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Realização Cinematográfica
Prof. Dr. João Mario Grilo
15 de Janeiro de 2016
As dualidades em Strangers On A Train, de Alfred Hitchcock
Mariana Costa
Resumo
Este artigo visa refletir sobre as dualidades presentes no filme Strangers On A Train, de
Alfred Hitchcock, através de uma análise fílmica das escolhas de planificação, iluminação,
mise en scene
montagem e feitas pelo realizador.
Palavras chave:
Hitchcock ; Analise fílmica; Strangers On A Train; Dualidades;
Introdução
noir
Strangers on a Train é um thriller americano com elementos de filme ,
produzido e dirigido por Alfred Hitchcock e baseado no romance de mesmo nome escrito
por Patricia Highsmith. Estrelado por Farley Granger, Ruth Roman, Robert Walker, Leo G.
Carroll, Patricia Hitchcock e Laura Elliott, o filme foi gravado durante o outono de 1950 e
lançado pela Warner Bros em 30 de junho de 1951.
A história diz respeito a dois estranhos que se encontram em um comboio: Guy, um
jovem e ambicioso tenista, e Bruno, um encantador psicopata. Como ambos personagens
gostariam de "se livrar" de alguém em suas vidas, o psicopata sugere que eles deveriam
“trocar assassinatos”, para que nenhum dos dois fossem apanhados pela polícia devido à
falta de motivações e de provas. O psicopata comete o primeiro assassinato; e, em seguida,
tenta forçar o jogador de tênis a concluir o acordo que acredita ter firmado.
Neste trabalho serão analisadas as dualidades presentes no filme, assim como será
realizada uma análise fílmica geral sobre as questões relativas à planificação, iluminação,
mise en scene
montagem e . O objetivo desse trabalho é analisar e pontuar como o
realizador transformou o romance em uma narrativa minuciosamente construída sob a
temática da dualidade, tão discutida no período de realização. Para a atingir tal objetivo, a
metodologia seguida se baseia no visionamento da película e na utilização de uma
bibliografia de referência sobre o filme e o sobre realizador.
1
As dualidades em Strangers On A Train
Strangers on a Train é a história de uma troca de assassinos/assassinatos
combinada a fim de se obter um crime perfeito. O começo do filme destaca algo recorrente
na obra de Hitchcock: o papel do acaso a forma como a vida de qualquer pessoa pode
mudar radicalmente a partir de um simples encontro que posteriormente se revela decisivo
na vida da personagem.
Assim, o filme inicia com uma montagem paralela e o que vemos são duas linhas
de comboio que se cruzam duas vezes ao passo que, como em uma continuação lógica,
dois diferentes pares de sapatos (de Bruno e de Guy) transitam pela estação até se
chocarem já no interior da carruagem, gerando um mútuo pedido de desculpas. Fica
evidente a metáfora visual desses dois caminhos representando duas formas distintas de
vida que estão prestes a colidir. Nesse sentido, é possível afirmar que já está instalada a
primeira dualidade da longametragem, visto que toda obra trabalha com essa questão e é
desenvolvida de inúmeras maneiras.
Donald Spoto aponta:
There are, at the outset, two pairs of feet and two sets of train rails that cross twice.
Walker and Granger meet when their crossed feet accidentally touch under a table. Walker
orders a pair of double drinks […] There are two respectable and influential fathers,two
women with eyeglasses, and two women at a party who delight in thinking up ways of
committing the perfect crime. There are two sets of two detectives in two cities, two little
boys at the two trips to the fairground, two old men at the carousel, two boyfriends
accompanying the woman about to be murdered, and two Hitchcocks in the film.1
Nos anos 50, o tema das dualidades esteve especialmente presente tanto nas
ciências quanto nas artes devido à influência gerada pelos estudos contemporâneos de
psicologia de Sigmund Fred. O psiquiatra, cuja trabalho despertava profundo interesse em
Hitchcock, utilizou figuras da mitologia grega para nomear duas principais categorias de
1
Donald Spoto. The Dark Side of Genius: The Life of Alfred Hitchcock. New York: Ballantine Books, 1983.
p. 327328.
2
pulsões humanas: o instinto de vida (eros) e o instinto de morte (thanatos). Para o autor,
essas forças estão em constante embate em todas as pessoas e quando ocorre o
desequilíbrio das mesmas em uma pessoa psicologicamente doente, um lado sempre irá
vencer. É interessante perceber a relação dessa estrutura freudiana com as características
dos protagonistas de Hitchcock.
Podemos entender a relação dos protagonistas como a resposta ao desequilibrio
gerado a partir do encontro de duplos. Aponta Renato Barroso:
Bruno e Guy são uma e a mesma pessoa, uma personalidade dividida em dois, o
bem e o mal que existem no mesmo homem, os dois opostos que se anulam, num cenário
de permutabilidade e transferência da culpa que acentua o tema do duplo, da dualidade do
indivíduo, (Dr. Jekly and Mr. Hyde), em que Bruno, sabendo distinguir o bem do mal é, na
sua amoralidade, o duplo de Guy, o seu lado mau, a sua face escondida, perversa, da qual
este talvez não tenha consciência.2
Esse elemento dual também esta presente no jogo de contrastes entre os dois
protagonistas. Bruno tem um ritmo de vida acelerado, segundo ele afetado por uma certa
“vertigem da vida moderna”, e se apresenta com um vestuário excêntrico que desperta a
atenção de todos. Já Guy tem um caráter reservado e um ritmo de vida mais tranquilo.
Além disso, o tenista tem uma forma contida no comunicar e no vestir.
Na medida em que Bruno e Guy são opostos, podese afirmar que muitas vezes se
conectam também de maneira complementar. Em vários momentos os dois homens estão
relacionados por uma montagem paralela de palavras e gestos: um pergunta o tempo e o
outro, a quilómetros de distancia, olha para o relógio de pulso; um diz enraivecido “eu
poderia estrangulala” e o outro, a distancia, faz um gesto de quem estrangula alguém.
Cabe igualmente pontuar que, dentro dessa minuciosa película, a fixação que se
cria à volta de um isqueiro tem como objectivo criar a técnica de suspense denominada
The MacGuffing, que consiste em atribuir importância de alguma forma a um objeto, um
2
Renato Barros. A culpa no cinema de Alfred Hitchcock In: Revista do CEJ. ISSN 1645829X. n. 2, 2014, p.
318319
3
lugar ou até um desejo para que este desencadeie nós na narrativa. Vale ressaltar que o
isqueiro é frequentemente filmado em closeup durante o filme, reforçando a ideia de que
tem um papel central e simbólico na trama. Aqui o isqueiro, que é a única prova que pode
incriminar Guy, é também no desenlace a única prova que o iliba. Assim, encontramos
outra dualidade. Além disso, o próprio objeto carrega a inscrição “From A. To G.”,
significando oficialmente “From Ann to Guy”, mas nos fazendo lembrar “From Anthony
to Guy”, Anthony sendo o apelido de Bruno, visto que é entre os dois que tudo acontece.
Sobre o uso da iluminação na questão da dualidade fica evidente a marcação da luz
pela oposição entre claro e escuro. Bruno é uma personagem cujo rosto é constantemente
atravessado por sombras. Se observarmos a conversa inicial entre Guy e Bruno no
comboio vemos que sombras cruzam o rosto de Bruno, como grades de uma prisão.
Entretanto, notase que em muitos momentos Bruno tem que ir para o mundo de luz
a fim de obter o que deseja. Na cena em que Bruno conta para Guy sobre o assassinato,
Guy se aproxima dele fora de sua casa, a sensação é de que ele está deixando a luz e
entrando em um mundo sombrio. Bruno, uma sombra entre sombras, espera atrás de
algumas grades, avança para luz para que possa ser reconhecido e, assim, atrai Guy para o
seu lado. Com a chegada da polícia tanto Bruno e quando Guy têm sombras de grades em
seus rostos e temos um plano subjetivo da polícia a partir da posição de ambos atrás das
grades. Guy diz: "Você me faz agir como se eu fosse um criminoso", A cena dá uma
expressão simbólica sobre o relacionamento dos dois e o que Bruno representa.
