Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
A ANTROPOLOGIA BRASli,EIRA NA ERA DA
PÓS-GRADUAÇÃ01
-1-
Cedo aprendi a desconfiar da ciência. Após uma breve passagem pela fisica e
matemática, descobri que este não era bem o meu lugar. Escolhi as ciências sociais mas,
no entanto, foi por acaso' que cheguei à antropologia. O exotismo e o pitoresco me faziam
desconfiar desta disciplina, mas era a única alternativa que me sobrava em uma
universidade onde a sociologia e a ciência política praticamente inexistiam.
Desde então, as perguntas que mais tenho feito são: qual a especificidade do
conhecimento científico? Qual a diferença entre as ciências exatas e as ciências sociais? O
que é a antropologia? No que esta disciplina se diferencia das demais ciências sociais?
I Este texto é parte da pesquisa de doutorado que a autora vem desenvolvendo na UNICAMP.
Pede-se, portanto, não citar.
2As ciências exatas nos transmitem certezas e verdades que nos deixam descontentes com as incertezas
e descontinuidades da história.
30 acaso tem sido motivo para algumas discussões na antropologia. Veja sobre o assunto o interessante
Memorial de Mariza Peirano (1992) Não Foi Só Por Acaso: Um Depoimento e o artigo de Howard S.
Becker (1995) "Foi por Acaso": Reflexões sobre a Coincidência.
2
Qual a sua singularidade? É possível o conhecimento do outro"? Como é possível o
conhecimento do outro?
Esta problemática tem me incomodado intelectualmente há muito tempo e parece ser
dificil caminhar sem antes resolver, pelo menos em parte, algumas destas questões. A
década de 90 parece ser um momento propício para viabilizar esta discussão
coletivamente.
5Ruben Oliven em entrevista em abril de 1995, dizia que havia um esforço em sua instituição na
reconstrução do pensamento antropológico gaúcho.
~este sentido é que entendemos os esforços do professor José Guilherme Cantor Magnani que como
coordenador da Pós-Graduação em Antropologia, encontra-se empenhado no mapeamento do corpo
docente e discente e suas respectivas pesquisas desenvolvidas nesta instituição.
3
IC?64TJ.E1( MWUW
dKULpUOU EOUKULeMW(
FRWNOAKVORbW
OVWBecOe 8URTRW
:WOTNR
VWEKbm)
EFD7IjiD 78 7?GG8FH4jl8G
CD /.(-" IGE( IC?64BE( IC5( I9E8( I9FG 8 I9G6
7k6474G 78 1-,2-,3-
%4Hk D 4CD 78 3/'
%"'
-:1A
1 )'0
GLA
1 ,'0
FBA
IFA
FOceURVNW(
OgRcdO
eU MWVdOgdW
PKfWbmfOT
VWMKUXW
KVdbWXWTrQRMW
O OVdbO
Kc
MRqVMRKc
cWMRKRc
VW5bKcRT
aeO dOUXWcccRLRTRdKNW
OKdpUOcUWRVMOVdRfKNW
OcdKNRcMeccnW)
4 dOVNqVMRK
MKNK
fOh UKRWb
XWbXKbdO
NOKVdbWXrTWQWc
LbKcRTORbWc
OU XOcaeRcKb
PWbK
NW
XKRc(
NOUWVcdbK
VnWcWUOVdO
eU KUKNebOMRUOVdW
NKKVdbWXWTWQRK
PORdK
VW5bKcRT(
MWUW
K
1 D XbWSOdW
;RcdrbRKNK4VdbWXWTWQRK
MWWbNOVKNW
XOTK
XbWPOccWbK
BKbRhK6WbbqK
cWUKUOcPWboWc
VOcdO
cOVdRNW)
0
·~,
afirmação de um estilo nosso em fazer pesquisa, escolher temáticas e levantar problemas.
