagrama de uma obra como um
arco:

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o Se houver uma modulação ou o uso de uma interdominante ao final da
seção A, a sensação de arco pode ser mais evidente.

o Quando estiver no modo menor é frequente a modulação para a


relativa maior.

• Em algumas situações a segunda seção (B) é mais longa do que a primeira


(A), pois nesta seção são exploradas mais de uma tonalidade, ou o uso de
acordes alterados. Desta maneira, o arco de tensão se torna mais assimétrico.

• Muitas vezes, em B é possível ouvir a melodia (ou parte dela) de A, porém


com algumas variações, como:
o Inversões de intervalos

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o melodia no baixo,
o em sequência
o transposição.
• Estas variações proporcionam um equilíbrio e coerência estrutural.

Lembretes (extraídos diretamente do livro):

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Pequena Forma Ternária

• “Uma porcentagem esmagadora de formas musicais é composta


estruturalmente em três partes. A terceira parte é, por vezes, uma repetição
exata (recapitulação) da primeira, mas frequentemente aparece sob a forma de
uma repetição modificada” (Schoenberg em “Fundamentos da Composição
musical”, p. 151).

• A seção A frequentemente se estabelece na tônica, enquanto que a seção de


contraste aparece em outras tonalidade.
o A harmonia é um aspecto importante para o estabelecimento do
contraste.
o A seção de contraste também pode ser marcada pelo uso variado do
motivo básico e/ou pela reordenação de células-motivo apresentadas
na primeira seção.

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o Algumas vezes A2 é indicado apenas como um da capo pelo
compositor

Lembretes:

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