Na maioria das aparições de Bruno em que ele está tentando fazer com que Guy
cumpra seu suposto acordo, a personagem é filmado em contraste com algo branco, ou
pelo menos algo iluminado. Quando ele telefona para Guy, é possível ver no fundo o
Capitólio branco e bemiluminado, enquanto no primeiro plano Bruno fica em meio às
sombras. Wood reconhece que em filmes de Hitchcock, o simbolismo democrático é
sempre associado com a ideia de uma vida ordenada. Esse simbolismo também é usado
quando Guy e Hennessy andam na frente do
Jefferson Memorial e Guy percebe uma figura
sombria nas escadas brancas, uma mancha na pureza da imagem.
Um dos momentos mais interessantes quanto ao uso da luz se dá quando Miriam e
os dois rapazes que a acompanham entram no Tunel do Amor e só é possível ver suas
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sombras. Rapidamente, a sombra de Bruno, misticamente muito maior do que as outras,
avança na direção das outras sombras e se sobrepõe. Ao concluir esse movimento, ouvimos
o grito de Miriam. A sobreposição das sombras gera um suspense rápido e eficaz fazendo
com que o espectador suponha que o ataque aconteceu. Entretanto, essa expectativa logo é
quebrada quando no plano seguinte percebemos que o grito fazia parte da dinâmica entre
Miriam e os rapazes. Novamente podemos observar a ligação que Hitchcock faz entre
Bruno e um mundo de sombras e caos. Ainda cabe comentar o preciosismo de Hitchcock
ao fazer o assassino utilizar uma embarcação chamada Pluto, deus da mitologia grega que
viaja sobre a terra e o mar e que torna rico quem o encontra (nesse caso, o tenista Guy que
teria o caminho aberto para o casamento com Ann e uma promissora vida na política.)
Apenas no momento em que acreditamos que Guy irá matar o pai de Bruno para
cumprir o acordo entre os dois (durante sua visita ao Mr. Anthony), a personagem é
filmada movendose entre as sombras e escuridão em sucessivos planos. Há alguns planos
completamente negros, com somente por uma mancha branca, correspondentes à luz da
tocha de Guy, seguindo o mapa de Bruno lhe deu.
Se repararmos, Guy está associado à vida diurna tal como Bruno à vida noturna:
lembremos que no desenlace Bruno está ansioso que chegue o anoitecer, enquanto Guy
corre contra o tempo para chegar à feira popular antes que anoiteça. E assim o encontro da
noite e do dia se concretiza no crepúsculo, momento em que as personagens se encontram
na feira e o desfecho se dá.
A dualidade estendese até a planificação. O filme é repleto de enquadramentos
baseados em linhas retas que serão corrompidas com figuras curvas – sendo a primeira
dessas figuras o próprio Hitchcock quando entra no comboio segurando um grande
contrabaixo . A força dessas figuras redondas são quase comparáveis à força que Bruno
exerce sobre Guy, visto que as mesmas corrompem as linhas retas do plano e essa tensão é
transmitida pela imagem ao espectador.
Cena do assassinato de Miriam fica evidente a influência do expressionismo
alemão na obra do realizador. O plano distorcido feito através da lente não partida do
óculos da mulher de Guy serve para nos fazer entrar na forma distorcida como Bruno vê o
mundo pois é louco. Para ele, nem se trata de um assassinato, mas apenas uma tarefa que
5
ele tem de concretizar para que o seu pai desapareça. Para Barroso, “os óculos de Miriam
funcionam assim como um espelho, um reflexo deformado do crime, neste fabuloso jogo
de duplos, como são, um do outro, Bruno e Guy.”(318). Ian Morrisson adiciona que o
ângulo da câmera, a imagem distorcida refletida, a ausência dos sons de luta e a iluminação
tem a função de ocultar a violência do ataque e ao mesmo tempo, revelam a força de Bruno
e a inevitabilidade da morte de Mirian3 . Nesse sentido, é possível observar que Hitchcock
era extremamente consciente dos artifícios da linguagem cinematográfica e que esses não
somente foram usados para multiplicar a força do assassinato, mas também para adicionar
varias metáforas e simbolismos em toda película.
