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PROJETO DE

ARQUITETURA E
URBANISMO I
MÓDULO 3
TÓPICO 2

PROFESSORA MESTRA JULIANA MARA B.M. HYBINER


INTRODUÇÃO

No primeiro tópico desse módulo, aprofundamos nossos estudos em duas


grandes obras do mestre Frank Lloyd Wright: a Casa da Cascata e o Museu
Guggenhein em Nova York. Saber sobre a origem, carreira e detalhes construtivos
de obras de grandes nomes da Arquitetura nos é válido para ampliarmos nosso
conhecimento (cultura), além de percebermos as estratégias de projeto utilizadas em
cada caso por esses profissionais.
Sendo assim, reitero a importância da pesquisa de outros nomes importantes
da arquitetura mundial – que serão listados ao longo desse módulo.
A ideia do fichamento está na memorização rápida de informações essenciais
de cada um dos projetos pesquisados... Não seria interessante você, ao fazer uma
viagem, se deparar com uma dessas belas obras e saber um pouco a mais sobre
cada uma delas? E, o melhor, saber apresentá-la a alguém que esteja com você?

Figura 1: Igreja da Pampulha em Belo Horizonte (MG), de Oscar Niemeyer.


Fonte: http://mapio.net/pic/p-38902708/
Figura 2: Farnsworth, em Illinois (EUA) de Mies van der Rohe.
Fonte: http://www.archdaily.com/59719/ad-classics-the-farnsworth-house-mies-van-der-rohe

Nesse segundo tópico, iremos continuar com nosso estudo sobre grandes
obras de renomados nomes da Arquitetura mundial. Agora falaremos sobre Zaha
Hadid e suas escultóricas obras! Você irá se encantar!
MÓDULO III - OS PRINCIPAIS NOMES DA
ARQUITETURA
Tópico 2 – Grandes Nomes da Arquitetura Mundial

Zaha Hadid

A arquiteta, que nos deixou recentemente em 2016, nasceu em Bagdá em


1950. Estudou matemática na American University of Beirut e, em 1972, iniciou seus
estudos de arquitetura na Architectural Association de Londres.
Em 1979 ela monta o seu próprio escritório, o Zaha Hadid Architects, o qual
produziu inúmeros projetos que ganharam reputação mundial por sua essência
inovadora e traço marcante.
Zaha trabalhava com seu sócio Patrik Schumacher em projetos que integravam
arquitetura, paisagem, geologia e tecnologias, resultando em formas dinâmicas e
inesperadas.
Seu trabalho é de tamanha magnitude que ela se tornou a primeira mulher a
receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura (2004), vencendo também duas vezes o
prêmio mais prestigiado da arquitetura do Reino Unido – o RIBA Stirling Prize.
Outros prêmios: Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres (França); Praemium
Imperiale (Japão); em 2012, Zaha Hadid foi condecorada com o título de “Dame
Commander of the Order of the British Empire”(Dama Comandante da Ordem do
Império Britânico); nomeada Membro Honorário da American Academy of Arts and
Letters e membro do American Institute of Architecture.
Antes do Prêmio Pritzker de Arquitetura, Hadid era mais conhecida por suas
obras não construídas, a exemplo do projeto vencedor do concurso “The
Peak” (1982) e pela Cardiff Bay Opera House (1994). As formas projetadas por Zaha
eram tão revolucionárias que muitos questionavam se poderiam ser realmente
construídas. De fato, antes de 1994, o único projeto construído pela arquiteta foi o
desconstrutivista Corpo de Bombeiros de Vitra.

Figura 3: Corpo de Bombeiros de Vitra.


Fonte: http://www.archdaily.com/785760/ad-classics-vitra-fire-station-zaha-hadid-weil-am-rhein-
germany/5717423de58ece9e0b0000d4-ad-classics-vitra-fire-station-zaha-hadid-weil-am-rhein-
germany-photo

A seguir, algumas das principais obras dessa grande arquiteta:

Casa de Ópera Guangzhou:


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-architects

Como pedras num fluxo d’água aplainado pela erosão, a Casa de Ópera
Guangzhou situa-se em perfeita harmonia com sua localização ribeirinha,
conformando o coração do desenvolvimento cultural de Guangzhou.
O projeto evoluiu a partir dos conceitos de uma paisagem natural e da
fascinante interação entre arquitetura e natureza; interagindo com os princípios da
erosão, geologia e topografia. O desenho da Casa de Ópera Guangzhou foi
particularmente influenciado pelos vales fluviais – e a maneira em que eles são
transformados pela erosão.

