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CONSCIÊNCIA CIDADÃ
AUTORES: Cláudia Márcia Trindade Fanelli, Estella Ferman, José Leonídio Pereira,
Regina Celi Ribeiro Pereira e Silvia Pereira da Silva Rios.
e-mail: cfanelli@openlink.com.br
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio de Janeiro
ÁREA TEMÁTICA: Educação
Objetivo
1
GROPPO, L.A . Juventude - Ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. Rio de Janeiro:
DIFEL, 2000.
2
CAMARANO, A. A. (1998). Fecundidade e anticoncepção da população de 15-19 anos. IN: VIEIRA, E.M.
et.al. (org), Seminário Gravidez na Adolescência. São Paulo: Associação Saúde da Família, p. 35-46.
a particularidade dos sujeitos que a estão vivenciando, apontando subliminarmente para
uma visão negativa do exercício da sexualidade na adolescência.
Para Stern e Garcia (1999) as práticas sexuais precoces só se tornam arriscadas
quando ocorrem de modo desprotegido e desinformado, alertando para o fato de que a
queda das taxas de fecundidade entre as mulheres adultas nas últimas décadas, acreditando-
se que seja decorrência da política de planejamento familiar dos anos 70, dá maior
evidência ao fenômeno da gravidez na adolescência.
O Projeto "Papo Cabeça" vem atuando desde 1996 nas escolas na abrangência da 7ª
CRE. Para desenvolvermos nossa proposta, ao final de cada ano letivo são encaminhados
questionários, contendo perguntas abertas e fechadas, a todas as direções das unidades
escolares, com vistas a fazermos o mapeamento da área no que se refere à ocorrência de
gravidez, abortos, doenças sexualmente transmissíveis, assim como a manifestação das
direções para a possibilidade de implementação desta proposta, objetivando a mobilização
da comunidade escolar, como foi colocado anteriormente, composta por alunos professores
e pais e/ou responsáveis.
Durante esses seis anos do projeto já atuamos em cerca de 34 escolas, procurando
sensibilizá-las para a questão da saúde reprodutiva e suas implicações, partindo da tríade:
Auto-Estima, Projetos de Vida e Consciência Crítica. No desenrolar do processo de
capacitação dos Instrutores de Saúde Jovem busca-se desvendar os "mistérios", os "tabus"
que envolvem a sexualidade, histórico e culturalmente construídos, numa perspectiva de
troca de vivências, no sentido de uma construção coletiva, mantendo o objetivo central do
Projeto, mas enfatizando as temáticas emergentes dos grupos, observando a realidade em
que os mesmos estão inseridos.
O trabalho é realizado com grupos de adolescentes, selecionados pelos professores
e/ou eleitos pelos próprios alunos e que possuam, prioritariamente, característica de
liderança para ser formado Instrutor de Saúde Jovem. O número de encontros com os
alunos varia de acordo com a necessidade de cada grupo, acontecendo, no mínimo, seis
encontros com os mesmos. Ao final deste processo essas lideranças sensibilizadas passam a
buscar alternativas de disseminação de sua formação dentro da escola e/ou na comunidade
onde vive.
Anteriormente e/ou até mesmo paralelamente ao desenrolar da sensibilização e
capacitação dos alunos acontecem encontros com os demais integrantes da comunidade
escolar a fim de possibilitar um espaço de discussão e troca das questões emergentes da
adolescência, como a sexualidade, a saúde reprodutiva, a relação com a família, com a
escola, os projetos de vida dos adolescentes e as expectativas sociais e da família. Além de
identificar aceitação dos mesmos em relação à proposta apresentada.
Referências Bibliográficas: