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Citoplasma
O citoplasma é o espaço intra-celular entre a membrana plasmática e o envoltório
nuclear em eucariotos, enquanto nos procariotos corresponde a totalidade da área intra-celular.
O citoplasma é preenchido por uma matéria coloidal e semi-fluída denominada hialoplasma, e
neste fluído estão suspensos os organelos celulares. Nos eucariontes, em oposião ao
protoplasma, o citoplasma não inclui o núcleo celular, cujo interior é formado por nucleoplasma.
No geral, citoplasma é tudo o que compreende a célula menos o núcleo.
Componentes do citoplasma
A componente aquosa do citoplasma (cerca de 80%) é composta por íons e
macromoléculas solúveis como enzimas, carboidratos, sais, proteínas e uma grande proporção
de RNA. Esta componente aquosa também é denominada de hialoplasma.
O hialoplasma pode ter uma maior ou menor consistência gelificada dependendo das
condições do meio e da fase de actividade em que a célula se encontra. Quando mais viscoso é
denominado citogel. Quando mais aquoso é denominado citosol, composto por líquido em
movimento. Normalmente as regiões marginais da célula são mais viscosas que o interior.
A componente não solúvel do citoplasma é constituido por organelos: mitocôndrias,
cloroplastos, lisossomas, peroxissomas, ribossomas, vacúolos, citoesqueleto e outras estruturas
membranares (Aparelho de Golgi e Retículo Endoplasmático).
Diferenças entre o citoplasma animal e vegetal
Enquanto todas as células possuem citoplasma, células de diferentes grupos biológicos
podem divergir substancialmente nas características dos seus citoplasmas. nas células animais,
o citoplasma ocupa cerca de metade do volume da célula, enquanto em células vegetais ele
ocupa menos espaço devido à presença de vacúolos.
Função
Desempenha um papel estrutural, mantendo a consistência e a forma da célula.
Proporciona o meio de suspensão dos organelos. É também o local de armazenamento de
substâcias químicas indispensáveis à vida. As reações metabólicas vitais têm lugar neste
compartimento celular: glicólise anaeróbia e a síntese proteica.
Citoesqueleto
É formado por proteínas filamentosas ou tubulares que são os filamentos intermediários,
filamentos de actina e os microtubulos e pelas proteínas motoras: dineína, miosina e
citosina. É composto por proteínas bastante estáveis que são responsáveis por manter a forma
da célula e as junções celulares,e auxiliam nos movimentos celulares.
 Microtúbulos
 Filamentos de actina
 Filamentos intermediários
 Proteínas motoras
Microtúbulos
Os microtúbulos são os mais espessos, os mais grossos. São formados por proteínas , as
tubulinas, que por sua vez se dividem em α (alfa) e β (beta), e em duas subunidades, então
quando duas dessas subunidades se ligam formam uma tubulina. E quando varias tubulinas se
ligam, a parte alfa de uma com a parte beta da outra, formam profilamentos, e treze desses
profilamentos unidos, formam um microtúbulo. Os microtubulos nascem apartir dos
centrossoma.No núcleo estende por todo o citoplasma até chegar a Membrana Plasmática
Filamentos de actina
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Filamentos de actina são mais finos porque possuem apenas dois profilamentos de
proteína actina. Esses dois profilamentos se entrelaçam, formando um filamento.
Filamentos intermediários
Os filamentos intermediários recebem esse nome porque tem a espessura entre os
microtúbulos e os filamentos de actina, e também porque eles não podem aumentar ou
diminuir de tamanho, quando se formam adquirem um tamanho e é desse tamanho que
permanecerão. Ao contrario do microtúbulos e dos filamentos de actina, que quando necessário
é aumentam e diminuem seu tamanho.
Proteínas motoras
Já as proteínas motoras se dividem em dois grupos: as cinesinas e dineínas e as
miosinas.
As cinesinas e dineínas se diferem em apenas um ponto, a direção em que se
locomovem. Más têm a mesma forma e função, que é de transportar estruturas de um lugar da
célula para outro. Elas não formam filamentos, ou seja, trabalham sempre sozinhas e sobre os
microtúbulos, ou seja, elas interagem quimicamente com os microtúbulos, de forma que
gastam ATP’s para se locomover. Já as miosinas formam pequenos filamentos mas também
dependem de outros para trabalhar, no caso os filamentos de actina. A miosina utiliza, assim
como as dineínas e as cinesinas, esse outro filamento como um trem utiliza os trilhos para se
mover, interagindo com eles.

Amiloplasto é um dos organitos que podem aparecer em algumas células vegetais. São
também conhecidos por grãos de amido, formando-se a partir dos leucoplastos que armazenam
esta substância de reserva das plantas.
Os grãos de amido do parênquima da batata são
facilmente observáveis ao microscópio óptico. Será, no
entanto, necessário usar água iodada na amostra a observar
para que os grãos de amido se destaquem do resto do
citoplasma. A farinha maizena também é constituída por
pedaços de amiloplastos, também facilmente observáveis no
microscópio óptico.

Leucoplastos são plastos apigmentados, ou seja, incolores, cuja função mais importante é
armazenar substâncias de reserva, das quais a mais importamte é o amido. Daí o nome
amiloplastos ou grãos de milho que também recebem. Os amiloplastos são freqüentes em
orgãos subterrâneos (raizes e caules) e em sementes e frutos. É sabido, também, que muitas
vezes os amiloplastos expostos à luz ficam estimulados para a produção de clorofilas e se
transformam em cloroplastos. Tal fenômeno pode ser observado na batata. Incluem:
amiloplastos, proteoplastos e oleoplastos.
Amiloplasto é um dos organitos que podem aparecer em algumas células vegetais. São
também conhecidos por grãos de amido, formando-se a partir dos leucoplastos que armazenam
esta substância de reserva das plantas.
Os grãos de amido do parênquima da batata são facilmente observáveis ao microscópio óptico.
Será, no entanto, necessário usar água iodada na amostra a observar para que os grãos de
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amido se destaquem do resto do citoplasma. A farinha maizena também é constituída por
pedaços de amiloplastos, também facilmente observáveis no microscópio óptico.
Cloroplasto é uma organela presente nas células das plantas e algas, rico em clorofila,
responsável pela sua cor verde e é um dos três tipos de plastos (organelas citoplasmáticas cuja
fórmula varia de acordo com o tipo de organismo e célula em que se encontra), sendo os
outros dois os cromoplastos e os leucoplastos. Cloroplasto é o local onde se realiza a
fotossíntese. Os cloroplastos distinguem-se bem das restantes organelas da célula, quer pela
cor, quer pela sua estrutura, geralmente laminar, possuem RNA, DNA e ribossomos, podendo
assim sintetizar proteínas e se auto-multiplicar.
Em seu interior apresenta um líquido semelhante ao que preenche as mitocôndrias, o
estroma.
A fotossíntese típica dos cloroplastos também é realizada por bactérias, as
cianobactérias. Este fato é uma das evidências nas quais se baseia a teoria endossimbiótica de
origem dos cloroplastos. Segundo esta teoria, os cloroplastos teriam se originado de uma
cianobactéria ancestral engolfada pela célula eucariótica precursora. Essa teoria também é
empregada para explicar a origem das mitocôndrias.
Estrutura
Os cloroplastos possuem suas
delimitações constituídas por duas membranas
lipoprotéicas. A membrana externa é lisa,
enquanto a interna é composta por várias dobras
voltadas para o interior do cloroplasto.

Na membrana interna dos cloroplastos estão vários fotossistemas, todos com várias
moléculas de clorofila dispostas de maneira a formar uma espécie de antena com a finalidade
de captar luz. Os fotossistemas possuem outras substâncias além da clorofila que também
participam da fotossíntese.
NOTA:Um tipo de plasto pode se transformar em outro facilmente.
Em biologia celular, o complexo de Golgi, aparelho de Golgi, dictiossoma,
golgiossomo ou complexo golgiense é uma organela encontrada em quase todas as células
eucarióticas. O nome provém de Camilo Golgi, que foi quem o identificou. É formado por sacos
achatados e vesículas e a sua função primordial é o processamento de proteínas ribossomaticas
e a sua distribuição por entre essas vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de
sistema central de distribuição na célula, atua como centro de armazenamento, transformação,
empacotamento e remessa de substâncias na célula. É responsável também pela formação dos
lisossomos, da lamela média dos vegetais e do acrossomo do espermatozóide.
A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em
particular do retículo endoplasmático rugoso (RER), são transportadas até ao complexo de
Golgi, onde são modificadas, ordenadas e enviadas na direcção dos seus destinos finais. O
complexo de Golgi está presente na maior parte das células eucarióticas, mas tende a ser mais
proeminente nas células de órgãos responsáveis pela secreção de certas substâncias, tais como:
Pâncreas, Hipófise, Tireóide, etc.
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Retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi
(1) Membrana nuclear, (2) Poro nuclear,
(3) Retículo endoplasmático rugoso (RER),
(4) Retículo endoplasmático liso (SER),
(5) Ribossoma no RER,
(6) Proteínas que são transportadas,
(7) Vesícula transportadora,
(8) Aparelho de Golgi ou complexo lameloso
(9) Cisterna do AG, (10) Transmembrana do AG,
(11) Cisterna do AG, (12) Vesícula secretora,
(13) Membrana plasmática, (14) Proteína secretada,
(15) Citoplasma, (16) Espaço extracelular.

Centríolos
São feixes curtos de microtúbulos localizados no citoplasma das células eucariotas,
ausentes em procariotas e nas angiospermas(plantas com frutos). Normalmente, as células
possuem um par de centríolos posicionados lado a lado ou posicionados perpendicularmente.
São constituídos por nove túbulos triplos ligados entre si, formando um tipo de cilindro. Dois
centríolos dispostos perpendicularmente formam um diplossomo. Têm origem comum com os
centrossomos que dão origem a flagelos e cílios que efetuam o movimento em certos tipos
celulares e organismos protistas.
O mecanismo de ativação e funcionamento do centríolo não está bem explicado até o
momento. Mas sabe-se que exerce função vital na divisão celular. Durante os processos
mitótico e meiótico, feixes de microtúbulos e microfibrilas são sintetizados no citoplasma, e
posicionados de modo a uma de suas extremidades ficar ligada ao centríolo, enquanto a outra
extremidade prende-se a alguma estrutura celular. Esta polarização e os microtúbulos
associados são conhecidos como fuso acromático. O próprio centríolo é duplicado, e cada novo
centríolo com os microtúbulos associados migra para uma extremidade da célula, puxando para
si cada estrutura originada na reprodução celular. O centríolo, portanto, age como organizador
das estruturas celulares durante sua reprodução. Acredita-se que haja outras funções para os
centríolos durante a intérfase.

Mitocôndria

A mitocôndria é um dos mais importantes organitos


celulares. A mitocôndria é abastecida pela célula que a hospeda por
substâncias orgânicas como oxigênio e glicose , as quais processa e
converte em energia na forma de ATP, e fornece para a célula
hospedeira. Tendo como função a liberação de energia, a
mitocôndria se faz excessivamente presente em células do sistema
nervoso e no coração, uma vez que estes apresentam uma
demanda maior de energia.
Presente na maioria dos eucariontes, exceto em um grupo de protistas chamado
Archezoa, entretanto a análise genômica desses organismos indica que eles podem ter perdido
a mitocôndria ao longo da evolução. A principal evidência disso é que alguns genes
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codificadores de proteínas mitocondriais têm sido encontrados no genoma nuclear desses
protistas (Bui & Bradley, 1996). Foi descrita por Altmann, em 1894 (que as denominou
"bioblastos"), sugerindo sua relação com a oxidação celular. Seu número varia entre as células,
sendo proporcional à atividade metabólica de cada uma, indo de quinhentas, mil ou até dez mil
dessas estruturas por célula.
Apresenta duas membranas fosfolipídicas, uma externa lisa e outra interna que se dobra
formando vilosidades, chamadas cristas. A região limitada pela membrana interna é conhecida
como matriz mitocondrial, onde existem proteínas, ribossomas e DNA que codifica proteínas
necessárias à respiração celular.
A presença de material genético na mitocôndria fez emergir teorias sobre sua origem.
Muitos biólogos argumentam que a mitocôndria um dia teria sido um organismo bacteriano
fagocitado por uma célula eucariota, passando a partir daí a viver em simbiose com seu
hospedeiro. Seja qual for sua origem, sua função é vital para a célula, sem a qual há morte
celular - e morte da própria mitocôndria. Sendo assim, as mitocôndrias foram selecionadas
como entidades com baixo índice de mutações. Geneticistas aproveitam essa propriedades para
examinar, através do DNA mitocondrial, as relações de parentesco entre os grandes grupos de
seres vivos. As mitocôndrias evoluem cerca de 20 vezes mais rápido do que as células normais.
A mitocôndria forma uma extensa rede, denominada rede mitocondrial. Essa rede é
contituída por subunidades mitoncondriais que podem se fundir ou se dividir de acordo com as
necessidades fisiológicas.
A organela tem sido associada, nos últimos anos, ao processo de morte celular
denominado apoptose. Diversas proteínas mitocondriais encontram-se diretamente ligadas à
apoptose, como as proteínas BCL-2, AIF e o Citocromo C, por exemplo.
A mitocôndria é responsável por muitos processos catabólicos fundamentais para a obtenção de
energia para a célula, como a β-oxidaçao de ácidos graxos, o Ciclo de Krebs e a Cadeia
respiratória.