De posse da problemática mais geral - filosófica, científica e antropológica - para dar
início ao projeto no doutorado, era preciso eleger um objeto empírico para o trabalho mais
antropológico de acordo com a tradição da disciplina. Era preciso fazer trabalho de campo"
e escolher, portanto, um objeto concreto que melhor refletisse o pensamento sobre a
antropologia brasileira no periodo escolhido. Um objeto que somente através de sua
singularidade pudesse nos levar a compreender melhor o que é isto que chamamos de
antropologia brasileira". A sugestação me foi dada por Roberto Cardoso de Oliveira, que,
ao mesmo tempo empolgado com a temática proposta, colocou-me a complexidade da
tarefa.
Como tinha claro que trabalharia com dados quantitativos e qualitativos, delimitei a
pesquisa qualitativa - ou seja, as classificações e catalogações através das leituras das
8Nas últimas décadas a noção de campo vem se modificando e ampliando consideravelmente, sem que
no entanto se faça acompanhar de uma discussão e problematização do que é o campo para a
antropologia num mundo onde o outro já não se encontra tão distante nem radicalmente diferente do eu.
5
·.'.
respectivas introduções e conclusões das pesquisas - somente ao mestrado e as décadas de
70 e 80 e, portanto, restringindo-me às dissertações defendidas até 1989. Ampliei para o
doutorado e para a década de 90 a pesquisa quantitativa - que inclui também dados
relativos a sociologia e a ciência política - que em alguns momentos, tomam-se também
qualitativa pela própria inserção do objeto na história. A contextualização na conjuntura
nacional em cada época e a história da disciplina anterior a este período são partes
fundamentais da análise e na compreensão da problemática mais geral.
Mesmo assim, esta tarefa vem demonstrando ser extremamente grandiosa, mas
fundamentalmente gratificante no sentido de responder às perguntas que científica e
filosoficamente me trouxeram até aqui.
-11-
6
MRcLRXTRVJ5
AWaeN NcdJLRpVLRJ
dNUcNMRONbNVLRJMW
MJcMNUJRc
LRpVLRJc
cWLRJRc5
DeJT J
ceJ LWVdbRKeRonW
XJbJWXNVcJUNVdW
cWLRJT
KbJcRTNRbW5
CJbJ bNcXWVMNb
mcRVdNbbWPJorNc
LWTWLJMJc
JVdNbRWbUNVdN)
9 XbNLRcW
cNaeNcdRWVJb
JLNbLJMW
WKSNdW
MJJVdbWXWTWPRJ)
MW,ageA-d, MWJVdbWXqTWPW)
MWcNeXJXNT
MNLRNVdRcdJ
N
LRMJMnW
VWUeVMWMNQWSN
N J LWVcNaeNVdN
LWVdNgdeJTRhJonW
MJ MRcLRXTRVJ
NU VWccJ
-bNJTRMJMN
NcXNLRORLJ-
9;FF:EG6jl:F 9: ?:FGE69B AB
?A) HFC) HA;86?C : HA7
'9k8696F 9: 2/.3/.4/(
'6Gk 40( -
0/ AAAR*)O*
---A:1
./ AAALIR(
,,%6,,733
,,- II ,i%fi-"",-i
.-
FG
FB
0
Portanto, estarei menos interessada no que as pesquisas concluem acerca do objeto
estudado - apesar de este também ser um ponto relevante na discussão - e mais atenta às
intenções do pesquisador, às suas propostas teóricas, às técnicas de pesquisa, à
metodologia empregada, à construção do texto científico e aos caminhos priorizados pelo
autor. Em outras palavras, a minha atenção se concentrará mais detalhadamente na
construção da pesquisa, na sua apresentação, no seu formato e na construção do seu
objeto, do que no seu conteúdo temático propriamente dito.
o que essas pesquisas nos dão a conhecer sobre a antropologia feita no Brasil, que
somente através delas podemos chegar a compreender sobre essa ciência? A singularidade
deste objeto empírico está na sua capacidade de nos apresentar a cristalização, o produto
IOComono caso da UNB que até 1985, o mestrado em antropologia social era uma área - claramente
delimitada - que fazia parte do Departamento de Ciências Sociais.
llNeste sentido, o doutorado em ciências sociais da UNICAMP não será incluído em nossa pesquisa.
