Você está na página 1de 22

Engenharia Civil

Gerenciamento de Obras Civis


Sistema Construtivo LSF

Sistema Construtivo Tilt Up

Paredes de Concreto com Instalações Embutidas

Fundação tipo Radier

Paredes em Dry-wall

Gustavo D’Almeida Brancato

RA: T19337-0

Turma EC4P01

Professor Rene

1º Semestre 2015
1 – SISTEMA LSF

Light steel framing é uma designação utilizada internacionalmente para


descrever um sistema construtivo que utiliza o aço galvanizado como
principal elemento estrutural. São estruturas que não utilizam tijolo ou
cimento, sendo que o concreto ou betão é apenas empregue
nas fundações ou caves. O sistema também é conhecido por estruturas
em aço leve, construção LSF ou construção com aço galvanizado.

A palavra steel indica a matéria prima usada na estrutura, o aço. A


inclusão de light (em português, 'leve') indica que os elementos em aço
são de baixo peso, uma vez que são produzidos a partir de chapa de aço
com espessura reduzida. Também para focar essa característica, muitas
publicações usam o termo light gauge (gauge é uma unidade de medida,
agora quase em desuso, que define a espessura das chapas de metal).
Outros designam o aço por cold formed steel, ou seja, aço moldado ou
enformado a frio, como referência ao processo de moldagem da chapa
através de processos mecânicos à temperatura ambiente, tal como a
quinagem ou a perfilagem. O termo light também lembra que não é
necessário utilizar equipamentos e maquinaria pesada na construção.
Também ressalta a flexibilidade, dado que permite qualquer tipo de
acabamento exterior e interior. Além disso, o próprio peso do edifício é
baixo, não só porque a sua estrutura é leve, mas também por que o light
steel framing é especialmente destinado a edifícios de pouca altura, em
contraste com as estruturas pesadas de grandes prédios de apartamentos.
Apesar de elementos em aço leve galvanizado serem usados, para fins não
estruturais, em edifícios de maiores dimensões, a expressão light steel
framing é especialmente utilizada com referência a edifícios residenciais
até dois ou três pisos, ou seja, edifícios leves. Também se emprega a
palavra light para lembrar a facilidade com que os materiais são aplicados
em obras de reabilitação de edifícios antigos, cujas estruturas, embora
pesadas, possuem baixa resistência sísmica.

Framing é a palavra usada na língua inglesa para definir um


esqueleto estrutural composto por diversos elementos individuais ligados
entre si, passando estes a funcionar em conjunto, para dar forma e
suportar o edifício e o seu conteúdo. A palavra também se refere aos
processos usados para interligar os referidos elementos estruturais, sejam
em madeira, ferro ou aço galvanizado. De difícil tradução em português (o
termo mais aproximado seria caixilharia), tem-se optado por dizer
'estruturas'.

Assim, light steel framing poderá traduzir-se por estruturas em aço leve.

Este é provavelmente o aspecto em que o futuro utilizador mais


rapidamente pensará ao analisar a possibilidade de construir um edifício
com estrutura em aço. O facto de se usarem materiais leves, em contraste
com o peso do betão ou concreto poderá levar muitos a duvidar
imediatamente da resistência desse tipo de construções. No entanto, tal
dúvida não procede, considerando que a resistência da estrutura é
assegurada pelo metal. Neste sentido uma casa no sistema light steel
framing não difere de qualquer outra casa de alvenaria. A resistência
estrutural de qualquer casa vulgar é assegurada pelo uso de varas de ferro
embutidas em pilares e lintéis de cimento. No entanto, no primeiro caso,
são usados perfis e vigas de aço galvanizado com espaçamentos de 60 cm
ou menos. Tomando por hipótese uma habitação de tamanho normal,
tendo um piso térreo e um superior, totalizando 200 m², por exemplo, são
utilizados cerca de 1.300 metros de perfis ou montantes verticais, 500
metros de vigas de piso, 500 metros de vigas de telhado e 800 metros de
canais além de centenas de outros elementos metálicos essenciais.

Isto representa mais de 10 toneladas de elementos de metal de alta


resistência unidos por milhares de parafusos estruturais. No entanto,
neste exemplo, a casa seria muito mais leve do que uma vulgar vista não
ser necessária todo o peso do cimento ou do tijolo. Ou seja, praticamente
todo o peso de uma construção LSF é proveniente do seu esqueleto
metálico estrutural.

Pelo fato de não serem necessárias vigas ou colunas isoladas de


apoio, todas as paredes exteriores podem ser consideradas como
estrutura do edifício e por onde se reparte todo o peso das placas e
andares. Assim, facilmente se compreende a extraordinária resistência
sísmica destes edifícios. A casa inteira pode ser comparada a uma enorme
caixa metálica reforçada por um revestimento estrutural, sendo
usualmente escolhidas as placas de OSB, ou fitas metálicas de
contraventamento e fechamento em placas cimentícias para esse efeito.
Visto que não são empregues pontos de soldadura, são eliminados pontos
frágeis de ruptura.

Esta vantagem do light steel framing, fez disparar a construção de


edifícios residenciais com estrutura em aço nos Estados Unidos,
especialmente na Califórnia, na Coreia do Sul ou no Japão, visto que estas
são zonas do planeta que correm graves riscos sísmicos.
Espera-se que os edifícios mantenham os seus ocupantes
confortavelmente protegidos dos elementos. Qualquer espécie de
construção, desde fábricas a supermercados, vivendas a centros
comerciais, deverão providenciar um ambiente interno apropriado para as
atividades mantidas no seu interior, independentemente das condições
exteriores.

Portanto, diversos atributos são necessários para que uma casa


ofereça aos seus habitantes o necessário conforto. As construções com
estrutura em aço distinguem-se no isolamento térmico e acústico e na
regulação da humidade no ambiente. Assim, este tipo de estruturas são
cada vez mais populares em países como o Estados Unidos, Canadá, Reino
Unido, Países Nórdicos, França, Alemanha, Coreia do Sul e Japão

Visto que os materiais empregues na construção LSF são


usualmente mais caros do que os usados na construção convencional, é
precisamente esta característica que torna economicamente acessível e
competitiva esta solução construtiva. Evidentemente, o tempo e a mão de
obra estão intimamente ligados com o custo final da obra.

O baixo peso dos materiais apesar das grandes dimensões dos


mesmos, a utilização de sistemas de fixação mecânica ao invés de
cimento, a aplicação de argamassas de rápida secagem para rebocos
exteriores, a facilitada colocação de tubagens e condutores eléctricos
devido a não ser necessária a abertura de roços e ainda muitas outras
técnicas fáceis e rápidas utilizadas nos edifícios LSF, diminuem
consideravelmente a mão de obra e, consequentemente, o tempo
necessário para a conclusão dos trabalhos. Assim, é usual conseguir uma
redução de metade do tempo necessário para a construção quando
comparada com a construção convencional. Nas habitações com estrutura
metálica poupa-se na mão de obra e investe-se na qualidade dos materiais
básicos.

Apesar de se utilizarem profissionais especializados e experientes,


obviamente com vencimentos superiores aos restantes trabalhadores da
construção civil, o rendimento dos mesmos é superior a média o que se
traduz em reduções no valor da mão de obra e a consequente diminuição
do custo final. Além das vantagens na segurança e no conforto, o aumento
previsto no número de construções com estrutura metálica tornará este
tipo de habitações mais comuns e, portanto, ainda mais competitivas no
que concerne ao custo final. O aumento de consumo de certo tipo de
materiais e equipamento obrigará à diminuição do preço de aquisição de
matéria prima até se alcançarem valores semelhantes aos da construção
vulgar. Perspectivam-se, em médio prazo, melhores condições para
futuros compradores e construtores deste sistema.

No entanto, mesmo na atualidade, existem meios de diminuir os


custos de produção de forma a alcançar valores de construção bastante
competitivos. Uma delas é a recorrer à arquitetura e engenharia
inteiramente idealizadas para o sistema LSF. Evidentemente, qualquer tipo
de construção concebida para os métodos vulgares pode ser convertida
para o sistema light steel framing sem encargos para o cliente e sem
alterar em nada o aspecto final pretendido. No entanto, caso a moradia
seja concebida desde raiz, segundo o sistema, permitirá uma melhor
racionalização dos espaços e uma substancial poupança na colocação dos
elementos estruturais e de revestimento.
Outra forma de diminuir custos acontece na construção de vivendas
geminadas ou em banda, em urbanizações ou em prédios. Neste tipo de
construção massiva a maior parte das paredes e secções de piso e de
telhado poderão ser fabricadas previamente em armazém. Este é um
método de construção tanto mais eficiente quanto mais se repetirem os
referidos elementos. Os perfis e vigas são fabricados segundo as medidas
necessárias evitando desperdícios de material. Muitos dos elementos de
revestimento são colocados na estrutura antes desta ser erguida e
colocada no local. A velocidade de trabalho neste método pode chegar a
ser três vezes maior do que na construção dos perfis no local e tem ainda
a vantagem de poder ser realizado em local protegido de qualquer tipo de
condições atmosféricas.

Figura 1 – Edificação sendo construída em LSF


Fig. 2 – Edificação sendo construída em LSF

2 – SISTEMA TILT UP

O sistema construtivo de painéis estruturais pré-moldados já é


bastante conhecido. O “Tilt-up”, uma vertente deste sistema, também
vem ganhando cada vez mais visibilidade e adesão. Como diz o próprio
nome, que literalmente significa “Inclinar para cima”, este método
consiste na construção das paredes horizontalmente. Somente depois de
prontas as paredes são erguidas e fixadas.
Embora os cálculos estruturais sejam mais complexos do que nas
construções convencionais, uma vez que se deve considerar o processo de
içamento dos painéis e seu ajuste sobre as fundações, a execução é
bastante simples.
Um destaque entre as diversas vantagens oferecidas pelo uso do
“Tilt-up” é a segurança, pois como a grande parte do trabalho é feita no
chão quase não há a necessidade de trabalhar-se em grandes alturas,
reduzindo o risco de acidentes. Outros benefícios evidentes são também a
redução nos custos e no tempo de obra. O tempo de obra é bem menor
devido à possibilidade de realizar-se concomitantemente a fabricação dos
diversos painéis que constituirão a obra, já a redução de gastos deve-se à
possibilidade de melhor gerenciamento e otimização do processo,
contribui também o fato de que quase não há custos relativos ao
transporte como nos pré-moldados tradicionais.

A facilidade de modificação das construções “Tilt-up” também é um


grande atrativo. É muito simples deslocar painéis e abrir novos vãos para
portas e janelas por meio do corte do painel, sem demolições ou
remendos. Outra característica atrativa deste processo é o fato de não
haver praticamente nenhuma restrição arquitetônica possibilitando sua
aplicação em qualquer tipo de construção, exceto apenas prédios muito
altos.

Inicialmente o sistema era voltado quase que exclusivamente para a


construção de galpões industriais, cuja construção precisava ser concluída
no prazo estipulado e com o menor desperdício possível. Contudo, hoje o
“Tilt-up” vem adquirindo uma aplicação bem mais ampla. Nos Estados
Unidos, a taxa de crescimento da indústria “Tilt-up” é de 20% ao ano, já
tendo ultrapassado a média anual de 60 milhões de m², em 12.000
edifícios. No Brasil já são mais de 2 milhões de m² construídos por esta
técnica, mas ainda assim o numero de empresas especializadas na área é
muito pequeno. Ainda assim, este método construtivo extremamente
dinâmico e facilmente aplicável em diversas áreas do setor promete
conquistar o mercado brasileiro.

Fig.3 – Posicionamento dos Painéis Tilt Up

Fig. 4 – Posicionamento dos Painéis Tilt Up


3 – PAREDES DE CONCRETO COM INSTALÇÕES EMBUTIDAS

A característica mais importante do sistema Parede de Concreto é


permitir que, após a desforma, as paredes contenham embutidos em seu
interior, todos os elementos previstos em projeto, tais como: caixilhos de
portas e janelas, tubulações elétricas e hidráulicas, fixação de cobertura
ou outros insertos como, por exemplo, ganchos para rede.

Os elementos de esquadrias (batentes de portas e caixilhos de


janelas) podem ser colocados simultaneamente à montagem dos demais
componentes das paredes. O procedimento mais recomendado é embutir
esses elementos nos painéis de fôrmas, reduzindo o uso de mão de obra.
Logicamente, todos os elementos de esquadrias devem ter espessura igual
ou inferior à largura das paredes.