Figura 4: Casa de Ópera Guangzhou, China.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-architects

As linhas de dobragem nesta paisagem definem territórios e zonas com a Casa


de Ópera, cortando dramáticos “canyons” interiores e exteriores para a circulação,
lobbies e cafés, e permitindo que a luz natural entre intensamente no edifício.
Transições suaves entre elementos díspares e diferentes níveis continuam esta
analogia à paisagem. Unidades personalizadas, moldadas em fibras
de vidro reforçado com gesso, têm sido utilizadas para o interior do auditório,
continuando a linguagem arquitetônica de fluidez e uniformidade.

Figura 5: Casa de Ópera Guangzhou, China.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-
architects
Figura 6: Casa de Ópera Guangzhou, China.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-architects

Figura 7: Casa de Ópera Guangzhou, China. Planta pavimento térreo.


Fonte: Outras plantas em http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-
hadid-architects
Figura 8: Casa de Ópera Guangzhou, China. Planta de cobertura.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-architects

Figura 9: Casa de Ópera Guangzhou, China. Ficha técnica.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40830/casa-de-pera-guangzhou-zaha-hadid-architects
Centro Aquático dos Jogos Olímpicos de Londres 2012:
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-2012-
zaha-hadid-architects/

O conceito arquitetônico do Centro Aquático de Londres é inspirado pelas


geometrias fluídas da água em movimento, criando espaços e um ambiente ao redor
que refletem as paisagens da orla do Parque Olímpico.

Figura 10: Centro Aquático de Londres.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-
2012-zaha-hadid-architects/

Uma cobertura ondulada eleva-se a partir do solo como uma onda –


enclausurando as piscinas do Centro com um gesto unificador de fluidez, enquanto
também descrevendo o volume das piscinas de natação e de mergulho.

Figura 11: Centro Aquático de Londres.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-
2012-zaha-hadid-architects/
O Centro Aquático é desenhado com uma flexibilidade inerente para acomodar
17.500 espectadores para os Jogos de 2012 em Londres no modo “olímpico”
enquanto proporciona uma ótima capacidade de 2000 lugares para o uso após os
Jogos.

Figura 12: Centro Aquático de Londres.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-
2012-zaha-hadid-architects/

Figura 13: Centro Aquático de Londres. Ficha Técnica. Fachada Norte.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-
2012-zaha-hadid-architects/
Figura 14: Centro Aquático de Londres. Ficha Técnica.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-36372/centro-aquatico-dos-jogos-olimpicos-de-londres-
2012-zaha-hadid-architects/

Galaxy Soho:
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-49545/em-construcao-galaxy-soho-zaha-hadid-architects/

Galaxy Soho, projetado por Zaha Hadid, constitui um novo complexo que inclui
4 níveis de revendas, 12 escritórios e 2 de estacionamentos no coração de Beijing,
na China, encaixando-se com grande escala do seu entorno.

Figura 15: Galaxy Soho, China.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-49545/em-construcao-galaxy-soho-zaha-hadid-architects/
O complexo inclui 5 grandes volumes, dispostos de forma separada, mas as
vezes fundindo-se por uma serie de pontes. Cada volume se adapta por forma,
gerando um panorama continuo, sem esquinas ou transições abruptas.
Galaxy Soho reinventa os grandiosos interiores da antiguidade chinesa para
criar um mundo interno com espaços abertos contínuos.

Figura 16: Galaxy Soho, China.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-49545/em-construcao-galaxy-soho-zaha-hadid-architects/

Aqui a arquitetura já não incorpora mais blocos rígidos, mas inclui volumes que
se fundem para alcançar um movimento fluido e mútuo entre os edifícios. Movendo o
impacto entre uns e outros para gerar um profundo sentido de imersão e abrigo,
permitindo aos visitantes descobrirem espaços mais íntimos a medida que
percorrem o edifício.

Figura 17: Galaxy Soho, China.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-49545/em-construcao-galaxy-soho-zaha-hadid-architects/
A estrutura dos três andares inferiores contém o comércio e instalações de
entretenimento, os superiores possuem espaços de trabalho que estão destinados
para bares, restaurantes e cafés muitos com vistas panorâmicas para as grandes
avenidas da cidade.

Museu Messner da Montanha Corones:


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects

Incorporado no cume do Monte Kronplatz, a 2.275 metros acima do nível do


mar, no centro de um dos resorts de esqui mais populares do centro sul do Tirol, o
Museu Messner da Montanha é rodeado pelos picos alpinos do Zillertal, Ortler e
Dolomites. Fundado pelo renomado alpinista Reinhold Messner, o sexto e último dos
Museus Messner explora as tradições, história e disciplina do montanhismo.