Não queremos dizer com isto que o que algumas pessoas fazem no doutorado da UNICAMP - o mesmo
acontecndo na PUC/SP ou UFBA - não é antropologia. Apenas não existe uma área claramente
delimitada, podendo estar as pesquisas antropológicas tanto na área de Intinerários Intelectuais como em
Cultura e Política ou Ecologia.
8
·...
mais caro do que academicamente vem sendo chamado antropologia. Isto é, o produto
direto do ensino/aprendizagem do antropólogo e, portanto, o que coletivamente se
consolidou no período como conhecimento e prática antropológicas com a reprodução
deste conhecimento. Cada pesquisa, isoladamente, não nos leva a refletir o suficiente em
relação a esta problemática. Mas o conjunto desta produção nos mostra uma ciência que
chegou a um nível de amadurecimento sobre a nossa realidade nacional e sobre o seu papel
e de seus autores em nosso país, entre outras contribuições.
-111-
9
"
UoVN-VdeJSRMJMN
MJbMRONaNUcNb
cNTncRLJb
LVTV(WVaNfNTWSV(
J JUcaVWVSVPRJ
daKJUJ(bN
OJgNTVbWNbXdRbJb
UJ LRMJMN
Vd NT LRMJMNb(
bNJSPdTJb WNbXdRbJb
MNeNTbNaNUcNUMRMJb
LVTVJUcaVWVSVPRJ
MVLJTWNbRUJcV
Vd JUcaVWVSVPRJ
NLVUtTRLJNcL,HNTVbLSJaVXdNJ
LSJbbRORLJpoV
ONRcJ
q bVTNUcN
dTJ WVbbRKRSRMJMN
NUcaN
cJUcJbVdcaJbWVbbreNRb
/0,
7;GG8FH4il8G 6A4GG;9;6474G
CD3BC( IGE( IC;64BE 8 IC5
7j6474G 78 1.-2. %"'
8 78B4;G CD B8GBD E8FkD7D
0 *+B/.,BRL*,B/+O
FIA 0 /),(B/)-.B/).R
GFA
4 JUcaVWVSVPRJ
JUcNaRVaTNUcN
m RUbcRcdLRVUJSRgJpoV
MVbEaVPaJTJb MNEsbh
:aJMdJpoV NbcJeJaNbcaRcJ
J JSPdUbPadWVbLVTVV BdbNd CJLRVUJS
UVFRVMN?JUNRaV(
J
IGE NJ 8bLVSJMNGVLRVSVPRJ
NEVSrcRLJ
MNGoVEJdSV,CV LJbVWJdSRbcJ(
J JUcaVWVSVPRJ
/0EVa NbcN
TVcReVaNbVSeNTVb
NT UVbbJbORLQJb
OJgNadTJ LSJbbRORLJpoV
MNbdKhcNTncRLJb
XdNaNOSNcRbbN
MRONaNUcNb
WVbbRKRSRMJMNb(
SVLJSRgJUMV
TNSQVaJb WaVKSNTncRLJb
NbLVSQRMJb
WVabNdbJdcVaNb,
'"
caminhava conjuntamente com as orientações presentes na sociologia, esta última servindo
de carro-chefe para as demais ciências sociais no que se convencionou chamar de Escola
de Sociologia Paulista, pela própria especificidade da história de criação da Universidade
de São Paulo e do grupo de cientistas franceses que contribuiu nesta formação. A tradição
funcional-culturalista, na época, fez com que a vertente antropológica de Florestan
Fernandes'", por exemplo, fosse deixada de lado pelos estudiosos das ciências sociais, com
uma maior valorização das pesquisas sociológicas do autor.
15RobertoCardoso de Oliveira cita, por exemplo, Bento Prado Junior (depoimento em junho de 1995).
16Roberto Cardoso de Oliveira a convite de Darcy Ribeiro, ministrou a partir de 1955 cursos de
especialização em antropologia social no Museu do Índio e mais tarde no Museu Nacional.
11
I
Universidade Nacional e composta principalmente pelo grupo ligado a Arthur Ramos que
foi influenciado por autores norte-americanos como Melville Herskovits 17.