Peças com largura inferior à largura da parede deverão ser fixadas


em um marco (de madeira, aço ou outro material), também chamado de
negativo, cuja finalidade é o posicionamento de tais peças no lugar
determinado pelo projeto. Os negativos, por sua vez, deverão também ser
fixados aos painéis de fôrmas, de modo que quando desmontados os
moldes de paredes, eles possam ser retirados facilmente para novo
reaproveitamento.

A repetitividade dos projetos é uma característica desse sistema,


fazendo com que as janelas e portas estejam posicionadas sempre nos
mesmos painéis de fôrmas. Devem-se numerar os painéis e marcar o
posicionamento dos caixilhos para facilitar a montagem, aumentar a
produtividade e garantir a qualidade na execução.
Os pontos de conexões da rede hidráulica devem ser marcados nos
painéis de fôrmas de paredes já na primeira montagem, assinalando
sempre as mesmas posições nas várias operações futuras de execução das
casas ou edifícios.

Os furos para fixação das conexões (joelhos, cotovelos, tês, registros


de chuveiro etc.) devem ser feitos com serra de copo para não danificar o
revestimento dos painéis, quando trabalhamos com fôrmas que utilizam
chapas de madeira compensada ou material sintético para dar o
acabamento na peça concretada. Já para as fôrmas que utilizam chapas
metálicas como acabamento dos painéis (geralmente alumínio), deveram
evitar as furações para a fixação das peças hidráulicas. Nestes casos, além
de amarrarmos nas armaduras, devemos colocar espaçadores entre a rede
de tubos hidráulicos e as faces dos painéis para garantir o recobrimento e
o posicionamento das peças.

Fig. 5 – Kit Hidráulico


Fig. 6 – Instalações Hidráulicas nas paredes de concreto

A montagem da rede elétrica segue a mesma sistemática


apresentada para a rede hidráulica. As caixas de interruptores, tomadas,
luzes etc. são fixadas nos painéis de fôrmas de paredes por meio de
gabaritos, de acordo com a posição indicada nos respectivos projetos.

Em caixas que apresentem orifícios por onde possa entrar o


concreto (ou “vazar”), devem ser feitos preenchimentos com papel ou pó
de serra, impedindo assim que o concreto obstrua os orifícios dos dutos
elétricos. Os eletrodutos devem ser fixados às armaduras, evitando-se que
sejam deslocados durante o lançamento do concreto. Devem ser
colocados espaçadores entre a rede de dutos e os moldes de paredes para
garantir o recobrimento e o posicionamento.

Existem no mercado caixas de passagem de elétrica próprias para a


utilização no sistema Parede de Concreto. Elas possuem tampas
removíveis e reaproveitáveis que eliminam a possibilidade da entrada de
concreto nas caixas.

Fig. 7 – Instalações Elétricas

Fig. 8 – Locação das instalações Elétricas


4 – FUNDAÇÃO TIPO RADIER

Radier é um tipo de fundação rasa que se assemelha a uma placa ou


laje que abrange toda a área da construção. Os radiers são lajes de
concreto armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas
oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e descarregam sobre
uma grande área do solo. Geralmente, o radier é escolhido para fundação
de obras de pequeno porte. O radier apresenta vantagens como baixo
custo e rapidez na execução, além de redução de mão de obra comparada
a outros tipos de fundação superficiais ou rasas.
O radier é executado em obras de fundação quando a área das sapatas
ocuparem cerca de 70 % da área coberta pela construção ou quando se
deseja reduzir ao máximo os recalques diferenciais.
Para a execução do radier, é necessária uma limpeza prévia da
superfície do terreno assim como o nivelamento e compactação. Logo
após, coloca-se um lastro de brita para proteger a ferragem do radier. Em
torno da fundação em radier colocam-se as formas de madeira, com
largura de 10 cm aproximadamente, na lateral fazendo o fechamento da
área a ser concretada de acordo com as dimensões previstas no projeto
estrutural ou de fundações.
Qualquer tubulação hidros sanitária ou elétrica deve ser assentada no solo
sob o radier com saída através da laje, evitando que sejam feitos futuros
cortes na laje já executada, evitando assim o retrabalho e aumento do
custo da fundação.

As vantagens da fundação tipo radier são:


 Baixo custo em relação a sapatas corridas;

 Tempo de execução reduzido;

 Redução na mão de obra;

 Indicado para terrenos argilosos.