Ciclo de Krebs

O piruvato produzido pela glicólise entra no mitocôndria e é transformado em acetil-CoA


pelo complexo enzimático da piruvato desidrogenase. A acetil-CoA se condensa com o
oxaloacetato e assim "começa" o Ciclo de Krebs.

β-oxidação de ácidos graxos


É adicionado coenzima A (CoA) aos ácidos graxos de cadeia longa, e esses ácidos
graxos, chamados CoA graxos, são identificados pelo complexo protéico da Carnitina e assim
passam para dentro do mitocôndria
Do grego (mito = filamento, chondrion = partícula), o nome tem mais relação com as
possíveis formas assumidas pela mitocôndria do que com a sua finalidade. É uma organela de
diâmetro entre 0,5 e 1,0 mm e comprimento variável, de 0,5mm (cél. secretora de
esteróides) a 8 ou 10 mm (cél. muscular esquelética).
Presente em todas as células eucarióticas, a mitocôndria converte a energia derivada
dos combustíveis químicos em energia armazenada sobre a forma de ATP (adenosina
trifosfato). A mitocôndria permite uma maior extração de energia da molécula de glicose;
estima-se que a fosforilação oxidativa produza mais de 2 x 1026 moléculas de ATP por dia no
homem.
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Aspectos gerais das Mitocôndrias:

A membrana mitocondrial externa é lisa, do tipo plasmático, com baixa permeabilidade


seletiva e possuidora de enzimas ligadas à síntese de lipídeos. A membrana mitocondrial interna
possui invaginações (cristas), alta permeabilidade seletiva e associa-se a proteínas do sistema
de transporte específico, a proteínas e enzimas da cadeia respiratória e a subunidades protéicas
da ATP sintetase (corpúsculos elementares).
O número de corpúsculos depende da demanda energética, que é tanto maior quanto
maior for o número de cristas. Eles ligam-se às cristas por meio de ligações hidrofóbicas (Fo).
Estas cristas variam de acordo com a célula.
O espaço intermembranoso é uma matriz homogênea, produtora de elementos para a
síntese de ATP.
A matriz possui atividades enzimáticas específicas, como o Ciclo de Krebs (CK), a b
-oxidação de lipídeos, replicação/transcrição de DNA e síntese protéica . Quanto maior for a
densidade da matriz, maior serão a atividade metabólica e a demanda energética do tecido.
Dispersos, existem grânulos densos de Ca, que são ativos fisiologicamente e nunca estão livres
no citoplasma – ou estão na matriz ou no REL. Possui, ainda, DNA e RNA próprios para a
produção de proteínas. O RNAmit é chamado de mitorribossoma.
As dimensões, forma e número das mitocôndrias nas células é variável. Há plasticidade,
ou seja, adaptação da forma quanto à necessidade. As dimensões e a quantidade dependem
da atividade metabólica da célula. Localizam-se preferencialmente na base da atividade
metabólica (cílios, flagelos, transporte iônico). Movimentam-se ativa e passivamente.
A origem das mitocôndrias é explicada pela Teoria Endossimbionte, a qual diz ter as
mitocôndrias evoluído de um procarionte associado a um eucarionte. É fato, porém, que se
originam SEMPRE de uma mitocôndria preexistente, a partir das mitocôndrias maternas (pois o
pai apenas fornece parte do material genético).
Realizam respiração celular, um mecanismo para a obtenção de energia para a
realização de trabalhos celulares e para a manutenção de estruturas. Parte desta energia é
liberada na forma de calor, pois humanos são máquinas complexas que trabalham em
temperatura constante, não podendo aproveitar o excesso energético. Esta reação transforma
energia química em energia disponível.
Realizam também o seqüestro de Ca e as sínteses de proteínas, de lipídeos - como a
cardiolipina e hormônios esteróides – e de algumas subunidades de ATP sintetase e do
complexo da cadeia respiratória.