17Vejasobre este assunto o livro de Paulo Roberto Azeredo (1986, pp. 49, 50, 66, 68, 70, 72 e 84 entre
outras).
18Muitas vezes este estilo de fazer pesquisa tem sido criticado por alguns cientistas sociais. Como
exemplo temos a discussão entre Mariza Peirano e Wanderley Guilherme dos Santos que se ampliou na
última reunião da ANPOS no Fórun O Ensino das Ciências Sociais em Questão: O Caso da
Antropologia.
19Mesmoa temática etnologia na década de 70 na USP, totalizam somente 16% do total das pesquisas
institucionalmente consideradas de antropologia, isto é, 2 dissertações. Na década de 80 esta proporção
cresce para 32,5%.
12
dando-nos a impressão, através da leitura de suas pesquisas, de que a antropologia chega
"tardiamente" a esta última instituição'",
21Com a saída de Eduardo Galvão da UNB, o então Vice-Reitor da instituição, convida Roque de
Barros Laraia, um dos alunos dos cursos de especialização do Museu Nacional no início dos anos 60, para
criar o mestrado em Antropologia em Brasilia. Este, por sua vez, leva consigo Júlio César Melatti e mais
tarde Alcida Rita Ramos, K.I. Taylor. Em 1972 segue também do Rio de Janeiro, Roberto Cardoso de
Oliveira e em 1973 Klaas Woortman.
22As dissertações consideradas nesta pesquisa deixam de fora somente duas dissertações de mestrado -
a de Maria Manuela Carneiro da Cunha em antropologia e a de Décio Saez em ciência política - por terem
sido defendidas segundo os padrões do antigo regimento também presente na UNICAMP, analogamente
ao que acontecia na USP daquela época ..
23Foi orientando de Eunice Ribeiro Durham com a pesquisa Compadrio no Brasil Rural: Análise
Estrutural de uma Instituição Ritual (1970).
13
Devido a estas especifícidades históricas, na UNE, Museu Nacional e UNICAMP, ao
contrário do que acontecia no mesmo período na USP, as pesquisas são mais empiricistas,
os autores mais citados são os ingleses'? o que demonstra uma clara influência da
antropologia européia, pois o estruturalismo esteve também presente em todo este período
muitas vezes ao lado do marxismo, que aparece como uma influência frequente nas
pesquisas. É interessante perceber como uma corrente que é forte no período anterior,
como o culturalismo norte-americano via Darcy Ribeiro, praticamente desaparece na
década dos 70.
24Com exceção de Victor Turner e Marsha11 Sahlins presentes na maioria das pesquisas feitas na década
de 70.
14
HIG;LkjG A?I8D ;? ;BJJ?IK8kl?J
1750/1773 (%)
B-21+2
B21/
11- OA B)R-/
LA
*2.(
B2,/+
2,01
B2,1)
IFA
FGA
FXd MWXd
60, MMWecXaXUXRTM
WXceP-MVPcTNMWM
gXUeM
MTWQUfPWNTMc
MOTdNTaUTWM
WX
9cMdTU,
acTVPTcMVPWeP
MecMgpd
OXTWePcacPeMeTgTdVX
OP:UTQQXcO
APPceiP dPfd OTdNrafUXd
P,
VMTdeMcOP,NXV MNSMVMOM
asd-VXOPcWTOMOP " SPWWPWqfeTNM
MWecXaXUsRTNM'". ' fVM
ePWOqWNTM
QXcePWMLF9, fV aXfNX VPWXdWMLFK:8EH P WXEfdPf FMNTXWMU
P
acMeTNMVPWeP
WnXPdemacPdPWeP
WMLJH, bfP NXVPoM
WPdeP
VXVPWeX
MdP "MWecXaXUXRTiMc"
24AcfaG OP MWecXasUXRXd,
bfMdPeXOXdMWeTRXd
MUfWXd
OP APPcei, bfP dnX CMVPd:UTQQXcO,
APXcRP
EMcNfd,JePaSPWKhUPcPeN.
"'
apresentando pesquisas sobre etnociência, que por exemplo, já não podem ser mais
encontradas nas demais instituições estudadas.