Se for necessário aumentar a resistência do radier devido às cargas


atuantes na laje, é preciso aumentar o volume de concreto, o que acaba
tornando esse tipo de fundação mais cara, ocasionando maior dificuldade
na execução. Ainda podem ocorrer várias fissuras já que se trata de uma
estrutura de concreto armado.

Fig. 9 – Fundação Radier


Fig. 10 – Fundação Radier Pronta

5 – Paredes em Dry-wall

Indicados para a construção de paredes e forros, os sistemas de


drywall podem ser utilizados em aplicações variadas, de residências a salas
de cinema, passando por escritórios e espaços comerciais. O desempenho
do material, em relação à acústica e à resistência mecânica, por exemplo,
pode ser modulado de acordo com a exigência do projeto. Para tanto,
podem ser combinadas chapas simples ou duplas, diferentes tipos de
perfis e isolantes minerais.

Chapas de gesso, perfis estruturais de aço galvanizado, massas e


fitas para tratamento de juntas, assim como parafusos e acessórios para
drywall, devem cumprir com rigor o que está definido nas normas
técnicas.
A parede standard é formada pelo aparafusamento de uma ou mais
chapas de drywall em perfis de aço galvanizado. O espaço interno criado
entre as chapas propicia a passagem de instalações elétricas, hidráulicas e
a incorporação de elementos acústicos e de resistência.

Paredes para grandes alturas são formadas por duas linhas de


estruturas de perfis de aço galvanizado interligadas por recortes de
chapas, perfis da estrutura ou amortecedores acústicos, que eliminam a
transmissão sonora. São compostas por mais de uma camada de chapas.
Autoportantes dispensam a necessidade de vigas e a utilização de
estruturas auxiliares.

Paredes acústicas são montadas a partir de duas linhas de


estruturas independentes. Também podem ser montadas por meio de
cantoneiras, que substituem as guias. Indicadas para ambientes onde as
necessidades de isolamento são fatores determinantes, podem atingir
índices de desempenho acústico superiores com a utilização da lã mineral
em seu interior. Para se ter uma ideia, paredes compostas por chapas
duplas de 12,5 mm oferecem isolamento equivalente ao de uma parede
de blocos maciços com 90 mm de espessura, ou seja, cerca de 35 dB a 37
dB.

Já paredes de 200 mm de espessura, com duas chapas de cada lado


e lã mineral no interior, chegam a isolar de 64 dB a 66 dB. Quanto maiores
forem a espessura e o número de chapas, assim como o vão interno entre
as chapas e a densidade do recheio utilizado, maior será a capacidade de o
conjunto reter e atenuar ruídos.

A resistência do sistema de parede de drywall é influenciada por


fatores como espessura, fixação e espaçamento das estruturas, além da
altura da parede. No que tange às chapas de gesso, são determinantes
aspectos como espessura, rigidez, resistência à ruptura e número de
camadas, além da dureza do gesso. Também impactam o sistema
elementos como carga adicional, carga pontual temporária e ação do
vento (carga uniformemente distribuída).

Fig. 11 – Detalhe Técnico da Parede em Dry-wall acústica


Fig. 12 – Estrutura da Parede em Dry-wall

Uma das aplicações do drywall que mais crescem no Brasil é para a


execução de revestimentos aplicados, principalmente sobre os sistemas
tradicionais de alvenaria. Essa solução pode ser empregada como
preparação para a etapa de acabamento das vedações internas, para a
passagem de instalações e para o aumento das propriedades térmicas e
acústicas. Os revestimentos podem ser curvos, sinuosos, com recortes
para instalação de elementos de iluminação ou outros detalhes
arquitetônicos.

Há dois métodos de execução dessa cobertura em drywall. Mais


simples, o revestimento colado é destinado, em geral, ao acabamento
interno de paredes externas de alvenaria ou concreto, desde que estas
não apresentem grandes variações superficiais. É executado com a fixação
direta de chapas para drywall sobre a parede por meio de argamassas
colantes à base de gesso.
Já o revestimento estruturado é recomendado para casos em que
há necessidade de colocação de instalações elétricas, hidráulicas ou de
telecomunicações no interior. É composto por uma estrutura de perfis de
aço galvanizado (fixada à parede ou separada desta) na qual são
parafusadas as chapas para drywall.

Você também pode gostar