FLUXO DE ENERGIA NA NATUREZA: seres autótrofos captam energia por fotossíntese nos
cloroplastos, transformando-a em nutrientes, que por sua vez se transformam em ATP por
transferência de energia na respiração celular mitocondrial .
Por analogia, pode-se dizer que os nutrientes são "$ no banco", estáveis e pouco
disponíveis; já os ATPs são "$ no bolso", instáveis e disponíveis sempre que necessário. Isto
ocorre pela grande quantidade de energia na ligação do 3° fosfato no ATP , sempre pronta para
ser rompida devido a sua instabilidade.

COMBUSTÃO DA GLUCOSE:
1 C6H12O6 + 6 O2 => 6 CO2 + 6 H2O + energia
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A natureza criou mecanismos para a oxidação gradativa dos compostos desta reação,
pois se isto ocorresse em uma só etapa, haveria queima da célula (o calor não realiza trabalho
à temperatura constante).

Mecanismo da obtenção de energia:


Primeiramente há degradação metabólica dos alimentos ao longo do aparelho digestivo,
seguida da glucólise no citoplasma da células, havendo a degradação da glucose em 2
piruvatos e a liberação de 2 ATPs , sob condições anaeróbias. Na matriz mitocondrial ocorre a
oxidação do piruvato a Acetil-CoA, que entra no CK. (Vale lembrar que a Acetil-CoA também
pode ser obtida pela oxidação de AA e pela beta-oxidação de lipídeos). No CK ocorre a oxidação
do Acetil da Acetil-CoA por meio de desidrogenases, que retiram H para a produção de CO 2 e
coenzimas reduzidas (NADH e FADH2). Nas cristas mitocondriais ocorre o transporte dos
elétrons, emitidos da redução das coenzimas, por meio dos Complexos da Cadeia Respiratória,
como o NADH Desidrogenase, o complexo b-c1 e o complexo citocromo oxidase.
O espaço intermembranoso é mais positivo (ácido) que a matriz, pois há entrada de
ADP e saída de ATP por antiporte.
Os desacopladores da cadeia respiratória gastam nutrientes para oxidação, mas
impedem a formação de ATP. Ex: TERMOGENINA, presente em tecido adiposo multilocular
(pardo), que usa canais de H para que quase a totalidade da energia seja transformada em
calor. Este tipo de tecido é abundante em bebês para melhor manutenção da temperatura.

Núcleo celular

Figura do núcleo e do retículo endoplasmático:


(1) Envoltório nuclear.
(2) Ribosomos
(3) Poros nucleares.
(4) Nucléolo.
(5) Cromatina. (6) Núcleo.
(7) Retículo endoplasmático.
(8) Nucleoplasma.