Durante a partida de tênis, Hitchcock grande mestre da
mise en scene emprega
diversos recursos para criação de suspense ao público. O realizador utiliza varios ângulos
de camêra que fazem como que o espectador se sinta dentro do jogo. Nesse sentido, o
espectador pode se identificar com o desespero de Guy para ganhar a partida e provar sua
inocência. O plano que revela um relógio, mostra para nós que ele está não só lutando
contra o oponente, mas também contra o tempo. Hitchcock usa um
reaction shot para
intensificar a importância de que Bruno chegue primeiro ao local do crime e sua expressão
revela que pegar o isqueiro se trata de uma questão de vida ou morte. A expressão de
nervosismo de Bruno também aumenta o tensão da cena.
Nessa cena, fica evidente o cruzamento entre as vidas de Guy e Bruno. As
personagens parecem ser simbolicamente conectadas pela oposição que estabelecem. Guy
começa a ganhar novamente quando Bruno perde o isqueiro, completando a inversão da
sequência. O
crosscutting entre os dois personagens estabelece uma competição sobre
quem irá conseguir primeiro concretizar seus objetivos. Até a música que acompanha os
personagens é diferente, estabelecendo um novo contraste e relação de dualidade entre os
atos. Com a combinação de som diegético e não digético a carga de suspense e ansiedade é
aumentada. O som das raquetes com a bola parecem os ponteiros de um relógio avançando,
lembrandonos do desejo de guy de ganhar o jogo e salvar sua reputação. Simultamente
Guy vence a partida enquanto Bruno resgata o isqueiro, avançando com a narrativa.
3
Ian Morrisson, The Art of Murder. http://www.imagesjournal.com/issue09/features/artofmurder/text2.htm,
p. 2.
6
Hitchcock utilizase, portanto, de uma combinação de aspectos técnicos para aumentar o
suspense, como por exemplo, planos subjetivos, closeups
reverse angle shots and , assim
cross cutting
como a montagem com . O espectador é forçado a assistir as duas personagens
tentando conquistar cada uma o próprio dilema em uma jornada que o deixa a cada
momento mais ansioso e curioso sobre desfecho final.
A cena do carrossel do filme, é uma cena composta de vários planos complexos de
serem concretizados que fizeram história no cinema. No livro de entrevistas de Hitchcock à
Truffaut, o realizador confessa que nunca voltaria a fazer uma coisa tão arriscada, pois o
plano com o idoso a moverse debaixo do carrossel a alta velocidade foi realmente assim
feito, com graves riscos.
Assim como o carrossel, a vida de Guy estava fora de controle, em total
desequilibrio. Até o ultimo momento, Bruno tenta incriminalo aos olhos da polícia. Sua
maneira raivosa de pisalo simboliza a forma limite que atingiu essa relação de duplos, de
verso e reverso. A feira popular, local de diversões e do insano, onde tudo pode acontecer,
é o lugar onde o ciclo de loucura é quebrado; o carrossel é destruído e a normalidade pode
ser restaurada. Tudo isso só depois do carrossel ter atropelado, em seu frenesi, diversas
pessoas inteiramente desconhecidas, assim como Bruno e Guy também eram, um para o
outro, no começo de tudo. Strangers.
Conclusões
Durante toda obra, Alfred Hitchcock se manteve empenhado na construção de um
filme minucioso, chegando a pensar a montagem na realização de modo a obter só um
resultado possível. Com diversos elementos interligados, duplos, que fazem a todo
momento referências entre si, o realizador desenvolveu uma elaborada mise en abyme,
utilizandose de todas as especificidades da linguagem cinematográfica. Entretanto, vale
ressaltar que há, em Hitchcock, um fascínio pela clareza das coisas; por simplificar a
natureza icônica. Donald Spoto resume essa produção cinematográfica de maneira precisa:
7
“the form of the film is its meaning: doubles and pairs, accumulated and intercut in an
almost endless series, mediate the theme” (327).