Figura 18: Museu Messner da Montanha Corones, Itália.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects

Zaha Hadid explicara o conceito do projeto: "A ideia é que os visitantes possam
descer para a montanha e explorar suas cavernas e grutas, antes de emergir
através da parede, do outro lado, para o terraço em balanço sobre o vale, com vistas
panorâmicas impressionantes."
Com a forma dos fragmentos de rocha e gelo da paisagem circundante,
coberturas em concreto foram moldadas in-loco e ascendem a partir do solo para
proteger a entrada do museu, exibindo janelas e terraço.

Figura 19: Museu Messner da Montanha Corones, Itália.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects

Refletindo as cores claras e tons dos picos de calcário irregulares do pico


vizinho Dolomites, os painéis exteriores são formados a partir de um leve tom de
concreto reforçado com fibra de vidro. Eles dobram-se para o interior do museu
encontrando os painéis internos mais escuros que apresentam o brilho e a coloração
do antracite encontrado abaixo da superfície.
Uma série de escadas, como cachoeiras em um riacho da montanha, cascateia
através do edifício conectando os espaços de exposição e descrevendo a circulação
dos visitantes ao longo de três níveis. No nível mais baixo, os visitantes passam as
janelas panorâmicas, enquanto atravessam as galerias e emergem no terraço que
se projeta a 6 metros da lateral da montanha, oferecendo uma visão de 240 graus
através dos Alpes.
Figura 20: Museu Messner da Montanha Corones, Itália.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects

Com 1.000 metros quadrados, o museu é organizado em vários níveis para


reduzir sua presença. Durante a construção, 4.000 metros cúbicos de terra e rocha
foram escavados e, em seguida, substituídos acima e em torno da estrutura
finalizada - imergindo o museu no Monte Kronplatz e ajudando a manter a
temperatura interna mais constante. As amplas esquadrias permitem que a luz
natural possa penetrar profundamente dentro do museu, atraindo visitantes do
interior às janelas panorâmicas, visualizando o terraço em balanço sobre o vale.

Figura 21: Museu Messner da Montanha Corones, Itália.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects
Construído em concreto armado, a estrutura do museu conta com paredes de
40 a 50 cm de espessura, enquanto sua cobertura, que suporta a carga da terra e
rochas e incorpora o edifício na montanha, tem mais de 70 centímetros de
espessura.

Figura 22: Museu Messner da Montanha Corones, Itália. Ficha Técnica.


Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771470/museu-messner-mountain-museum-corones-zaha-hadid-
architects

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1) Assinale a alternativa que melhor caracteriza as obras de Zaha Hadid:


a) Formas comuns.
b) Predomínio de linhas retas.
c) Plasticidade das formas.
d) Inexpressividade.
e) Padronização de projetos.

2) Em um projeto arquitetônico, o que é mais importante?


a) Conhecimento do tipo de material a ser utilizado.
b) Integração da luz natural.
c) Funcionalidade.
d) Segurança.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3) Quais são os materiais mais utilizados nas obras de Zaha Hadid?
a) Madeira.
b) Vidro, concreto e aço.
c) Porcelanato.
d) Alvenaria.
e) Todas as alternativas estão corretas.

4) "A ideia é que os visitantes possam descer para a montanha e explorar


suas cavernas e grutas, antes de emergir através da parede, do outro
lado, para o terraço em balanço sobre o vale, com vistas panorâmicas
impressionantes" (Zaha Hadid). Esse trecho comentado pela arquiteta
revela qual etapa de projeto?
a) Detalhamento.
b) Planta Baixa.
c) Concepção.
d) Fachadas.
e) Planta de cobertura.

5) São obras de Zaha Hadid:

a) 1 e 2.
b) 2 e 3.
c) 1 e 5.
d) 4 e 5.
e) 1 e 4.

Respostas
1 2 3 4 5
C E B C E

PESQUISA

Nesse segundo tópico do Módulo 3, falamos de obras da talentosa Zaha Hadid.


Outros grandes nomes femininos se fazem presente na Arquitetura.
Elabore uma tabela síntese conforme exemplo abaixo e relacione as principais
obras dessas grandes arquitetas de renome mundial:
 Lina Bo Bardi
 Kazuyo Sejima
 Farshid Moussavi

ARQUITETA: ...........................................................................

OBRA LOCALIZAÇÃO/ CARACTERÍSTICAS MATERIAIS IMAGENS


DATA

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