O núcleo celular, descoberto em 1833 pelo pesquisador escocês Robert Brown, é


uma estrutura presente nas células eucariontes, que contém o ADN (ou DNA) da célula. É
delimitado pelo envoltório nuclear, e se comunica com o citoplasma através dos poros
nucleares. O núcleo possui duas funções básicas: regular as reações químicas que ocorrem
dentro da célula, e armazenar as informações genéticas da célula. O seu diâmetro pode variar
de 11 a 22.25 μm.
Além do material genético, o núcleo também possui algumas proteínas com a função de
regular a expressão gênica, que envolve processos complexos de transcrição, pré-
processamento do mRNA (RNA mensageiro), e o transporte do mRNA formado para o
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citoplasma. Dentro do núcleo ainda podemos encontrar uma estrutura denominada nucléolo,
que é responsável pela produção de sub-unidades dos ribossomos.
O envoltório nuclear é responsável tanto por separar as reações químicas que ocorrem
dentro do citoplasma daquelas que ocorrem dentro do núcleo, quanto por permitir a
comunicação entre esses dois ambientes. Essa comunicação é realizada pelos poros núcleares
que se formam da fusão entre a membrana interna e a externa do envoltório nuclear.
O interior do núcleo é composto por uma matriz denominada de nucleoplasma, que é
um líquido de concistência gelatinosa, similar ao citoplasma. Dentro dele estão presentes várias
substâncias nescessárias para o funcionamento do núcleo, incluíndo bases nitrogenadas,
enzimas, proteínas e fatores de transcrição. Também existe uma rede de fibras dentro do
nucleoplasma (chamada de matriz nuclear), cuja função ainda está sendo discutida.
O DNA presente no núcleo encontra-se geralmente organizado na forma de cromatina
(que pode ser eucromatina ou heterocromatina), durante o período de interfase. Durante a
divisão celular, porém, o material genético é organizado na forma de cromossomos.
Sua posição é geralmente central, acompanhando o formato da célula, mas isso pode
variar de uma para outra. Nos eritrócitos dos mamíferos, o núcleo está ausente.

A parede celular é uma estrutura que envolve as células de muitos seres vivos, como
as plantas verdes, as algas, os fungos e muitas bactérias. Tem funções de proteção e suporte e
também evita que a célula arrebente quando mergulhada em um meio hipotônico e geralmente
é permeável à troca de íons entre o exterior e o interior da célula.

 Parede celular das plantas verdes


 Parede celular das algas
 Parede celular dos fungos
 Parede celular das bactérias

Parede celular das plantas verdes


A parede celular das plantas verdes (incluindo as plantas vasculares, os musgos e as
algas verdes) é formada essencialmente por microfibrilhas de celulose. Na primeira camada,
formada quando a célula ainda está a crescer, as microfibrilhas não apresentam uma direcção
definida e encontram-se ligadas por ligações hidrogénio, o que torna a estrutura mais flexível.
Nas camadas seguintes, as microfibrilhas já se apresentam orientadas numa determinada
direcção, conferindo maior rigidez à parede celular.
Quando as células se dividem, têm de formar uma nova parede celular. Para isso,
forma-se ao longo do eixo de divisão uma camada de microtúbulos, chamada fragmoplasto
que ajuda à deposição das microfibrilhas de celulose. Uma diferença importante entre as células
das algas verdes e das restantes plantas verdes é que, nas primeiras - com exceção das
Charophyta - os microtúbulos alinham-se perpendicularmente ao eixo da divisão celular,
formando o que se chama de ficoplasto.
Células vizinhas comunicam entre si através de poros na parede celular chamados
plasmodesmos. Estas ligações explicam como as infecções ou outras doenças se espalham
rapidamente por todos os tecidos das plantas.
Para além destas ligações, existe ainda uma camada gelatinosa entre as paredes
celulares das células vizinhas que as mantém ligadas. Esta camada, chamada lamela média é
formada por fibras de celulose entrelaçadas por moléculas de pectinas e hemiceluloses.
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A parede celular das plantas verdes é normalmente permeável aos fluidos, excepto
quando impregnada com lenhina ou suberina, nas plantas com crescimento secundário.

Parede celular das algas


Nos restantes grupos de seres vivos tradicionalmente considerados algas, a parede
celular encontra-se normalmente presente e também formada por polissacarídeos, mas que
podem ser de tipos diferentes da celulose.
Nas algas vermelhas as paredes celulares são formadas por um complexo de
microfibrilhas dentro duma matriz mucilaginosa. Agar e carragenina são as duas espécies de
mucilagem típicas das algas vermelhas.
O ácido algínico (ou alginato) juntamente com celulose são os componentes típicos da
parede celular das algas castanhas.
As diatomáceas têm as células protegidas por frústulas compostas por duas peças que
se encaixam como os pratos duma caixa de Petri, formadas de sílica opalina, polimerizada.
Os dinoflagelados possuem um envólucro exterior (teca) formado por duas camadas
membranosas, no meio das quais se encontra um complexo de vesículas achatadas que, nas
formas "tecadas", contêm placas de celulose. Muitas espécies de dinoflagelados, no entanto,
apresentam células "nuas" - sem uma verdadeira parede celular.