Strangers on a train começa em uma viagem de comboio e, de certa forma, pode ser
entendido como um filme de viagem. Uma viagem em que as personagens estão em
constante movimento e em trajetórias físicas e emocionais que se repetem. O percurso que
Bruno faz para assassinar a mulher de Guy é a mesmo feito por Guy para ser absolvido do
crime.
Existe também uma circulação constante do sentimento de culpa entre os
personagens, visto que como Guy não cumpre a sua parte do pacto Bruno tem sobre si o
peso do crime que não era seu e isso só poderia ser apagado se o seu pai também fosse
assassinado por Guy. Bruno acussa Guy sobre o crime que ele mesmo cometeu; enquanto
Guy mantém a culpa sobre Bruno, atribuindolhe a toda a responsabilidade sobre o
assassinato. Esse jogo de transferência de culpa talvez estabeleça uma relação de
simbolismo com esporte praticado por Guy: os oponentes sempre tentam empurrar a bola
(ou a culpa) para o outro lado da rede.
Ademais cabe pensar sobre conceito de anamorfose uma representação ou
imagem que parece deformada, mas se apresenta regular em determinado ângulo dentro
da narrativa desenvolvida por Hitchcock. Existe, na planificação, certa dimensão lúdica;
temos realismo na imagem, mas há algo que nos escapa. Esse jogo entre o realismo e essa
anamorfose, entretanto, não compromete o primeiro, o que nos permite perceber com
clareza todos os fatos. Certamente, a cena do carrossel desgovernado ilustra com perfeição
essa vertigem.
O realizador traça um percurso para o olhar, dirigindo os espectadores; não os
atores. Assim, ele manipula nossas consciências, levandonos por onde deseja. Podese
ainda afirmar que muitas sequências foram pensadas como se o filme fosse uma obra do
cinema silêncioso. Tratase de um clássico que precisa ser sempre revisitado por
pesquisadores e estudantes de cinema.
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Ficha Técnica
Título original: Strangers on a Train
(US, 1951, 101/100 minutes, bw)
Empresa produtora / Estúdio / Distribuição: Warner Bros
Produção / Realização: Alfred Hitchcock
Roteiro: Raymond Chandler, Czenzi Ormonde e Ben Hecht, adaptação por Whitfield
Cook, baseado no romance de Patricia Highsmith.
Diretor de fotografia: Robert Burks
Diretor de arte: Edward S Haworth
Montagem: William H Ziegler
Som direto: Dolph Thomas
Figurino Leah Rhodes
Maquiagem: Gordon Bau
Efeitos especiais Hans F Koenekamp
Produtor associado: Barbara Keon
Diretor musical: Ray Heindorf
Música original: Dmitri Tiomkin
:
Elenco Farley Grange; Ruth Roman; Robert Walker; Leo G Carrol; Patricia Hitchcock;
Laura Elliot; Marion Lorne; Jonathan Hale; Howard St John; John Brown; Norma Varden;
Robert Gist; Ralph Moody; Dick Vessen;
Referências bibliográficas
BARROSO, Renato. A culpa no cinema de Alfred Hitchcock In: Revista do CEJ. ISSN
1645829X. n. 2, 2014, p. 311320
DELLOLIO, Peter J. Expressionist themes in Strangers on a Train in Lit./F./Quarterly, vol.
31, n° 4 / 2003. p. 260 269.
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PAULA, Marlene. Hitchcock and the Art of Murder: Selected Films 194560. Tese de
Mestrado. Aveiro, Universidade de Aveiro, 2006
SPOTO, Donald (1983). The Dark Side of Genius: The Life of Alfred Hitchcock. New
York: Ballantine Books. p. 345
ROHMER, Erick, Hitchcock, the first fortyfour films. Trans, Stanley Hochman. New
York: Ungar, 1979.
TRUFFAUT, François. Hitchcock Truffaut. New York: Simon & Schuster Paperbacks,
1983.
MORRISSON, Ian, “The Art of Murder.”
Recensão publicada em
::
<
http://www.imagesjournal.com/issue09/features/artofmurder/text2.htm
, consultado em
Dezembro de 2015.
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