16
Anteriormente ao periodo que nos interessa, podemos dizer que as temáticas
desenvolvidas" se restringiam praticamente a duas: etnologia'" e minorias etnicas'". A era
da Pós-Graduação na antropologia inaugura um periodo plural em relacão às temáticas
pesquisadas. Não somente as temáticas tradicionais como a etnologia se intensificam -
existindo uma tendência cada vez maior no seu crescimento -, como várias outras linhas
de pesquisas apareceranr" e hoje podemos dizer que quase tud~ é passível de ser estudado
antropologicamente".
Nossa classificação se baseou em oito grandes temas32 que são (ver gráfico abaixo):
etnologia", antropologia rural'" antropologia urbana", família, gênero'", antropologia da
270S Estudos de Comunidades (Wagley: 1953; Willems: 1947 etc) não podem ser incluídos nesta
tradição pois ficaram restritos a um determinado período - final da década de 40 e início dos anos 50 - sem
contudo se tomar uma linha de pesquisa da antropologia no Brasil.
28CurtNimuendaju, Darcy Ribeiro, Florestan Femandes e mais recentemente na década de 60, Roberto
Cardoso de Oliveira.
29Tradição que remonta a Nina Rodrigues (Corrêa: 1981), Arthur Ramos (Azeredo: 1986) e nos anos
60, João Baptista Borges Pereira que basicamente tem o negro como objeto central de análise.
30Umas se consolidando no tempo, outras não tão intensamente - quantitativamente falando - mas
também recorrentes e algumas praticamente desaparecndo nos anos 80 como as referentes a pesca,
presente somente na UNB e no Museu Nacional.
32Para incluir grupos de pesquisas significativos dentro de uma mesma linha de pesquisa, fizemos
também uma classificação por SUB-TEMÁTICA. Neste sentido, as pesquisas que no Museu Nacional
são consideradas por seus autores como de antropologia do trabalho, por nós foram classificadas como
rural e a SUB-TEMÁTICA trabalho.
33Foram classificadas nesta temática todas as pesquisas que se referiam aos índios, mesmo quando o
foco era o contato com a população nacional ou o local de moradia o espaço urbano.
17
IJH;MpoH ;? ;CKK?JL8pr?K
IHJ L?FnLC:8 GH
FMK?M G8:CHG8E( MKI( MGC:8FI ? MG9
G8K ;q:8;8K ;? 4.-5.
E/"1
0" /)
E 0"1
/"
." -- -(
E /:@17
-"
," ),
)" (,
("
'"
,
"@9:7:561 -A;17 0;2191 '18761 (C94;: -47656B: )69:;61? .1D34 ,A@;:?
12IShfjWhOh
gSaOiWkOh
OSRjQOutd(kWdawcQWO(
POWggdh
jgPOcdh(QaOhhS
bvRWOjgPOcO(bdkWbScidh hdQWOWh
jgPOcdhSiQ,
13Ktd OfjSaOheShfjWhOhShhScQWOabSciS
fjS igOiOb hdPgS hSld( WcQajhWkS
d VdbdhhSljOaWhbd(O
egdhiWijWutd
bOhQjaWcOS OegdhiWijWutd
TSbWcWcO,
'0
'religião, minorias étnicas e antropologia da saúde". O critério de escolha destes grupos
temáticos foi o aparecimento recorrente dos temas nas quatro instituições e a sua
ocorrência nas duas décadas pesquisadas. Estão classificadas no item OUTROS, todas as
temáticas que não se encaixam nas definições anteriores". As temáticas mais
desenvolvidas nas décadas de 70 e 80 são: no Museu, antropologia rural em primeiro lugar,
antropologia urbana e etnologia respectivamente em segundo e em terceiro; na UNB, em
primeiro lugar, etnologia, seguida da antropologia urbana e rural; na USP também
encontramos a etnologia em primeiro lugar e também a antropologia urbana e rural na
sequência; finalmente na UNICAMP, primeiramente antropologia urbana seguida pela
37 Onde estão agrupadas não somente aquelas pesquisas sobre saúde mental e fisica, como também
aquelas pesquisas que dizem respeito a terapêutica, a clínica, aos alimentos reimosos etc.