Parede celular dos fungos


A constituição da parede celular dos fungos é uma das características que levou à sua
separação num reino separado entre os seres vivos - ela é composta por fibras de quitina
(polissacarídeo, insolúvel e córneo formado por unidades de N-acetilglicosamina. É o
constituinte principal das carapaças dos artrópodes, e está presente, com menor importância,
em muitas outras espécies animais. É, também, o constituinte principal das paredes celulares
nos fungos)

Parede celular das bactérias


As paredes celulares das bactéria são tipicamente compostas por peptidoglicanos
(polímeros de polissacarideos ligados a proteínas). Quando a parede exterior tem esta
composição, a célula tinge de cor púrpura quando fixada com violeta-cristal, uma preparação
conhecida como técnica de Gram - bactérias "Gram-positivas".
Outras bactérias possuem uma parede celular dupla, em que a interna é uma fina
camada de peptidoglicanos, enquanto que a exterior á formada por carboidratos, lípidos e
proteínas. Estas bactérias não tingem de púrpura com o corante de Gram - "Gram-negativas".
Muitos antibióticos, incluindo a penicilina e seus derivados, atacam especificamente a parede
celular das bactérias.

Peroxissoma
Peroxissoma é um organito ou organela esférica, envolvida por uma membrana,
vesicular presente no citoplasma, sobretudo em células vegetais. São relativamente pouco
conhecidos, mas sabe-se que exercem função. No metabolismo celular encontra-se o peróxido
de hidrogénio (H2O2) (a água oxigenada, substância potencialmente tóxica ao organismo por
ser uma fonte de radicais livres). Nela está presente uma típica enzima chamada catalase que
reparte o peróxido de Hidrogénio em água, H2O e oxigênio, O2 molecular.
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Este organelo tem uma grande importância visto que tem a capacidade de degradar
compostos tóxicos para a célula transformando-os em compostos menos tóxicos. Os produtos
que vão ser degradados são marcados pela pex5 que os leva até ao peroxissoma onde atuam
sobre ele as catalases e as oxidases que são enzimas que catalisam a sua transformação em
peróxido de hidrogênio.
Os peroxissoma são organelas de dupla membrana, 0,2 a 1 micromitros de diâmetro
que estão presentes na maioria das células. Em mamíferos, estas organelas foram consideradas
sem importância até que Goldfischer descobriu a ausência dessas organelas no fígado e no
túbulo proximal renal em pacientes com síndrome de Zellweger (cérebro-hepatorenal). É uma
doença congênita, descrita clinicamente pela primeira vez em 1964, que envolve o cérebro,
fígado, glândula adrenal, ossos e rins. A falta dos peroxissomas causa doenças graves, assim
como defeitos em suas enzimas, levam a falhas metabólicas.
Devido aos avanços nos estudos principalmente nesta última década, atualmente muitas
enzimas são conhecidas por estarem localizadas nos peroxissomas, muitas das quais estão
relacionadas ao metabolismo dos lipídeos. Em particular, Beta-oxidação de ácidos graxos de
cadeia muito longa (VLCFA; isto é, ácidos graxos com 24 ou mais átomos de carbono) são
metabolizadas inicialmente no interior do peroxissomas. Quando a cadeia carbonica é reduzida
a um tamanho igual a 22 átomos de carbonos, a Beta-oxidação pode continuar no interior da
mitocôndria.

Vacúolo
Os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo) são estruturas celulares, muito abundantes
nas células vegetais, contidas no citoplasma da célula, de forma mais ou menos esféricas ou
ovular, geradas pela própria célula ao criar uma membrana fechada que isola um certo volume
celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição ou de
refugo, podendo conter enzimas lisosômicas ou até mesmo pigmentos, caso em que tomam o
nome de vacúolos de suco celular.
Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico. Contudo,
as células do tecido adiposo (os adipócitos) possuem vacúolos repletos de gordura, que servem
como reserva energética.
Nos protozoários podem ter funções diversas, como seus nomes indicam: vacúolo
digestivo, vacúolo pulsátil ou excretor

Lisossomos ou lisossomas
São organelas citoplasmáticas que têm como função a degradação de materiais
advindos do meio extra-celular, assim como a reciclagem de outras organelas e componentes
celulares envelhecidos. Seu objetivo é cumprido através da digestão intracelular controlada de
macromoléculas (como, por exemplo, proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, e lipídios),
catalisada por cerca de 50 enzimas hidrolíticas, entre as quais se encontram proteases,
nucleases, glicosidases, lipases, fosfolipases, fosfatases, e sulfatases. Todas essas
enzimas possuem atividade ótima em pH ácido (aproximadamente 5,0) o qual é mantido com
eficiência no interior do lisossomo. Em função disto, o conteúdo do citosol é duplamente
protegido contra ataques do próprio sistema digestivo da célula, uma vez que a membrana do
lisossomo mantém as enzimas digestivas isoladas do citosol (essa função é exercida,
aparentemente, pelos carboidratos que ficam associados à face interna da membrana), mas
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mesmo em caso de vazamento, essas enzimas terão sua ação inibida pelo pH citoplasmático
(aproximadamente 7,2) causando dano reduzido à célula.
Os lisossomos são caracterizados, não só por seu conteúdo enzimático, como por sua
membrana envoltória única dentre as organelas: proteínas transportadoras contidas nessa
membrana, permitem que os produtos finais da digestão de macromoléculas (tais como
aminoácidos, açúcares, nucleotídeos e até mesmo pequenos peptídeos) transitem para o citosol
onde serão excretados ou reutilizados pela célula. A membrana do lisossomo possui também
bombas de H+, que, através da hidrólise de ATP, bombeiam íons H+ para o lúmen, mantendo
assim o pH ácido, ideal para a ação enzimática. A maioria das membranas lisossomais é
altamente glicosilada, de modo que lhe é conferida proteção das enzimas contidas no lúmen.

Formação
A formação do lisossomo representa a intersecção entre a via secretória, através da qual
as proteínas lisossomais são processadas, e a via endocítica, através da qual as moléculas
extracelulares são adquiridas na membrana celular. Durante a endocitose, materiais
extracelulares são internalizados através de vesículos endocíticos revestidos por clatrina
(clathrin-coated), que se desprendem da membrana plasmática e depois se fundem com o
endossomo precoce (early endosome). Os componentes membranosos são então reciclados e o
endossomo precoce gradualmente amadurece para um endossomo maduro (late endosome)
que é o precursor do lisossomo. Uma das mudanças mais significativas desse amadurecimento
é a queda do pH para aproximadamente 5,5, que desempenha um papel vital na entrega das
hidrolases ácidas lisossomais pela rede Trans-Golgi ao endossomo maduro.
As hidrolases ácidas são sinalizadas para o lisossomo através de resíduos de manose-6-
fosfato, que são reconhecidos pelos receptores de manose-6-fosfato da rede Trans-Golgi e
empacotados em vesículas revestidas por clatrina. Após a remoção desse revestimento de
clatrina, a vesícula transportadora se funde com o endossomo maduro e o pH ácido interno faz
com que as hidrolases ácidas se desprendam do receptor de manose-6-fosfato. As hidrolases
então são liberadas no lúmen do endossomo, enquanto os receptores permanecem na
membrana e são eventualmente reciclados no AG. Os endossomos maduros então se
transformam em lisossomos ao adquirirem um conjunto de hidrolases ácidas que começam a
digerir as macromoléculas originalmente incorporadas ao endossomo pela endocitose.
No entanto existem também duas rotas alternativas das quais derivam os materiais a
serem digeridos pelo lisossomo: a fagocitose e a autofagia. Na fagocitose, células específicas,
tais como os macrófagos, incorporam e degradam partículas grandes como bactérias e células
envelhecidas que precisam ser eliminadas do corpo. Tais partículas são incorporadas em
vacúolos fagocíticos (denominados fagossomos). Os fagossomos então se fundem aos
lisossomos resultando na digestão de seus conteúdos. Os lisossomos formados através dessa
via (fagolisossomos) podem ser consideravelmente grandes e heterogêneos uma vez que sua
forma e tamanho são determinados pelo material a ser digerido.
Os lisossomos são também responsáveis pela autofagia, ou seja, a digestão gradual de
componentes da própria célula. O primeiro passo da autofagia é um mecanismo de
envolvimento da organela a ser digerida por uma membrana derivada do retículo
endoplasmático, formando então uma vesícula denominada autofagossomo. Esse
autofagossomo, de maneira análoga ao fagossomo, se funde ao lisossomo ocorrendo então a
digestão de seu conteúdo.

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