38Como por exemplo, as pesquisas sobre modernismo, autores clássicos da antropologia, migrações,
pintura, ourives etc.
39Quepoderíamos classificar no item OUTROS, pelas poucas pesquisas nesta área, e se não fosse a sua
recorrência nas duas décadas subsequentes.
19
-- --------
,,
continuação dessa linha de pesquisa que vinha sendo desenvolvida na USP, UNE e Museu
Nacional, mas também para o incremento desta temática na UNICAMP que até então
quase não contava com pesquisas na área.
-IV-
Além de fazer parte de nossos objetivos informar sobre a Antropologia feita no Brasil
num período específico, através da análise quantitativa, queremos também analisar este
período de nossa história recente que parece ser fundamental nos caminhos seguidos pela
disciplina em nosso país e na delimitação de um campo científico. Disciplina esta que vem
influenciando as demais ciências sociais - como a sociologia - e humanas - como a história
- e também recebendo contribuições importantes destes saberes, apresentando-se como
uma alternativa produtiva e significativa no campo intelectual brasileiro.
20
NOME RUBIM-Christina de Rezende
TITULO A Teologia da Opressao
PUBLICACAO nao
ANO DE INGRESSO marco de 1985
ANO DE DEFESA novembro de 1991
TEMPO DE DURACAO 6 anos (incluidos 2 anos de licenca)
INSTITUICAO Unicamp
LOCAL DE TRABALHO
ORIENTADOR Carlos Rodrigues Brandao
BANCA Carlos Rodrigues Brandao, Ruben Alves e Robin Wright
TEMATICA Antropologia da Religiao
SUB-TEMATICA Pentecostalismo
GRUPO/RECORTE Igreja Universal do Reino de Deus
LINGUA nao se aplica
LINGUAGEM nao se aplica
METODOLOGIA Antropologia Interpretativa
CLASSICOS Clifford Geertz, Peter Berger
CAMINHOS Conta corno fez a pesquisa
INTERESSE empirico
HISTORIA sim
MACRO sim
TECNICAS Entrevistas, observacao participante, filmagem, diario
campo
CONCLUSAO com conclusao
PESSOA Ia. pl.
FINANCIAMENTO CAPES
PALAVRAS CHAVES Pentecostalismo, clientelismo, religiao, Vlsao de mundo
identidade social, participacao
LOCAL DEPESQUISA Rio de Janeiro/RJ, Sao Paulo/SP, Itu/SP e Campinas/SP
TEMPO DEPESQUISA 3 anos (intermitentes)
MORADIA NO LOCAL
OBS. PARTICIPANTE Observacao (enfaze)
PROJETO Nao esta ligada a nenhum projeto mais amplo
OBJETIVOS "Meu objetivo e estudar e compreender o que e o fenomen
IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, suas caracteristicas
peculiaridades e avaliar ate que ponto a IURD tem
influenciado a vida de seus afiliados: sua visao de mun
sua orientacao de conduta frente a realidade da vida; a
dicotomia entre o pensado e o vivido por parte de seus
membros, dirigentes e afiliados." (p. 17)
BIBLIOGRAFIA Rubem Alves, Hugo Assmann, Riolando Azzi, Selma Baptist
Peter Berger, Pierre Bourdieu, Carlos Rodrigues Brandao
Candido P. F. de Camargo, Roberto Cardoso de Oliveira,
Manuela Carneiro da Cunha, Marilena chaui, Roberto Da
Matta, Ralph Della Cava, Christian Lallive D'Epinay,
Durkheim, Rubem Cesar Fernandes, Peter Fry, Gary Howe,
Clifford, Geertz, Beatriz Gois Dantas, E.Leach, Malinows
Maria Isaura Pereira de Queiroz, Francisco Cartaxo Roli
Beatriz Muniz de Souza, Max Weber.
N@ CAPH/USP 75 (numero de ordem por defesa)
AREA DE CONCENTRACA Antropologia Social
GERAL
AUTOR/OBJETO nao
N@ DE PAGINAS 175
BIBLIOGRAFIA
22
------ ----------------
23